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[[Ficheiro:JosephWright-Alchemist.jpg|thumb|238 px|''[[The Alchemist Discovering Phosphorus|O alquimista em busca da pedra filosofal]]'', quadro de [[Joseph Wright]]. (1771)]]
 
Obter uma '''pedra filosofal''' (''Lapis Philosophorum'') era um dos principais objetivos dos [[alquimia|alquimistas]] em geral na [[Idade Média]]. Com ela, o alquimista poderia [[transmutação|transmutar]] qualquer "[[metais inferiores|metal inferior]]" em [[ouro]], como também transmutar seres do reino científico-biológico ''[[Animalia]]'' (reino animal) sem sacrificar algo que dê um valor considerável em troca.<ref name="FMA">Série ''[[Fullmetal Alchemist]]''.</ref><ref name="FMA Brotherhood">Exibições de ''[[Fullmetal Alchemist: Brotherhood]]'', [[anime]] que segue o [[mangá]] da série ''[[Fullmetal Alchemist]]''.</ref> Com uma '''pedra filosofal''', também seria possível obter o [[Elixir da Longa Vida]],<ref>''Mundos Invisíveis''. Série de [[documentário]]s do programa ''[[Fantástico]]'', apresentado por [[Marcelo Gleiser]]. [[2007]].</ref> que permitiria prolongar a [[vida]] "indefinidamente".<ref name="Lenda de Nicholas Flamel.">Lenda de [[Nicolas Flamel]].</ref><ref name="Harry Potter">Série ''[[Harry Potter]]''.</ref>
== O que é a Pedra filosofal: ==
'''Pedra filosofal''' é um '''objeto ou substância lendária''' com poderes incríveis, capaz de '''transformar qualquer metal em ouro'''. Um dos objetivos da alquimia era a criação da pedra filosofal.
 
== Formato físico ==
Segundo as lendas, a pedra filosofal também poderia ser usada para criar o Elixir da Vida, que tinha a propriedade de prolongar a vida da pessoa que o bebesse.
 
As '''pedras filosofais''' não teriam formatos físicos definidos.<ref name="FMA Brotherhood" />
A pedra filosofal e os seus poderes estão relacionados com a transmutação e a vontade de criar que existe dentro de cada ser humano. Em termos teóricos, com a pedra filosofal, era possível obter riqueza infinita e juventude eterna.
 
== Comparação ao Santo Graal ==
Um dos mitos mais importantes a respeito da pedra filosofal está relacionado com Nicolas Flamel, um mercante e escrivão que supostamente teria encontrado a receita para obtenção da pedra filosofal em um livro místico. Existe uma lenda que conta este alquimista também conseguiu produzir o elixir da vida, prolongando a sua vida e a da sua esposa durante vários séculos.
Busca por '''pedras filosofais''' são, em certo sentido, semelhantes à busca pelo [[Santo Graal]] das lendas [[Rei Artur|arturianas]]. Em seu romance ''[[Parsifal]]'', [[Wolfram von Eschenbach]] associa o Santo Graal não a um [[cálice]], mas a uma [[pedra]] que teria sido enviada dos [[Céu (religião)|Céus]] por seres celestiais e teria poderes "inimagináveis".<ref>[[Livro]] ''[[Parsifal]]'', de [[Wolfram von Eschenbach]].</ref>
 
== Magnum Opus ==
== Pedra filosofal e Harry Potter ==
A atividade relacionada com a '''pedra filosofal''' era chamada pelos alquimistas de "A Grande Obra" (ou "''[[Magnum opus|Magnum Opus]]''", em [[latim]]).{{Carece de fontes|data=junho de 2017}}
A pedra filosofal foi mencionada no primeiro livro do Harry Potter e posteriormente no filme "Harry Potter e a Pedra Filosofal". Neste universo, Voldermort tentou obter a pedra filosofal, para fazer o elixir da vida e recuperar a sua existência física.
 
