Ptolemeu I Sóter: diferenças entre revisões

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*[[Antígona do Epiro|Antígona]], sua enteada, se casou com o Rei [[Pirro]] de Epiro,<ref name="plutarco.pirro.4.4" /> e seu filho [[Ptolemeu do Epiro]] <ref name="plutarco.pirro.6.1">[[Plutarco]], ''Vidas Paralelas'', ''Vida de Pirro'', 6.1</ref> viria a ser o sucessor do trono após a morte do pai. Teve também uma filha, que possivelmente se chamou Olímpia.
*[[Texena]], outra enteada, foi a ultima esposa de [[Agátocles de Siracusa]], e após a morte do marido, voltou ao Egito com seus filhos ainda crianças, Arcágatos e Texena. Acredita-se {{quem?}} que [[Agátocles do Egito|Agátocles]] e sua irmã [[Agatocleia]], respectivamente 1º ministro e amante de [[Ptolomeu IV]], seriam descendentes de Texena.
*[[Lisandra (filha de Ptolemeu I Sóter)|Lisandra]] se casou primeiro com o rei [[Alexandre V da Macedónia]], filho de [[Cassandro]],<ref name="eusebio.88"/> mas enviuvaria em menos de um ano, e em seguida se casou com [[Agátocles (filho de Lisímaco)|Agátocles]], filho de [[Lisímaco]],<ref name="pausanias.1.9.6">[[Pausânias (geógrafo)]], ''Descrição da Grécia'', 1.9.6</ref> com quem teria tido vários filhos de nome desconhecido. Lisandra fugiu com os filhos para a corte de [[Seleuco I NicatorNicátor]] na Babilônia após a morte de seu marido por traição.
*[[Ptolemaida (filha de Ptolemeu I Sóter)|Ptolemaida]] se casou com [[Demétrio Poliorcetes]] <ref name="plutarco.demetrio.32.3"/> entre os anos 287 e 286 a.C, enviuvando pouco após dar à luz a seu único {{carece de fontes|data=junho de 2017}} filho, [[Demétrio o belo]], herdeiro do trono macedônico e futuro rei da [[Cirenaica]].<ref name="plutarco.demetrio.53.4">[[Plutarco]], ''Vidas Paralelas'', ''Vida de Demétrio'', 53.4</ref> O filho de Demetrio o belo com a princesa Olimpia de Larissa, [[Antigono III Doson]] se tornaria rei da Macedônia. Demétrio e Olimpia de Larissa tiveram mais um filho além de Antigono II, o principe Echecrates. A segunda esposa de Demétrio o belo foi a Rainha Berenice de Cirene, que se tornaria [[Berenice II]] do Egito. Demétrio foi assassinado por Berenice por ter sido flagrado na cama com a sua propria sogra.
*[[Arsínoe II]] se casou 3 vezes, e foi rainha em todas as 3. Seu primeiro marido foi [[Lisímaco da Trácia]], com quem teve 3 filhos, Ptolomeu de Telmesso, Lisímaco e Filipe. Seu segundo marido foi seu meio-irmão [[Ptolomeu Cerauno]]. E por último, seu terceiro marido seria seu irmão caçula, [[Ptolomeu II Filadelfo]].<ref name="pausanias.1.7.1"/> Arsinoe II é tida como a segunda mais importante rainha da [[dinastia ptolemaica]], ficando atrás apenas de [[Cleópatra VII]].
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Por costume, os reis da [[Macedónia (história)|Macedónia]] asseguravam o seu direito ao trono procedendo ao sepultamento dos seus predecessores. Provavelmente porque pretendia impedir perdas de tal privilégio, que como regente imperial estava perto de reclamar para si o trono, Ptolomeu enviou esforços para que os restos mortais de Alexandre fossem conduzidos para o templo de [[Zeus]] [[Ámon]], em [[Mênfis]], e não para [[Aegae]], a capital religiosa da Macedônia, onde Pérdicas os esperava. Ptolomeu enfileirava, assim, de forma aberta, na coligação dos [[Diádocos]] contra o regente. Pérdicas rapidamente chegou à conclusão que Ptolomeu era o seu rival mais perigoso no objetivo de ascender ao trono. Entretanto, Ptolomeu executou Cleómenes acusando-o de espionagem a favor de Pérdicas, o que lhe permitiu abstrair-se ainda mais da sua influência, ao mesmo tempo que tomava controlo sobre a enorme soma de riquezas acumuladas por Cleómenes.
 
