Maria I de Portugal: diferenças entre revisões

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{{Info/Nobre
| nome = Maria I
| imagem = Rainha Maria I, deQueen of Portugal - Giuseppe Troni, atribuído (Turim, 1739-Lisboa, 1810) - Google Cultural Institute.jpg
| imgw = 250px
| sucessão = [[Lista de monarcas de Portugal|Rainha de Portugal e Algarves]]
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| assinatura = Assinatura D. Maria Primeira.svg
}}
[[File:4 escudos en or à l'effigie de Marie I et Pierre III, 1785.jpg|thumb|Moeda com as efígies de Maria I e Pedro III|270px]]
'''Maria I''' ([[Lisboa]], {{dtlink|17|12|1734}} – [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], {{dtlink|20|3|1816}}), apelidada de "a Piedosa" e "a Louca", foi a [[Lista de monarcas de Portugal|Rainha de Portugal e Algarves]] de 1777 até 1815, e também Rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves a partir do final de 1815 até sua morte. De 1792 até sua morte, seu filho mais velho [[João VI de Portugal|João]] atuou como regente do reino em seu nome devido sua doença mental. Era a filha mais velha do rei [[José I de Portugal|José I]] e sua esposa a infanta [[Mariana Vitória de Bourbon|Mariana Vitória da Espanha]].
 
== Biografia ==
[[File:D.Mara.II - A Pia.png|thumb|left|180px|''Dona Maria I, Rainha de Portugal'', por [[José Leandro de Carvalho]], 1808.]]
 
[[File:Retrato da Infanta D. Maria Francisca Isabel Josefa.jpg|thumb|esquerda|180px|''Maria Francisca, Princesa da Beira, Duquesa de Barcelos'' (1739), [[Francesco Pavona]].]]
===Nascimento===
Maria nasceu a {{dtlink|17|12|1734}} no [[Paço da Ribeira]], em [[Lisboa]], [[Reino de Portugal|Portugal]]. Seu nome completo era ''Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança''. Foi a filha primogênita de D. [[José I de Portugal|José de Bragança]], então [[Príncipe do Brasil]], e sua esposa [[Mariana Vitória de Bourbon]], Infanta de Espanha.
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Mentalmente instável, desde 10 de fevereiro de [[1792]] foi obrigada a aceitar que o filho tomasse conta dos assuntos de Estado. Obcecada com as penas eternas que o pai estaria sofrendo no inferno, por ter permitido a [[Sebastião José de Carvalho e Melo|Pombal]] perseguir os [[Companhia de Jesus|jesuítas]], o via como "um monte de carvão calcinado".
 
Para tratá-la veio de Londres o Dr. Willis, [[psiquiatra]] e médico real de [[Jorge III do Reino Unido|Jorge III]], enlouquecido em 1788, mas de nada adiantaram seus "remédios evacuantes". [[File:4 escudos en or à l'effigie de Marie I et Pierre III, 1785.jpg|thumb|right|Moeda com as efígies de Maria I e Pedro III|306x306px]]Em [[1799]], sua instabilidade mental se agravou com os lutos pelo seu marido [[Pedro III de Portugal|Pedro III]] (1786) e seu filho, o príncipe herdeiro [[José, Duque de Bragança|José]], [[Duque de Bragança]], [[Príncipe da Beira]], [[Príncipe do Brasil]], morto aos 27 anos (1788), a marcha da [[Revolução Francesa]], e execução do Rei [[Luís XVI de França]] na [[guilhotina]] e o filho e herdeiro João assumiu a regência : [[João VI de Portugal|João VI]] de Portugal.
 
=== Ida para o Brasil ===
[[File:Painting of Dona Maria I held at the Instituto Histórico Geográfico da Bahia.jpg|thumb|''Retrato da Rainha Dona Maria I'']]
[[File:D.Mara.II - A Pia.png|thumb|''Dona Maria I, Rainha de Portugal'', por [[José Leandro de Carvalho]], 1808.]]
[[Ficheiro:Tomb of Maria I - Basílica da Estrela - Lisbon.JPG|thumb|Túmulo de Maria I na [[Basílica da Estrela]], em [[Lisboa]]]]
 
A Família Real Portuguesa transfere-se para o [[Brasil]] devido ao receio de ser deposta, à semelhança do que ocorrera nos países recentemente invadidos pelas tropas [[Primeiro Império Francês|francesas]]: [[Napoleão]] acumula o título de rei de [[Itália]], dando o título de rei de Nápoles ao seu irmão [[José Bonaparte]], a quem posteriormente situou no trono da Espanha; nos [[Países Baixos]] a coroa é dada a seu irmão Luís Bonaparte ([[Luís I da Holanda]]). Em 1801, o primeiro-ministro de Espanha, [[Manuel Godoy]] apoiado por [[Napoleão]] invadiu Portugal por breves meses e, no subsequente [[Tratado de Badajoz]], [[Olivença]] passou para a coroa de [[Espanha]], mais tarde também ocupada pelos franceses. Portugal continuou a fazer frente à França e, ao recusar-se a cumprir o bloqueio naval às Ilhas Britânicas, foi invadido pela coligação franco-espanhola liderada pelo [[Jean-Andoche Junot|Marechal Junot]]. A família real foge para o [[Brasil]] a [[13 de Novembro]] de [[1807]] deixando [[Portugal]] a mercê do invasor. Junot invade Lisboa sendo nomeado governador de Portugal. A [[1 de Agosto]] de [[1808]], o [[Duque de Wellington]] desembarcou em Portugal e iniciou-se a [[Guerra Peninsular]]. Entre 1809 e 1810, o exército luso-britânico lutou contra as forças invasoras de Napoleão, nomeadamente na batalha do [[Buçaco]]. Quando Napoleão foi derrotado em [[1815]], Maria e a família real encontravam-se ainda no Brasil. Dos membros da realeza, porém, foi a que se manteve mais calma, chegando a declarar: ''Não corram tanto, vão pensar que estamos a fugir''.
 
=== Morte ===
[[Ficheiro:Tomb of Maria I - Basílica da Estrela - Lisbon.JPG|thumb|left|Túmulo de Maria I na [[Basílica da Estrela]], em [[Lisboa]]]]
Incapacitada, Maria viveu no Brasil por oito anos, sempre em estado infeliz. Ela morreu no [[Convento do Carmo (Rio de Janeiro)|Convento do Carmo]], na cidade do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], em {{dtlink|20|03|1816}}, aos 81 anos de idade. Após as cerimônias fúnebres, seu corpo foi sepultado no [[Convento da Ajuda]], também no Rio. Com sua morte, o Príncipe Regente João foi aclamado Rei de Portugal, Brasil e Algarves.