Sibiu: diferenças entre revisões

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O município tem {{fmtn|121|[[Quilómetro quadrado|km²]]}} de área e em 2017 estimava-se que tivesse {{formatnum:169317}} habitantes ({{densidade populacional|169317|121}}).<ref name=p2017/> Segundo o censo de 2011 tinha {{formatnum:147245}} habitantes, 1,1% deles de ascendência [[Alemães|alemã]].<ref name=p2011/> Situada 275&nbsp;km a noroeste da capital nacional [[Bucareste]], junto ao [[rio Cibin]], afluente do [[Olt]], Sibiu foi outrora o centro dos [[saxões da Transilvânia]]. A esmagadora maioria da população foi germânica até meados do {{séc|XIX}}, tendo-se [[Romanização|romenizado]] progressivamente desde então e passando ser maioritariamente romena nos anos 1930; em 2011 só pouco mais de 1% da população era saxã, o que não impedia que a influência cultural e política dessa comunidade continuasse a ser relevante. Em consequência, a arquitectura local é tipicamente germânica. Entre 1692 e 1791 e entre 1849 e 1865 foi a capital do [[Principado da Transilvânia]]. É um dos centros culturais, universitários mais importantes da Roménia, além dum centro logístico onde convergem as principais vias de comunicação da Transilvânia.
 
Tendo sido poupada tanto das guerras como dos planos urbanísticos da [[Nicolae Ceaușescu|era Ceaușescu]] que fizeram desaparecer grande parte do património edificado noutras partes da Roménia, Sibiu conserva numerosos monumentos civis, religiosos e militares [[Arquitetura gótica|góticos]], [[Arquitetura do Renascimento|renascentistas]] e [[Arquitetura barroca|barrocos]], além de numerosas casas residenciais antigas. A sua nomeação como [[Capital Europeia da Cultura]] em 2007, juntamente com a cidade do [[Luxemburgo (cidade)|Luxemburgo]],<ref name=euec/> estimulou uma extensa campanha de restauro, embelezamento e [[Renovação urbana|reabilitação urbana]]. Os monumentos, a riqueza dos museus e a beleza natural da região envolvente contribuem para que Sibiu seja um dos destinos turísticos mais populares da Roménia. A vizinha {{ilc|serra de Făgăraș||Montes Făgăraș|Montanhas Făgăraș|Montes Făgăraş|Montanhas Făgăraş}}, um destino popular de ''[[trekking]]'', onde se situam as [[estância de esqui|estâncias de esqui]] de {{ilc|Păltiniș|Păltiniș (Sibiu)|Păltiniş (Sibiu)|Păltiniș (estância de esqui)|Păltiniş (estância de esqui)|Păltiniș (estação de esqui)|Păltiniş (estação de esqui)|Păltiniș|Păltiniş}} e Arena Platos, destinos populares de {{ilc|turismo de inverno|lk=Turismo de neve}}. Em 2008, um painel de especialistas formado pela revista [[Forbes]] considerou Sibiu o oitavo local da Europa mais edílico para se viver.<ref name=forb/>
 
==História==
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=== Cidades gémeas ===
Sibiu tem acordos de [[Geminação de cidades|geminação]] com as seguintes cidades: <ref name=gem1/>
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{{Cidade gémea||Landshut|Alemanha||2002}}
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Na cidade funcionam 20 escolas superiores, das quais se destacam as seguintes:&nbsp;
*{{ilc|nlk=x|Colégio Nacional Gheorghe Lazăr|Colégio Nacional Gheorghe Lazăr de Sibiu|Colégio Nacional Gheorghe Lazăr (Sibiu)}}&nbsp;— Herdeiro da escola jesuíta fundada em 1692. Deve o seu nome ao académico transilvano [[Gheorghe Lazăr]], que fundou a primeira escola de língua romena em Bucareste em 1818. Tem uma das bibliotecas escolares mais antigas da Transilvânia, que se acredita ter sido criada na segunda metade do {{séc|XVIII}}. Tem cursos de ciências e de informática.
*{{ilc|nlk=x|Colégio Nacional Samuel von Brukenthal}} ({{langx|ro|''Colegiul Național „Samuel von Brukenthal”''|nome}}; {{langx|de|''Samuel-von-Brukenthal-Gymnasium;''|nome}})&nbsp;— Escola de língua alemã fundada por Samuel von Brukenthal quando era governador da Transilvânia, reclama-se sucessora da primeira escola de Sibiu, fundada em 1380, de língua alemã. O edifício atual foi construído entre 1779 e 1786 no local duma antiga escola.
*Colégio Nacional Octavian Goga&nbsp;— ciências sociais, línguas, ciências e informática.
*Colégio Nacional Andrei Șaguna&nbsp;— formação de professores e de línguas.
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===== Praça Grande (''Piața Mare'') =====
A Praça Grande ({{langx|de|''Großer Ring''|nome}}; {{langx|ro|''Piața Mare''|nome}}) é, como o nome sugere, a maior praça de Sibiu e é o centro da cidade desde o {{séc|XV}}. Com 142 metros de comprimento e 93 metros de largura, é uma das maiores da Transilvânia.
 
