Família Dalasseno: diferenças entre revisões

O nome da família deriva de sua terra natal, a cidade de [[Dalassa]], a moderna Talas no leste da [[Turquia]]. A origem étnica da família é desconhecida; Nicholas Adontz identifica-os como [[armênios]], apesar de [[língua armênia|seus nomes]] não o serem, e muitos estudiosos hesitam em aceitar esta sugestão.{{harvrefsfn|name=Kazh578|Kazhdan|1991|p=578}}{{harvrefsfn|Krsmanović|2003|loc=Chapter 2}} O primeiro membro proeminente da família foi o [[magistro]] [[Damião Dalasseno]], que manteve o importante posto de [[duque de Antioquia]] em 995/996–998.{{harvrefsfn|Cheynet|1986|p=76–78}}{{harvrefsfn|Kazhdan|1985|p=63}} Seus filhos também alcançaram ofícios seniores: dois deles, [[Constantino Dalasseno|Constantino]] e [[Teofilacto Dalasseno|Teofilacto]], também ocuparam o posto de duque de Antioquia, enquanto [[Romano Dalasseno|Romano]] foi [[catepano]] da [[Tema da Ibéria|Ibéria]]. O Oriente, e Antioquia em particular, parece ter sido base de poder da família durante as primeiras décadas do {{séc|XI}}.<ref name=Kazh578 />{{harvrefsfn|Krsmanović|2003|loc=Chapter 3}}{{harvrefsfn|Kazhdan|1985|p=63–6}}

Constantino em particular era um favorito do [[imperador bizantino]] [[{{lknb|Constantino |VIII]]}} {{nwrap|r.|1025|1028}}, e diz-se que ele considerou nomeá-lo seu herdeiro logo após sua morte. Sob {{lknb|Romano|III Argiro}} {{nwrap|r.|1028|1034}}, a família permaneceu leal, ao menos exteriormente. Constantino, contudo, é acusado em algumas fontes de ter desempenhado um papel na fracassada campanha de Romano contra [[Alepo]] em 1030.{{harvrefsfn|Cheynet|1986|p=80}} Constantino então emergiu como o líder da oposição aristocrática durante os reinados de {{lknb|Miguel|IV, o Paflagônio}} {{nwrap|r.|1034|1041}} e {{lknb|Miguel|V, o Calafate}} {{nwrap|r.|1040|1041}}. Isso levou a medidas repressivas e a prisão e exílio de muitos dos membros da família por {{lknb|João,|o Orfanotrofo}}, o ministro de Miguel &nbsp;IV.{{harvrefsfn|Kazhdan|1985|p=64}}{{harvrefsfn|Cheynet|1986|p=80–81}} Após a queda de Miguel &nbsp;V em 1042, Constantino foi novamente considerado um potencial imperador pela [[imperatriz bizantina|imperatriz]] [[Zoé Porfirogênita]] {{nwrap|r.|1028|1025}}; a imperatriz, contudo, viu Constantino como um homem de princípios austeros e finalmente escolheu {{lknb|Constantino|IX Monômaco}} {{nwrap|r.|1042|1055}}.{{harvrefsfn|Krsmanović|2003|loc=Chapter 4}}{{harvrefsfn|Cheynet|1986|p=81}}

Nos anos 1060 e 1070, membros da família, cuja relação com o magistro Damião e seus filhos é incerta, serviram principalmente como generais seniores nos [[Bálcãs]], como o duque de [[Escópia]] Damião em 1073 ou o [[duque de Salonica]] cerca de 1062. A família tornou-se mais notável, contudo, através do casamento da ambiciosa e capaz [[Ana Dalassena]] (a bisneta, pelo lado materno, do magistro Damião), com [[João Comneno (doméstico das escolas)|João Comneno]], o irmão mais jovem do general e imperador {{lknb|Isaac|I Comneno}} {{nwrap|r.|1057|1059}}. Ana resolutamente avançou a carreira de seus filhos, até conseguir {{lknb|Aleixo|I Comneno}} ascender ao trono em 1081. Durante a frequente ausência de Aleixo de Constantinopla em campanha, ela funcionou como a regente ''de facto'' do Império Bizantino.<ref name=Kazh578 />{{harvrefsfn|Krsmanović|2003|loc=Chapter 5}}

O almirante [[Constantino Dalasseno]] desempenhou um significativo papel no começo do reinado de Aleixo I Comneno, mas mais membros da família são conhecidos como oficiais civis. O mais proeminente dos Dalassenos do {{séc|XII}} foi [[João Dalasseno Rogério]], que foi nomeado [[césar (título)|césar]] ca. 1138 e liderou uma conspiração sem-sucesso contra {{lknb|Manuel|I Comneno}} {{nwrap|r.|1143|1118}}.{{harvrefsfn|Krsmanović|2003|loc=Chapter 6}} O nome Dalasseno permaneceu proeminente até o fim do {{séc|XII}}, mas declinou depois disso, e no império tardio o nome aparece apenas raramente, e então entre níveis inferiores da sociedade.<ref name=Kazh578 />{{harvrefsfn|Krsmanović|2003|loc=Chapter 7}}