Luís XVI de França: diferenças entre revisões

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== A Acusação a Luis XVI ==
As discussões sobre a revolução, como a economia continuaram até 1792, onde a França foi invadida por exércitos da Áustria e da Prússia, isso levou as camadas populares a pegar em armas e defender as ruas, isso ficou conhecido como Comuna Insurrecional. Em setembro de 1792, depois da vitória francesa sobre os invasores, o rei Luís XVI foi acusado de ter colaborado com os estrangeiros, ter traído a sua própria pátria para retomar o poder, logo ele recebeu a alcunha de Luís Capeto. No dia 3 de dezembro, a Convenção decretou que ele deveria ser levado para ouvir as acusações no dia 11 de dezembro, isso abalou visivelmente o rei, ele já não possuía o vigor de quando era o líder, havia relatos que normalmente ele dava aulas de geografia para seu filho, mas em seus últimos momentos com ele, apenas jogaram um jogo semelhante à sinuca, pois queria passar uma mensagem não de um líder rigoroso, mas sim de um pai amoroso. Haviam boatos que suas ultimas posses eram apenas um conjunto de facas a ouro, algumas tesouras, uma bolsa com um fundo falso. As facas eram luxuosas, tinham joias, mas mesmo assim podemos ver que o antigo rei, com um glorioso palácio e comidas finas, agora estava limitado a prisão, que apesar de não ser uma prisão comum, não era nada comparado a sua vida normal. Barère, o presidente da comissão anuncia, no dia 11 de dezembro, que o ex-rei estava presente, ou seja, assim começava o julgamento do rei Luís XVI.
 
O primeiro processo que aconteceu contra Luís XVI foi liderado por Vazelé, um jacobino extremista, então seu processo era cheio de ódio, seu documento era cheio de ódio, ele queria o sangue do rei derramado na frente de toda a população, o que aconteceu foi que o documento não tinha provas concretas, era muito vazio e fraco, demonstrava mais ódio do que justiça. Já depois, com a descoberta do Armário de Ferro nas Tulherias, em 20 de novembro de 1792, ocorreu uma reviravolta, tal armário servia para que o rei guardasse seus documentos confidenciais, suas cartas. Quando o armário foi descoberto, conseguiram acesso a muitas provas que poderiam incriminar o rei ou não. Os documentos eram comprometedores não só para o rei, que mostrava sua traição e suas correspondências com os guardas e pessoas de sua confiança no exterior para conseguir sua fuga, como também mostrava os documentos que levavam a uma ideia de corrupção. Ele pagava aos guardas para fazerem sua defesa pessoal, os guardas recebiam além do seu soldo uma recompensa para estar do lado do rei. Os documentos não só comprometedores para o rei, mas também para uma espécie de agente duplo, o Mirabeau. Ele agia como líder da Assembleia corrompendo e sendo conselheiro do rei, ele tinha interesse de participar do governo da monarquia constitucional, era de seu interesse que o rei continuasse no poder pois assim ele também teria poder. O que acontece é que Mirabeau foi condenado e todos os políticos que o seguiam ficaram com medo de votar a favor do rei, ele era girondino, então as pessoas que apoiavam seu discurso se continuassem com a mesma ideia, com o mesmo voto, seriam também incriminadas, ou pelo menos tornar-se-iam suspeitas na situação, então a descoberta do Armário de Ferro talvez fosse o fato mais importante para a condenação do rei, pois causou uma mudança de opinião a favor da execução. Robert Lindet <ref>{{Citar periódico|data=1911|titulo=Lindet, Jean Baptiste Robert|url=https://en.m.wikipedia.org/wiki/Jean-Baptiste_Robert_Lindet|publicado=Cambridge University Press}}</ref>que diz no auto enunciativo dos crimes nos quais Luís Capeto é acusado, ele escreve o processo com base nas provas achadas no Armário de Ferro, o auto é um documento extrapolado, ele continua cheio de ódio e narra fatos que a Assembleia já havia absolvido o rei, algumas provas tem sua autenticidade duvidosa porque são documentos que possuem uma característica que não condiz com o posicionamento do rei, é como se ele nem tivesse tentado disfarçar que ele era um déspota e que queria o sangue do povo derramado a qualquer pessoa que criticasse seu regime, então o processo realizado por um porta-voz de Lindet, o Barère, e acontece o primeiro interrogatório. o rei é primeiramente acusado de ter tentado impedir uma reunião da assembleia dos estados gerais, o rei tinha o poder tanto de convocar os estados gerais quanto de dissolvê-lo quando ele bem quisesse, então ele fez foi o princípio do próprio absolutismo, ele podia fazer o que ele bem quisesse e a constituição permitia isso. é também acusado da chacina da tomada da bastilha e ele fala que ele tinha o poder de enviar as suas tropas, ele era o soberano do seu exército mas ele não tinha a intenção de derramar o sangue de sua população, o povo francês, o que de fato aconteceu na tomada da bastilha mas sabe-se que ela foi uma insurreição liderada pelos jacobinos, revolucionários, e então, o sangue derramado era uma questão que não podia ser totalmente de responsabilidade do próprio rei. Também era acusado de tentativa de corromper a assembleia através do Mirable, sobre o que eu falei antes, o agente duplo e ele fala que ele não se lembra desse fato e que de qualquer forma isso aconteceu antes da constituição, ou seja, ele não pode ser incriminado sobre um crime que ocorreu antes da constituição. Isso abre um precedente para um debate político já que, posso ou não julgar e incriminar alguém que fez tal ato criminoso, sob a perspectiva de uma nova constituição, mas que essa constituição não estava vigente ainda. A traição maior, o ponto essencial da acusação do rei é a fuga dele com a família, após ter aceitado a constituição, então a assembleia entende que eles foram enganados pelo rei porque após aceitar a constituição ele foge com a família uma tentativa de boicotar a constituição e retomar com um exército de estrangeiros para conseguir seu poder monárquico de volta. É acusado de ter tomado parte na famosa insurreição de 10 de agosto. O rei nesse momento fica indignado, ele até chega a chorar porque ele fala que nunca teve a intenção de derramar o sangue do povo francês e que ele só estava tentando proteger o seu palácio ele até convoca a assembleia nacional neste dia dos manifestantes. Então ele fala que se a população foi de algum modo prejudicada foi por questão de sua segurança é certo que ele não deu a ordem de disparo contra a população. Essa também foi uma insurreição dirigida pelos jacobinos e foi um fato muito importante de se botar a responsabilidade no rei porque se fosse responsabilidade do rei ele não teria chance de não ser condenado, ele nega a veracidade das provas e pede um conselho.
 
== Resultado do julgamento ==
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{{Notas}}
 
{{Referências|col=Editora 1979 Rio de Janeiro - Grandes julgamentos4}}
 
== Bibliografia ==