Germano (césar): diferenças entre revisões

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== Biografia ==
 
Germano talvez era filho de [[Justiniano (general)|Justiniano]], o filho do primo do [[imperador bizantino|imperador]] [[Justiniano]], o [[Germano (primo de Justiniano I)|Germano]].{{sfn|Martindale|1992|p=529; 744}} Aparece nas fontes como [[patrício]] e [[mestre dos soldados]], talvez da [[prefeitura pretoriana da África|África]] segundo [[Michael Whitby]]. Foi escolhido pelo moribundo {{lknb|Tibério|II}} como viável herdeiro para o trono em 582: "Em uma cerimônia dupla em 5 de agosto Germano [...] e Maurício foram elevados ao posto de césar e se casaram com as duas filhas de Tibério, Cárito e Constantina". Michael Whitby afirma que este evento indica os planos de Tibério de ter a sucessão garantida por dois coimperadores. Ele sugere que o imperador moribundo ainda pode ter tentado reintroduzir o conceito de imperador ocidental e oriental, com Germano e [[Maurício I|Maurício]] escolhidos por suas respectivas conexões com as províncias orientais e ocidentais. Whitby identifica este Germano com o filho homônimo de Germano (primo de Justiniano) e [[Matasunta]].{{harvrefsfn|name=Whitby7|Whitby|1988|p=7}}
 
De acordo com uma afirmação na ''[[Gética]]'' de [[Jordanes]], o Germano sênior foi um descendente do nobre [[gente Anícia]]. A natureza exata desta conexão, contudo, se não for um artifício literário para indicar sua descendência nobre, é incerto. [[Theodor Mommsen]] supôs que sua mãe podia ter sido a filha de [[Anícia Juliana]].{{harvrefsfn|Bury|1958|p=255}} Matasunta era filha de [[Eutarico]] e [[Amalasunta]]. Foi irmã do [[rei ostrogótico]] [[Atalarico]] {{nwrap|r.|526|534}} e neta de {{lknb|Teodorico,|o Grande}} {{nwrap|r.|493|526}} e [[Audofleda]].{{harvrefsfn|Cawley|2016a}} Whitby sugere que esta origem dupla nos Arícios e na realeza ostrogótica de fato daria ao novo césar uma forte pretensão de governar a África e a [[prefeitura pretoriana da Itália]]. No entanto, o nome comum "Germano" pode insinuar que estas figuras seriam relacionadas entre si, mas há evidências insuficientes para identificações.<ref name=Whitby7 />{{harvrefsfn|Cawley|2016b}}
 
A Crônica de [[João de NikiuNiquiu]] registra sobre a morte de Tibério: "Ele morreu na paz do terceiro ano de seu reinado. Foi devido aos pecados dos homens que seus dias foram tão poucos; pois eles não eram dignos de tal imperador amante de Deus, e então perderam este gracioso e bom homem. Antes de morrer, deu ordens que seu genro, de nome Germano, poderia ser elevado ao trono imperial. Agora ele tinha formalmente sido patrício. Mas devido à sua humildade de coração se recusou a ser imperador. Logo após Maurício, que era da província da [[Capadócia]], foi feito imperador."{{harvrefsfn|Pearse|1999}} Whitby considera que isto seria a única fonte primária para Tibério preferindo Germano sobre Maurício. Ele sente que tem mais a ver com o viés de João contra Maurício do que sua precisão. João de NikiuNiquiu critica as políticas religiosas de Maurício e ainda chama-o de [[Paganismo|pagão]]. A narrativa de João de NikiuNiquiu é contrariada pela ''[[História dos Francos (Gregório de Tours)|História dos Francos]]'' de [[Gregório de Tours]] que também registra eventos bizantinos. Ele mostra Maurício sendo escolhido a dedo para ser herdeiro, primeiro pela [[imperatriz bizantina|imperatriz]] [[Sofia (imperatriz)|Sofia]] {{nwrap|r.|565|578}} e depois por Tibério II.<ref name=Whitby7 />
 
Germano desaparece das fontes após seu casamento. Ele pode ter ressurgido como o patrício [[Germano (patrício)|Germano]] mencionado na década de 600, cuja filha casou-se com o filho mais velho de Maurício, [[Teodósio (filho de Maurício)|Teodósio]]. Mais uma vez, a identificação é incerta.{{harvrefsfn|Garland|1999}}
 
{{referências|col=2}}