American Idiot: diferenças entre revisões

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{{Info/Álbum <!-- Veja Wikipédia:Projetos/Música/Álbuns -->
|nome = American Idiot
|tipo = estúdio
|imagem = AmericanIdiot.jpg
|artista = [[Green Day]]
|lançado = {{Data de início|2004|09|20}}
|gravado = 18 de abril de 2003 – 26 de março de 2004
|estúdio = Studio 880<br />{{pequeno|([[Oakland (Califórnia)|Oakland]], [[Califórnia]])}}<br />Ocean Way Recording<br />{{pequeno|([[Hollywood]], Califórnia)}}
|gênero = [[Pop punk]], [[rock alternativo]], [[punk rock]]
|duração = {{Duração|m=57|s=12}}
|idioma = [[Língua inglesa|Inglês]]
|formato = [[Compact disc|CD]], [[Disco de vinil|LP]], [[Download digital|''download'' digital]]
|gravadora = [[Reprise Records|Reprise]]
|produtor = [[Rob Cavallo]], Green Day
|último álbum = ''[[Shenanigans]]''<br />(2002)
|próximo álbum = ''[[Bullet in a Bible]]''<br />(2005)
|miscelânea = {{Singles
|nome = American Idiot
|tipo = estúdio
|single 1 = [[American Idiot (canção)|American Idiot]]
|single 1 data = {{Data de início|2004|8|31}}
|single 2 = [[Boulevard of Broken Dreams]]
|single 2 data = {{Data de início|2004|11|29}}
|single 3 = [[Holiday (canção de Green Day)|Holiday]]
|single 3 data = {{Data de início|2005|03|14}}
|single 4 = [[Wake Me Up When September Ends]]
|single 4 data = {{Data de início|2005|06|13}}
|single 5 = [[Jesus of Suburbia]]
|single 5 data = {{Data de início|2005|10|25}}
}}
}}
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== Antecedentes ==
A banda Green Day, que formou-se em 1986 e passou seus primeiros anos apresentando-se em clubes de punk rock, emergiu no começo da [[década de 1990]] como um dos grupos mais populares de rock.<ref name="am">{{citar web |língua=en|url=http://www.allmusic.com/artist/green-day-mn0000154544/biography|título=Green Day: Biography|publicado=[[Allmusic]]|autor=Stephen Thomas Erlewine |acessodata=22 de dezembro de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150423200649/http://www.allmusic.com/artist/green-day-mn0000154544/biography|arquivodata=23 de abril de 2015}}</ref> O terceiro disco do conjunto, ''[[Dookie]]'', lançado em 1994, vendeu mais de vinte milhões de cópias mundialmente.<ref name="yahoonews2-1-2014">{{citar web |língua=en|url=https://news.yahoo.com/green-day-39-album-dookie-20-years-old-182200607.html|título=Green Day's Album 'Dookie' Is 20 Years Old Today |data=1º de fevereiro de 2014 |acessodata=22 de dezembro de 2017|autor=Adam Chandler|publicado=[[Yahoo! Music]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150704125052/http://news.yahoo.com/green-day-39-album-dookie-20-years-old-182200607.html |arquivodata=4 de julho de 2015}}</ref><ref name="punktomainstream">{{citar web |língua=en|autor=Zac Crain|url=http://www.miaminewtimes.com/1997-10-23/music/green-day-family-values/|título=Green Day Family Values|obra=Miami New Times |data=23 de outubro de 2017 |acessodata=22 de dezembro de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140522215802/http://www.miaminewtimes.com/1997-10-23/music/green-day-family-values/|arquivodata=22 de maio de 2014}}</ref> Os lançamentos subsequentes também obtiveram sucesso; ''[[Insomniac (álbum de Green Day)|Insomniac]]'' (1995) e ''[[Nimrod (álbum)|Nimrod]]'' (1997) foram certificados com múltiplos [[disco de platina|discos de platina]] nos Estados Unidos, mas falharam em conquistar a certificação de diamante que foi obtida por ''Dookie''.<ref name="RIAA Certifications" /> O próximo álbum, ''[[Warning (álbum de Green Day)|Warning]]'', lançado em 2000, foi considerado um fracasso comercial,<ref name="cbs" /> apesar das críticas positivas.<ref>{{citar web |língua=en|url=http://www.metacritic.com/music/artists/greenday/warning|título=''Warning'' (2000): Reviews|publicado=[[Metacritic]] |acessodata=21 de outubro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100323091914/http://www.metacritic.com/music/artists/greenday/warning|arquivodata=23 de março de 2010}}</ref> No começo de 2002, o grupo embarcou na [[Pop Disaster Tour]], liderada em conjunto com os compatriotas do [[Blink-182]].{{sfn|Spitz|2006|p=143}} A turnê impulsionou o trio, que passou a ser visto como "os velhos experientes" da cena do pop punk à época, que consistia de bandas como [[Good Charlotte]], [[Sum 41]] e [[New Found Glory]].<ref name="ew05" /><ref name="amp" />
 
