Golpe de Estado no Brasil em 1964: diferenças entre revisões

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No período de 1960 a 1970, 219 guerrilheiros, além de outros não identificados, fizeram treinamento militar em Cuba, alguns ainda no governo Jânio Quadros, poucos no governo Jango e a maioria após 1964. Apesar disso, as guerrilhas formadas antes de 1964 não prosperaram e foram pouco expressivas.<ref name=Dan>Ferreira, Jorge Luiz e [[Daniel Aarão Reis Filho|Reis Filho, Daniel Aarão]] {{citar web | url=http://books.google.com/books?id=qTlmYxUR72wC&pg=PA26&lpg=PA26&dq=MRT+%22francisco+juli%C3%A3o%22&source=bl&ots=gZZIz8MCKX&sig=N9-f1qbT4P7uagutGpM1LMYR7qU&hl=pt-BR&ei=e4uzTZ_hHYWT0QGp9sSZCQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3&ved=0CBwQ6AEwAg#v=onepage&q=MRT%20%22francisco%20juli%C3%A3o%22&f=false | título= ''Revolução e democracia (1964-)'' | publicado=books.google.com }}. Coleção "As esquerdas no Brasil", v. 3. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.</ref> No dia 4 de dezembro de 1962 o jornal O Estado de S. Paulo noticiou a descoberta e desbaratamento de um campo de treinamento de guerrilha em [[Dianópolis]], Goiás (hoje Tocantins), em uma das três fazendas compradas pelo Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT) de Julião.<ref>TORRES, Raymundo Negrão. ''O Fascínio dos Anos de Chumbo'', pág. 15. (p.69-70)</ref>
 
Segundo Denise Rollenberg: "[…] Os documentos do [[DOPS]], o temido Departamento da Ordem Política e Social, encontrados por Denise Rollemberg no Arquivo Público do Rio de Janeiro, atestam que desde 1962 o órgão acompanhava atentamente as estreitas relações de Cuba com as Ligas. A papelada registra também cursos preparatórios de guerrilha em vários pontos do País. O apoio cubano concretizou-se no fornecimento de armas e dinheiro, além da compra de fazendas em Goías, Acre, Bahia e Pernambuco para funcionar como campos de treinamento."<ref>{{citar web |url=http://www.historia.uff.br/artigos/rollemberg_apoio.pdf |título=O apoio de Cuba à luta armada no Brasil: o treinamento guerrilheiro |publicado=UFF |autor=ROLLEMBERG, Denise |acessodata=24 de abril de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706161730/http://www.historia.uff.br/artigos/rollemberg_apoio.pdf |arquivodata=6 de julho de 2011 |urlmorta=yes }}</ref>{{ligação inativa}}
 
=== Fator desestabilizador ===
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O então ministro da marinha, [[Sílvio Borges de Sousa Mota|Sílvio Mota]], ordenou a prisão dos líderes do movimento, enviando um destacamento dos [[fuzileiros navais]], comandados pelo contra-almirante [[Cândido Aragão]]. Os fuzileiros, porém, juntaram-se ao movimento.
 
Pouco depois da recusa do comandante Aragão em debelar o movimento, Jango expediu ordens proibindo qualquer invasão da assembleia dos marinheiros e exonerou o ministro Mota. No dia seguinte, 26 de março, o ministro do trabalho Amauri Silva negociou um acordo, e os marinheiros concordaram em deixar o prédio pacificamente. Logo em seguida, os líderes do movimento foram presos por militares, sob a acusação de motim. Horas depois, porém, o presidente anistiou os amotinados, criando um forte constrangimento entre os militares diante da imprensa e da sociedade, o que agravou a crise militar.<ref name="Y">{{citar web |url=http://www.cpdoc.fgv.br/nav_jgoulart/htm/7A_conjuntura_radicalizacao/A_revolta_dos_marinheiros.asp |publicado=Cpdoc.fgv.br |titulo=FGV - CPDOC. "A revolta dos marinheiros", por Sérgio Lamarão. |data= |acessodata= 20 de outubro de 2008 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20091216050224/http://www.cpdoc.fgv.br/nav_jgoulart/htm/7A_conjuntura_radicalizacao/A_revolta_dos_marinheiros.asp |arquivodata=16 de dezembro de 2009 |urlmorta=yes }}</ref> Logo depois, em 30 de março, véspera do golpe, Goulart compareceu a uma reunião de sargentos, no Automóvel Clube, discursando em prol das reformas pretendidas pelo governo e invocando o apoio das forças armadas.<ref name=Sargentos>{{citar web | url=http://www.gedm.ifcs.ufrj.br/upload/documentos/42.pdf | título=Discurso de João Goulart durante reunião de sargentos no Automóvel Clube, em 30 de março de 1964. | publicado=www.gedm.ifcs.ufrj.br }}</ref>
 
=== As estatizações e as supostas fraudes financeiras ===