Idade Média: diferenças entre revisões

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Durante o início da Baixa Idade Média, a Alemanha foi dominada pela [[Dinastia otoniana|dinastia saxónica]], que lutava ainda pelo controlo dos poderosos ducados locais formados durante as migrações bárbaras dos séculos anteriores. Em 1024, assume o poder a [[dinastia saliana]], que tinha já entrado em confronto aberto com o papado acerca de nomeações eclesiásticas durante o reinado do imperador {{Lknb|Henrique|IV|(sacro imperador romano-germânico)}}. Os seus sucessores continuaram o clima de confronto, estendendo-o a parte da nobreza Germânica.{{sfn|Backman|2003|p=181-186}} Depois da morte do imperador {{lknb2|Henrique|V|, Sacro Imperador Romano-Germânico}}, o qual não havia deixado descendência, seguiu-se um período de instabilidade até ao reinado de {{lknb2|Frederico|I|, Sacro Imperador Romano-Germânico}}, que toma posse do trono imperial durante o fim do {{séc|XII}}.{{sfn|Jordan|2004|p=143-147}} Embora o seu reinado tenha sido estável, os seus sucessores enfrentam o mesmo clima de instabilidade ainda durante o {{séc|XIII}}.{{sfn|Jordan|2004|p=250-252}} Um dos fatores de maior instabilidade foi a constante ameaça e invasão dos [[Mongóis]] no território europeu em meados do {{séc|XIII}}, desde as primeiras incursões na [[Rússia de Quieve]] até às invasões da Europa de Leste em 1241, 1259 e 1287.{{sfn|Davies|1996|p=364}}
 
[[Imagem:BayeuxtapestrywilliamliftshishelmBayeux Tapestry scene44 William Odo Robert.jpg|thumb|upright=01.45|A [[Tapeçaria de Bayeux]] (detalhe) mostrando {{Lknb|Guilherme,|o Conquistador}} representado(centro), nae seus meio-irmãos [[TapeçariaRoberto, Conde de Mortain]] (direita), e [[Odo de Bayeux|Odo]] (esquerda), [[Diocese de Bayeux e Lisieux|Bispo de Bayeux]] no [[Ducado da Normandia]]]]
 
Dominada pela [[dinastia capetiana]], a corte francesa aumenta gradualmente a sua influência sobre a nobreza, permitindo-lhe exercer maior controlo nos territórios para além da [[Ilha de França]] do que durante os séculos XI e XII.{{sfn|Backman|2003|p=187-189}} No entanto, encontrariam resistência por parte dos [[Duque da Normandia|Duques da Normandia]], que em 1066 tinham já subjugado grande parte de Inglaterra e criado um império em ambas as margens do canal que duraria até ao fim da Idade Média.{{sfn|Jordan|2004|p=59-61}}{{sfn|Backman|2003|p=189-196}} Durante a [[dinastia Plantageneta]] do rei {{lknb|Henrique|II|de Inglaterra}} e dos seus sucessores, o reino dominaria a totalidade de Inglaterra e grande parte de França.{{sfn|Backman|2003|p=263}} No entanto, viria a perder a Normandia e a maior parte das possessões do Norte de França durante o reinado de [[João de Inglaterra|João]] em 1204. Isto esteve na origem de divergências entre a nobreza Inglesa, ao mesmo tempo que as obrigações financeiras decorrentes da tentativa de reconquista da Normandia obrigaram o rei a assinar em 1215 a ''[[Magna Carta]]'', um documento que limitaria o poder absoluto do rei e foi o primeiro passo de um longo processo que levaria ao [[parlamentarismo]]. Durante o reinado de {{lknb|Henrique|III|de Inglaterra}}, foram feitas ainda mais concessões de poder à nobreza e diminuído o poder da corte.{{sfn|Backman|2003|p=286-289}} A monarquia francesa, no entanto, continuaria a fortalecer a sua influência perante a nobreza durante o {{séc|XIII}}, centralizando a administração e aumentando o número de territórios que directamente controlava.{{sfn|Backman|2003|p=289-293}} Além da sua expansão para Inglaterra, os [[Normandos]] chegaram a estabelecer colónias na [[Sicília]] e no sul de Itália, depois de [[Roberto de Altavila]] ter desembarcado no território em 1509 e estabelecido um ducado que mais tarde se tornaria o [[Reino da Sicília]].{{sfn|Davies|1996|p=294}}