Basílica de Santa Maria Maior: diferenças entre revisões

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|coordenadas = Propriedades extraterritoriais da Santa Sé
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A basílica é por vezes chamada de "[[Nossa Senhora das Neves]]", seu nome no [[Missal Romano]] entre 1568 e 1969 e uma referência à [[festa litúrgica]] da dedicação do edifício a [[Nossa Senhora]] em 5 de agosto, que, na mesma época, era chamada de ''"Dedicatio Sanctae Mariae ad Nives"'' em [[latim]]. Este nome tornou-se popular no século {{séc|XIV<ref name=Calendarium>}}{{harvnbsfn|name=Ca99|Calendarium Romanum|1969|p=99}}</ref> e é, por sua vez, uma referência a uma tradição lendária que a [[Enciclopédia Católica]] (1911) descreve assim: ''"Durante o pontificado de [[papa Libério|Libério]], o [[patrício romano]] João e sua esposa, que não tinham filhos, fizeram um voto de que doariam todas as suas posses à Virgem Maria. Eles rezaram para que Ela lhes indicasse como eles deveriam se desfazer de suas posses para homenageá-La. Em 5 de agosto, numa noite no auge do verão em Roma, nevou no alto do [[monte Esquilino]]. Obedecendo a uma [[visão religiosa|visão]] da Virgem que tiveram na mesma noite, o casal construiu a basílica em homenagem a ela no local exato que estava coberto de neve. Baseado no fato de que não menção alguma a este suposto milagre até séculos depois, nem mesmo por [[papa Sisto III|Sisto III]] em sua inscrição dedicatória de oito linhas… é bastante provável que esta lenda não tenha nenhuma base histórica"''.<ref {{sfn|name="cathency">{{harvnbOtOur|Ott|1913|loc=Our Lady of the Snow}}</ref>
 
A lenda só seria mencionada depois de 1000.<ref>{{citar web|url = http://www.americancatholic.org/Features/SaintOfDay/default.asp?id=1098|título= Dedication of St. Mary Major Basilica| publicado = American Catholic |língua= inglês}}</ref> O nome continuava a ser utilizado no século {{séc|XV}}, como demonstra a pintura do "Milagre da Neve" de [[Masolino da Panicale]]{{efn|Este [[tríptico]], pintado por volta de 1423, foi encomendado para a basílica por um membro da [[família Colonna]] e está hoje no ''[[Museo di Capodimonte]]'', em [[Nápoles]].<ref>{{citar periódico|autor = Paul Joannides| título = The Colonna Triptych by Masolino and Masaccio| jornal = Arte Cristiana| número = 728| ano = 1988| página = 339ss| língua = inglês}}</ref>}}.<ref name="Miles 1993157">{{harvnbsfn|Miles|1993|p=157}}</ref>
 
A festa da dedicação da igreja era celebrada apenas em Roma até ser incluída pela primeira vez no [[Calendário Geral Romano]], já com o título ''"ad Nives"''.<ref name=CalendariumCa99 /> Uma congregação nomeada pelo papa [[papa Bento XIV|Bento XIV]] em 1741 propôs que o título lendário fosse removido e que a voltasse a ser conhecida pelo seu nome original,<ref name="cathency"OtOur /> mas nada foi feito até 1969, quando foi finalmente removido e a festa passou a ser chamada de ''"In dedicatione Basilicae S. Mariae"''.<ref name=CalendariumCa99 /> Porém, a lenda ainda é comemorada com o lançamento de [[pétala]]s de rosas brancas do alto da [[cúpula]] durante a celebração da [[missa]] e na segunda [[vésperas|véspera]] da festa.
{{Âncora|Basílica Liberiana}}
 
