Anarquismo: diferenças entre revisões

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O anarquismo social ou de massas, entretanto, teria duas subdivisões de ordem estratégica em relação às abordagens sindicais e antissindicais.{{harvy|Schmidt_Walt|Schmidt & van der Walt|2009|p=171}} Dentre as abordagens sindicais, estão as posições anarcossindicalistas e sindicalistas revolucionárias; entre as abordagens antissindicalistas, estão as posições que defendem as mobilizações de massa pelos locais de moradia.<ref name=corr198a />
 
==Críticas e Respostas==
[[imagem:Murray Rothbard.jpg|thumb|180px|[[Murray Rothbard]]]]
 
As críticas mais comuns ao anarquismo sustentam que este seria uma ideologia [[utopia|utópica]] e inviável, na medida em que, para esses críticos, as forças repressivas seriam absolutamente necessárias para a manutenção da ordem social, relacionando o anarquismo com a destruição, o caos, a desorganização e com posturas antissociais e desagregadoras, geralmente violentas ou [[crime|criminosas]].<ref name=corr42a /> Também são comuns críticas no sentido de que o anarquismo se trataria de uma ideologia [[juventude|juvenil]], visto que por razão da idade, os jovens estariam mais naturalmente envolvidos em problemas com a [[autoridade]] e em revolta contra as concepções [[moral|morais]] e sociais dos mais velhos.{{Sfn|Joll|1970|p=330}}
 
O anarquismo também tem sido apontado por diversos críticos como uma ideologia incoerente, e sustentam que a "disputa e a discórdia sempre fizeram parte de sua mais genuína natureza",{{Sfn|Kedward|1971|p=6}} e ainda apontam que o anarquismo jamais teve impacto popular relevante e que encontrou a oposição de todas as classes.{{Sfn|Kedward|1971|p=120}} [[Murray Rothbard]], um dos expoentes do [[libertarismo|libertarianismo]], sustentou o programa anarquista "não faz sentido", ao alegar que, tentando derrubar o capitalismo e o Estado simultaneamente e propondo sua substituição por federações de comunas, "uma agência central iria planejar e dirigir os vários subgrupos" e, com isso, essas agências teriam o poder de "usar a força para colocar suas decisões em prática"; para ele, o "resultado inevitável" desse fenômeno seria o restabelecimento do Estado.<ref name="Rothbard">{{Citar web|url=https://mises.org/library/are-libertarians-anarchists|título=Are Libertarians "Anarchists"?|autor=Rothbard, Murray|acessodata=3 de outubro de 2015|publicado=Mises Institute}}</ref> Para os anarquistas o erro deste argumento os delegados das federações são apenas porta-vozes das associações de base não podendo decidir nada. Os delegados seriam vigiados e se os delegados tentassem tomar alguma decisão política seriam removidos do cargo e as decisões canceladas. Rothbard ainda sustentou que os anarquistas "salientam a espontaneidade, as [[emoção|emoções]] e os [[instinto]]s, ao invés da supostamente fria e cruel [[lógica]]", e ao fazerem isso, "permanecem cegos para a [[irracionalidade]] de suas posições".<ref name="Rothbard"/>
 
Críticos [[marxismo|marxistas]], por sua vez, geralmente afirmam que o anarquismo seria uma doutrina [[Pequena burguesia|pequeno-burguesa]], alheia ao proletariado, sem fundamentos, [[voluntarismo|voluntarista]], [[idealismo|idealista]], [[individualismo|individualista]] e [[sectarismo|sectária]],{{Sfn|Kolpinsky|1976|p=333}} muitas vezes argumentando que o anarquismo se sustenta em versões extremadas do [[liberalismo]] individualista e que ele não teria qualquer contribuição significativa para a teoria socialista e o movimento operário de modo geral.{{Sfn|Hobsbawm|1985|p=96}} Marxista notório, o historiador inglês [[Eric Hobsbawm]] afirmou que, em todos os países onde o anarquismo teve um papel importante na vida política, as estratégias dos anarquistas foram totalmente ineficazes,{{Sfn|Hobsbawm|1985|p=92}} considerando-o "um capítulo definitivamente encerrado no desenvolvimento dos movimentos revolucionários e operários modernos", tratando-o como um fenômeno pré-político e pré-industrial que encontrou expressão apenas em países menos desenvolvidos economicamente;{{Sfn|Hobsbawm|1985|p=90}} para ele, "o principal atrativo do anarquismo era emocional e não intelectual".{{Sfn|Hobsbawm|1985|p=91}}