White Star Line: diferenças entre revisões

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|sede = [[Liverpool]], {{GBR}}
|indústria = [[Transporte marítimo]]
|holding = [[International Mercantile Marine Co.]]<br/>{{small|(1902–1927)}}<br/>{{nowrap|Royal Mail Steam Packet Company}}<br/>{{small|(1927–1932)}}
|sucessora = Cunard-White Star Line
}}
A '''Oceanic Steam Navigation Company''', mais conhecida como '''White Star Line''', foi uma companhia britânica de [[transporte marítimo]] que operou desde a metade do século XIX até meados do século XX. Ela se concentrava principalmente na operação de grandes navios [[transatlântico]]s em rotas entre o [[Reino Unido]] e a [[América do Norte]], porém também possuía um certo número de embarcações que realizavam viagens para outras partes do mundo, principalmente [[Austrália]] e [[Nova Zelândia]].
 
A White Star Line foi fundada em 1845 por John Pilkington e Henry Threlfall Wilson e começou seus serviços transportando imigrantes para a Austrália a bordo de pequenos navios. A empresa acabou entrando em falência e foi comprada em 1867 por [[Thomas Henry Ismay]], que a renomeou oficialmente para Oceanic Steam Navigation Company, mas mesmo assim manteve as atividades comerciais sob o antigo nome. Ela então passou a se especializar no transporte de passageiros em luxuosas embarcações [[Transatlântico|transatlânticas]], começando pela Classe ''Oceanic'' na década de 1860. A White Star gradualmente ganhou prestígio internacional enquanto vários de seus navios batiam recordes de tamanho e ganhavam a [[Flâmula Azul]] de viagem mais rápida. Thomas Ismay morreu em 1899 e foi sucedido no comando da companhia por seu filho [[Joseph Bruce Ismay]], que se juntou em 1902 à [[International Mercantile Marine Co.|International Mercantile Marine Company]] do banqueiro norte-americano [[John Pierpont Morgan]].
 
A empresa continuou a encomendar novos navios, construídos principalmente pelos estaleiros irlandeses da [[Harland and Wolff]], deixando a velocidade de lado para se focar cada vez mais em tamanho e conforto. Essa ideologia foi aplicada na construção dos ''Big Four'' e principalmente na [[Classe Olympic|Classe ''Olympic'']]. O naufrágio do [[RMS Titanic|RMS ''Titanic'']] em abril de 1912 colocou a opinião pública contra a White Star Line e acabou levando a saída de Bruce Ismay da presidência. A companhia também perdeu diversos navios durante a [[Primeira Guerra Mundial]], porém mesmo assim conseguiu se manter ativa pela década de 1920.
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[[Ficheiro:J. Bruce Ismay.jpeg|thumb|esquerda|Joseph Bruce Ismay assumiu a presidência da White Star após a morte de seu pai em 1899.]]
A White Star foi adquirida em 1902 pela [[International Mercantile Marine Co.]] (IMM), um [[truste]] criado pelo banqueiro americano [[John Pierpont Morgan]]. Seu objetivo era obter o monopólio do transporte marítimo no Oceano Atlântico ao comprar várias empresas e realizar acordos com as alemãs [[Hamburg-Amerika Linie]] e [[Norddeutscher Lloyd]]. A compra da White Star foi sua principal aquisição.<ref> {{harvnb|Anderson|1964|p=97}} </ref> Para conseguir fechar o negócio, Morgan prometeu aos acionistas pagar-lhes dez vezes os lucros gerados pela empresa em 1900, um ano particularmente bom.<ref name=haws16 > {{harvnb|Haws|1990|p=16}} </ref> A família Ismay estava inicialmente relutante em aceitar a venda, com todos estando cientes que Thomas Ismay seria fortemente contra a ideia caso ainda estivesse vivo. Entretanto, por fim, Bruce Ismay concordou com o desejo geral dos acionistas. Isso fez com que seu irmão James e outros cinco diretores da Ismay, Imrie & Co. saíssem da empresa, deixando apenas Ismay e Sanderson na liderança. Os dois rapidamente se juntaram a [[William Pirrie]], presidente dos estaleiros da [[Harland and Wolff]] em [[Belfast]], onde todos os navios da White Star eram construídos. Ismay e Pirrie também foram colocados entre os treze diretores da IMM.<ref> {{harvnb|Kerbrech|2009|p=77}} </ref>
 
Entretanto, os navios da White Star permaneceram britânicos, continuando com a mesma bandeira, portos de registro e tripulações. A lei dos [[Estados Unidos]] impedia que empresas norte-americanas operassem navios construídos fora do país. Essa lei muito incomodava Morgan, porém as embarcações britânicas eram mais baratas de serem operadas.<ref name=haws16 /> No ano de sua aquisição, a White Star, cujos novos navios tinham capturado uma parcela considerável dos fluxos imigratórios transatlânticos, transportou 29.833 passageiros. Seus números foram aproximadamente de três mil passageiros a mais que os da Cunard, porém ainda assim ficou abaixo das duas concorrentes alemãs.<ref> {{citar web|url=http://www.atlantictransportline.us/content/immc.htm|título=The International Mercantile Marine Company|obra=The Atlantic Transport Line|autor=Kinghorn, Jonathan|acessodata=21 de dezembro de 2017 }} </ref> Em resposta ao perigo de monopólio, o governo britânico financiou as duas embarcações seguintes da Cunard, o [[RMS Mauretania|RMS ''Mauretania'']] e o [[RMS Lusitania|RMS ''Lusitania'']], com o objetivo de impedir que a empresa também entrasse no truste.<ref> {{harvnb|Anderson|1964|p=98}} </ref>