José Saramago: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Resgatando 3 fontes e marcando 1 como inativas. #IABot (v2.0beta10)
Linha 43:
Dificuldades económicas impediram José Saramago de fazer os estudos liceais, que o levariam a frequentar a universidade. Formou-se numa escola técnica e teve o seu primeiro emprego como serralheiro mecânico.
 
Fascinado pelos livros, visitava, à noite, com grande frequência, a Biblioteca Municipal Central/[[Palácio Galveias]].<ref name="Agulha">{{citar web | url=http://www.revista.agulha.nom.br/1saramago4.html | título= Jornal da Poesia | publicado=www.revista.agulha.nom.br | acessodata=11 de março de 2008 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20111027225905/http://www.revista.agulha.nom.br/1saramago4.html# | arquivodata=27 de outubro de 2011 | urlmorta=yes }}, pesquisado em 26 de novembro de 2007, às 21:17</ref>
 
=== Percurso profissional e literário ===
Linha 186:
==== Oposição à Igreja Católica ====
[[Ficheiro:Saramago by bottelho.jpg|thumb|Saramago por Bottelho]]
Saramago encontrou sempre fortes críticas e oposição na [[Igreja Católica]], facto pelo qual ele se refere a esta como "[[fascista]]" com frequência. Alguns [[protestantes]] (ou [[evangélicos]]) já declararam publicamente apoiar a liberdade de expressão do autor.<ref>{{Citar web|url=http://dn.sapo.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1395941&seccao=Livros|titulo= Evangélicos defendem liberdade de expressão|autor=Diário de Notícias |data=20 de Outubro de 2009|acessodata=23 de Outubro de 2009}}</ref> E essa relação de tensão com a Igreja Católica é agravada devido à origem portuguesa de Saramago, local onde o [[catolicismo]] é muito forte e discuti-lo ainda é um tabu.<ref name=autogenerated3>{{Citar web|url=http://dn.sapo.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1396506&seccao=Livros|titulo=Igreja Católica já lê 'Caim'|autor=Diário de Notícias |data=21 de Outubro de 2009|acessodata=23 de Outubro de 2009|arquivourl=https://web.archive.org/web/20091024074519/http://dn.sapo.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1396506&seccao=Livros#|arquivodata=24 de outubro de 2009|urlmorta=yes}}</ref>
 
Devido à sua origem portuguesa e a toda a influência cultural exercida pelo catolicismo em tal contexto, Saramago sente a necessidade de abordar a [[Bíblia]] no seu trabalho de escritor – esse texto faz parte do seu património cultural, ao contrário do [[Alcorão|corão]], que Saramago entende não ser a sua tarefa abordá-lo.<ref name="publico.pt">{{Citar web|url= http://publico.pt/Sociedade/saramago-ha-muita-coisa-na-biblia-que-vale-a-pena-ler_1406198|titulo= Saramago: Há muita coisa na Bíblia que vale a pena ler|autor= público.pt |data= 21 de Outubro de 2009|acessodata= 22 de Outubro de 2009|arquivourl= https://web.archive.org/web/20100303063054/http://publico.pt/Sociedade/saramago-ha-muita-coisa-na-biblia-que-vale-a-pena-ler_1406198#|arquivodata= 3 de março de 2010|urlmorta= yes}}</ref>
 
A interpretação que Saramago faz da Bíblia é a de que ela é um "manual de maus costumes", cheio de "um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana", e que para uma pessoa comum a decifrar, precisaria de ter "um teólogo ao lado". E cita para sustentar isso os episódios de violência relatados na Bíblia, como sacrifício de [[Isaque]], a [[Sodoma e Gomorra|destruição de Sodoma]] ou a vida de [[Jó]], por exemplo. Para Saramago, todos eles revelam que "Deus não é de fiar". E Saramago diz, sobre a necessidade ou não da exegese, que tem que "interpretar a letra" do texto – um processo que, na interpretação bíblica, é chamado de literalista.<ref name="publico.pt"/> E isso de modo algum impede que outra pessoa tenha a sua interpretação, ou que ele tente impor a sua interpretação como verdade absoluta. Muito pelo contrário, ele até mesmo estimula a leitura bíblica: "Sobre o livro sagrado, eu costumo dizer: lê a Bíblia e perde a fé!", diz Saramago.{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}
Linha 223:
Após ter enfrentado fortes críticas com o lançamento do livro ''O Evangelho Segundo Jesus Cristo'' em 1991, mudou-se de Portugal para a [[Espanha]]. Pouco depois,<ref>{{Citar web|url=http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/091019/entretenimento/portugal_literatura_religi__o|titulo=Igreja critica novo livro de Saramago|autor=Yahoo! Notícias |data=19 de Outubro de 2009|acessodata=24 de Outubro de 2009}}</ref> o lançamento de ''Caim'' em 2009 voltou a render-lhe mais críticas.
 
O [[eurodeputado]] [[Mario David]], falando em nome pessoal e assumindo-se católico não-praticante, disse ter vergonha de ser compatriota do escritor, e escreveu no seu [[blogue]] da [[Internet]], tendo-o repetido depois aos meios de comunicação, que Saramago devia renunciar à nacionalidade portuguesa.<ref>{{Citar web|url=http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1396797|titulo=Saramago devia renunciar à nacionalidade portuguesa, diz eurodeputado Mário David|autor=TSF Rádio Notícias |data=21 de Outubro de 2009|acessodata=24 de Outubro de 2009}}{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref> Apesar de tais declarações, o escritor esclareceu que jamais pensou em abandonar a [[cidadania]] portuguesa.<ref name=autogenerated2>{{Citar web|url=http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1399865|titulo=José Saramago propõe direito à dissidência e heresia|autor=TSF Rádio Notícias |data=23 de Outubro de 2009|acessodata=24 de Outubro de 2009}}</ref>
 
Em defesa de Saramago, a eurodeputada socialista [[Edite Estrela]] declarou que tais palavras de Mario David são [[Inquisição|inquisitórias]].<ref>{{Citar web|url=http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=1396936|titulo=Mário David revela atitude «inquisitória», diz Edite Estrela|autor=TSF Rádio Notícias |data=21 de Outubro de 2009|acessodata=24 de Outubro de 2009}}</ref>