Nessa altura, as coisas haviam chegado ao ponto de existir brigas não resolvidas entre os três membros. A banda estava "briguenta e miserável", de acordo com o [[baixista]] [[Mike Dirnt]], e precisava de uma "mudança de direção".<ref name="rs05.2" /> Em adição, acabava de ser lançada a [[Álbum de grandes êxitos|coletânea de grandes sucessos]] ''[[International Superhits!]]'', que a banda sentiu ser "um convite à [[crise da meia-idade]]".<ref name="time">{{citar jornal|título=Green Party |páginas=60–62 |obra=[[Time (revista)|Time]] |autor =Josh Tyrangiel |data=31 de janeiro de 2005 |volume=165 |número=5}}</ref> O [[vocalista]] do grupo, [[Billie Joe Armstrong]], ligou para Dirnt e perguntou: "Você quer continuar a fazer a banda?" Ele sentia-se inseguro, tendo tornado-se "fascinado e aterrorizado" por seu modo de vida imprudente, e seu casamento estava correndo perigo.<ref name="kerrang05.1" /> Dirnt e o [[baterista]] [[Tré Cool]] viam-no como controlador, enquanto Armstrong relutava em mostrar novas canções a seus companheiros.<ref name="rs05.2" /> A partir de janeiro de 2003, o grupo passou a ter encontros semanais, o que resultou em um sentimento de revitalização nos integrantes.{{sfn|Lanham|2004|p=118}}<ref name="blender06" /> Eles focaram em dar mais atenção às ideias de Cool e Dirnt, com "mais respeito e menos críticas".<ref name="kerrang05.1">{{citar periódico|autor =Tom Bryant|título=Blaze of Glory|data=3 de dezembro de 2005|obra=[[Kerrang!]]|volume=|local=[[London]]|issn= 0262-6624|publicado=Bauer Media Group|número=1085}}</ref>
 
Grande parte do ano de 2002 foi passada no Studio 880 em [[Oakland (Califórnia)|Oakland]], [[Califórnia]], onde novo material estava a ser gravado para um álbum chamado ''[[Cigarettes and Valentines]]'';{{sfn|Spitz|2006|p=152}} estavam a ser criadas "canções de [[polka]], versões explícitas de músicas de [[Natal]] [e] faixas de [[Salsa (música)|salsa]]" para o projeto, com a esperança de estabelecer algo novo para o som do Green Day.<ref name="rs05.2" /> Depois de completar em torno de vinte músicas, as fitas mestre cruas foram roubadas em novembro de 2002.{{sfn|Pappademas|2004|p=66}} Os membros do grupo disseram que não tinham ideia de onde estavam as fitas até 2016, quando, durante uma entrevista para a ''[[NME]]'', Armstrong e Dirnt disseram ter recuperado o material e que a banda estava a usá-lo para novas ideias.<ref>{{citar web|url=http://www.nme.com/news/music/green-day-cigarettes-and-valentines-lost-album-interview-listen-1862365 |língua=en|autor=Andrew Trendell|título=Green Day reveal the fate of 'lost' pre-'American Idiot' album 'Cigarettes And Valentines'|obra=[[NME]] |data=18 de novembro de 2016 |acessodata=22 de dezembro de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170118042702/http://www.nme.com/news/music/green-day-cigarettes-and-valentines-lost-album-interview-listen-1862365|arquivodata=18 de janeiro de 2017}}</ref> Com o roubo, o grupo consultou seu produtor de longa data, [[Rob Cavallo]], sobre o que fazer em seguida. Cavallo disse-os para pensar se as faixas perdidas representavam "o melhor trabalho" da banda.{{sfn|Spitz|2006|p=153}} De acordo com Armstrong: "Não podíamos olhar para nós mesmos e pensar: 'Isso foi a melhor coisa que já fizemos'. Então decidimos seguir e frente e fazer uma coisa completamente nova".{{sfn|Pappademas|2004|p=67}}<ref name="ew05" /> Eles concordaram em passar os próximos três meses escrevendo novas faixas.{{sfn|Spitz|2006|p=154}}
 
== Gravação e produção ==
[[FicheiroImagem:Rob Cavallo.jpg|thumb|leftesquerda|190px|[[Rob Cavallo]] produziu todas as faixas de ''American Idiot'', mantendo uma parceria que começou com ''[[Dookie]]'', em 1994.]]
''American Idiot'' nasceu de dois incidentes: o supracitado roubo das fitas e uma ocasião em que os integrantes, individualmente, tentaram criar faixas de trinta segundos cada. Armstrong lembrou: "Começou a ficar mais sério à medida em que tentávamos superar uns aos outros. Continuamos a conectar esses pedaços de meio minuto até termos algo". Isso resultou em "Homecoming", e, em seguida, "[[Jesus of Suburbia]]".<ref name="ew05" /> Com isso, o desenvolvimento do álbum foi consideravelmente alterado, e o trio passou a ver canções como mais que apenas isso — como capítulos, movimentos, ou, potencialmente, um filme ou romance.<ref name="amp">{{citar jornal|título=Green Day|obra=AMP|data=1º de janeiro de 2005|autor =Steve Baltin|páginas=62–66}}</ref> Pouco depois, o vocalista escreveu a faixa-título, que trata, explicitamente, sobre problemas sociopolíticos. Logo após, o grupo decidiu que iriam direcionar o trabalho no disco para que ele se tornasse o que chamaram de "[[ópera rock|ópera]] [[punk rock]]".{{sfn|Lanham|2004|p=120}}
 
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== Lançamento e capa ==
''American Idiot'' foi lançado em 20 de setembro de 2004 no [[Reino Unido]] e um dia depois nos [[Estados Unidos]], através da [[Reprise Records]], e foi distribuído mundialmente pela [[Warner Music Group|Warner Music]]. O encarte do álbum apresenta as letras das faixas escritas à mão, em um papel que assemelha-se a de um caderno.<ref>{{citar web |língua=en|url=https://www.amazon.com/American-Idiot-Green-Day/dp/B0002OERI0|título=Green Day - American Idiot|publicado=[[Amazon.com]] |acessodata=23 de dezembro de 2017}}</ref> Em 27 de novembro de 2015, o álbum foi relançado em formato de [[disco de vinil]], como forma de comemoração da [[Black Friday]]; a prensagem foi de 5 mil cópias.<ref>{{citar web |língua=en|url=https://www.altpress.com/news/entry/green_day_re_releasing_american_idiot_on_vinyl_for_black_friday|título=Green Day re-releasing 'American Idiot' on vinyl for Black Friday|publicado=Alt Press |acessodata=23 de dezembro de 2017}}</ref>
 