== Lenda & Atribuições ==
Data de atualização: 06/02/2017. O '''significado de Pedra filosofal''' está na categoria: Geral
Ao longo da história, criações de '''pedras filosofais''' foram atribuídas a várias personalidades, como [[Paracelsus]] e [[Fulcanelli]], porém é "inegável" que a lenda mais famosa refere-se a [[Nicolas Flamel]], um alquimista real que viveu no [[Século XIV]]. Segundo o mito, Flamel encontrou um antigo livro que continha textos intercalados com desenhos enigmáticos. Porém, mesmo após muito estudá-lo, Flamel não conseguiria entender do que se tratava. Segundo a lenda, ele teria encontrado um sábio judeu em uma estrada em [[Santiago]] na [[Espanha]], que fez a tradução do livro, que tratava de [[cabala]] e [[Alquimia]], possuindo a fórmula para uma '''pedra filosofal'''. Por meio deste livro, Nicolas Flamel teria conseguido fabricar uma '''pedra filosofal'''. Segundo a lenda, esta seria a razão da riqueza de Flamel, que inclusive fez várias obras de caridade, adornando-as com símbolos alquímicos. Ao falecer, a casa de Flamel teria sido saqueada por caçadores de tesouros ávidos por encontrar '''pedras filosofais'''. A lenda conta que, na realidade, ambos, Flamel e sua esposa, não faleceram, e que em suas tumbas foram encontradas apenas suas roupas no lugar de seus corpos.<ref name="Lenda de Nicholas Flamel." />
 
Outros significados e conceitos que podem interessar
 
{{Referências|col=2}}
* Significado de Alquimia
* Significado de Pedra Angular
* Significado de Madrinha
* Personagens do Folclore Brasileiro
 
== Ver também ==
A primeira coisa que vem à nossa cabeça quando se fala em Pedra Filosofal é o clássico primeiro livro/filme da saga Harry Potter. E por lá se inicia a nossa análise sobre esse, que sem sombra de dúvidas foi o assunto mais comentados entre o final da Idade Média e início da Moderna, ressuscitado com o trabalho de J.K. Rowling.
* [[Alquimia]]
* [[Elixir da Longa Vida]]
* [[Calcinação]]
* [[Mutus Liber]]
* [[Nicolas Flamel]]
* [[Pedra Filosofal (poema)|Pedra Filosofal]], [[poema]] de [[António Gedeão]]
* [[Santo Graal]]
* [[Transmutação]]
* [[Tratado da Pedra Filosofal]], de [[Tomás de Aquino|São Tomás de Aquino]]
* [[Tratado Sobre A Arte da Alquimia]], de [[Tomás de Aquino|São Tomás de Aquino]]
 
{{Alquimia}}
Relatos, alguns de cunho religioso, afirmam que já se existia conhecimento acerca da Pedra Filosofaldesde os tempos da criação bíblica do mundo, onde Adão, criado por Deus a partir do barro, detinha instruções específicas que lhe garantiam a perfeita fabricação de um objeto capaz de transformar qualquer metal em ouro. No entanto, foi no tempo em que se acreditava que o planeta Terra era plano que surgiram os primeiros boatos sobre a real existência de um utensílio ao qual deram o nome de Pedra Filosofal.
{{Alquimia e química islâmica}}
 
