Orígenes: diferenças entre revisões

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Menção do princípio da preexistência da alma no livro "Princípios".
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Ao contrário do que afirmam certos teosofistas - como, por exemplo [[Geddes MacGregor]] no seu livro de 1978 ''"Reincarnation in Christianity: A New Vision of the Role of Rebirth in Christian Thought"'' -, Orígenes era totalmente contrário à doutrina da [[metempsicose]] (renascimento do ser humano em animais). Profundo conhecedor deste conceito a partir da filosofia grega, afirma que a metempsicose (transmigração) "é totalmente alheia à Igreja de Deus, não ensinada pelos [[Apóstolos]] e não sustentada pela Escritura" (''"Comentário ao Evangelho de Mateus"'' XIII, 1, 46–53).
 
Uma vez que muitos dos textos de Orígenes foram destruídos, e o restante profundamente alterado, os estudiosos discutem se ele realmente ensinou a reencarnação. Alguns afirmam que ele apenas fala sobre a preexistência: a existência da alma antes do corpo. Mas, no tempo de Orígenes, a preexistência e a reencarnação eram inseparáveis.
 
Naquele tempo, muitos cristãos aceitavam a reencarnação como uma parte essencial do cristianismo. Seguiam os ensinamentos de Orígenes, um dos sábios mais brilhantes das Igrejas Cristãs primitivas, escreveu no seu ''Princípios'': “cada alma... vem a este mundo fortificada pelas fraquezas ou vitórias da vida anterior. Seu lugar neste mundo, como um vaso escolhido para honrar ou desonrar, é determinado pelos seus méritos ou deméritos. Seu trabalho neste mundo determina a sua vida num mundo futuro”.
 
Orígenes, embora não duvidando de que o texto sagrado seja invariavelmente verdadeiro, insiste na necessidade da sua correcta interpretação. Assim, teve a suficiente percepção para distinguir três níveis de leitura das escrituras: 1- o ''Literal'' 2- o ''Moral''; 3- o ''Espiritual'', que é o mais importante e também o mais difícil. Segundo Orígenes, cada um destes níveis indica um estado de consciência e amadureciamento espiritual e psicológico.