=== Basílica Liberiana ===
A primeira igreja construída no local era conhecida como '''Basílica Liberiana''' ou '''Santa Maria Liberiana''', uma homenagem ao [[papa Libério]] (r. 352–366). É provável que o nome tenha se originado na lenda do "Milagre da Neve", só que foi o papa e, não João e sua esposa, que teria sido avisado em sonho sobre uma vindoura queda de neve. Ele seguiu para o local em [[procissão]] e marcou o local onde a igreja seria construída.<ref name=Parsch>{{citar livro|url = http://www.catholicculture.org/culture/liturgicalyear/calendar/day.cfm?id=218| nome = Pius| sobrenome = Parsch| título = The Church's Year of Grace| subtítulo = Citado em Catholic Culture: "Ordinary Time, 5 August| língua = inglês}}</ref> É possível inferir o nome implícito na descrição do ''"[[Liber Pontificalis]]"'' (século {{séc|XIII}}) sobre o papa Libério: ''"Ele construiu a basílica que leva seu nome ["Basilica Liberiana"] perto do [[Macelo de Lívia]]''.<ref>{{harvnbsfn|Loomis|1916|p=77}}</ref> O título "Liberiana" ainda aparece em algumas versões do nome forma da basílica e "Basílica Liberiana" pode ser utilizado tanto como o nome atual quanto o histórico da basílica{{efn|O nome real oficial parece variar: a secretaria de imprensa da [[Santa Sé]], numa nota de 2011,<ref name=SEC>{{citar web|url = http://www.vatican.va/news_services/press/documentazione/documents/cardinali_biografie/cardinali_bio_law_bf_en.html|título= Biografia do cardeal Bernard Francis Law| publicado = Secretaria de imprensa do Vaticano |língua= inglês}}</ref> utiliza "Basílica Papal Liberiana de Santa Maria Maior em Roma" e o site oficial da basílica<ref name=SO>{{citar web|url = http://www.vatican.va/various/basiliche/sm_maggiore/en/vita_liturgica/informazioni.htm| publicado = Site oficial da basílica |língua= italiano|título= Informazioni}}</ref> utiliza vários formatos, nenhum deles utilizando o termo "Liberiana", alguns deles sob um [[brasão]] com a inscrição ''"Basilica liberiana"'' em [[língua italiana|italiano]]}}.
 
É possível, contudo, que o nome "Basílica Liberiana" não tenha relação alguma com a lenda, pois, segundo Pius Parsch, o papa Libério transformou um palácio da família Sicinini em uma igreja e ela passou a ser conhecida como "Basílica Sicinini". Este edifício foi depois substituído pelo [[papa Sisto III|Sisto III]] (r. 432–440) pelo edifício atual.<ref name=Parsch/> Algumas fontes afirmam que esta transformação foi realizada na década de 420 pelo [[papa Celestino I|Celestino I]], o antecessor de Sisto III.<ref>{{harvnbsfn|Rubin|2009|p=95}}</ref>
{{Âncora|Santa Maria do Presépio}}
 
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== História ==
[[Imagem:Dehio 17 Santa Maria Maggiore.jpg|esquerda|200px|thumb|[[Planta baixa|Planta]] da basílica.]]
É consenso de que a igreja atual foi construída durante o pontificado de [[papa Sisto III|Sisto III]] (r. 432–440), como se atesta pela inscrição dedicatória no [[arco triunfal]]: ''"Sixtus Episcopus plebi Dei"'' ("Sisto [[bispo]] ao povo de Deus").<ref name="Krautheimer, 1980 p 49"Kr49 /> Além desta igreja, no topo do [[monte Esquilino]], Sisto III realizou diversas obras por toda cidade e que foram continuadas por seu sucessor, [[São Leão Magno|Leão Magno]].<ref>{{harvnbsfn|Krautheimer|1980|p=52}}</ref>
 
O edifício atual ainda preserva a parte central de sua estrutura original, mesmo depois de diversas reformas e reconstruções e dos danos sofridos no [[terremoto de 1348]].
 
A construção de igrejas em Roma neste período era inspirada pela ideia de que Roma não era apenas o centro do [[Império Romano|mundo romano]], como no passado, mas o centro do novo [[cristianismo|mundo cristão]].<ref name="Krautheimer46">{{harvnbsfn|name=Kr46|Krautheimer|1980|p=46}}</ref>
 
''Santa Maria Maggiore'', uma das primeiras igrejas dedicadas à Virgem Maria, foi erigida logo depois do [[Primeiro Concílio de Éfeso]] (431), que proclamou Maria como "[[TheotokosTeótoco|Mãe de Deus]]".<ref>{{harvnbsfn|Vassilaki|2000|p=10}}</ref> É certo que a atmosfera gerada pelo concílio também inspirou os [[mosaico]]s que adornam o interior da inscrição dedicatória: ''"..seja qual for a conexão precisa entre o concílio e igreja, é claro que os que projetaram a decoração pertencem a um período de concentrados debates sobre a natureza e o status da Virgem frente ao [[Cristo]] encarnado"''.<ref name="Corm889"Co889 /> A magnificência dos mosaicos da [[nave (arquitetura)|nave]] e do arco triunfal, vistos como ''"[[pedra angular|pedras angulares]] na representação da Virgem"'',<ref>{{harvnbsfn|Vassilaki|2000|p=132}}</ref> mostram cenas da "[[Vida de Maria]]" e da "[[Vida de Cristo]]", além de cenas do [[Antigo Testamento]], como [[Moisés]] abrindo o [[mar Vermelho]] e os [[Egito Antigo|egípcios]] se afogando.
 
