Reality show: diferenças entre revisões

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De acordo com Samuel Mateus num artigo intitulado "Reality-Show- uma análise de género" (2012): "Reality show, ou programa televisivo de realidade, refere-se a um vasto e plural género televisivo autónomo, não obstante integrar e adaptar elementos de outros géneros televisivos como o documentário, o concurso, o drama, a ficção ou a novela. Dotado de diversos formatos ou subgéneros, procede a uma muito singular mediatização da interacção social caracterizando-se por incidir a sua atenção na banalidade do quotidiano através do relato, na primeira pessoa,das tensões, conflitos e angústias que o indivíduo experiência diariamente, na sua vida profissional, pessoal ou familiar.O reality-show consegue, por intermédio de perscrutação escopofílica generalizada, a criação de uma relação de carácter testemunhal e cúmplice com os espectadores, os quais se tornam, quase-interlocutores na medida a que assistem à revelação confidente de si que os indivíduos publicamente aí operam"<ref>{{citar periódico|ultimo = Mateus|primeiro = Samuel|titulo = Reality-Show- uma análise de género|jornal = Comunicando, vol.1, nº1, 2012, pp.2 35-244|doi = |url = https://www.academia.edu/3248763/Reality-Show-_uma_analise_de_genero|acessadoem = }}</ref>
 
Escreve Mateus (2012)<ref>"Reality-Shows - ascendências na hibridização de género", Contemporânea - revista de comunicação e cultura, volume 10, nº2, 2012, pp.374-390; http://www.portalseer.ufba.br/index.php/contemporaneaposcom/article/view/5951</ref>: "poderá parecer inusitado convocarmos um movimento artístico e literário para discutir as influências de género do programa televisivo de realidade mas a verdade é que o Realismo do séc. XIX expressa já aquilo que vai ser uma característica distintiva do reality-show: embora exaustivamente ensaiado, há um um desejo de real, uma quase obsessão em denunciar a realidade social,uma procura funesta da veracidade através de uma narrativa lenta e minuciosa que atende aos detalhes, e que é escrita com uma linguagem cordial, quotidiana - por vezes mesmo vernácula - assente nas emoções e padecimentos do protagonista, contra a imaginação romântica, eis o Realismo de Flaubert, Balzac, Eça de Queiroz ou Machado de Assis escrevendo a crueza real dos factos, fazendo da observação descritiva o dever soberano da literatura.
 
===A estética documental===