Escravidão no Brasil: diferenças entre revisões

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O trabalho indígena já era utilizado na extração do [[Caesalpinia echinata|pau-brasil]] e, no princípio, foram também utilizados nas lavouras de cana mais ou menos benevolentemente. Mas o arranjo não funcionou por muito tempo por duas classes de motivos: os de natureza cultural e os de mercado. "Em primeiro lugar, à medida em que afluíam mais colonos e, portanto, aumentavam as solicitações de trabalho, ia decrescendo o interesse dos índios pelos insignificantes objetos com que eram dantes pagos pelo serviço. Tornam-se aos poucos mais exigentes e a margem de lucro do negócio ia diminuindo em proporção. Chegou-se a entregar-lhes armas, o que foi rigorosamente proibido, por motivos que se compreendem. Além disso se o índio, por natureza [[Nomadismo|seminômade]], se dera mais ou menos bem com o trabalho esporádico e livre da extração de pau-brasil, já não acontecia o mesmo com a disciplina, o método e os rigores de uma atividade organizada e sedentária como a agricultura. Aos poucos foi-se tornando necessário forçá-lo ao trabalho, manter vigilância estreita sobre ele e impedir sua fuga e abandono da tarefa em que estava ocupado. Daí para a escravidão pura e simples foi apenas um passo."<ref>Prado Jr. Caio. História Econômica do Brasil. São Paulo: Editora Brasiliense, 2008. Página 35.</ref><ref>O mesmo assinala Boxer: "De início, os colonos pioneiros dependeram significativamente do comércio de troca com o ameríndios locais (...). Porém, quando os colonos passaram a ocupar lotes de terra e fazer roças onde cultivavam plantas alimentícias (principalmente mandioca) e planejar extensas plantações de cana-de-açúcar, como ocorrera em Pernambuco e na Bahia, tiveram muita dificuldade em obter mão de obra indígena suficiente. Os aborígenes estavam dispostos a trabalhar intermitentemente pelos utensílios e quinquilharias que desejavam, mas não tinham disposição para labutar durante muito tempo, e menos ainda para passar o resto da vida no trabalho exaustivo da lavoura, das pastagens e da grande propriedade agrícola". O Império Marítimo Português. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. Páginas 101-102.</ref>
 
[[Imagem:Johann Moritz Rugendas in Brazil.jpg|thumb|Escravo sendo açoitado, em pintura de Rugendas]]
A aquisição de mão de obra escrava tornou-se imperativa para o sucesso da [[Nova Holanda|colonização holandesa]]. Os holandeses passaram a importar escravos para trabalhar nas plantações. A [[Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais]] começou a traficar escravos da África para o Brasil.<ref>[http://books.google.com/books?id=dzI8C0Vka7IC&pg=PA18&dq=slaves+dutch+brazil+colony+new+holland&sig=TxUCyWRGsyPxFZpctOJRtkeGedE Postma, Johannes . The Dutch in the Atlantic Slave Trade, 1600-1815: : 1600-1815]</ref>