Richard Krautheimer atribuiu este esplendor também às abundantes receitas disponíveis para o papa na época, oriundas de diversas propriedades adquiridas pela Igreja durante os séculos IV e V na [[península Itálica]]: "Algumas destas propriedades eram controladas localmente; a maioria, já no início do século {{séc|V}}, eram administradas diretamente de Roma, com grande eficiência: um sistema de contabilidade centralizado foi desenvolvido na chancelaria papal, um orçamento aparentemente foi preparado, uma parte da receita indo para a administração papal, outra para sustentar as necessidades do clero, uma terceira para manutenção das igrejas e uma quarta para a caridade. Estas taxas deram condições para que o papado realizasse, durante todo século {{séc|V}}, um ambicioso programa de obras, incluindo Santa Maria Maggiore".<ref>{{harvnbsfn|Krautheimer|1980|pp=69–70}}</ref>
 
Miri Rubin defende que o edifício da basílica foi influenciado pela crença de que Maria seria uma das que poderiam representar os ideais imperiais da Roma clássica, fundindo a velha Roma pagã com a nova, cristã.<ref>{{harvnbsfn|Rubin|2009|pp=95–96}}</ref>
 
== Arquitetura ==
A arquitetura original de ''Santa Maria Maggiore'' era [[arquitetura clássica|clássica]] de tradição [[arquitetura romana|romana]], provavelmente para passar a ideia de que ela representava seu passado na [[Império Romano|antiga Roma imperial]] e também o seu futuro cristão. Nas palavras de um estudioso, ''"Santa Maria Maggiore lembra tanto uma [[basílica]] imperial do século {{séc|II}} que já se acreditou que ela poderia ter sido adaptada de uma basílica civil para uso como igreja cristã. Sua planta foi baseada nos princípios [[helenismo|helenísticos]] afirmados por [[Vitrúvio]] na época de [[Augusto]]"''.<ref>{{harvnbsfn|Miles|1993|p=158}}</ref> Apesar de enorme, ''Santa Maria'' é constituída de uma ampla e alta [[nave (arquitetura)|nave]] com uma [[abside]] semicircular no final ladeada por um corredor de cada lado.<ref name="Krautheimer46"Kr46 />
 
As colunas [[Atenas|atenienses]] que separam a nave dos corredores são ainda mais antigas e são oriundas da primeira basílica ou foram [[spolia|reaproveitadas]] de antigos edifícios romanos. Trinta e seis são mármore e quatro, de [[granito]], e foram afiladas e cortadas para que ficassem idênticas por [[Ferdinando Fuga]], responsável também pelos [[capitel|capiteis]] folheados em [[bronze]].<ref>{{harvnbsfn|Beny|Gunn|1981|p=106}}</ref> Sobre o teto do século {{séc|XVI}}, [[caixotão|caixotões]] em [[talha dourada]], obra de [[Giuliano da Sangallo]], conta-se que o ouro utilizado foi trazido das [[América]]s por [[Cristóvão Colombo]] e presenteada pelos [[Reis Católicos]], [[Fernando II de Aragão]] e [[Isabel I de Castela]], ao papa [[papa Alexandre VI|Alexandre VI]], que era espanhol<ref>[[Charles A. Coulombe]], ''Vicars of Christ'', p. 330.</ref>
 
A fachada do século {{séc|XII}} foi completamente recoberta por uma reconstrução e hoje o que se vê é uma cortina de [[lógia]]s adicionadas pelo papa [[papa Bento XIV|Bento XIV]], em 1743, com base num projeto de [[Ferdinando Fuga]] que não danificou os mosaicos originais da fachada. Inserida entre uma ala à esquerda ([[sacristia]]) e outra à direita (projetada por [[Flaminio Ponzio]]), a frente da basílica tem o aspecto de um palácio na ''Piazza Santa Maria Maggiore''. Do lado direito da fachada está uma coluna memorial na forma de um canhão encimado por uma cruz erigido pelo papa [[papa Clemente VIII|Clemente VIII]] para celebrar o fim das [[Guerras religiosas na França]].<ref name = RAL>{{citar web|url = http://members.tripod.com/romeartlover/Vasi48.html|título= Basilica memorial to celebrate the end of the French Wars of Religion| publicado = Rome Art Lover |língua= inglês}}</ref>
 
