Império Italiano: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
copidesque
Linha 152:
 
A posição da Itália com relação à Espanha mudou entre as décadas de 1920 e 1930. O regime fascista mantinha antagonismo com relação à Espanha devido à política externa em prol dos franceses de [[Primo de Rivera]]. Em 1926, Mussolini começou a ajudar o movimento separatista catalão, que era liderado por [[Francesc Macià]], contra o governo espanhol.<ref name="Robert H. Whealey 2005. P. 11">Robert H. Whealey. ''Hitler And Spain: The Nazi Role In The Spanish Civil War, 1936–1939''. Paperback edition. Lexington, Kentucky, USA: University Press of Kentucky, 2005. P. 11.</ref> Com a ascensão da governo republicano de esquerda substituindo a monarquia espanhola, os monarquistas e fascistas espanhóis se aproximaram da Itália pedindo por ajuda para derrubar o governo republicano; a Itália concordou e deu suporte em ordem de estabelecer um governo pró-italiano.<ref name="Robert H. Whealey 2005. P. 11"/>
Em julho de 1936, [[Francisco Franco]] da facção nacionalista na [[Guerra Civil Espanhola]] pediu suporte contra a facção republicana no poder e garantiu que se a Itália apoiasse os nacionalistas as "futuras relações seriam mais que amigáveis" e que o suporte italiano "iria permitir que a influência de Roma prevalecesse sobre a de Berlim nas futuras políticas da Espanha".<ref>Sebastian Balfour, Paul Preston. Spain and the Great Powers in the Twentieth Century. London, England, UK; New York, New York, USA: Routledge, 1999. P. 152.</ref> A Itália interveio na guerra civil com a intenção de ocupar as [[ilhas [[Baleares]] e criar um [[estado cliente]] na [[Espanha]].<ref>R. J. B. Bosworth. ''The Oxford handbook of fascism''. Oxford, UK: Oxford University Press, 2009. Pp. 246.</ref> O controle sobre as ilhas era cobiçado devido a sua posição estratégica, a Itália poderia usar as ilhas como uma base para cortar as linhas de comunicação entre a França e suas colônias no norte africano e entre [[Gibraltar]] e [[Malta]].<ref>John J. Mearsheimer. The Tragedy of Great Power Politics. W. W. Norton & Company, 2003.</ref> Depois da vitória por Franco e os nacionalistas na guerra, a inteligência Aliada foi informada de que a Itália estava pressionando a Espanha para permitir uma ocupação italiana das ilhas Baleares.<ref>The Road to Oran: Anglo-Franch Naval Relations, September 1939 – July 1940. Pp. 24.</ref>
 
Depois do Reino Unido assinar os [[Acordos de Páscoa]] anglo-italianos em 1938, Mussolini e o ministro do exterior Ciano fizeram demandas para a concessões no Mediterrânea por parte da França, particularmente com relação ao [[Djibuti]], [[Tunísia]] e o [[canal de Suez]] administrado pelos franceses.<ref name="Reynolds Mathewson Salerno 1940. p82-83">Reynolds Mathewson Salerno. Vital Crossroads: Mediterranean Origins of the Second World War, 1935–1940. Cornell University, 2002. p&nbsp;82–83.</ref> Três semanas depois, Mussolini disse a Ciano que ele tinha intenção de exigir uma tomada italiana da Albânia.<ref name="Reynolds Mathewson Salerno 1940. p82-83"/> Mussolini proferiu que a Itália só poderia "respirar facilmente" se adquirisse um domínio colonial contínuo na África do Atlântico ao [[Oceano Índico|Índico]] e que 10 milhões de italianos tivessem se instalado.<ref name="smith"/> Em 1938 a Itália exigiu uma [[esfera de influência]] no canal de Suez no Egito, especialmente pedindo que a [[Companhia do Canal de Suez]] aceitasse um representante italiano no seu [[conselho de administração]].<ref name="LIFE 1938. Pp. 23">"French Army breaks a one-day strike and stands on guard against a land-hungry Italy", ''LIFE'', 19 Dec 1938. Pp. 23.</ref> A Itália era contrária ao monopólio francês na empresa porque com a Companhia do Canal de Suez sob domínio francês, todo o tráfico mercante italiano a colônia da [[África Oriental Italiana]] era forçado a pagar pedágio para entrar no canal.<ref name="LIFE 1938. Pp. 23"/>
 
