Sufrágio feminino: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Rose-Sanderson-Votes-for-Women.jpeg|thumb|Feministas norte-americanas em movimento pelo voto feminino em fevereiro de 1913]]
 
A luta pelo voto feminino foi sempre o primeiro passo a ser alcançado no horizonte das mulheresfeministas da era pós-[[Revolução Industrial]]. As "''suffragettes''" (em [[língua portuguesa|português]], ''sufragistas''), primeiras ativistas do feminismo no [[século XIX]], eram assim conhecidas justamente por terem iniciado um movimento no [[Reino Unido]] a favor da concessão, às mulheres, do direito ao voto. O seu início deu-se em [[1897]], com a fundação da [[União Nacional pelo Sufrágio Feminino]] por [[Millicent Fawcett]] ([[1847]]-[[1929]]), uma educadora britânica. O movimento das sufragistas, que inicialmente era [[Pacifismo|pacífico]], questionava o fato de as mulheres do final daquele século serem consideradas capazes de assumir postos de importância na sociedade inglesa como, por exemplo, o corpo diretivo das escolas e o trabalho de educadoras em geral, mas serem vistas com desconfiança como possíveis [[Eleição|eleitoras]]. As leis do Reino Unido eram, afinal, aplicáveis às mulheres, mas elas não eram consultadas ou convidadas a participar de seu processo de elaboração.
 
Ainda que obtendo um limitado sucesso em sua empreitada - a conversão de alguns membros do então embrionário [[Partido Trabalhista Britânico]] para a causa dos direitos das mulheres é um exemplo -, a maioria dos [[parlamento|parlamentares]] daquele país acreditava, ainda respaldados nas ideias de filósofos britânicos como John Locke e [[David Hume]], que as mulheres eram incapazes de compreender o funcionamento do [[Parlamento Britânico]] e, por conseguinte, não podiam tomar parte no processo eleitoral.
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Mesmo que tenha causado grande comoção o movimento pelo voto feminino na Inglaterra da [[década de 1910]], as ações de protesto empreendidas pelas sufragistas, contudo, apenas vieram a obter um parcial sucesso com a aprovação do ''[[Representation of the People Act]]'' de [[1918]], o qual estabeleceu o voto feminino no Reino Unido – em grande parte, dizem alguns historiadores, motivado pela atuação do movimento das sufragistas na [[Primeira Guerra Mundial]] (1914-1918), já que as sufragistas deixaram as ruas e assumiram importante papel nos esforços de guerra.
 
A lei britânica de 1918 deu forças a mulheres de diversos outros países para que buscassem seus direitos ao voto, que as primeiras feministas consideravam de importância maior que outras questões referentes à situação feminina justamente por acreditarem que, pelo voto, as mulheres seriam capazes de solucionar problemas causados por leis injustas que lhes vetavam o acesso ao trabalho e à propriedade, por exemplo. Habilitando-se ao sufrágio, as mulheres passariam a ser também elegíveis e assim, pensavam as mulheresfeministas, poderiam concorrer de igual para igual com os homens por cargos eletivos.
 
Por mais que a opressão sobre as mulheres seja ainda uma cruel realidade, elas têm direito ao voto e à participação política ampla na maioria dos países. Em países como o [[Kuwait]], por exemplo, existem movimentos que reproduzem as mesmas lutas das sufragistas do século XIX, na tentativa de forçar o governo daquele país a mudar sua legislação eleitoral e adotar o voto universal em pleno [[século XXI]].