Revolução Científica: diferenças entre revisões

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Finalmente, o hermetismo selou a revolução, na medida em que representava um conjunto de ideias quase mágicas, mas que exaltavam a concepção quantitativa do universo, encorajando o uso da matemática para relacionar grandezas e demonstrar verdades essenciais. A difusão da matemática criou um ambiente propício para o desenvolvimento de um método científico mais rigoroso e crítico, o que modificou a forma de fazer ciência.
 
Não é necessário enumerar as consequências deste período na história da ciência. Todos os grandes desenvolvimentos posteriores talvez não tivessem sido possíveis sem a reestruturação científica. Como toda revolução, esta não ocorreu de maneira isolada ou por motivos próprios, mas foi consequência principalmente de uma nova sociedade imbuída em novas ideias.Na [[história da ciência]], chama-se '''Revolução Científica''' ao período que começou no [[século XVI]] e prolongou-se até o [[século XVIII]].<ref name=RONAN>
{{Citar livro
|autor = RONAN, Colin A.
|título = História Ilustrada da Ciência |subtítulo = Universidade de Cambridge
|edição = 1
|local= São Paulo
|editora = Círculo do Livro
|ano = 1987|volume = III - Da Renascença à Revolução Científica}}</ref><ref>{{Citar livro|autor=Henry, John,|título=A Revolução Científica e as Origens da Ciência Moderna|edição=1|ano=1998|isbn= 9788571104426}}</ref> A partir desse período, a [[Ciência]], que até então estava atrelada à [[Teologia]], separa-se desta e passa a ser um [[conhecimento]] mais estruturado e prático. As causas principais da revolução podem ser resumidas em: [[Renascimento|Renascimento cultural e científico]], a imprensa, a [[Reforma Protestante]] e o [[hermetismo]].<ref name=RONAN/> A expressão "revolução científica" foi criada por [[Alexandre Koyré]], em 1939.
 
O [[Renascimento]] trouxe como uma de suas características o [[humanismo]]. Esta corrente de pensamento e comportamento pregava a utilização de um senso crítico mais elevado e uma maior atenção às necessidades humanas ao contrário do [[teocentrismo]] da Idade Média, que pregava a atenção total aos assuntos divinos e, portanto, um senso crítico menos elevado. Este maior senso crítico exigido pelo humanismo permitiu ao homem observar mais atentamente os fenômenos naturais em vez de renegá-los à interpretação da [[Igreja Católica]].
 
[[Imagem:De Revolutionibus manuscript p9b.jpg|thumb|esquerda|upright=0.8|[[Heliocentrismo|Modelo heliocêntrico]] do [[Sistema Solar]] no manuscrito de [[Nicolau Copérnico]]]]
Houve antes muitas teorias revolucionárias que diferem na intensidade com que influenciaram o pensamento humano. Algumas representaram profundas modificações na forma do homem examinar a natureza, como por exemplo, a introdução de um tratamento matemático na descrição dos movimentos dos planetas, introduzida pelos [[babilônios]] e depois aperfeiçoada pelos [[gregos]]. Outras representaram microrrevoluções, como o sistema de classificação de seres vivos, introduzida por [[Aristóteles]].
 
Eventos marcantes da revolução científica, no início do século XVI, foram a publicação das obras ''[[De revolutionibus orbium coelestium]]'' ("Das revolucões das esferas celestes") por [[Nicolau Copérnico]] e ''[[De Humani Corporis Fabrica]]'' ("Da Organização do Corpo Humano") por [[Andreas Vesalius]]. A publicação do [[Diálogo sobre os Dois Principais Sistemas do Mundo]], por [[Galileu Galilei]] e o enunciado das [[Leis de Kepler]] impulsionaram decisivamente a revolução científica.
 
Com a referida revolução, a ciência mudou sua forma e sua função, passando a ser repensada nos moldes na nova sociedade que estava emergindo nesta época. Os objetivos do homem da ciência e da própria ciência acabaram sendo redirecionados para uma era livre das influências místicas da [[Idade Média]].
 
[[Imagem:Vesalius Fabrica p184.jpg|thumb|direita|upright=1.0|A ''Fabrica'' é conhecida por suas ilustrações detalhadas de [[Dissecação|dissecações]] humanas, frequentemente em posições [[alegoria|alegóricas]].]]
A imprensa, após a invenção do tipo móvel por [[Johannes Gutenberg]], disseminou-se neste período e desempenhou um papel fundamental na revolução científica.<ref name=RONAN/>
 
Assim, desapareciam os erros de interpretação e cópia que acabavam por deturpar as traduções na época dos [[pergaminho]]s. A impressão em [[vernáculo]] permitiu uma maior divulgação de material se comparado aos escritos em latim, que eram compreendidos apenas pelos estudiosos desta língua.<ref name=RONAN/>
 
A reforma religiosa participou de modo decisivo do desencadeamento da revolução científica. Os reformistas pregavam que uma forma de se apreciar a existência de Deus era através das descobertas na ciência e por isto estas foram incentivadas, proporcionando uma propulsão ao desenvolvimento da revolução científica.
 
Finalmente, o hermetismo selou a revolução, na medida em que representava um conjunto de ideias quase mágicas, mas que exaltavam a concepção quantitativa do universo, encorajando o uso da matemática para relacionar grandezas e demonstrar verdades essenciais. A difusão da matemática criou um ambiente propício para o desenvolvimento de um método científico mais rigoroso e crítico, o que modificou a forma de fazer ciência.
 
Não é necessário enumerar as consequências deste período na história da ciência. Todos os grandes desenvolvimentos posteriores talvez não tivessem sido possíveis sem a reestruturação científica. Como toda revolução, esta não ocorreu de maneira isolada ou por motivos próprios, mas foi consequência principalmente de uma nova sociedade imbuída em novas ideias
 
== Nomes que marcaram a revolução científica ==