A região da Albânia era parte do [[Império Romano]], sendo dominada antes mesmo de algumas seções do norte da península Itálica pelos romanos, mas que era povoada há muito tempo pelos [[albaneses]]. Em 1939, a Itália [[Invasão italiana da Albânia|invadiu e capturou a Albânia]], fazendo dela parte do Império Italiano como um reino separado em [[união pessoal]] com a [[Casa de Saboia|Coroa Italiana]], mesmo com a Itália tendo ligações fortes com a liderança albanesa e a considerando firmemente dentro da sua esfera de influência.<ref name="Dickson 2001 pg 69">Dickson (2001), pg. 69</ref> É possível que Mussolini apenas quisesse um sucesso espetacular sobre um vizinho menor para se igualar a [[Anschluss|absorção da Áustria]] e da [[Ocupação alemã da Checoslováquia|Checoslováquia]] pela [[Alemanha Nazi|Alemanha]].<ref name="Dickson 2001 pg 69"/> O rei italiano Vítor Emanuel III adquiriu o título de Rei da Albânia e um governo fascista sob [[Shefqet Verlaci]] foi estabelecido na [[Reino da Albânia (1939–1943)|Albânia sob domínio italiano]].
Linha 244:
 
* '''Malta'''
[[Malta]] esteve profundamente ligada à [[Sicília]] por laços religiosos, econômicos, polítocos e culturais até o século XVIII, quando fazia parte do [[Reino da Sicília]]. Durante as [[Guerras Napoleônicas]] Malta foi [[Ocupação francesa de Malta|ocupada pelos franceses]] e subsequentemente pelo Império Britânico. Em [[1880]], o ítalo-maltês [[Fortunato Mizzi]]<ref>I Mizzi ([[Fortunato Mizzi|Fortunato]] e poi [[Enrico Mizzi|Enrico]]) erano discendenti di Pietro Mizzi, emigrato a [[Gozo]] dall'Italia nel 1655; [http://www.mizzi.ch/FamilyTree%20Mizzi.htm Albero genealogico dei Mizzi]</ref> funda o Partido Anti-Reformista (''Partit Anti-Riformista'') para contrastar com as políticas do governo colonial britânica e a anglicização do judiciário e do sistema de ensino. Com a Unificação Italiana, Malta é vista como parte da Itália Irredenta e cresce o [[irredentismo italiano em Malta]] buscando a anexação com a Itália, sobretudo durante a Era Fascista no qual o governo fascista abre a "''Casa della redenzione maltese"'' ("Casa da Redenção Maltesa") em Roma.<ref>[http://www.intratext.com/IXT/ITA2413/_P6.HTM Irredentismo maltese ed il Regno d'Italia negli anni trenta]</ref> Em 1934 o idioma italiano éfoi retirado dentroda oslista de idiomas oficiais da colônia<ref>{{cite web|url=http://www.intratext.com/IXT/ITA2413/_P6.HTM |title=Studi maltesi: testo – IntraText CT |publisher=Intratext.com |date=2007-05-04}}</ref> e em 1940 sãoforam deportados 49 irredentistas para a Uganda.<ref>Artigo em italiano sobre Borg Pisani, no qual os 700 malteses irredentistas são nomeados ([http://www.isses.it/borg.htm])</ref> Com a entrada da Itália na Segunda Guerra Mundial, a ''Regia AeronauicaAeronautica'' e a ''Luftwaffe'' realizaram mais de 3três mil bombardeios contra as ilhas{{sfn|Holland|2003|p=417}} buscando a sua submissão e subsequente anexação. Com as baixas e a destruição; o irredentismo italiano perdeu força e a guerra acabou sem que a Itália tomasse posse de Malta.
 
