Química inorgânica: diferenças entre revisões

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{{Mais notas|data=junho de 2017}}
[[Ficheiro:Potassium-oxide-3D-vdW.png|thumb|esquerdadireita|A estrutura iônica do [[óxido de potássio]], K<sub>2</sub>O.]]
{{Portal-química}}'''Química inorgânica '''ou '''química mineral '''é o ramo da [[química]] que estuda os [[Elemento (química)|elementos químicos]] e as substâncias da natureza que não possuem o [[carbono]] coordenados em cadeias. Investiga as estruturas, propriedades e a explicação dos mecanismos de suas reações e transformações. Os materiais denominados inorgânicos compreendem cerca de 95% das substâncias existentes no planeta [[Terra]].{{Carece de fontes|data=junho de 2017}}
 
As chamadas "substâncias inorgânicas", que servem de foco de estudo para a química inorgânica, são divididas em 4 grupos denominados como "funções inorgânicas". São eles:
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*[[Sal|Sais]]
*[[Óxidos]]
 
[[Ficheiro:Potassium-oxide-3D-vdW.png|thumb|esquerda|A estrutura iônica do [[óxido de potássio]], K<sub>2</sub>O.]]
 
Muitos [[composto inorgânico|compostos inorgânicos]] são [[Sal (química)|sais]], constituídos de um [[cátion]] e um [[ânion]] agrupados por [[ligação iônica]]. Um exemplo de sal é o [[cloreto de magnésio]] MgCl<sub>2</sub>, que é constituído do cátion Mg<sup>2+</sup> e ânions de [[cloro]] Cl<sup>−</sup>. Nesses compostos, as proporções de íons são tais que a carga elétrica é cancelada, fazendo com que o composto como um todo seja eletricamente neutro. Os íons são descritos por seu [[estado de oxidação]] e a facilidade de sua formação pode ser estimada a partir do seu [[potencial de ionização]] (para cátions) ou da [[afinidade eletrônica]] (ânions) de seus elementos formadores.
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==História==
[[Ficheiro:Periodic table monument.jpg|thumb|240px|direita|Monumento à tabela periódica na Universidade de Química e Tecnologia de Alimentos em [[Bratislava]] na [[Eslováquia]]: o químico russo [[Dmitri Mendeleiev]] foi o responsável pela organização dos elementos químicos na [[tabela periódica]], chegando inclusive a prever a existência de alguns elementos com base no [[raciocínio lógico]] e nas propriedades químicas dos outros elementos .]]
Muitos materiais inorgânicos e alguns nutrientes já eram conhecidos na antiguidade: a obtenção de metais (ouro, prata, cobre, estanho, chumbo, ferro, mercúrio) a partir de minérios, a indústria cerâmica, a preparação de vidro (Egito), a produção de porcelana (China), os corantes minerais ([[acetato de cobre (II)]], [[alvaiade (química)|alvaiade]], [[cinábrio]], [[Auripigmento]]), o [[enxofre]] para [[fumo]], o [[cal]] (para [[argamassa]]s usadas em construções) e sais tais como o [[cloreto de sódio]] (para a preparação de alimentos), o [[natrão]] (para a produção de [[vidro]] e [[sabão|sabões]]), e o alume (para uso em [[curtumes]]).
 
Durante o período da alquimia, os métodos de preparação de [[ácido sulfúrico]], [[ácido clorídrico]], [[ácido nítrico]] e [[água régia]] (uma mistura de ácido clorídrico e ácido nítrico usada dissolver o ouro) já eram conhecidos pelo árabes. O processo de fabricação de ácidos foi posteriormente melhorado significativamente por [[Johann Rudolph Glauber]] em meados do século 16, que ainda desenvolveu um método para a obtenção de ácido clorídrico fumegante. [[Robert Boyle]] desenvolveu sua ''[[magnum opus]] "[[ The Sceptical Chymist|O Químico Cético]]"'', abandonando as teorias aristotélicas de alquimia e contemplando a pesquisa experimental e conclusões com base em experimentos. [[Georg Ernst Stahl]] e [[Johann Joachim Becher]] desenvolveram, em 1700, a [[teoria do flogisto]]. Esta teoria, que se manteve por 80 anos até ser refutada, afirmava que as substâncias suscetíveis de sofrer combustão continham o flogisto, e que o processo de combustão consistia basicamente na perda desta substância. A causa da má interpretação da teoria do flogisto era a então substância ainda desconhecida presente no ar, o [[oxigênio]]. [[Joseph Priestley]], estudando a composição do ar, percebeu a existência de uma substância no ar, a qual participava dos processos respiratórios e promovia reações de oxidação de metais aos seus óxidos. A teoria de elementos de Boyle considerava que um elemento químico era uma pluralidade de átomos idênticos, indivisíveis. [[John Dalton]] foi o primeiro a tabelar um conjunto de pesos atômicos de elementos e [[Jöns Jacob Berzelius]] desenvolveu a linguagem de fórmulas com uma ou duas letras latinas para os elementos químicos. [[Ficheiro:Periodic table monument.jpg|thumb|240px|esquerda|Monumento à tabela periódica na Universidade de Química e Tecnologia de Alimentos em [[Bratislava]] na [[Eslováquia]]: o químico russo [[Dmitri Mendeleiev]] foi o responsável pela organização dos elementos químicos na [[tabela periódica]], chegando inclusive a prever a existência de alguns elementos com base no [[raciocínio lógico]] e nas propriedades químicas dos outros elementos .]]
Muitos materiais inorgânicos e alguns nutrientes já eram conhecidos na antiguidade: a obtenção de metais (ouro, prata, cobre, estanho, chumbo, ferro, mercúrio) a partir de minérios, a indústria cerâmica, a preparação de vidro (Egito), a produção de porcelana (China), os corantes minerais ([[acetato de cobre (II)]], [[alvaiade (química)|alvaiade]], [[cinábrio]], [[Auripigmento]]), o [[enxofre]] para [[fumo]], o [[cal]] (para [[argamassa]]s usadas em construções) e sais tais como o [[cloreto de sódio]] (para a preparação de alimentos), o [[natrão]] (para a produção de [[vidro]] e [[sabão|sabões]]), e o alume (para uso em [[curtumes]]).
 