O [[campanário]] do século {{séc|XIV}} é o mais alto de Roma, com 75 metros. A [[coluna mariana]] conhecida como ''Colonna della Pace'', erigida em 1614 na '''''Piazza Santa Maria Maggiore''''' com base num projeto de [[Carlo Maderno]], serviu de modelo para diversas outras erigidas em países católicos para agradecer o fim da epidemia de [[peste bubônica|peste]] durante o [[estilo barroco|período barroco]]. A coluna em si é a última remanescente da [[Basílica de Maxêncio e Constantino]] no [[Fórum Romano]] (conhecido na época como ''[[Campo Vaccino]]'').<ref name = RAL/>
 
== Interior ==
[[Imagem:Virgin salus populi romani.jpg|thumb|esquerda|200px|[[Ícone]] conhecido como ''[[Salus Populi Romani]]'', abrigado na Capela Paolina de ''Santa Maria Maggiore''.]]
[[Imagem:Santa Maria Maggiore (Rome) mosaic on frontside.jpg|thumb|direita|[[Mosaico]] do século {{séc|V}} representando [[Cristo em Majestade]] rodeado por quatro anjos.]]
[[Imagem:Paul V SM Maggiore.jpg|direita|thumb|Estátua do [[papa Paulo V|Paulo V]].]]
[[Imagem:Santa Maria Maggiore Interior Panorama.jpg|direita|thumb|Vista do altar-mor e a entrada para a cripta.]]
 
=== Mosaicos do século {{séc|V}} ===
Os mosaicos de ''Santa Maria Maggiore'' não são apenas belas obras de [[arte paleocristã]], constituem também algumas das mais antigas representações da [[Virgem Maria]] na [[Antiguidade Tardia]] cristã. A representação [[iconografia|iconográfica]] da Virgem foi escolhida, pelo menos em parte, para celebrar a afirmação de Maria como a ''[[TheotokosTeótoco]]'' ("Mãe" ou "Portadora de Deus") no [[Primeiro Concílio de Éfeso]] (431).<ref>{{harvnbsfn|Gwynn|2010|p=235}}</ref> Tanto estes mosaicos como os que estão no arco triunfal foram a definição da [[arte impressionista]] no período e serviram de modelo para futuras representações da Virgem Maria, uma influência baseada no impressionismo antigo tardio que podia ser visto em [[afresco]]s e em muitos pisos em mosaico nas várias [[villa romana|villas romanas]] ainda existentes na época no [[norte da África]], na [[Síria romana|SìriaSíria]] e na [[Sicília]] durante o século {{séc|V}}.<ref {{sfn|name="Krautheimer, 1980 p 49">{{harvnbKr49|Krautheimer|1980|p=49}}</ref>
 
Estes mosaicos deram aos historiadores uma amostra dos movimentos artísticos, sociais e religiosos da época. Eles tinham dois objetivos: primeiro glorificar a Virgem Maria como ''"Theotokos"''Teótoco; depois, nas palavras de um estudioso, ''"uma articulação sistemática e completa da relação entre a [[Bíblia hebraica]] e as [[Evangelho|Escrituras cristãs]] como sendo a de que a primeira prenuncia o [[cristianismo]]"''.<ref>{{harvnbsfn|Miles|1993|p=160}}</ref> Esta relação está explicada pelas imagens duais de eventos do [[Antigo Testamento|Antigo]] na nave e do [[Novo Testamento]] no arco. Os mosaicos revelam ainda um amplo espectro de expertise artística e refutam a teoria de que a técnica nesta época estava calcada na cópia de modelos em livros.<ref {{sfn|name="Corm889">{{harvnbCo889|Cormack|2000|p=889}}</ref>
 
==== Arco triunfal ====
Em ''Santa Maria'', o [[arco triunfal]]{{efn|Um [[arco triunfal]] na cabeceira da [[nave (arquitetura)|nave]] era antigamente chamado de arco absidal, mas passou a ser chamado de "arco triunfal".<ref>{{harvnbsfn|Krautheimer|1980|p=47}}</ref>}} está decorado por magníficos mosaicos retratando diferentes cenas da "[[Vida de Cristo]]" e da "[[Vida da Virgem]]". Contudo, Há uma diferença nos estilos utilizados entre os mosaicos do arco e os mosaicos da nave. Os primeiros são muito mais lineares e planos e não demonstram tanta ação, emoção e movimento quanto os mosaicos do [[Antigo Testamento]] da nave.<ref name="Corm889"Co889 />
 
