Portugal: diferenças entre revisões
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Quando se analisa um período maior de tempo, a convergência da economia portuguesa para os padrões da [[União Europeia]] tem sido impressionante, especialmente entre 1986 e o início da década de 2000.<ref>{{citar web |url=http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6V97-3VWTCDS-9&_user=499884&_coverDate=11%2F30%2F1996&_rdoc=1&_fmt=high&_orig=gateway&_origin=gateway&_sort=d&_docanchor=&view=c&_acct=C000024499&_version=1&_urlVersion=0&_userid=499884&md5=d36edb1470dfd4db9b46db274f86c7a1&searchtype=a |título=Portugal–European Union convergence: Some evidence |acessodata=19 de dezembro de 2011}}</ref><ref name="tcd.ie">{{citar web |url=http://www.tcd.ie/business/staff/fbarry/papers/papers/Regiona_Aid_paper_revised.PDF |título=European Union Regional Aid and Irish Economic Development |editor=Frank Barry — University College Dublin |data=outubro de 2002 |acessodata=19 de dezembro de 2011}}</ref> De acordo com Barry (2003), "o que parece ter sido crucial no caso português, em relação à Espanha pelo menos, é o grau de flexibilidade do mercado de trabalho que a economia exibe. (...) Essa convergência portuguesa tem sido impressionante, mesmo que, coerente com o seu relativamente baixo estoque de [[capital humano]], a economia tem-se especializado em produção de baixa tecnologia."<ref name="tcd.ie"/> O crescimento económico português esteve acima da média da União Europeia na maior parte da década de 1990<ref>{{citar web |url=http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?pid=S0003-25732012000200003&script=sci_arttext |título=O euro e o crescimento da economia portuguesa: uma análise contrafactual |autor=Luís Aguiar-Confraria; Fernando Alexandre; Manuel Correia de Pinho |editor=[[Universidade do Minho]] |data=Abril de 2012 |acessodata=23 de julho de 2013}}</ref> e uma pesquisa sobre [[qualidade de vida]] feita pela ''Economist Intelligence Unit'' classificou Portugal como o país com a 19.ª melhor qualidade de vida no mundo em 2005, à frente de outros países económica e tecnologicamente avançados como [[França]], [[Alemanha]], [[Reino Unido]] e [[Coreia do Sul]], mas 9 lugares atrás de seu único vizinho, a [[Espanha]].<ref>{{citar web |url=http://www.imd.org/uupload/IMD.WebSite/wcc/WCYResults/1/scoreboard.pdf |título=The Economist Intelligence Unit's quality-of-life index |acessodata=19 de julho de 2013 |data= |publicado=The Economist |língua=en }}</ref>
No entanto, o Relatório de Competitividade Global de 2013, publicado pelo [[Fórum Económico Mundial]], classificou o nível de competitividade económica de Portugal na 46.ª posição entre os 60 países pesquisados, atrás de Espanha e [[Itália]], o que representa uma queda em relação às posições conquistadas nos relatórios de anos anteriores.<ref>{{citar web |url=http://www.weforum.org/issues/global-competitiveness |título=The Global Competitiveness Index rankings |acessodata=19 de julho de 2013 |data= |publicado=World Economic Forum |língua=en }}</ref> Portugal também continua a ser o país com o menor [[PIB per capita]] entre as nações da [[Europa Ocidental]]<ref name="economia.publico.clix.pt">{{citar web|url=http://economia.publico.pt/Noticia/portugueses-perderam-poder-de-compra-entre-2005-e-2007-e-estao-na-cauda-da-zona-euro_1352732|titulo=Portugueses perderam poder de compra entre 2005 e 2007 e estão na cauda da Zona Euro |publicado=Público|data=11 de dezembro de 2008|acessodata=10 de outubro de 2010}}</ref> e o que apresenta um dos mais altos índices de [[desigualdade económica]] entre os membros da União Europeia.<ref>{{citar web |url=http://observatorio-das-desigualdades.cies.iscte.pt/index.jsp?page=projects&id=94 |título=Desigualdade económica em Portugal |autor=Carlos Farinha Rodrigues |editor=Observatório das Desigualdades, Centro de Investigação e Estudos de Sociologia - [[Instituto Universitário de Lisboa]] (ISCTE-IUL) |acessodata=22 de julho de 2013}}</ref> Em 2007, o fraco desempenho da economia portuguesa foi explorado pela revista ''[[The Economist]]'', que descreveu Portugal como o "novo [[homem doente da Europa]]".<ref name="sick man">{{citar web|url=http://www.economist.com/world/europe/displaystory.cfm?story_id=9009032 |titulo=The Portuguese economy: A new sick man of Europe |publicado=The Economist |lingua=Inglês |data=12 de abril de 2007 |acessodata=2 de julho de 2011}}</ref> Em 6 de abril de 2011, após o início da [[crise económica de 2008]] e o aprofundamento da [[crise da dívida pública da Zona Euro]], o então primeiro-ministro José Sócrates anunciou na televisão nacional que o país pediu ajuda financeira ao [[Fundo Monetário Internacional]] (FMI) e ao [[Fundo Europeu de Estabilização Financeira]] (FEEF), como a [[Grécia]] e a [[República da Irlanda]] já haviam feito. Foi a terceira vez que a ajuda financeira externa foi solicitada ao FMI — a primeira foi no final de da década de 1970, após a [[Revolução dos Cravos]].<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/mundo/899330-portugal-pede-socorro-financeiro-a-uniao-europeia-fmi-oferece-ajuda.shtml |título=Portugal pede socorro financeiro à União Europeia; FMI oferece ajuda |editor=[[Folha de S. Paulo]] |data=6 de abril de 2011 |acessodata=18 de dezembro de 2011}}</ref> Em 6 de julho do mesmo ano, a agência de notação norte-americana ''[[Moody's]]'' colocou o país na avaliação rating de "lixo financeiro", provocando a queda dos maiores bancos nacionais no PSI 20.<ref>{{citar web|url=http://tv2.rtp.pt/noticias/?t=Politicos-da-UE-defendem-agencia-de-notacao-europeia.rtp&article=458254&visual=3&layout=10&tm=6 |título=Políticos da UE defendem agência de notação europeia |editor=[[Rádio e Televisão de Portugal]] (RTP) |data=6 de julho de 2011 |acessodata=19 de dezembro de 2011}}</ref> Em 2017, o país saiu da classificação rating de "lixo financeiro" e voltou a ter taxas de crescimento na faixa dos 2,8-3%. A agência de notação financeira [[Fitch|Fitch Ratings]] e a [[Standard & Poor's]] retiraram Portugal do nível "lixo", melhorando em dois patamares o rating atribuído à dívida pública portuguesa, de BB+ para BBB, o segundo nível da categoria de investimento.
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