Durante o período da alquimia, os métodos de preparação de [[ácido sulfúrico]], [[ácido clorídrico]], [[ácido nítrico]] e [[água régia]] (uma mistura de ácido clorídrico e ácido nítrico usada dissolver o ouro) já eram conhecidos pelo árabes. O processo de fabricação de ácidos foi posteriormente melhorado significativamente por [[Johann Rudolph Glauber]] em meados do século 16, que ainda desenvolveu um método para a obtenção de ácido clorídrico fumegante. [[Robert Boyle]] desenvolveu sua ''[[magnum opus]] "[[ The Sceptical Chymist|O Químico Cético]]"'', abandonando as teorias aristotélicas de alquimia e contemplando a pesquisa experimental e conclusões com base em experimentos. [[Georg Ernst Stahl]] e [[Johann Joachim Becher]] desenvolveram, em 1700, a [[teoria do flogisto]]. Esta teoria, que se manteve por 80 anos até ser refutada, afirmava que as substâncias suscetíveis de sofrer combustão continham o flogisto, e que o processo de combustão consistia basicamente na perda desta substância. A causa da má interpretação da teoria do flogisto era a então substância ainda desconhecida presente no ar, o [[oxigênio]]. [[Joseph Priestley]], estudando a composição do ar, percebeu a existência de uma substância no ar, a qual participava dos processos respiratórios e promovia reações de oxidação de metais aos seus óxidos. A teoria de elementos de Boyle considerava que um elemento químico era uma pluralidade de átomos idênticos, indivisíveis. [[John Dalton]] foi o primeiro a tabelar um conjunto de pesos atômicos de elementos e [[Jöns Jacob Berzelius]] desenvolveu a linguagem de fórmulas com uma ou duas letras latinas para os elementos químicos. [[Ficheiro:Periodic table monument.jpg|thumb|240px|esquerda|Monumento à tabela periódica na Universidade de Química e Tecnologia de Alimentos em [[Bratislava]] na [[Eslováquia]]: o químico russo [[Dmitri Mendeleiev]] foi o responsável pela organização dos elementos químicos na [[tabela periódica]], chegando inclusive a prever a existência de alguns elementos com base no [[raciocínio lógico]] e nas propriedades químicas dos outros elementos .]]
O período seguinte foi a busca de novos elementos químicos, a determinação de seus pesos atômicos exatos e sua caracterização por reações com outras substâncias, sendo esta uma das tarefas mais importantes da química inorgânica. [[Lothar Meyer]] e [[Dmitri Mendeleev]] ordenaram dos elementos químicos por peso atômico e com base na capacidade de fazer ligações químicas, originando a [[tabela periódica]]. [[Svante Arrhenius]], [[Jacobus Henricus van't Hoff]] e [[Wilhelm Ostwald]] estimaram a [[constante de dissociação]] de sais, ácidos e bases em soluções aquosas. [[Alfred Werner]] questionou a validade das teorias e modelos aceitos na química orgânica, estruturando a nova química inorgânica em termos dos conceitos de coordenação e de [[estereoquímica]]. A química inorgânica passou por um período de menor atividade, que se estendeu até por volta de 1940. Entretanto, esse foi o período de renovação conceitual, marcado pelo surgimento das teorias quânticas. Com a [[II Guerra Mundial|Segunda Guerra Mundial]], o mundo ingressou na era atômica, marcada pelo descobrimento dos elementos transurânicos e pelos avanços na [[radioquímica]]. A disponibilização de isótopos permitiu a realização de experimentos importantes sobre o comportamento cinético e mecanístico dos compostos inorgânicos, o qual foi racionalizado por [[Henry Taube]], em 1949, com base nas teorias de ligação. O entendimento lógico do caráter lábil/inerte dos compostos de coordenação lançou a semente dos mecanismos de transferência de elétrons, propostos por Taube em 1953, definitivamente consagrados com o Prêmio Nobel que lhe foi outorgado em 1983.
 
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== Ver também ==
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* [[Química orgânica]]
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