Depois do término das gravações do álbum, a banda decidiu que a capa deveria refletir os temas presentes no disco, comparando a mudança de imagem a uma campanha política. Armstrong afirmou: "Queríamos estar além de tudo, do estilo à música e à aparência. Simplesmente tudo."{{sfn|Lanham|2004|p=116}} O trio inspirou-se pela propaganda do [[China|governo comunista chinês]] que viram em galerias de arte na [[Melrose Avenue]], e recrutou o artista Chris Bilheimer, que havia trabalhado anteriormente nas capas de ''[[Nimrod (álbum)|Nimrod]]'' e ''[[International Superhits!]]'', para designar a obra. O desejo do grupo era de que a arte fosse "ao mesmo tempo uniforme e poderosa".{{sfn|Lanham|2004|p=116}} A capa do CD —"uma forte impressão de uma granada em formato de coração posicionada em um pulso cheio de sangue" — é representativa de seu conteúdo político.{{sfn|Lanham|2004|p=116}} Depois de ouvir ao novo material em seu computador, Bilheimer anotou o verso "''E ela está segurando em meu coração como uma granada de mão''",{{Nota de rodapé|No original: "''And she's holding on my heart like a hand grenade''".}} de "She's a Rebel". Influenciado pelo pôster do filme ''[[The Man with the Golden Arm]]'', designado por [[Saul Bass]], ele criou um braço esticado a segurar uma granada vermelha em forma de coração. Embora achasse que vermelho era a "cor mais usada em excesso no [[Design gráfico|''design'' gráfico]]", ele sentiu que as qualidades "imediatas" da cor a tornavam apropriada para o uso na capa. O artista explicou: "Tenho certeza de que há teorias psicológicas que afirmam que por ser a mesma cor do sangue, ela possui o poder de vida e morte...morte… E eu, como ''designer'', sempre senti que vermelho era meio que uma cor muito óbvia, então nunca a usei. Mas não tinha como não usá-la nessa capa".{{sfn|Spitz|2006|p=169}} A banda também passou por uma significativa mudança de estilo, passando a vestir-se em uniformes das cores vermelho e preto nas apresentações ao vivo. Armstrong considerou isso uma extensão natural de sua "habilidade como ''showman''", que começou a ser aparente em sua infância.<ref name="blender06" />
 
== Composição ==
=== Temas e influências na composição ===
[[FicheiroImagem:UStanks baghdad 2003.JPEG|thumb|rightdireita|''American Idiot'' foi inspirado pela [[Guerra do Iraque]]. A imagem apresenta tanques americanos em [[Bagdá]], em 2003.]]
A grande inspiração para ''American Idiot'' reside em eventos políticos envolvendo os [[Estados Unidos]], como a [[Presidência de George W. Bush|presidência]] de [[George W. Bush]] e a [[Guerra do Iraque]]. Há apenas duas canções explicitamente políticas em todo o disco ("American Idiot" e "Holiday"),<ref name="kerrang12">{{citar periódico|autor =Ian Winwood|título=The Secrets Behind The Songs: "American Idiot"|data=9 de maio de 2012|obra=[[Kerrang!]]|volume=|local=[[London]]|issn= 0262-6624|publicado=Bauer Media Group|número=1414}}</ref> mas a obra "traça uma conexão casual entre a disfunção social americana contemporânea [...] e a ascensão de Bush".{{sfn|DiPerna|2005|p=26}} Embora o conteúdo do trabalho seja claramente sobre sua época, Armstrong disse ter esperanças de que o álbum se tornasse "atemporal" e "uma grande declaração sobre confusão".{{sfn|Pappademas|2004|p=65}}
 
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''American Idiot'' é um [[álbum conceitual]] que descreve a história de uma personagem central chamada Jesus of Suburbia, um [[anti-herói]] criado por Billie Joe Armstrong.{{sfn|DiPerna|2005|p=26}} É escrito a partir da perspectiva de um adolescente americano de [[classe média baixa]] e suburbano, criado numa dieta de "[[refrigerante]] e [[ritalina]]".{{sfn|DiPerna|2005|p=26}} Jesus of Suburbia odeia sua cidade e aqueles próximos a ele, então ele acaba por migrar-se.{{sfn|Spitz|2006|p=165}} A segunda personagem a ser introduzida é St. Jimmy, um "orgulhoso lutador pela liberdade punk rock por excelência".{{sfn|DiPerna|2005|p=27}} Whatsername, "uma figura 'Mãe da Revolução'", é introduzida como o nêmesis de St. Jimmy na canção "She's a Rebel".{{sfn|DiPerna|2005|p=27}} A história do álbum é largamente indeterminada, uma vez que o grupo não sabia o que fazer com o enredo a partir de dado ponto. Portanto, Armstrong disse que o final seria construído pela imaginação do ouvinte.{{sfn|DiPerna|2005|p=28}} As duas personagens secundárias exemplificam o tema principal da obra — "raiva versus amor" — já que, enquanto St. Jimmy é tomado por "rebelião e autodestruição", Whatsername é focada em "seguir suas crenças e ética".{{sfn|DiPerna|2005|p=28}} Jesus of Suburbia acaba decidindo seguir a última, resultando no [[suicídio]] figurado de St. Jimmy, que acaba sendo revelado como uma faceta de sua personalidade.{{sfn|DiPerna|2005|p=28}} Na última canção, Jesus of Suburbia perde também a conexão com Whatsername, a ponto de nem conseguir lembrar seu nome.{{sfn|DiPerna|2005|p=28}}
 
