Gás nobre: diferenças entre revisões

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Em 1962, [[Neil Bartlett]] descobriu o primeiro composto químico de um gás nobre, o [[hexaflourplatinato de xenônio]].<ref name="bartlett">{{Citar periódico|titulo=Xenon hexafluoroplatinate Xe<sup>+</sup>[PtF<sub>6</sub>]<sup>–</sup>|ultimo=Bartlett|primeiro=N.|jornal=Proceedings of the Chemical Society|numero=6|página=218|ano=1962|doi=10.1039/PS9620000197|acessadoem=29 de maio de 2014}}</ref> Posteriormente, compostos de outros gases nobres foram descobertos: [[difluoreto de radônio]] ainda em 1962<ref>{{Citar periódico|autor=Fields, Paul R.; Stein, Lawrence; Zirin, Moshe H.|titulo=Radon Fluoride|jornal=Journal of the American Chemical Society|ano=1962|volume=84|numero=21|páginas=4164–4165|doi=10.1021/ja00880a048|acessadoem=29 de maio de 2014}}</ref> e o [[difluoreto de criptônio]] em 1962 ({{chem|Kr||F|2}}).<ref>{{Citar periódico|autor=Grosse, A. V.; Kirschenbaum, A. D.; Streng, A. G.; Streng, L. V.|titulo=Krypton Tetrafluoride: Preparation and Some Properties|jornal=Science|ano=1963|volume=139|páginas=1047–1048|doi=10.1126/science.139.3559.1047|pmid=17812982|numero=3559|bibcode=1963Sci...139.1047G|acessadoem=29 de maio de 2014}}</ref> O primeiro composto estável do argônio foi relatado em 2000 quando o [[fluoridreto de argônio]] (<math>HArF</math>) foi formado a temperatura de 40 K.<ref>{{Citar periódico|titulo=A stable argon compound|jornal=Nature|numero= 6798|páginas=874–876|ano=2000|doi=10.1038/35022551|autor= Khriachtchev, Leonid; Pettersson, Mika; Runeberg, Nino; Lundell, Jan; Räsänen, Markku|volume=406|pmid=10972285|acessadoem =29 de maio de 2014}}</ref>
 
Em dezembro de 1998, cientistas do ''Joint Institute for Nuclear Research'' em [[Dubna]], [[Rússia]] bombardearam [[Plutônio|plutônio (Pu)]] com [[Cálcio|cálcio (Ca)]] para produzir um único átomo do elemento&nbsp;114,<ref>{{Citar periódico|doi=10.1103/PhysRevLett.83.3154|titulo=Synthesis of Superheavy Nuclei in the <sup>48</sup>Ca + <sup>244</sup>Pu Reaction |editora=American Physical Society|ano=1999|autor=Oganessian, Yu. Ts.|jornal=Physical Review Letters|volume=83|páginas=3154|último2 =Utyonkov|primeiro2 =V.|último3 =Lobanov|primeiro3 =Yu.|último4 =Abdullin|primeiro4 =F.|último5 =Polyakov|primeiro5 =A., ''et al.''|bibcode=1999PhRvL..83.3154O|numero=16|acessadoem=29 de maio de 2014}}</ref> o [[Fleróvio|fleróvio (Fl)]].<ref>{{citar web|acessodata=29 de maio de 2014|url=http://www.iupac.org/news/news-detail/article/element-114-is-named-flerovium-and-element-116-is-named-livermorium.html|título=Element 114 is Named Flerovium and Element 116 is Named Livermorium |publicado=IUPAC|data=30/05/2012}}</ref> Experimentos preliminares de química indicaram que este elemento poderia ser o primeiro [[elemento superpesado]] a demonstrar propriedades similares a um gás nobre de modo anormal, embora fosse do grupo 14 da tabela periódica.<ref>{{citar web|acessodata=29 de maio de 2014|url=http://lch.web.psi.ch/files/lectures/TexasA&M/TexasA&M.pdf|formato=PDF|título=Gas Phase Chemistry of Superheavy Elements|editora=Texas A&M University|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120220090755/http://lch.web.psi.ch/files/lectures/TexasA%26M/TexasA%26M.pdf|arquivodata=20 de Fevereiro de 2012|urlmorta=yes}}</ref> Em outubro de 2002, cientistas do mesmo instituto junto com o ''Lawrence Livermore National Laboratory'' criaram com sucesso o [[ununoctium|ununóctio (Uuo)]], o sétimo elemento do grupo&nbsp;18,<ref>{{Citar web|ano=2005|titulo=Ununoctium Element Facts|ultimo=Stewart|primeiro=Dr. doug|url=http://www.chemicool.com/elements/ununoctium.html|acessodata=29 de maio de 2014}}</ref> pelo bombardeamento do [[Califórnio|califórnio (Cf)]] com cálcio (Ca).<ref>{{Citar periódico|ultimo=Oganessian|primeiro=Yu. Ts.|titulo=Synthesis of the isotopes of elements 118 and 116 in the Californium-249 and Curium-245 + Calcium-48 fusion reactions|jornal=Physical Review C|volume=74|numero=4|páginas=44602|ano=2006|doi=10.1103/PhysRevC.74.044602|último2 =Utyonkov|primeiro2 =V.|último3 =Lobanov|primeiro3 =Yu.|último4 =Abdullin|primeiro4 =F.|último5 =Polyakov|primeiro5 =A., ''et al.''|bibcode=2006PhRvC..74d4602O|acessadoem=29 de maio de 2014}}</ref>
 
