Rotavirus: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m |
|||
Linha 27:
Causam gastroenterites limitadas com diarreia, [[vómito]]s, muita [[dor]] abdominal e [[náusea]]s, após transmissão em comida, objectos ou água infectada com vírus proveniente de [[fezes]]. É a causa mais comum de diarreia infecciosa nas crianças da [[Europa]].
A infecção de rotavírus é geralmente uma doença fácil de controlar na infância, no entanto, ainda assim, a cada ano em todo o mundo morrem cerca de 450 mil crianças com idades inferiores a cinco anos infectadas, a maioria das quais vive em países em vias de desenvolvimento económico, e quase dois milhões ficam gravemente doentes. O tratamento é feito pela administração de muita água com um pouco de sal e açúcar ([[soro caseiro]]), para restabelecer os líquidos e electrólitos perdidos na diarreia. As campanhas de higiene para combater os rotavírus centram-se na [[terapia de reidratação oral]] para crianças infectadas e na [[
== Sintomatologia ==
Linha 62:
== Prevenção ==
[[Imagem:Rotavirus.jpg|miniatura|direita|Os rotavírus têm uma característica forma arredondada.]]
Como a melhoria das medidas higiénicas não diminui a prevalência das doenças retrovirais, e a frequência de hospitalizações se mantém alta apesar do uso de terapia de reidratação oral, a principal intervenção sanitária que se pode aplicar é a
Existem licenças de vacinas contra o rotavírus em mais de 100 países, mas apenas 28 países introduziram nos seus planos de vacinação rotineiros a vacinação contra o rotavírus.<ref name="WHO GID">{{Citar web|último=World Health Organization|título=Global Immunization Data, March 2012|url=http://www.who.int/immunization_monitoring/Global_Immunization_Data.pdf|acessodata=3 de maio de 2012}}</ref><ref name="pmid19817589">{{citar periódico|autor =Widdowson MA, Steele D, Vojdani J, Wecker J, Parashar U |título=Global rotavirus surveillance: determining the need and measuring the impact of rotavirus vaccines |periódico=The Journal of Infectious Diseases |volume=200 |número=Suppl 1 |páginas=S1–8 |ano=2009 |pmid=19817589 |doi=10.1086/605061}}</ref><ref name="pmid21183842">{{citar periódico|autor =Tate JE, Cortese MM, Payne DC, Curns AT, Yen C, Esposito DH, Cortes JE, Lopman BA, Patel MM, Gentsch JR, Parashar UD |título=Uptake, impact, and effectiveness of rotavirus vaccination in the United States: review of the first 3 years of postlicensure data |periódico=The Pediatric Infectious Disease Journal |volume=30 |número=1 Suppl |páginas=S56–60 |ano=2011 |pmid=21183842 |doi=10.1097/INF.0b013e3181fefdc0}}</ref><ref name="pmid20684708">{{citar periódico|autor =Waggie Z, Hawkridge A, Hussey GD |título=Review of rotavirus studies in Africa: 1976–2006 |periódico=The Journal of Infectious Diseases |volume=202 |número=Suppl |páginas=S23–33 |ano=2010 |pmid=20684708 |doi=10.1086/653554 |url=http://www.jid.oxfordjournals.org/cgi/pmidlookup?view=long&pmid=20684708}}</ref> Os ensaios sobre a segurança e eficácia das vacinas Rotarix e RotaTeq na África e Ásia concluíram que as vacinas reduziam drasticamente as diarreias graves entre crianças nos países em vias de desenvolvimento, nos quais ocorria a maioria das mortes por rotavírus.<ref>{{citar periódico|último =World Health Organization|título=Rotavirus vaccines: an update|periódico=Weekly Epidemiological Record|ano=2009|volume=51–52|número=84|páginas=533–540|url=http://www.who.int/wer/2009/wer8451_52.pdf|acessodata=8 de maio de 2012}}</ref> Em 2012 a revisão Cochrane de 41 ensaios clínicos. em que participaram 186.263 pessoas, concluiu que o Rotarix e o RotaTeq são vacinas efectivas.<ref>{{citar periódico|autor =Soares-Weiser K, Maclehose H, Bergman H, ''et al.'' |título=Vaccines for preventing rotavirus diarrhoea: vaccines in use |periódico=Cochrane Database Syst Rev |volume=11 |número= |páginas=CD008521 |ano=2012 |pmid=23152260 |doi=10.1002/14651858.CD008521.pub3}}</ref> Estão a ser desenvolvidas outras vacinas contra os rotavírus.<ref name="pmid20684721">{{citar periódico|autor =Ward RL, Clark HF, Offit PA |título=Influence of potential protective mechanisms on the development of live rotavirus vaccines |periódico=The Journal of Infectious Diseases |volume=202 |número=Suppl |páginas=S72–9 |ano=2010 |pmid=20684721 |doi=10.1086/653549 |url=http://www.jid.oxfordjournals.org/cgi/pmidlookup?view=long&pmid=20684721}}</ref> A partir de setembro de 2013, a vacina foi oferecida a todas as crianças no Reino Unido entre os dois e três meses de idade.<ref>[http://www.dh.gov.uk/health/2012/11/rotavirus/ UK Department of Health: New vaccine to help protect babies against rotavirus. Consultado a 10 de novembro de 2012]</ref> No estado espanhol a vacinação por rotavírus não constitui parte do programa geral de vacinação nem está financiada pela saúde pública, mas é recomendada pelo Comité Assessor de Vacinas da Associação Espanhola de Pediatria e pela Sociedade Europeia de Gastroenterologia,<ref>CAV-AEP El Portal de las vacunas de la Asociación Española de Pediatría [http://vacunasaep.org/familias/vacunas-una-a-una/rotavirus]</ref> Hepatologia e Nutrição Pediátrica (ESPGHAN) e pela Sociedade Europeia de Infetologia Pediátrica (ESPID) e [[Organização Mundial da Saúde]] (OMS). Em Portugal, as vacinas contra o rotavírus são comercializadas desde 2006. Os estudos realizados noutros países demonstram que os benefícios da vacinação compensam os custos, mas até que a relação custo-eficácia em Portugal seja apurada, a SPP não tem base para defender a inclusão no Plano Nacional de Saúde.
|