Através da história, Armstrong esperava detalhar o que era se tornar um adulto nos Estados Unidos na época do lançamento do disco.<ref name="kerrang05.2">{{citar periódico|autor =Victoria Durham|título=Green Day: Let The Good Times Roll|páginas=50–55|data=1º de março de 2005|obra=[[Rock Sound]]|volume=|local=[[London]]|issn= 1465-0185 |publicado=Freeway Press Inc.|número=70}}</ref> Embora considerasse o último trabalho da banda "cheio de coração", o vocalista passou a ter um instinto de que deveria tratar sobre questões do período em que a obra saiu.{{sfn|Lanham|2004|p=116}} À medida que foi entrando na fase [[adulto|adulta]], ele passou a ter o desejo de aumentar o conteúdo político em suas composições, notando que o clima ao redor de seu amadurecimento produziu um sentimento de responsabilidade nas faixas que escrevia.{{sfn|Lanham|2004|p=117}} Nas palavras do próprio: "Assim que você abandona a estrutura verso-refrão-verso-refrão-ponte ... sua mente se abre para um novo jeito de compor, onde realmente não há regras".{{sfn|DiPerna|2005|p=26}} Em adição à temática política do disco, ele também toca em temas como os relacionamentos interpessoais e aquilo que Dirnt chamou de "a confusão, a perda de individualidade".<ref name="bigcheese04" />
 
{{Cquote|Estávamos no estúdio a assistir os jornalistas embarcando com as tropas, e era como a pior versão dos ''[[reality show]]s''. Troque de canal, e você tem ''[[Newlyweds: Nick and Jessica|Nick & Jessica]]''. Troque, e aparece ''[[Fear Factor]]''. Troque, e verá pessoas fazendo [[cirurgia plástica|cirurgias plásticas]] para se parecerem com [[Brad Pitt]]. Estamos cercados por toda essa merda, e as personagens Jesus of Suburbia e St. Jimmy também. É um sinal dos tempos.|autor=Armstrong, a explicar o conceito por trás de ''American Idiot''.<ref>{{citar web |língua=en|url=http://loudwire.com/green-day-american-idiot-album-anniversary/|título=13 Years Ago: Green Day Release 'American Idiot'|publicado=Loudwire |data=21 de setembro de 2017|autor=Chad Childers |acessodata=23 de dezembro de 2017}}</ref>}}
 
A banda usou mais sons de [[guitarra]] pesados para o disco. O vocalista afirmou: "A gente ficou tipo, 'vamos com tudo nesse som de guitarra — plugue [[Gibson Les Paul|Les Paul]] e [[Marshall Amplification|Marshall]] e deixa acontecer'".{{sfn|DiPerna|2005|p=24}} Ele adicionou faixas de [[violão]] tocando entre as canções para aumentar o ritmo da guitarra e da bateria, tocada por Cool.{{sfn|DiPerna|2005|p=28}} Para a maior parte da gravação, Dirnt usou um amplificador Ampeg SVT e tocou o [[baixo]] [[Fender Precision Bass]], sua marca registrada.<ref name="bass06" /> Ele e Cavallo procuraram por um som de baixo "sólido, grande, estrondoso", ao invés de um centrado em contramelodias. Dirnt passou seu baixo por uma [[unidade DI|''direct box'']], uma base de seus métodos de gravação desde ''Dookie''.<ref name="bass06">{{citar jornal|título=Ready Set Go!: Studio Secrets of Mike Dirnt and Green Day Producer Rob Cavallo|autor =E.E. Bradman & Terry Buddingh|obra=Bass Guitar|data=18 de janeiro de 2006|publicado=Blaze Publishing}}</ref> Cool emprega instrumentos incomuns para o punk — como [[Tímpano (instrumento musical)|tímpano]], [[glockenspiel]] e [[sino]] — que ele recebeu através de um acordo promocional com Ludwig.{{sfn|Zulaica|2004|p=66}} Esses instrumentos são especialmente evidentes em "Homecoming" e "Wake Me Up When September Ends"; a última apresenta um [[xequerê]] que foi soldado a um [[chimbau]] para as apresentações ao vivo.{{sfn|Zulaica|2004|p=66}} "Extraordinary Girl", originalmente intitulada "Radio Baghdad", inclui sons de [[tabla]] na introdução, tocada por Cool.<ref name="drum04">{{citar periódico|título=Birth of Tre Cool|data=1º de dezembro de 2004|obra=Drummer Magazine|autor =Dave Tupper|páginas=46–52}}</ref> Para "Whatsername", ele gravou a [[bateria (instrumento musical)|bateria]] em uma sala designada para gravar guitarra, com o objetivo de criar um som "seco".{{sfn|Zulaica|2004|p=65}}
 
