Eduardo I de Inglaterra: diferenças entre revisões

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===Infância e casamento===
[[Ficheiro:Edward I and Eleanor.jpg|thumb|upright|Manuscrito do século XIV de Eduardo e sua esposa Leonor. O artista talvez tenha tentado representar a [[ptose]] dele, característica que herdou de seu pai.<ref>{{harvnb|Morris|2009|p=22}}</ref>]]
Eduardo nasceu no [[Palácio de Westminster]], [[Londres]], na noite entre os dias [[17 de junho|17]] e {{dtlink|18|6|1239}},{{nota de rodapé|Como as fontes dizem simplesmente que ele nasceu na noite entre 17 e 18 de junho, não é possível saber a data exata do nascimento de Eduardo.<ref name=morris2 >{{harvnb|Morris|2009|p=2}}</ref>}} filho do rei [[Henrique III de Inglaterra]] e sua esposa [[Leonor da Provença]].<ref name=morris2 /> ''[[Eduardo]]'' é um nome anglo-saxão, assim sendo não era comumente dado entre a aristocria[[aristocracia]] inglesa depois da [[Conquista normanda da Inglaterra|conquista normanda]], porém Henrique era muito devoto de [[Eduardo, o Confessor]], e decidiu nomear seu primeiro filho em homenagem ao rei santo.{{Nota de rodapé|Números régios não eram comumente usados na época de Eduardo. Como primeiro rei pós-conquista a ter esse nome,<ref>{{harvnb|Morris|2009|pp=xv–xvi}}</ref> ele era chamado simplesmente de "Rei Eduardo" ou "Rei Eduardo, filho do Rei Henrique". Foi apenas depois da ascensão de seu filho e neto, ambos com o mesmo nome, que "Eduardo I" passou a ser utilizado.<ref name=carpenter >{{citar periódico|autor=Carpenter, David|data=2007|título=King Henry III and Saint Edward the Confessor: The Origins of the Cult|jornal=English Historical Review|volume=cxxii|número=498|páginas=865–891|doi=10.1093/ehr/cem214 }}</ref> }}<ref name=carpenter /> Dentre seus amigos de infância estava Henrique de Almain, filho de seu tio [[Ricardo, 1.º Conde da Cornualha]].<ref name="Prestwich 1997 6">{{harvnb|Prestwich|1997|p=6}}</ref> Ele permaneceria um amigo próximo de Eduardo, tanto através da guerra civil que se seguiu quanto da posterior cruzada.<ref>{{harvnb|Prestwich|1997|pp=46, 69}}</ref> Eduardo ficou aos cuidados de Hugo Giffard, pai do futuro chanceler Godofredo Giffard, até ele morrer em 1246, quando foi substituído por Bartolomeu Pecche.<ref>{{harvnb|Prestwich|1997|pp=5–6}}</ref>
 
Existiram preocupações sobre sua saúde quando Eduardo era criança, com ele adoecendo em 1246, 1247 e 1251.<ref name="Prestwich 1997 6"/> Mesmo assim, acabou se tornando um homem imponente: seus 1,88 [[Metro|m]] de altura lhe faziam mais alto que a grande maioria de seus contemporâneos, e assim Eduardo acabou ganhando seu [[epíteto]] de "Pernas Longas". O historiador Michael Prestwich afirma que seus "braços longos lhe deram vantagem como espadachim, coxas longas como cavaleiro. Na juventude seu cabelo encaracolado era loiro; na maturidade escureceu e na velhice ficou branco. [Suas características eram marcadas pela queda da pálpebra esquerda]. Seu discurso, apesar de balbuciador, dizia-se que eraser persuasivo".<ref name=prestwich177>{{harvnb|Prestwich|2007|p=177}}</ref>
 
Em 1254, o temor de uma invasão [[Região histórica de Castela|castelhana]] na então província inglesa da [[Gasconha]], no continente, fez o rei Henrique arranjar um casamento potencialmente vantajoso entre seu filho de catorze anos e [[Leonor de Castela, rainha de Inglaterra|Leonor]], meia-irmã do rei [[Afonso X de Leão e Castela|Afonso X de Castela]].<ref>{{harvnb|Morris|2009|pp=14–18}}</ref> Eduardo e Leonor se casaram no dia {{dtlink|1|11|1254}} no [[Mosteiro de Las Huelgas]] em [[Reino de Castela|Castela]].<ref>{{harvnb|Morris|2009|p=20}}</ref> Ele recebeu terras de valor anual de quinze mil [[Marco (moeda)|marcos]] como parte do acordo de casamento.<ref>{{harvnb|Prestwich|1997|p=10}}</ref> Apesar do dote que Henrique conseguiu ter sido considerável, ele oferecia pouca independência para Eduardo. Ele já havia recebido em 1249 a Gasconha, porém [[Simão de Montfort, 6.° Conde de Leicester]] havia sido nomeado tenente real no ano anterior e consequentemente ficou com a renda da terra, então na prática Eduardo não possuía a autoridade nem os lucros da província.<ref>{{harvnb|Prestwich|1997|pp=7–8}}</ref> A concessão que conseguiu em 1254 incluía boa parte da [[Senhorio da Irlanda|Irlanda]], além de vastas terras em [[Principado de Gales|Gales]] e na [[Reino da Inglaterra|Inglaterra]], incluindo o [[Conde de Chester|Condado de Chester]], porém o rei manteve boa parte do controle das terras em questão, principalmente na Irlanda, então o poder de Eduardo ficava limitado lá também, com Henrique recebendo a maioria das rendas.<ref>{{harvnb|Prestwich|1997|pp=11–14}}</ref>