Uma das primeiras cenas é um "[[Cristo em Majestade]]" rodeado pelos [[anjo]]s de sua corte celestial, ''"um jovem imperador rodeado por quatro [[camareiro]]s"''.<ref name="Krautheimer46"Kr46 /> Outro representa a Virgem, coroada e vestida de forma sutilmente similar a uma [[imperatriz romana]], com Jesus andando consigo e com uma grupo de anjos em direção a [[José (pai de Jesus)|José]], pronto para recebê-la. Segundo Krautheimer, ''"A Virgem…demonstra com perfeição o caráter impressionista dos mosaicos"''.<ref name="Krautheimer, 1980 p 48">{{harvnb|Krautheimer|1980|p=48}}</ref> O terceiro é uma "[[Adoração dos Magos]]"<ref name="{{sfn|nameKr48|Krautheimer, |1980 |p =48"/>}} e o último, a "Virgem com Cinco Mártires".<ref name="Krautheimer,Kr49 1980 p 49"/>
 
==== Nave ====
A nave está coberta por mosaicos representando cenas do [[Antigo Testamento]], com destaque para a cena de [[Moisés]] libertando os [[judeus]] da escravidão no [[Egito Antigo]] atravessando o [[mar Vermelho]], ''"são ilusionísticos de forma divertida e impressionista"'': a cena, repleta de movimento e emoção, tinha por objetivo inspirar o pensamento no "novo" passado de Roma.<ref name="Krautheimer,Kr49 1980 p 49"/><ref name="Corm889"Co889 /> Outro painel mostra o afogamento dos egípcios no mar Vermelho.<ref name="Krautheimer, 1980 pnameKr48 48"/>
 
== Cripta da Natividade ==
Sob o [[altar-mor]] da basílica está a "Cripta da Natividade" ou "Cripta de Belém", que abriga um [[relicário]] de [[cristal]] projetado por [[Giuseppe Valadier]] construído para proteger a madeira da [[:wikt:manjedoura|manjedoura]] onde [[Nascimento de Jesus|nasceu Jesus]].<ref name=Inside>{{citar web|url = http://www.vatican.va/various/basiliche/sm_maggiore/en/storia/interno.htm| publicado = Site oficial|título= Inside the Basilica |língua= inglês}}</ref> É ali também que está sepultado [[São Jerônimo]], o [[Doutor da Igreja]] do século {{séc|IV}} que traduziu a [[Bíblia]] para o [[latim]] (a ''[[Vulgata]]'').<ref name=Destinations>{{citar web|url = http://www.sacred-destinations.com/italy/rome-santa-maria-maggiore| publicado = Sacred Destinations|título= SantaMariaMaggiore, Rome |língua= inglês}}</ref>
 
Fragmentos do [[presépio]] que acredita-se ter sido esculpido no século {{séc|XIII}} por [[Arnolfo di Cambio]] e que ficavam ali, foram transferidos para o oratório abaixo do altar da grande ''"Capella Sistina"'',<ref name=Inside/> no braço direito do [[transepto]].
 
== Cripta da Natividade e a ''Capella Sistina'' ==
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Há ainda obras de Ferdinando Sermei, [[Giacomo Stella]], [[Paul Bril]], and [[Ferraù Fenzoni]].<ref>{{harvnbsfn|Eitel-Porter|1997|pp=452–462}}</ref>
 
=== Capela Borguese e ''Salus Populi Romani'' ===
Linha 201:
 
== Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior ==
A Basílica de Santa Maria Maior é a mais antiga igreja do Ocidente consagrada à Virgem Maria. Sua edificação foi motivada pela declaração dogmática da "Divina Maternidade de Maria", ou "Maria, Mãe de Deus" ([[TheotokosTeótoco]]), no [[Concílio de Éfeso (431)|Concílio de Éfeso]], no ano 431{{efn|Confira [[Dogmas e doutrinas marianas da Igreja Católica]].}}. Na [[Liturgia|Liturgia Católica]] é celebrada, então, esta Memória Facultativa{{efn|Confira [[Calendário Mariano]]}}, no dia [[5 de Agosto]]. A data da fundação da igreja, contudo, retrocede ao pontificado do [[Papa Libério]] (352-366).
 
== Ver também ==