{{Escute
| título = "Jesus of Suburbia"
| arquivo = Green Day - Jesus of Suburbia (áudio).ogg
| descrição = {{pequeno|Segunda faixa de ''American Idiot'', "Jesus of Suburbia" é dividida em cinco partes; no trecho, apresenta-se "City of the Damned", onde Jesus of Suburbia, personagem principal do disco, mostra-se instatisfeito com o mundo a seu redor.}}
| título2 = "Holiday"
| arquivo2 = Green Day - Holiday.ogg
| descrição2 = {{pequeno|"Holiday", a terceira canção, foi caracterizada por Armstrong como um "vá se foder" franco para [[George W. Bush]], e apresenta a preocupação do vocalista com a [[política externa]] do então presidente.}}
| título3 = "Wake Me Up When September Ends"
| arquivo3 = Green Day - Wake Me Up When September Ends.ogg
| descrição3 = {{pequeno|A décima-primeira música, "Wake Me Up When September Ends", apresenta uma quebra ao não tratar da história de Jesus of Suburbia; ao invés disso, é sobre a morte do pai de Armstrong, em setembro de 1982.}}
| posição = direita
}}
O disco abre com "[[American Idiot (canção)|American Idiot]]", uma canção [[pop punk]] articulada em torno de um ''[[riff]]'' rápido e enérgico, já apresentado nos primeiros segundos da canção, que trata sobre a política americana à época e a influência da mídia na opinião pública;{{sfn|DiPerna|2005|p=24}} a música expressa, ainda, o desejo de não ver o [[povo americano]] tornar-se "idiotas liderados por um presidente estúpido" e os Estados Unidos tornarem-se um país odiado internacionalmente.<ref name="americanidiot">{{Citar web |língua=en|título=American Idiot {{lang|en|song meaning}} |url=http://www.geekstinkbreath.net/greenday/song-meanings/american-idiot/ |publicado=geekstinkbreath.net |acessodata=22 de dezembro de 2017}}</ref> A obra enfatiza o uso de [[Palavras de baixo calão|linguagem explícita]], justaposicionando a gíria homofóbica "''faggot''" com "''America''" para criar o que Armstrong definiu como "uma voz para os calados".{{sfn|Lanham|2004|p=122}} Esta primeira faixa é uma visão geral da temática de protesto e rebelião que permeia todo o álbum, e funciona como uma introdução à história de Jesus of Suburbia, que é apresentado na segunda faixa, que leva seu nome. "[[Jesus of Suburbia]]" é dividida em cinco partes. Ele se introduz na primeira, descrevendo-se como "''o filho da raiva e do amor''";{{Nota de rodapé|No [[Língua inglesa|original]]: "''The son of rage and love''".}} nas partes seguintes, "City of the Damned" e "I Don't Care", expressa sua visão pessimista em relação aos subúrbios e ao mundo ao seu redor.<ref name="jos">{{Citar web |língua=en |título=Jesus of Suburbia {{lang|en|song meaning}} |url=http://www.geekstinkbreath.net/greenday/song-meanings/jesus-of-suburbia/ |publicado=geekstinkbreath.net |acessodata=22 de dezembro de 2012}}</ref> No pedaço intitulado "Dearly Beloved", Jesus of Suburbia mostra-se cansado de estar sozinho e se sentir abandonado; portanto, na última parte da canção, "Tales of Another Broken Home", ele percebe que não está a viver, apenas a existir, e decide mudar-se para começar uma nova vida.{{sfn|Spitz|2006|p=165}} Segue-se "[[Holiday (canção de Green Day)|Holiday]]", uma música que assemelha-se a "American Idiot" em sua composição, já que também apresenta um rápido ''riff'' de introdução na guitarra. É a segunda faixa no disco a criticar abertamente a política americana;<ref name="kerrang12"/> Armstrong expressa suas preocupações com a [[política externa]] de Bush, particularmente em relação à Guerra do Iraque e lamenta pelas vítimas desse conflito e de [[atentado terrorista|atentados terroristas]] em trechos como "''Uma vergonha, aqueles que morreram sem nome''".{{Nota de rodapé|No original: "''A shame, the ones who died without a name''"}}<ref name="holiday">{{Citar web |língua=en|título=Holiday {{lang|en|song meaning}} |url=http://www.geekstinkbreath.net/greenday/song-meanings/holiday/ |publicado=geekstinkbreath.net |acessodata=22 de dezembro de 2012}}</ref> "Holiday" demorou dois meses para ficar pronta, já que Armstong sentia que sua letra não estava boa o suficiente. Encorajado por Cavallo, ele a terminou; o vocalista a caracterizou como um "vá se foder" franco para Bush.<ref name="amp" /><ref name="ew05">{{citar periódico|título=Sitting on Top of the World|data=11 de fevereiro de 2005|obra=[[Entertainment Weekly]]|autor =Tom Sinclair|páginas=25–31}}</ref><ref name="amp" />
 
