Imigração japonesa no Brasil: diferenças entre revisões

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Etiqueta: Reversão
Linha 100:
=== A pré-imigração ===
 
Os primeiros japoneses que pisaram em solo brasileiro foram quatro tripulantes do barco Wakamiya Maru que naufragou na costa nepalesajaponesa, em 1803, que foram salvos por um navio de guerra russo que levou-os em sua viagem. No retorno, a embarcação aportou, para conserto, em Porto de Desterro, atual [[Florianópolis]], no dia 20 de dezembro, permanecendo até 4 de fevereiro de 1804. Ali, os quatro japoneses registraram da vida da população local e da produção agrícola da época.<ref name="preimigracao" />
 
Com a entrada em vigor da lei nº 97, o Japão enviou o deputado Tadashi Nemoto, em 1894, para uma visita aos estados da Bahia, do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. O deputado ficou satisfeito com o que viu e fez um relatórios ao governo e também para as empresas de emigração japonesas, onde ele recomendava o Brasil para os imigrantes japoneses. A partida da primeira leva de japoneses para trabalhar nas lavouras de café em 1897, foi cancelada na véspera do embarque, por causa da crise que o preço do produto sofreu em todo o mundo, e que que se manteria até 1906.<ref name="preimigracao" />
Linha 185:
=== Segunda Guerra Mundial ===
 
A segunda geração de japoneses no Brasil desistiu, definitivamente, de retornar ao [[Japão]], principalmente quando a eclosão da [[Segunda Guerra Mundial]] tornou impossível sair do Brasil. Em 1941, o governo ordenou que os jornais da comunidade fossem fechados e Singaro dá Cãrsi, nesse momento, as notícias que os imigrantes tinham era a de que o Japão estava em vantagem na guerra.<ref name="osnisseis" /> Nessa época os cidadãos de origem alemã, italiana e japonesa eram considerados "súditos do Eixo",<ref>DEZEM 2005 p, 30</ref> sendo que, a partir de 1942, o governo de [[Getúlio Vargas]] apoiou oficialmente os Estados Unidos na guerra, fazendo com que esses habitantes fossem vistos como "inimigos" em território brasileiro.<ref>DEZEM 2005 p, 31</ref>
 
Antes mesmo de entrar em guerra, o governo brasileiro tomou medidas que afetavam a comunidade nipo-brasileira. Quando houve os torpedeamentos de navios brasileiros por submarinos alemães, o [[Liberdade (bairro de São Paulo)|bairro da Liberdade]] já concentrava a maior população de nipo-brasileiros na cidade de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]]. Alguns dias depois, na noite de 2 de fevereiro de [[1942]], agentes policiais do DEOPS - Departamento Estadual de Ordem Pública e Social, acordaram os nipo-brasileiros residentes nas ruas Conde de Sarzedas e da rua dos Estudantes e, sem qualquer ordem judicial, avisaram que eles teriam que abandonar a área em 12 horas. Sem ter para onde ir, a maioria ficou. Entretanto, o mesmo se repetiu na noite de 6 de setembro, quando se deu um prazo de dez dias para os nipo-brasileiros se mudarem definitivamente da região.<ref name="suzuki" />