== Ocorrência e obtenção ==
O hélio é o elemento mais comum no [[universo]] após o [[hidrogênio]], com um percentual em massa de aproximadamente 24%. A maior parte do hélio no universo foi formada durante a [[nucleossíntese primordial]], mas a quantidade do elemento está aumentando constantemente devido à fusão nuclear do hidrogênio na [[nucleossíntese estelar]] e, numa quantidade menor, no [[decaimento alfa]] de elementos pesados.<ref>{{citar web|ultimo=Weiss|primeiro=Achim|título=Elements of the past: Big Bang Nucleosynthesis and observation|url=http://www.einstein-online.info/en/spotlights/BBN_obs/index.html|publicado=Max Planck Institute for Gravitational Physics|acessodata=29 de maio de 2014}}</ref><ref>{{Citar periódico|autor =Coc, A.; ''et al.''|titulo=Updated Big Bang Nucleosynthesis confronted to WMAP observations and to the Abundance of Light Elements|jornal=Astrophysical Journal|volume=600|ano=2004|páginas=544|doi=10.1086/380121|bibcode=2004ApJ...600..544C|numero=2|arxiv= astro-ph/0309480|acessadoem = 29 de maio de 2014}}</ref> A ocorrência na Terra segue um padrão diferente no qual o hélio é somente o terceiro gás nobre mais abundante na atmosfera. A razão é que devido à sua baixa massa atômica, não há [[elemento primordial|hélio primordial]] retido pelo campo gravitacional terrestre. As fontes de hélio na Terra provêm do decaimento alfa de elementos pesados tais como o [[urânio]] e [[tório]] encontrados na crosta terrestre e que tendem a se acumular em campos de gás natural.<ref name=morrison>{{Citar periódico|primeiro1 =P.|último1 =Morrison|último2 =Pine|primeiro2 =J.|ano=1955|titulo=Radiogenic Origin of the Helium Isotopes in Rock|jornal=Annals of the New York Academy of Sciences|volume=62|numero=3|páginas=71–92|doi=10.1111/j.1749-6632.1955.tb35366.x|bibcode= 1955NYASA..62...71M|acessadoem=29 de maio de 2014}}</ref> A abundância do argônio, por outro lado, é aumentada devido ao [[decaimento beta]] do [[Potássio|potássio-40]], também encontrado na crosta terrestre, que forma o <sup>40 </sup>argônio que é o isótopo mais abundante na atmosfera embora seja relativamente raro no [[Sistema Solar]]. Este processo é a base para a [[datação K-Ar|datação potássio-argônio]].<ref>{{citar web|url=http://www.geoberg.de/text/geology/07011601.php|título=<sup>40</sup>Ar/<sup>39</sup>Ar dating and errors|acessodata=29 de maio de 2014|editora=Technische Universität Bergakademie Freiberg|data=16/01/2007|ultimo=Scherer|primeiro=Alexandra |arquivourl= httphttps://web.archive.org/web/20071014042248/http://geoberg.de/text/geology/07011601.php |arquivodata= 14 de outubroOutubro de 2007|urlmorta=no}}</ref> O xenônio possui uma abundância inesperadamente baixa na atmosfera, o que tem sido denominado "problema do xenônio desaparecido" do qual uma teoria é de que o xenônio desaparecido está preso em minerais no interior da crosta terrestre em clatratos ou sedimentos de rocha.<ref>{{Citar periódico|primeiro1 =Chrystèle|último1 =Sanloup|último2=Schmidt|primeiro2=B. C.|último3=Chamorro Perez|primeiro3=E. M.|último4=Jambon|primeiro4=A.|último5=Gregoryanz|primeiro5=E.|último6=Mezouar|primeiro6=M.|titulo=Retention of Xenon in Quartz and Earth's Missing Xenon|jornal=Science|ano=2005|volume=310|numero=5751|páginas=1174–1177|doi= 10.1126/science.1119070|pmid=16293758|bibcode= 2005Sci...310.1174S|acessadoem = 29 de maio de 2014}}</ref> Após a descoberta do [[dióxido de xenônio]], uma pesquisa demonstrou que o xenônio pode substituir o [[silício]] no [[quartzo]].<ref>{{citar web |título= Xenon Dioxide May Solve One of Earth's Mysteries |url= http://www.accn.ca/index.php?ci_id=2583&la_id=1 |autor= Tyler Irving |publicado= L’Actualité chimique canadienne (Canadian Chemical News) |data= maio de 2011 |acessodata =29 de maio de 2014}}</ref> O radônio é formado na [[litosfera]] a partir do decaimento alfa do [[Rádio (elemento químico)|rádio]] e pode se acumular em prédios através de fendas na fundação e áreas não ventiladas. Devido à sua alta radioatividade, representa um risco significativo à saúde.<ref>{{citar web| título= A Citizen's Guide to Radon| editora= U.S. Environmental Protection Agency| data=26/11/2007| url= http://www.epa.gov/radon/pubs/citguide.html| acessodata= 29 de maio de 2014}}</ref>
 
Para uso em escala industrial, o hélio pode ser extraído, através da destilação fracionada, do gás natural, que pode conter até 7% de hélio.<ref>{{citar web| autor = Winter, Mark| titulo= Helium: the essentials| editora = University of Sheffield|ano = 2008| url = http://www.webelements.com/helium/| acessodata= 26 de maio de 2014}}</ref> O neônio, argônio, criptônio e xenônio são obtidos a partir do ar utilizando métodos de liquefação de gases, para convertê-los ao estado líquido, e destilação fracionada para separar as frações da mistura. O radônio é isolado a partir do decaimento radioativo de compostos de [[Rádio (elemento químico)|rádio]].<ref name="brit" />