No canto noroeste da ''Piața Mare'' ergue-se o [[Palácio Brukenthal]], um dos principais monumentos [[Arquitetura barroca|barrocos]] da Roménia. Foi construído entre 1777 e 1787 como residência principal do governador do {{ilc|Grão-Principado da Transilvânia||Grão-principado da Transilvânia|Grão-Ducado da Transilvânia|Grão-ducado da Transilvânia}} [[Samuel von Brukenthal]]. A parte principal do [[Museu Nacional Brukenthal]] está alojada no palácio. O museu foi inaugurado em 1817, o que faz dele um dos museus mais antigos do mundo.
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No lado norte da Praça Grande ergue-se uma igreja católica, dita {{ilc|dos jesuítas|Igreja Jesuíta (Sibiu)|Igreja Jesuíta de Sibiu|Igreja Jesuíta}}, pois era nela e nas suas dependências que os [[Companhia de Jesus|jesuítas]] tinham a sua sede. É uma igreja barroca, de nave quadrada, edificada pelos jesuítas após a conquista da Transilvânia pela Áustria, que foi consagrada em 1733. O campanário do lado ocidental foi concluído em 1738 e está separado da nave. No interior, as colunas que suportam as traves são surpreendentemente massivas. Foi restaurada entre 1971 e 1975 e as pinturas entre 1977 e 1978.
 
Junto à Igreja Jesuíta ergue-se a Torre do Conselho ({{langx|ro|''(Turnul Sfatului''|nome}}; {{langx|de|''Ratturm'' ou ''Ratsturm''|nome}}), um dos símbolos da cidade. É provável que esta antiga torre de fortificação tenha sido construída como parte da segunda cerca de muralhas, que deve ter ocorrido entre 1224 e 1241. É mencionada pela primeira vez num documento de 1370. Originalmente estava integrada numa das portas da segunda linha de muralhas e tinha somente quatro andares, mas foi remodelada várias vezes ao longo dos séculos. Atualmente tem sete andares, sucessivamente ligeiramente mais estreitos à medida que se sobe. Na parte sul da torre há [[baixo-relevo|baixos-relevos]] com dois leões, que se supõe terem feito parte da torre original do {{séc|XIII}}. A torre teve vários usos: foi sucessivamente um armazém de cereais, torre de vigilância de fogos, cadeia e, em meados dos {{séc|XVIII}}, museu de ciências naturais. Entre 1962 e 1998 albergou o departamente medieval do Museu Brukenthal. A entrada para a torre é feita por uma pequena porta que dá acesso a uma escada em espiral. Do penúltimo andar pode observar-se o relógio e do último andar, transformado numa sala panorâmica tem-se uma vista aérea do centro histórico.
 
A denominação de Torre do Conselho e uma referência ao edifício contíguo, outrora os [[paços do concelho]], onde se reuniam os conselheiros municipais ([[vereador]]es), como é atestado num documento de 1324. A forma atual deste edifício resulta de várias fases de construção e reconstrução, que acabou por integrá-lo num conjunto de imóveis. Da construção original só subsiste o núcleo central até ao primeiro andar. Sob o edifício há uma passagem que liga a Praça Grande à Praça Pequena.
 
Na esquina ocidental da praça, ao lado do campanário ocidental da Igreja Jesuíta, ergue-se um edifício neo-[[rococó]] contruídoconstruído em 1906 para ser a sede do banco Grundkredit. A sua construção causou muita controvérsia por se situar entre dois edifícios barrocos importantes: a Igreja Jesuíta e o Palácio Brukenthal. Tem forma de ferradura e um pátio interior coberto. Após cinco anos de obras de restauro, em 2006 passou a ser a sede da administração municipal. No rés de chão está instalado o posto de turismo.
 