== Cultura ==
Linha 281:
[[Imagem:Tallero d'Eritrea 129421.jpg|thumb|250px|Moedas de 1 [[Tallero]] de 1891 da [[Eritreia italiana]].]]
[[Imagem:ItalianSomalilandP13-10Somali-1950-donatedcm f.jpg|thumb|right|250px|Uma cédula de 10 "Somali" de 1950 usado no mandato italiano da Somália.]]
O Império Italianoimpério gerado logo após a [[Risorgimento|Unificação Italiana]] apresentou várias dificuldades econômicas nas primeiras décadas de vida. Mesmo na metrópole europeia a economia tinha uma participação desproporcional da agricultura, o PIB per capita era cerca de metade do britânico e 25% menor do que o alemão e francês<ref name="toniolo">{{cite book|last1=Toniolo|first1=edited by Gianni|title=The Oxford handbook of the Italian economy since unification|date=2013|publisher=Oxford University Press|location=New York, NY|isbn=9780199936694}}</ref>, o país não tinha grandes depósitos de [[carvão]] e [[ferro]].<ref>{{cite book|last1=Hildebrand|first1=George Herbert|title=Growth and Structure in the Economy of Modern Italy|date=1965|publisher=Harvard University Press|location=Cambridge, Massachusetts|pages=307–309|accessdate=25 November 2017}}</ref> e a maioria da população era iletrada. Na década de 1880, uma severa crise levou a introdução de técnicas agrárias mais modernas no [[Vale do Pó]].<ref>{{cite book|last1=Zamagni|first1=Vera|title=The economic history of Italy, 1860-1990 : from the periphery to the centre|date=1993|publisher=Clarendon Press|location=[New York]|isbn=978-0198287735|page=64|edition=Repr.}}</ref> Entre 1878 e 1887 políticas protecionistas foram introduzidas para estabelecer uma base na indústria pesada.<ref>{{cite book|last1=Kemp|first1=Tom|title=Industrialization in nineteenth-century Europe|date=1985|publisher=Longman|location=London|isbn=978-0582493841|edition=2nd}}</ref> [[Turim]] e [[Milão]] lideraram a indústria têxtil, química, engenharia e a explosão bancária; [[Gênova]] se estabeleceu na indústria naval militar e civil.<ref>{{cite web |url=https://www.bancaditalia.it/pubblicazioni/quaderni-storia/2010-0004/en_Qua_Storia_eco_n4.pdf?language_id=1 |title=Through the Magnifying Glass: Provincial Aspects of Industrial Growth in Post-Unification Italy |last=Ciccarelli |first=Carlo |last2=Fenoaltea |first2=Stefano |date=July 2010 |publisher=[[Banca d'Italia]] |location= |page=4 |format=PDF |access-date= }}</ref>
 
O Impérioimpério emergiu da [[Primeira Guerra Mundial]] em uma posição enfraquecida. Entre 1922 e 1925, os fascistas conduziram uma política majoritariamente liberal: inicialmente reduziram os impostos, regulações e restrições de comércio como um todo.<ref>Sheldon Richman, ''"Fascism"''.</ref> No entanto, uma vez firmado no poder, Mussolini começou uma política mais intervencionista por parte do estado italiano.<ref name="Patricia Knight page 64">{{cite book |first=Patricia |last=Knight |title=Mussolini and Fascism |location= |publisher=Routledge |year=2003 |page=64 }}</ref> A escassez de recursos industriais foi rebatida com desenvolvimento intenso dos recursos domésticos disponíveis e políticas comerciais agressivas buscando acordos por matérias primas ou estratégias de colonização. Buscando promover o comércio, Mussolini pressionou o parlamento a ratificar o "Acordo político e econômico ítalo-soviético" em 1923<ref>Xenia Joukoff Eudin and Harold Henry Fisher, ''Soviet Russia and the West, 1920-1927: A Documentary Survey'', Stanford University Press, 1957, p. 190</ref>, reconhecimento da [[URSS]] em 1924 (o primeiro país o ocidental a fazê-lo)<ref>Stanley G. Payne, ''A History of Fascism 1914—1945'', University of Wisconsin Press, 1995 p. 223</ref> e o [[Pacto Ítalo-soviético]] em 1933, fazendo do Impérioimpério um dos principais parceiros comerciais da URSS; comerciando recursos naturais soviéticos por assistência técnica italiana, incluindo em áreas como tecnologia naval, aviação e automobilística.<ref>Donald J. Stoker Jr. and Jonathan A. Grant, editors, ''Girding for Battle: The Arms Trade in a Global Perspective 1815-1940'', Westport: CT, Praeger Publishers, 2003, page 180</ref>
 
