Adolf Hitler: diferenças entre revisões

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===Derrota e morte===
{{AP|Morte de Adolf Hitler}}
Ao fim de 1944, o [[exército vermelho]] e os [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|Aliados Ocidentais]] (principalmente os [[Estados Unidos]], o [[Reino Unido]] e a [[França Livre]]) continuavam avançando a todo o vapor contra a Alemanha. [[Paris]] havia sido libertada e o exército alemão havia quase que completamente sido expulso da França, da [[Bélgica]] e [[Holanda]]. Na Itália, as forças [[Nazifascismo|nazifascistas]] também recuavam para o norte, mas o principal perigo estava no leste, com Stalin tomando os países da Europa oriental um a um. Assim, reconhecendo a força e determinação dos soviéticos, Hitler decidiu que seria quebrando as linhas do inimigo [[Frente Ocidental (Segunda Guerra Mundial)|no Ocidente]] que a maré da guerra poderia mudar em favor dos alemães. Ele então começou a planejar um ataque contra os americanos e ingleses.{{sfn|Weinberg|1964}} Em 16 de dezembro, os nazistas lançaram a [[Batalha das Ardenas|Ofensiva das Ardenas]] para tentar desunir os Aliados e talvez convence-los assim a parar de lutar.{{sfn|Crandell|1987}} Apesar de sucessos iniciais, a batalha das Ardenas terminou em fracasso e as últimas reservas de homens e máquinas da Alemanha foi perdida.{{sfn|Bullock|1962|p=778}} No começo de 1945, a situação dos alemães era precária. Aviões aliados bombardeavam o país dia e noite, deixando várias de suas cidades alemãs e seus principais centros industriais em ruínas. O exército estava em frangalhos e pouco podiam fazer a não ser recuar em todas as frentes de batalha. Hitler falou então no rádio ao povo alemão: "Mesmo sendo grave a crise neste momento, ela irá, apesar de tudo, ser domada por nossa vontade inalterável."{{sfn|Rees|Kershaw|2012}} Hitler nutria esperanças de que a morte do presidente americano [[Franklin D. Roosevelt]] pudesse resultar em paz no Ocidente em 12 de abril de 1945, mas nada aconteceu e a determinação dos Aliados permaneceu forte.{{sfn|Crandell|1987}}{{sfn|Bullock|1962|pp=753, 763, 780–781}} Agindo conforme sua visão de que os fracassos militares alemães significavam abrir mão do seu direito de sobreviver como nação, Hitler ordenou a destruição da infraestrutura industrial e tecnológica alemã, para que estes não caíssem em mãos dos Aliados.{{sfn|Bullock|1962|pp=774–775}} O ministério dos armamentos, sob a liderança de Albert Speer, recebeu ordens de adotar uma política de [[terra arrasada]], mas ele secretamente desobedeceu.{{sfn|Bullock|1962|pp=774–775}}{{sfn|Sereny|1996|pp=497–498}}
 
Em 20 de abril, no seu aniversário de 56 anos, Hitler saiu pelo última vez do ''[[Führerbunker]]'', em [[Berlim]], para a superfície. No meio do jardim arruinado da Chancelaria do Reich, enquanto as bombas caiam, ele participou de uma cerimônia para entregar medalhas [[Cruz de Ferro]] para [[crianças soldados]] da [[Juventude Hitlerista]], que agora eram (junto com a [[Volkssturm]]) a última linha de defesa alemã.{{sfn|Beevor|2002|p=251}} Em 21 de abril, as tropas do marechal [[Georgy Zhukov]] derrotaram as forças do general [[Gotthard Heinrici]] na [[batalha de Seelow]] e começaram a [[Batalha de Berlim|atacar as cercanias de Berlim]].{{sfn|Beevor|2002|pp=255–256}} Em negação da situação precária, Hitler acreditava que o destacamento ''Armeeabteilung Steiner'', sob comando do general [[Felix Steiner]], da [[Waffen SS]], poderia vir do norte e se juntar ao [[9.º Exército (Alemanha)|9º Exército]], do general [[Theodor Busse]], para atacar os russos em um [[movimento de pinça]].{{sfn|Le Tissier|2010|p=45}}