Maria Paleóloga Cantacuzena: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 4:
|título =[[Imperatriz-consorte da Bulgária]]
|imagem =G bogdanov marija.jpg
|reinado = {{dtlink|||1269}} — {{dtlink|||1279}}
|nome completo =Maria Paleóloga Cantacuzena
|antecessor =[[Irene Ducaina Lascarina|Irene Lascarina de Niceia]]
|sucessor =[[Irene Paleóloga (imperatriz da Bulgária)|Irene Paleóloga]]
|consorte =[[Aleixo File]]<br>[[Constantino Tico da Bulgária]]<br>[[Lacanas da Bulgária]]
|filhos ='''Com Constantino:'''<br>[[Miguel Asen II]]<br>'''Com Lacanas:'''<br>Filha de nome desconhecido
Linha 16 ⟶ 13:
|pai =[[João Cantacuzeno (pincerna)|João Cantacuzeno]]
|mãe =Irene Paleóloga
|cidadenatal=[[Império de Niceia]]
|cidademorte =[[Império Bizantino]]
}}
'''Maria Paleóloga Cantacuzena''' ({{lang-bg|''Мария Палеологина Кантакузина''}}; {{langx|el|Μαρία Παλαιολογίνα Καντακουζηνή}}), conhecida também como '''Maria Cantacuzena''', foi uma princesa bizantina, sobrinha do imperador [[Miguel VIII Paleólogo]] e [[imperatriz-consorte da Bulgária]], casada com os
== Família ==
Maria era a segunda filha de [[João Cantacuzeno (pincerna)|João Cantacuzeno]] e Irene Paleóloga, a irmã de Miguel VIII. De acordo com [[Jorge Paquimeres]], Maria era uma pessoa especialmente [[:wikt:pérfido|pérfida]] e [[:wikt:dissimulação|dissimulada]], exercendo uma poderosa influência sobre o povo e o clero de [[Constantinopla]]. Segundo ele, Maria apoiou o [[golpe de estado]] do tio e incitou-o a [[mutilação política na cultura bizantina|cegar]] o imperador legítimo, [[João IV Láscaris]], que era irmão da
== Imperatriz da Bulgária ==
Linha 32 ⟶ 26:
A deposição e a posterior mutilação jovem [[imperador niceno]] João IV Láscaris por Miguel VIII depois da [[reconquista de Constantinopla]] em 1261 colocou Constantino Tico, do [[Segundo Império Búlgaro|Império Búlgaro]], cunhado do garoto, contra os bizantinos.
Depois da morte da
Maria e Constantino se casaram em 1269. Porém, as disputas sobre a entrega do prometido dote azedaram a relação entre as potências. Maria percebeu que o comportamento do seu tio acabaria por minar sua posição na corte búlgara e, assim, ela propôs abertamente que o marido atacasse Miguel VIII. Os búlgaros se aliaram ao rei [[Carlos I da Sicília]], que já estava planejando uma campanha contra o [[Império Bizantino]] para restaurar o [[Império Latino]]. Miguel VIII respondeu casando sua filha [[:wikt:bastardo|bastarda]], [[Eufrósine Paleóloga]], com [[Nogai
Nos últimos anos de seu reinado, Constantino Tico ficou parcialmente paralisado depois de cair de um cavalo e sofria ainda de dores não especificadas. O governo estava firmemente nas mãos de Maria, que corou o filho deles, [[Miguel Asen II]],
=== Esposa de Lacanas ===
{{AP|Revolta de Lacanas}}
Depois de realizar campanhas militares caras e fracassadas, sofrer repetidos [[raide]]s [[Horda Dourada|mongóis]] e enfrentar uma economia em declínio, o governo de Maria estava a beira de um colapso quando uma revolta irrompeu em 1277. O que se sabe é que um criador de porcos (ou proprietário de uma fazenda de porcos) chamado [[Lacanas]] tornou-se o líder dos descontentes, atraiu muitos seguidores - cuja maioria seria presumivelmente formada por pessoas de baixa renda - e conquistou uma porção importante do território búlgaro. O
As vitórias de Lacanas incomodaram o imperador Miguel VIII Paleólogo, que havia casado sua filha mais velha, [[Irene Paleóloga (imperatriz da Bulgária)|Irene]], com [[João Asen III]], um descendente direto da [[dinastia Asen|dinastia reinante na Bulgária]] que vivia na corte bizantina, e enviou tropas bizantinas para colocá-lo no trono. A invasão fez com que Lacanas e Maria Cantacuzena se aliassem através de um casamento entre os dois. Ele foi reconhecido como imperador em 1278 e jovem Miguel Asen II não foi deposto e nem deserdado. A decisão de Maria foi considerada "indecente" e "impura" pelos bizantinos, pois ela, uma descendente das famílias nobres dos [[Paleólogos]] e [[Cantacuzenos]], casou-se com um criador de porcos que, para piorar, havia assassinado seu marido. Miguel VIII declarou abertamente que Maria havia "desgraçado a família" e "destruído seu reino".
|