"[[Boulevard of Broken Dreams]]", uma composição mais calma e lenta que as anteriores, segue o disco. Inicia-se com Armstrong cantando sobre um [[violão]], e segue a mesma [[progressão harmônica]] de "[[Wonderwall]]", do grupo britânico [[Oasis]]; dessa forma, o Green Day recebeu críticas do vocalista do Oasis, [[Noel Gallagher]].<ref>{{Citar web |língua=en|autor=Elizabeth Goodman|título=Noel Gallagher Turns Loathing of Green Day Into Personal Pastime|obra=[[Rolling Stone]] |data=20 de dezembro de 2006|url=https://www.rollingstone.com/rockdaily/index.php/2006/12/20/noel-gallagher-turns-loathing-of-green-day-into-personal-pastime/ |acessodata=22 de dezembro de 2017}}</ref> Jesus of Suburbia percebe que sua sensação de liberdade acabou e que ele deve enfrentar a solidão, as ruas vazias da cidade e o abandono.<ref name="boulevard">{{Citar web |língua=en|título=Boulevard of Broken Dreams {{lang|en|meaning}} |url=http://www.geekstinkbreath.net/greenday/song-meanings/boulevard-of-broken-dreams/ |publicado=geekstinkbreath.net |acessodata=22 de dezembro de 2017}}</ref> O jeito que ele imaginava a cidade, com [[Néon|luzes de néon]] e [[arranha-céu]]s, colapsa, e ele aceita em "Are We the Waiting" que tem que superar sua frustração e essa visão para sentir-se bem.<ref name="arewe">{{Citar web |língua=en|título=Are We the Waiting {{lang|en|meaning}} |url=http://www.geekstinkbreath.net/greenday/song-meanings/are-we-the-waiting/ |publicado=geekstinkbreath.net |acessodata=22 de dezembro de 2017}}</ref> A faixa, estilisticamente semelhante à anterior, também pode ser interpretada como um reflexo da frustração do vocalista com a situação do mundo.<ref name="arewe"/> A sexta obra, "St. Jimmy", apresenta influências do punk rock na sua introdução e é cantada por Armstrong em uma guitarra elétrica tocada em ''[[palm mute]]''. Este tema rápido e áspero relata o encontro de Jesus of Suburbia com seu ''[[alter ego]]'', St. Jimmy;<ref name="jimmy">{{Citar web |língua=en|título=St. Jimmy {{lang|en|meaning}} |url=http://www.geekstinkbreath.net/greenday/song-meanings/st-jimmy/ |publicado=geekstinkbreath.net |acessodata=22 de dezembro de 2017}}</ref> ele representa a parte contenciosa e destrutiva de Jesus: um rebelde de sangue frio, incrível e autossuficiente; uma pessoa que ele nunca foi.<ref name="jimmy"/> Essa nova vida continua a ser expressa em "Give Me Novocaine", uma obra que apresenta violão; ela narra o protagonista a experimentar drogas e a fazer o que St. Jimmy lhe diz.<ref name="novocaine">{{Citar web |língua=en|título=Give Me Novocaine {{lang|en|meaning}} |url=http://www.geekstinkbreath.net/greenday/song-meanings/give-me-novocaine/ |publicado=geekstinkbreath.net |acessodata=22 de dezembro de 2017}}</ref> A canção também trata sobre os ''[[reality show]]s'', que Armstrong comparou com "gladiadores no [[Coliseu]]".{{sfn|Lanham|2004|p=122}}
 
Na oitava canção, "She's a Rebel", cujas letras são inspiradas na capa do álbum, o protagonista encontra uma jovem sem nome por quem se apaixona, Whatsername. Por causa de sua atitude rebelde e justa, ela representa tudo que ele quer; ela dá-lhe uma esperança de vida melhor e depois tenta ser como ele. Outra interpretação possível é de que ''She'' representa os Estados Unidos.<ref name="rebel">{{Citar web |língua=en|título=She's a Rebel {{lang|en|meaning}} |url=http://www.geekstinkbreath.net/greenday/song-meanings/shes-a-rebel/ |publicado=geekstinkbreath.net |acessodata=22 de dezembro de 2017}}</ref> A composição é inspirada por "Rebel Girl", da banda [[Bikini Kill]].{{sfn|DiPerna|2005|p=27}} O relacionamento é aprofundado em "Extraordinary Girl", que discute a dificuldade de manter uma relação estável no dia a dia. Nessa música, Jesus of Suburbia começa a parecer cada vez menos com St. Jimmy.<ref name="girl">{{Citar web |língua=en|título=Extraordinary Girl {{lang|en|meaning}} |url=http://www.geekstinkbreath.net/greenday/song-meanings/extraordinary-girl/ |publicado=geekstinkbreath.net |acessodata=22 de dezembro de 2017}}</ref> "Letterbomb", a décima faixa, começa com a cantora [[Kathleen Hanna]] cantando ''[[a capella]]''. Ela interpreta Whatsername, que afirma que tudo está despencando ao redor de Jesus of Suburbia. Sua rebeldia é falsa, assim como a vida na cidade, baseada em mentiras e aparências. Tudo isso faz com que Whatsername saia de lá e deixe-o para trás.<ref name="letterbomb">{{Citar web |língua=en|título=Letterbomb {{lang|en|meaning}} |url=http://www.geekstinkbreath.net/greenday/song-meanings/letterbomb/ |publicado=geekstinkbreath.net |acessodata=22 de dezembro de 2017}}</ref> O tema seguinte, "[[Wake Me Up When September Ends]]", é o mais destacado do disco que é oposto à história de Jesus of Suburbia. A música, que contém uma introdução calma, onde o violão é tocado em [[arpejo]] e acompanha a voz de Armstrong, refere-se à morte de seu pai, em setembro de 1982, quando ele tinha apenas dez anos de idade. Contudo, o mês de setembro, assim como o número da composição no álbum, onze, referem-se ainda aos [[ataques de 11 de setembro de 2001]].<ref name="september">{{Citar web |língua=en|título=Wake Me Up When September Ends {{lang|en|meaning}} |url=http://www.geekstinkbreath.net/greenday/song-meanings/wake-me-up-when-september-ends/ |publicado=geekstinkbreath.net |acessodata=22 de dezembro de 2017}}</ref>
 
