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[[Imagem:IUSTINIANUS I - CONOB DOC 7 - 851082.jpg|thumb|[[Soldo (moeda)|Soldo]] de [[Justiniano]] {{nwrap|r.|527|565}}]]
 
'''Abasgos''' ({{langx|ka|აბაზგები||''Abazgebi''}}; {{langx|el|Αβασγοί||''Abasgoí''}}; {{langx|la|''Abasgi''}}) foram uma das antigas tribos que habitaram o oeste da [[Geórgia]], no auto-proclamado Estado da [[Abecásia]]. A etnicidade dos abasgos é ainda motivo de disputa entre os estudiosos, com as historiadores dividindo-se entre uma origem [[abecazes|abecaz]]{{harvrefsfn|Allen|1932|p=28}} e uma origem [[georgianos|georgiana]]. Os abasgos são mencionados pela primeira vez nas obras dos autores [[latim|latinos]] {{lknb|Plínio,|o Velho}} e [[Estrabão]]. Segundo [[Arriano]], o Reino de Abásgia, o país desta tribo, era cliente do [[Império Romano]] no {{séc|II}} e os romanos nomearam seus reis.{{harvrefsfn|name=Mi54|Mikaberidze|2015|p=54}}
 
Pelo {{séc|IV}}, os abasgos enfrentaram a pressão dos [[apsílios]] no sul e foram obrigados a migrar para norte e estabelecer seu reino em torno da cidade de Sebastópolis (moderna [[Sucumi]]).<ref name=Mi54 /> No {{séc|VI}} [[historiador bizantino]] [[Procópio de Cesareia]] descreveu os abasgos como um povo guerreiro e pagão que cultuava três divindades e que forneceu muitos [[eunuco]]s à corte imperial de [[Constantinopla]].{{harvrefsfn|Olson|1994|p=6}} Ele também afirmou que Abásgia tornar-se-ia vassala do [[Reino de Lázica]], um Estado cliente do [[Império Bizantino]] sob o [[imperador bizantino|imperador]] [[Justiniano]] {{nwrap|r.|527|565}}, e os reis lazes passaram a nomear seus soberanos.<ref name=Mi54 />
 
Em data desconhecida durante o {{séc|VI}}, por intermédio dos missionários bizantinos, Abásgia foi cristianizada. Pela mesma época, os abasgos apoiaram os lazes em suas guerras contra o Império Bizantino e o [[Império Sassânida]] pela hegemonia no país (cf. [[Guerra Lázica]]). Em 550, aderiram à revolta generalizada deflagada no [[Cáucaso]] contra a autoridade bizantina, e nomearam [[Opsites]] e [[Esceparnas]] como seus reis em detrimento do imperador Justiniano. Os abasgos seriam derrotados, contudo, pelos generais [[João Guzes]] e [[Uligago]], que foram enviados pelo comandante supremo [[Bessas]].<ref name=Mi54 /> No confronto, a fortaleza rebelde Traqueia foi tomada e arrasada.{{harvrefsfn|Martindale|1992|p=651; 1389}}{{harvrefsfn|Greatrex|2002|p=118}}
 
Em 572/573, com a eclosão duma [[Armênia persa(província do Império Sassânida)|revolta armênia]] liderada por {{lknb|Bardanes|III Mamicônio}} e apoiada pelo imperador {{lknb|Justino|II}} {{nwrap|r.|565|578}} contra o Império Sassânida do [[xá sassânida|xá]] {{lknb|Cosroes|I}} {{nwrap|r.|531|579}}, abasgos, lazes e [[alanos]] enviaram tropas para auxiliar os armênios.{{harvrefsfn|Greatrex|2002|p=149-150}}{{harvrefsfn|Salia|1983|p=112}} No início do {{séc|VII}}, o Império Bizantino separou Abásgia e Lázica e estabeleceu controle direto sobre a primeira. Essa província recém-fundada englobava territórios dos apsílios, [[sanigos]] e [[misimianos]] e seu nome foi empregado para referir-se à moderna Abecásia, bem como a Geórgia Ocidental em geral.<ref name=Mi54 />
 
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