Em [[321 a.C.]], Pérdicas invadiu o Egipto. Ptolomeu decidiu defender a sua posição ao longo do [[Nilo]], obrigando o seu rival a fazer várias tentativas fracassadas de travessia. Perto de [[Heliópolis]],{{dn}} Pérdicas, com o moral das suas tropas em baixo, teve ainda a infelicidade de perder cerca de 2000 homens que foram arrastados pelas águas - o que abalou profundamente a reputação do regente,{{carece de fontes|data=junho de 2017}} que foi pouco depois assassinado pelos seus subordinados,<ref name="pausanias.1.6.3" /> Antígenes, [[Seleuco I NicatorNicátor|Seleuco]]{{dn}} e Peiton. Ptolomeu atravessou, então o Nilo para socorrer e prover de munições o exército que até ao momento fora seu inimigo e que agora lhe oferecia a regência do império - mas recusou a proposta. Ptolomeu manteve-se consistente na sua política de assegurar um poder de base, nunca sucumbindo à tentação de arriscar tudo para suceder a Alexandre.
 
Nas longas guerras que se seguiram entre os diferentes Diádocos, o primeiro objectivo de Ptolomeu foi sempre manter o Egipto seguro em seu poder, mantendo, para isso, o controle das áreas adjacentes, como na Cirenaica e em Chipre, bem como sobre a Síria, incluindo a província da [[Judeia]]. A primeira ocupação da [[Síria]] ocorreu em [[318 a.C.|318]], ao mesmo tempo que estabelecia um protectorado sobre os subservientes reis de [[Chipre]]. Quando [[Antígono Monoftalmo]], senhor da [[Ásia]], em [[315 a.C.|315]], deixou claras as suas ambições políticas, Ptolomeu juntou-se à coligação que contra este se tinha estabelecido, evacuando a Síria quando a guerra deflagrou. Em [[Chipre]], lutou contra os partidários de Antígono, reconquistando o território em ([[313 a.C.|313]]). Esmagava, entretanto, uma revolta em Cirene.
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Em [[311 a.C.]] estabeleceu-se um tratado de paz. Pouco depois, o rei Alexandre IV, apenas com treze anos de idade, foi assassinado na Macedónia, deixando o sátrapa do Egipto em estado de independência absoluta. A paz não durou por muito tempo e, em [[309 a.C.]], Ptolomeu comandou pessoalmente uma frota que libertou as cidades costeiras da [[Lícia]] e da [[Cária]] do poderio de Antígono. Passou, depois, para a Grécia, onde tomou posse de [[Corinto]], [[Sícion]] e [[Mégara]] ([[308 a.C.]]). Em [[306 a.C.]],{{carece de fontes|data=junho de 2017}} uma grande frota, sob as ordens de Demétrio, atacou Chipre, e o irmão de Ptolomeu, [[Menelau (irmão de Ptolemeu I Sóter)|Menelau]] foi derrotado e capturado <ref name="pausanias.1.6.6">[[Pausânias (geógrafo)]], ''[[Descrição da Grécia]]'', 1.6.6</ref> na decisiva [[Batalha de Salamina de Chipre]]. Seguiu-se a perda completa de Chipre por Ptolomeu.
 
Os sátrapas Antígono e Demétrio assumiam, assim, o título de reis. Ptolomeu, tal como [[Cassandro]], [[Lisímaco]] e [[Seleuco I NicatorNicátor]] reagiu fazendo o mesmo. No inverno de [[306 a.C.]],{{carece de fontes|data=junho de 2017}} Antígono tentou repetir a vitória em Chipre, invadindo o Egipto; Ptolemeu foi sitiado por terra (Antígono) e por mar (Demétrio).<ref name="pausanias.1.6.6" /> Mas Ptolomeu mostrou-se aí muito mais capaz de defender o seu território, e derrotou as forças invasoras na [[Batalha de Pelúsio (306 a.C.)|Batalha de Pelúsio]]. Ptolomeu não conduziu, contudo, mais quaisquer expedições ultramarinas contra Antígono. Contudo, apoiou [[Rodes]] quando foi cercada por Demétrio <ref name="pausanias.1.6.6" /> em [[305 a.C.]]/[[304 a.C.]]. Depois do levantamento do cerco, os habitantes de Rodes instituiram uma festivade com o fim de honrar e venerar Ptolomeu como ''Soter'' ("salvador").
 
Quando a coligação contra Antígono foi renovada em [[302 a.C.]], Ptolomeu juntou-se-lhe e invadiu a Síria pela terceira vez, enquanto Antígono defrontava Lisímaco na [[Ásia Menor]]. Chegando-lhe a notícia de que Antígono tinha conquistado uma vitória decisiva, voltou a evacuar. Mas quando notícias mais fiáveis chegaram, dando conta da derrota e morte de Antígono, e da vitória de Lisímaco e Seleuco, na [[Batalha de Ipso]], em [[301 a.C.]], Ptolomeu voltou a ocupar a Síria pela quarta vez.