A economia das colônias era pobre e atrasada, a [[Eritreia italiana|Eritreia]] e a [[Somália italiana|Somália]] não ofereciam boas oportunidades aos europeus de levarem vidas decentes, a [[Líbia italiana|Líbia]] que também era pobre, ainda não era totalmente controlada pelos italianos. O número de migrantes italianos residentes era pequeno e composto basicamente de homens jovens empregados em algumas empresas comerciais e serviço civil.<ref name="gian-luca">[https://www.cairn.info/revue-annales-de-demographie-historique-2011-2-page-205.htm] Colonists and “Demographic” Colonists. Family and Society in Italian Africa, de autoria de Gian-Luca Podesta</ref> A Eritreia possuía uma sociedade colonial diferente das colônias de exploração comum habitadas em geral por militares, donos de plantações e serventes civis; a colônia italiana por sua vez possuía como colonistas italianos alfaiates, sapateiros, balconistas, mineradores, fazendeiros, comerciantes, mecânicos, trabalhadores qualificados com alguns representantes de advogados, engenheiros, médicos e farmacêuticos.<ref name="gian-luca"/> oO governo colonial providenciava a repatriação para italianos pobres sem meios de se sustentar na colônia.<ref name="gian-luca"/>
 
Na Somália, os italianos estabeleceram a base para a agricultura orientada a exportação e sistemas de irrigação em 1919 com a chegada do Príncipepríncipe Luigi[[|Luís AmedeoAmadeu, Duque dos Abruzos|Luís Amadeu de Saboia]]. O Vale do Shebelle foi escolhido como lugar de implantação das plantations devido a presença do [[rio Shebelle]] que fornecia água para os sistemas de irrigação, produzindo algodão, bananas e cana-de-açúcar.<ref name="somalia">[http://countrystudies.us/somalia/57.htm] Site Countrystudies</ref> As exportações de banana para a Itália começaram em 1927 e se tornarão o principal produto somaliano em 1929 quando o mercado mundial do algodão colapsou. A competição com as bananas das ilhas [[Canárias]] fez com que a Itália adotasse taxas sobre as bananas não-somalianas. Todo o comércio de banana estava sob monopólio da empresa estatal real ''Regia Azienda Monopolio Banane'' (RAMB).<ref name="somalia"/> O algodão demonstrou menos resultados, em 1929 1 4001400 toneladas de algodão foram exportadas para a metrópole, caindo para 400 tontoneladas em 1937. A cana-de-açúcar obteve mais sucesso e era destinada ao consumo da colônia, sendo organizada sob o monopólio da Societa''Società Agricola Italo-Somala'' (SAIS, "Sociedade Agrícola ítalo-Somaliana") com sede em [[Gênova]].<ref name="somalia"/> Os somalianos nessa época se tornaram serventesfuncionários civis, pequenos negociantescomerciantes, soldados, professores e proprietários de pequenos negócios.<ref name="somalia"/> Mesmo com os incentivos da era fascista, os produtos italianos nunca se tornaram competitivos internacionalmente.<ref name="somalia"/>
 
Em 1929, a [[Grande Depressão]] atingiu duramente a Itália.<ref>{{cite book |first=William G. |last=Welk |title=Fascist economy policy; an analysis of Italy's economic experiment |publisher=Harvard University Press |year=1938 |page=166 }}</ref> Tentando lidar com a crise, o governo fascista nacionalizou os ativos dos grandes bancos que asseguraram significantes seguranças industriais.<ref>Gaetano Salvemini, ''"Italian Fascism"''. London: Victor Gollancz Ltd., 1938.</ref> Um número deAlgumas entidades mistas foram formadas, cujoscom objetivos era ade aproximação dos entes do governo e dos negócios. Esses representantes discutiam políticas econômicas e manipulavam preços e salários para satisfazer tanto ao governo como aos negócios. Esse modelo econômico foi nomeado de [[corporativismo]]. Por volta de 1939, a Itália tinha a maior porcentagem de empresas estatais depois da [[União Soviética]].<ref>Patricia Knight, ''Mussolini and Fascism'', Routledge (UK), {{ISBN|0-415-27921-6}}, p. 65</ref><ref>{{cite journal |first=Fabrizio |last=Mattesini |first2=Beniamino |last2=Quintieri |title=Italy and the Great Depression: An analysis of the Italian economy, 1929–1936 |journal=Explorations in Economic History |year=1997 |volume=34 |issue=3 |pages=265–294 |doi=10.1006/exeh.1997.0672 }}</ref><ref>{{cite journal |first=Fabrizio |last=Mattesini |first2=Beniamino |last2=Quintieri |title=Does a reduction in the length of the working week reduce unemployment? Some evidence from the Italian economy during the Great Depression |journal=Explorations in Economic History |year=2006 |volume=43 |issue=3 |pages=413–437 |doi=10.1016/j.eeh.2005.04.001 }}</ref> A [[Invasão da Abissínia]] e consequente embargos econômicas da [[Liga das Nações]] pouco afetaram a economia italiana, principalmente por não afetar matérias estratégicas como carvão, aço e petróleo.<ref>[https://www.nuffield.ox.ac.uk/economics/history/paper14/14paper.pdf] 1935 SANCTIONS AGAINST ITALY: WOULD COAL AND CRUDE OIL HAVE MADE A DIFFERENCE? de Cristiano Andrea Ristuccia, página 6, acessado em 20 de julho de 2018.</ref>
 