A história retorna com "Homecoming", outro conjunto de cinco faixas em uma; um das partes é cantada por Mike Dirnt, e outra por Tré Cool. Ela começa com a morte de St. Jimmy, enquanto Jesus of Suburbia aceita que ele não é seu ideal. Ele passa por uma [[introspecção]], aceita que a vida na cidade cheia de pretensão não serve para si e decide voltar para sua casa, no subúrbio. A parte "Rock and Roll Girlfriend" está desconectada com a faixa e é uma espécie de autobiografia de Tré Cool.<ref name="homecoming">{{Citar web |língua=en|título=Homecoming {{lang|en|meaning}} |url=http://www.geekstinkbreath.net/greenday/song-meanings/homecoming/ |publicado=geekstinkbreath.net |acessodata=22 de dezembro de 2017}}</ref> O disco termina com "Whatsername", que não dá um final preciso para a história e não se sabe, exatamente, o que aconteceu com Jesus of Suburbia após voltar para o subúrbio. Ele lembra-se de todos os eventos passados, e chama Whatsername dessa maneira pois não é capaz de se lembrar de seu nome.<ref name="whatsername">{{Citar web |língua=en|título=Whatsername {{lang|en|meaning}} |url=http://www.geekstinkbreath.net/greenday/song-meanings/whatsername/ |publicado=geekstinkbreath.net |acessodata=22 de dezembro de 2017}}</ref>
 
== Recepção ==
=== Crítica profissional ===
{{Críticas profissionais
| MC = (79/100)<ref name="MC"/>
| cri1 = [[Allmusic]]
| ava1 = {{avaliação-5|5}}<ref name="allmusic"/>
| cri2 = ''[[Entertainment Weekly]]''
| ava2 = (B+)
| cri3 = ''[[The Guardian]]''
| ava3 = {{avaliação-5|4}}
| cri4 = ''[[NME]]''
| ava4 = (8/10)
| cri5 = ''[[Pitchfork]]''
| ava5 = (7.2/10)<ref name="pitchfork"/>
| cri6 = ''[[Rolling Stone]]''
| ava6 = {{avaliação-5|3.5}}
}}
''American Idiot'' foi recebido com críticas predominantemente positivas pelos [[Crítico de música|profissionais especializados]], que elogiaram a sua produção e seu conteúdo lírico, bem como a narrativa política presente no corpo do trabalho. Alguns, contudo, criticaram-no por ser uma "bagunça". No agregador de resenhas [[Metacritic]], que estabelece uma média de até cem pontos com base nas avaliações dos críticos musicais, o álbum obteve 79 pontos de aprovação, que foram baseados em 26 resenhas recolhidas, o que indica "análises geralmente positivas".<ref name="MC">{{citar web|url=http://www.metacritic.com/music/fearless/taylor-swift |autor=CBS Interactive |data=20 de setembro de 2004 |título=Critic Reviews: Green Day » American Idiot |língua=en |publicado=[[Metacritic]] |acessodata=9 de janeiro de 2018}}</ref> De acordo com o banco de dados [[Allmusic]], é "facilmente o álbum mais bem avaliado" da carreira do Green Day.<ref name="am" />
 
[[Stephen Thomas Erlewine]], do supracitado Allmusic, elogiou o álbum tanto como "uma coleção de ótimas canções" quanto como um todo, escrevendo que "no seu músculo musical e na sua vasta narrativa política, é algo como uma [[obra-prima]]". Erlewine apreciou as letras de Armstrong, adjetivando-as de "incisivas e cortantes, que efetivamente transmitem a paranoia e o medo de viver experienciados pelos americanos após o 11 de setembro", e afirmou que "é um dos poucos — senão o único — disco de 2004 a refletir quão confuso era viver na América do começo da [[década de 2000]]".<ref name="allmusic">{{citar web |língua=en|autor=[[Stephen Thomas Erlewine]]|url=https://www.allmusic.com/album/american-idiot-mw0000387172|título=Green Day - ''American Idiot'': Review|publicado=[[Allmusic]] |data=21 de setembro de 2004 |acessodata=9 de janeiro de 2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120615180226/http://www.allmusic.com/album/american-idiot-mw0000387172|arquivodata=15 de junho de 2012}}</ref> Johnny Loftus, da revista ''[[Pitchfork]]'', afirmou que era o "disco mais ambicioso da banda até agora", dizendo que "como compositor, Armstrong nunca será um mestre das palavras ou um mágico criador de melodias", mas que o trabalho consegue transmitir a sua mensagem com sucesso. Ele concluiu: "Por toda a sua grandiosidade, ''American Idiot'' mantém o seu humor e método deliberadamente, tenazmente e raivosamente no ponto [...] [o disco] grita a ''nós'' para fazer algo, qualquer coisa — um alerta daqueles que já compartilharam nossa apatia".<ref name="pitchfork">{{citar web |língua=en|autor=Johnny Loftus|url=https://pitchfork.com/reviews/albums/3568-american-idiot/|título=Green Day: American Idiot Album Review|obra=[[Pitchfork]] |data=23 de setembro de 2004 |acessodata=9 de janeiro de 2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090318110057/http://pitchfork.com/reviews/albums/3568-american-idiot/|arquivodata=18 de março de 2009}}</ref>
 