Nos lados sul e oriental há casas de dois ou três pisos, com [[Sótão|sótãossótão]]s altos com [[lucarna]]s em forma de amêndoa com pequenas janelas no centro que, por fazerem lembrar olhos, são conhecidas como "olhos da cidade" (''ochii orașului'') ou "olhos de Sibiu. A maior parte dessas casas foram construídas entre os séculos XVII e XIX e são de estilo barroco, embora haja algumas mais antigas, dos séculos XV e XVI, de estilo [[Arquitetura do Renascimento|renascentista]].
 
Ao lado do Palácio Brukenthal situa-se a Casa Azul ({{langx|de|''Blaues Stadthaus''|nome}}, uma denominação datada de 1819), também conhecida como Casa Moringer, um edifício barroco do {{séc|XVIII}} que ostenta numa das suas fachadas o antigo [[brasão de armas]] de Sibiu. As paredes de [[alvenaria]] de tijolo do rés de chão do corpo principal do edifício têm a espessura surpreendente de 120&nbsp;cm. Entre 1858 e 1862 a Casa Azul foi a sede da Sociedade de Ciências Naturais {{langp|de|''Gesellschaft für Naturwissenschaften''}} e da Academia de Direito {{langp|de|''Rechtsakademie''}}. Atualmente faz parte do Museu Brukenthal, que ali tem instalado o seu gabiente de património cultural nacional, a oficina de restauro, a administração, direção financeira, etc.
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O acesso à praça é feito por passagens estreitas, que a ligam às outras praças e ruas vizinhas. O principal acesso desde a Cidade Baixa é pela Rua Ocnei {{langp|de|''Burgenstraße''}}, que divide a praça em duas partes. Antes de chegar à praça, a rua passa debaixo da Ponte das Mentiras ({{langx|ro|''Podul Minciunilor''|nome}}; {{langx|de|''Lügenbrücke''|nome}}), a primeira ponte de ferro da Roménia, a qual, segundo a lenda, cairá quando por ela passar um mentiroso. A ponte foi construída depois de ter sido demolido um grupo de casas que se estendia até à Torre do Conselho e depois de ter sido aberta a via de acesso transitável por veículos que vem da Cidade Baixa, em 1851. A ponte foi construída em 1859 e inaugurada no ano seguinte. Os elementos de suporte da ponte são quatro dormentes metálicos recurvados e decorados com rosetas. Por cima delas, uma espécie de aros de ferro forjado fazem o papel de [[Tímpano (arquitetura)|tímpanos]]. No lado sul, os aros maiores ostentam o brasão da cidade e no lado norte há inscrições com "1859" e "Friedrichs Hütte" (o nome do construtor). Os aros mais pequenos estão decorados com folhagem e motivos geométricos de estilo [[neogótico]]. Os quatro pilares de pedra da ponte, de construção robusta, suportam candeeiros de ferro. As duas grades de metal são subdivididas em oito partes, cada uma com uma roseta. Uma escada, a ''Burgerstiege'', paralela à Rua Ocnei, desce da Ponte das Mentiras até à Cidade Baixa.<ref name=wro1/>
 
No lado direito da ponte encontra-se outro símbolo a cidade, a Casa das Artes (''Casa Artelor''; ''Haus der Künste''), um edifício mencionado historicamente desde 1370 que começou por pertencer à [[guilda]] dos [[Açougue|açougueirosaçougue]]iros e depois à dos [[Tecelagem|tecelões]]. No {{séc|XVIII}} serviu como escritório de armazenamento de cereais e, durante um breve período em 1765, como sala de teatro. A fachada principal é pontuada por uma arcada regular de oito arcos de volta inteira, que se apoiam em colunas de tijolo, maciças e mais largas em baixo, por cima dos quais há oito janelas no primeiro andar. Na cobertura há cinco "olhos da cidade". Por cima da fachada, no centro dum medalhão redondo, há um baixo-relevo com as armas da cidade, colocado em 1787 quando foi feito um restauro. À exceção do enquadramento das janelas e da [[cornija]], o edifício nenhum elemento decorativo quebra a sobriedade do edifício. O rés de chão tem onze salas semicilíndricas abobadadas, destinadas originalmente ao comércio e acessíveis a partir da galeria. O primeiro andar é ocupado por uma grande sala com janelas nos quatro lados.
 
No lado esquerdo da ponte ergue-se a Casa do Luxemburgo, um edifício barroco com quatro pisos, que antigamente foi a sede da guilda dos [[ourives]] e que atualmente é uma pousada.
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[[Categoria:Sibiu| ]]
[[Categoria:Localidades da Roménia]]
[[Categoria:Capitais europeias da cultura]]
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