Em 1938, com base no livro de Mark Harrison,<ref name=Harrison3/> o PIB do Império Italiano éera estimado em 143,8 bilhões de [[Dólar Geary-Khamis|dólares internacionais de 1990]] (GK$); com a vasta maioria vindo da metrópole europeia com GK$ 140,8 bilhões, enquanto que as colônias representavam apenas GK$ 2,6 bilhões; sendo a menor economia dentre as [[grandes potências]] na véspera da guerra.<ref name=Harrison3/> O PIB per capita estimado para a metrópole são de GK$ 3 2443244 e GK$ 304 para as colônias. Em comparação, estima-se em bilhões que o Japão metropolitano à época tivesse PIB de GK$ 169,4, a França metropolitana GK$ 185,6, o Reino Unido (sem a atual Irlanda) GK$ 284,2, a Alemanha Nazista (com a Áustria) GK$ 375,6, URSS GK$ 359, China (excluindo a Manchúria) GK$ 320,5 e os EUA GK$ 800.<ref name=Harrison3/>
 
Por fim, o envolvimento na [[Segunda Guerra Mundial]] como um membro do [[Potências do Eixo|Eixo]] transformou a economia italiana em uma [[economia de guerra]]. Isso colocou o modelo corporativista em tensão severa; a guerra não estava produzindo bons resultados para a Itália e se tornou cada vez mais difícil para o governo persuadir os líderes de negócio a financiar o que eles viam como um desastre militar. A [[Invasão Aliada da Itália]] em 1943 causou o rápido colapso da estrutura política e econômica. Ao fim da guerra a economia italiana estava destruída; a renda per capita em 1944 estava no seu mais baixo ponto desde o início do século XX.<ref>{{cite book |editor-first=Adrian |editor-last=Lyttelton |title=Liberal and fascist Italy, 1900–1945 |location= |publisher=Oxford University Press |year=2002 |page=13 }}</ref> Com a perda das colônias, também chegou ao fim a economia colonial artificial sustentada pelo estado fascista levando ao colapso econômico das colônias e o retorno de milhares de colonistas à Itália metropolitana.<ref name="gian-luca"/> A maioria dos que retornaram a Europa vieram depois de 9361936 estimulados pela política fascista; os que migraram antes em geral tinham ocupações mais estáveis e capazes de sobreviver ao mercado, assim outras dezenas de milhares continuaram nas antigas colônias e continuaram proeminentes na vida econômica dos novos países juntamente com as elites locais; ajudando a expandir a economia de mercado, quebrando restrições feudais e monopólios.<ref name="gian-luca"/> Essa presença italiana e das antigas aristocracias locais só seria com o advento de novos regimes nacionalistas na Líbia com [[Kadafi]] e na [[Etiópia]].<ref name="gian-luca"/> Na Somália que continuou como mandato da Itália até 1960, o cultivo de algodão colapsou como produto de exportação com o fim dos incentivos da metrópole<ref name="somalia"/>, o de banabanana foi reorganizado sob a RAMB que se tornou a ''Azienda Monopolio Banane'' (AMB) enquanto que o cultivo de cana-de açúcar obteve sucesso; em 1950 a produção foi de 4 mil toneladas responsável por 80% do consumo e em 1957 aumentou para 11 mil tontoneladas, fornecendo toda a cana necessária para a Somália.<ref name="somalia"/> As exportações de produtos das plantationsplantações foram responsáveis por 59% das exportações somalianas em 1957.<ref name="somalia"/>
 
== Símbolos e emblemas do império colonial ==