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No período de 1811 a 1832, o comércio sobrepujou todas as demais atividades em Morretes. E nem só o comércio, mas também a indústria, em particular a indústria de beneficiamento de [[erva-mate]], de que foram pioneiras pessoas abastadas de [[Paranaguá]], que instalaram em diversos pontos do município [[engenho]]s de beneficiamento do mate, quase todos movidos a força hidráulica. Em 1823, foi construído um grande teatro de madeira e, nele, foram levados à cena, por jovens morretenses, peças teatrais de grande importância, inclusive uma comédia do famoso escritor da Grécia Antiga [[Esopo]]. Em 11 de outubro de 1843, foi criado um Batalhão da Guarda Nacional. Morretes enviou para a [[Guerra do Paraguai]], em 1865, uma companhia de guerra de setenta soldados.
 
Com a chegada dos trilhos de aço da [[Estrada de Ferro Paraná]] ao litoral, cujo tráfego iniciou-se em 1885, Morretes decaiu vertiginosamente: seu comércio foi altamente prejudicado, parando os engenhos de erva-mate e afetando toda a estrutura sócio-econômico-cultural do município. A partir de então, operou-se uma reação, reconquistando o município, aos poucos, sua importância no contexto do estado do Paraná. A partir de então, sua economia se desenvolveu a partir da agricultura em especial da lavoura de cana-de-açúcar, da produção de cachaça e mais tarde da cultura da banana.
 
Segundo BORGES (1990, p. 06), a cidade de Morretes teve um papel significativo na História do Paraná no que se refere ao cultivo de cana-de-açúcar, de uma forma peculiar o seu cultivo fez parte da História e Economia desta cidade, contribuindo de uma forma tímida à inclusão do Paraná no Ciclo Econômico da Cana-de Açúcar no Brasil. Morretes e Antonina cultivavam a cana-de-açúcar em moinhos rudimentares, produzindo açúcar mascavo e cachaça. Antonina já fabricou açúcar branco de ótima qualidade, mas abandonou o açúcar para produzir cachaça, pois era mais lucrativa (SANTOS, 1989, p. 14).
 
O segundo engenho do Brasil está localizado no município de Morretes, concessão estabelecida pelo decreto nº 6639, de 31 de julho de 1877, sendo inaugurado em 1878, graças a visão administrativa de Lamenha Lins, presidente da província do Paraná e também sócio do engenho (SANTOS, 1989, P. 2).
 
O Engenho Central de Morretes teve muita importância na vida dos imigrantes italianos estabelecidos na cidade, contribuiu para o ciclo completo de integração social e econômica da planície litorânea do Paraná (BORGES, apud Boletim do Instituto Histórico e Geográfico e Etnográfico Paranaenses, 1990, p. 44-45).
 
A produção da cachaça em Morretes é devido à decadência do ciclo da erva-mate no estado no fim do século XIX. As pequenas plantações de cana-de-açúcar já marcavam a mata em muitos pontos da descida da serra do Mar, a caminho de Morretes que abasteciam o engenho central. Nesses lugares era produzido o açúcar mascavo, a rapadura e o melado até o ponto de suprir a demanda inicial desses produtos. A partir desse momento, os habitantes da cidade começaram a produzir aguardente, fazendo com que os engenhos que antes pertenciam aos barões do mate, passassem a armazenar a cachaça e a abastecer as comunidades vizinhas.
 
O auge da cachaça “Morretiana” aconteceu na década de 1950, graças aos imigrantes italianos que imprimiram qualidade e fama nacional ao produto, devido a sua dedicação, força de trabalho e seus conhecimentos em fermentação trazidos da Itália (BOM GOURMET, Gazeta do Povo, 04/02/2002).
 
A colônia agrícola Nova Itália, que era dividida em doze núcleos coloniais, foi fundada em 22 de abril de 1878, em terreno doado pelo coronel Antônio Ricardo dos Santos. Nela, foram estabelecidas 543 famílias, num total de 2 296 pessoas. Mais tarde, muitos colonos deixaram o lugar e se transferiram para outras colônias, motivados principalmente pela inadaptação ao clima de Morretes. O [[distrito]] de Porto de Cima é um dos mais importantes pontos de referência histórica, não só para o povo morretense, mas para todo o [[Paraná]].