== História ==
O protagonista do álbum ''St. Jimmy'' surgiu a partir de Armstrong se perguntando que tipo de pessoa ele significava em American Idiot. Armstrong descreveu o personagem como um "anti-herói", um "homem comum" impotente insensível por uma "dieta de refrigerante e Ritalina". Jesus of Suburbia odeia a sua cidade e as pessoas próximas a ele, então, sai da cidade. Enquanto o álbum progride os personagens ''St. Jimmy'' e ''Whatsername'' são introduzidos. St. Jimmy é um combatente da liberdade do [[punk rock]]. Whatsername inspirado em Bikini Kill da música "Rebel Girl" é uma "mãe da revolução" personagem que Armstrong descreveu como "uma espécie de inimiga de St. Jimmy, em muitos aspectos." Ambos os personagens ilustram a "raiva contra o amor" é o tema do álbum, em que "você pode ir com a rebelião cego de auto-destruição. Mas há outra faceta movido pelo amor que está a seguir suas crenças e ética. E é aí que Jesus of Suburbia realmente onde quer ir ", diz Armstrong. Perto do fim da história, St. Jimmy metaforicamente se suicida. Enquanto Armstrong não quis dar os detalhes da resolução da história, disse que a intenção é que o ouvinte a perceber que, em última análise, Jesus of Suburbia é realmente St. Jimmy,"faz parte do personagem principal que quase morreu, ou seja St.Jimmy era uma parte do personagem Jesus of Suburbia e o personagem consegue se livrar dessa sua parte auto-destruitiva. "Na última canção do álbum "Whatsername" Jesus of Suburbia também perde a sua ligação com Whatsername.
 
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|-
| ''[[Entertainment Weekly]]''
| '' Os 100 melhores álbuns de 1983-2008''<ref>{{citar web|url=http://www.ew.com/ew/article/0,,20207337,00.html|título=The New Classics: Music |data=18 de junho de 2007|publicado=}}</ref>
| style="text-align:center;"| 6
|-
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|}
 
== Premiações ==
 
{|class="wikitable"
|-
Linha 235 ⟶ 234:
== Lista de faixas ==
{{Lista de faixas
| duração_total = 57:12
| toda_letra = [[Billie Joe Armstrong]], exceto onde indicado
| toda_música = Green Day
 
| título1 = [[American Idiot (canção)|American Idiot]]
| duração1 = 2:54
 
| título2 = [[Jesus of Suburbia]]"
* I. "Jesus of Suburbia"
* II. "City of the Damned"
* III. "I Don't Care"
* IV. "Dearly Beloved"
* V. "Tales of Another Broken Home
| duração2 = 9:08
* 1:51
* 1:51
* 1:43
* 1:05
* 2:38
 
| título3 = [[Holiday (canção de Green Day)|Holiday]]
| duração3 = 3:52
 
| título4 = [[Boulevard of Broken Dreams]]
| duração4 = 4:20
 
| título5 = Are We the Waiting
| duração5 = 2:42
 
| título6 = St. Jimmy
| duração6 = 2:56
 
| título7 = Give Me Novacaine
| duração7 = 3:25
 
| título8 = She's a Rebel
| duração8 = 2:00
 
| título9 = Extraordinary Girl
| duração9 = 3:33
 
| título10 = Letterbomb
| duração10 = 4:05
 
| título11 = [[Wake Me Up When September Ends]]
| duração11 = 4:45
 
| título12 = Homecoming"
* I. "The Death of St. Jimmy"
* II. "East 12th St."
* III. "Nobody Likes You" ([[Mike Dirnt]])
* IV. "Rock and Roll Girlfriend" ([[Tré Cool]])
* V. "We're Coming Home Again
| duração12 = 9:18
* 2:24
* 1:38
* 1:21
* 0:44
* 3:11
 
| título13 = Whatsername
| duração13 = 4:14
}}
{{Lista de faixas
| fechado = sim
| topo = Faixa bônus do Japão<ref name=japan>{{citar web |língua=jp|url=http://eil.com/shop/moreinfo.asp?catalogid=323078|título=Green Day American Idiot + Live in Tokyo Japan DOUBLE CD (323078) |acessodata=29 de setembro de 2011|publicado=eil.com|arquivourl=https://www.webcitation.org/65VRdwSzw?url=http://eil.com/shop/moreinfo.asp?catalogid=323078|arquivodata=16 de fevereiro de 2012}}</ref>
| duração_total = 59:18
 
| título14 = Favorite Son
| duração14 = 2:06
}}
{{Lista de faixas
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| topo = Disco bônus do Japão (ao vivo em Tóquio)<ref name=japan/>
 
| título1 = American Idiot
| duração1 = 4:17
 
| título2 = Jesus of Suburbia"
* I. "Jesus of Suburbia"
* II. "City of the Damned"
* III. "I Don't Care"
* IV. "Dearly Beloved"
* V. "Tales of Another Broken Home
| duração2 = 9:22
 
| título3 = Holiday
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| título4 = Are We the Waiting
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}}
{{Lista de faixas
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| topo = DVD bônus da edição especial<ref>{{citar web |língua=en|url=https://www.amazon.co.uk/American-Idiot-Special-Edition-DVD/dp/B0009MA8V0/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1401979066&sr=8-1&keywords=american+idiot+special|título=American Idiot [Special Edition CD + DVD&#93;: Amazon.co.uk: Music|publicado=Amazon.co.uk |acessodata=22 de dezembro de 2017}}</ref>
 
| título1 = The Making of 'Boulevard of Broken Dreams' & 'Holiday'
 
| título2 = Boulevard of Broken Dreams
| nota2 = vídeo musical
 
| título3 = Holiday
| nota3 = vídeo musical
}}
 
== Pessoal ==
 
'''Banda'''
* [[Billie Joe Armstrong]] – [[vocal]], [[guitarra]]
* [[Mike Dirnt]] – [[vocal]], [[backing vocal]] e [[baixo]]
* [[Tré Cool]] – [[vocal]], [[bateria (instrumento musical)|bateria]] e [[percussão]]
 
'''Músicos adicionais'''
Linha 367 ⟶ 365:
* Chris Bilheimer - capa
 
== Paradas ==
{{col-start}}
{{col-2}}
 
; Posições
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|título=American Idiot Chart positions
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[[Categoria:Álbuns de 2004]]