Segundo a alquimia, uma espécie de ciência que fazia uso dos princípios de áreas como Química, Astrologia, Magia, Antropologia, Metalurgia, Matemática, Misticismo e Religião, e seus praticantes, os alquimistas, a Pedra Filosofal (ou ''Lapis Philosophorum,'' em Latim) era uma substância presente em qualquer parte da Universo, todavia, por conta de sua complexa composição, não havia sido encontrada ou, se encontrada, aqueles que a detinham ainda não teriam sido capazes de realizar estudos profundos sobre suas propriedades mágicas. A Pedra, por obra do acaso, do divino ou ciência pura, seria capaz de transformar qualquer tipo de metal inferior – chumbo, por exemplo – em ouro, o metal mais caro até então, sem que houvesse a necessidade de sacrifícios. Nesse caso, sem acrescentar nada ao chumbo para que ocorresse o processo de transmutação. Era também através da Pedra Filosofal que se poderia adquirir o Elixir da Vida Longa, capaz ampliar a vida – ou tornar imortal – quem fizesse seu uso. Atualmente isso parece loucura, mas na época em que o assunto caiu na boca do povo, foi motivo de grandes revoltas, principalmente levando em conta o fato de o objetivo da alquimia ser “Ampliar a vida e o conhecimento universal”. Convenhamos, última coisa que os governantes do momento queriam era que os seus súditos passassem a ter pensamento lógico e crítico, o que não quer dizer que esse tipo de ideologia governamentista tenha se perdido na história.
 
As ameaças por parte da monarquia estavam se tornando cada vez mais frequentes, contudo, em meio a centenas de experimentos e fracassos, eis que surge uma das figuras mais importantes para as discussões sobre da Pedra Filosofal, Nicolas Flamel.
 
Flamel nasceu entre os anos de 1330 e 1340. Durante a sua vida, desenvolveu trabalhos como copista, escrivão e vendedor, mas foi em 1370 que sua figura começou a ganhar fama.
 
Segundo a lenda, voltando de uma viagem, Nicolas encontrou um sábio judeu que traduziu um dos livros que estava sob seu domínio – o tal livro continha a fórmula para a criação da Pedra Filosofal.
 
A história ainda conta que, após isso, Flamel saiu da alquimia teória e passou a dedicar-se à prática, onde, a partir dos anos 1380, foi capaz de realizar a primeira transmutação, criando, assim, ouro.
 
Há quem duvide do feito, mas, para deixar as autoridades ainda mais flamejantes, o pobre velho (já não tão pobre assim) dedicou-se também às obras de caridade. Construiu igrejas, cemitérios, hospitais e, todos eles, com muito ouro e esculturas – de ouro – que remontavam à alquimia.
 
Após isso, em 1418, Flamel foi decretado morto. Sua casa foi saqueada inúmeras vezes por ladrões que, sem sucesso, buscavam a chave para a criação da Pedra Filosofal. Porém, sem nenhuma explicação plausível, nas tumbas de Nicolas e Perrenelle, sua esposa, foram encontrados somente suas vestes. Os corpos estavam ausentes. E isso foi a gota d’água para o surgimento de novas conspirações a respeito da existência da Pedra Filosofal. Agora, não apenas ouro, acreditava-se que o dito morto foi capaz de produzir o Elixir da Voda Longa e, com isso, ter salvado a sua vida e a de sua mulher.
 
No fim das contas, Flamel deixou um testamento para seu sobrinho explicando todo o processo de fabricação da Pedra Filosofal. No entanto, o texto estava criptografado (palavra chique para a época) por meio de um alfabeto com 96 letras. Posteriormente, estudiosos conseguiram interpretar os dados, mas há quem diga que até hoje não foi possível produzir outra Pedra Filosofal pelo fato de os escritos terem sido interpretados de maneira errada. A lenda termina afirmando que Nicolas viveu aproximadamente 665 anos (ou seja, veio a falecer entre 1995 e 2005).
 
Capaz de realizar transmutação e promover uma vida mais longa para que a possuir, a Pedra Filosofal obteve grande destaque na literatura. Mas, seu legado se encerra por lá mesmo. Afinal, não sendo confirmada a sua existência e, muito menos, obtendo confirmação científica de que é possível transmutar outros metais em ouro, atualmente a ideia é descartada por grande parte das pessoas, sendo considerada “coisa de louco”.
 
== O testamento de Nicolas Flamel ==
Com uma linguagem extremamente complexa e grande uso de imagens, fica claro que os Alquimistas realmente faziam uso de conceitos esotéricos em seus experimentos. Alguns símbolos, inclusive, considerados satânicos por algumas pessoas atualmente.
 
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