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O termo "cidade" é geralmente utilizado para designar uma dada entidade político-administrativa urbanizada. Em muitos casos, porém, a palavra "cidade" é também usada para descrever uma área de urbanização contígua (que pode abranger diversas entidades administrativas). Por exemplo, dentro do limite administrativo de [[Londres]] possui apenas cerca de 8,17 mil habitantes. Porém, quando alguém se refere à cidade de Londres, está geralmente referindo-se à sua região metropolitana, isto é, à sua área urbanizada, que possui aproximadamente 8,67 milhões de habitantes. [[Tóquio]], muitas vezes descrita incorretamente como uma cidade, é na verdade uma [[metrópole]] (都 - to) do [[Japão]], formada por [[Bairros de Tóquio|23 bairros diferentes]].
 
A cidade também pode ser entendida como o lugar que concentra oferta de serviços - culturais, religiosos, de infraestrutura ou consumo - e que reúne os mais diversos fluxos e atividades humanas. Segundo Leonardo Benevolo,<ref>Benevolo, Leonardo. A cidade e o arquiteto. Lisboa: Edições 70, 2006</ref> esta sobreposição de funções se deve às diferentes realizações de seus habitantes ao longo do tempo, que passam a se justapor no ambiente urbano para adaptar a estrutura a necessidades e interesses diversos . Por sua formação histórica, as regiões que mais representam tal dinâmica são os centros, muitas vezes interpretados e confundidos, no Brasil, com a própria cidade.
 
Estudos mais recentes procuram abordar a cidade a partir de uma perspectiva mais complexa. Uma formação urbana ou um aglomerado humano, para ser mais adequadamente chamada de "cidade", deveria apresentar um certo conjunto de aspectos, entre os quais (1) um determinado qualitativo populacional formado por indivíduos socialmente heterogêneos, (2) uma localização permanente, (3) uma considerável extensão espacial, (4) um certo padrão de espacialidade e de organização da propriedade, (5) a ocorrência de um certo padrão de convivência, (6) a identificação de um modo de vida característico dos citadinos, (7) a presença de ocupações não agrícolas, (8) a presença de um quantitativo populacional considerável, cujo limiar é redefinido a cada época da história, (9) a ocorrência de uma considerável densidade populacional, (10) uma abertura externa, (11) uma localidade de mercado, entre outras características.<ref>BARROS, José D'Assunção. Cidade e História. Petrópolis: Vozes, 2007, p.108. Este conjunto de aspectos, e mais alguns outros, é que autorizariam a classificar uma formação como "cidade", conforme discussão proposta por Barros na obra citada</ref>