Gética: diferenças entre revisões

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{{Info/Livro
| nome = Gética
| título_original = De origine actibusque Getarum
| imagem = = [[Imagem:Istanbul - Pierre Loti Cafe - 01.jpg|200px]]
| imagem_legenda = A atual cidade de [[Istambul]], antiga [[Constantinopla]], onde [[Jordanes]] escreveu a ''GeticaGética''
| autor = [[Jordanes]]
| idioma = Latim
| assunto = [[História]], etnografia
| precedido_por =
}}
'''Gética'''Das éOrigens oe nomeFeitos pelo qual é comumente conhecida a obra intituladados Getas''''' ({{langx|la|''De origine actibusque Getarum''''' (em [[latim]]}}), literalmente,chamada "Sobreapenas as Origensde e Feitos dos Getas"<ref>[[Jordanes]]'''Gética''', o autor, referia-se aos [[godos]], que ele considerou equivalentes aos [[getas]].</ref><ref>G. Costa, 32. Também conhecido como: '''''De Rebus Geticis''''': O. Seyffert, 329; '''''De Getarum (Gothorum) Origine et Rebus Gestis''''': W. Smith, vol. 2 pág. 607</ref>, escritafoi uma obra em [[551latim]] escrita em 551 pelo [[historiador]] [[bizantino]] [[Jordanes]]. Segundo o autor, era o resumo de uma obra já perdida, os ''12 Livros sobre os Feitos do Povo Godo'' ({{langx|la|''Libri XII De Rebus Gestis Gothorum''}}, um relato sobre as origens e a história do povo [[Godos|gótico]], escrita cerca de vinte anos antes por [[Cassiodoro]], um [[Literatura|escritor]] e [[estadista]] [[Roma Antiga|romano]], conselheiro do [[rei ostrogótico]] {{Lknb|Teodorico,|o Grande}}.<ref>W. Smith, "Cassiodorus"</ref> É uma obra extremamente importante, dado ser o único relato contemporâneo a respeito das origens históricas daquele povo, além de fornecer informações significantes sobre a história e os costumes antigos dos [[eslavos]].<ref name=deorigineactibusquegetarum>{{citar web |url=https://periodicos.ufsc.br/index.php/scientia/article/viewFile/25578/22397 |título=De Origine Actibusque Getarum / Sobre a Origem e Feitos dos Godos: Tradução e Comentários Filológico-Tradutóriosda Introdução Geográfica |publicado=Scientia Traductionis, n.11, 2012 |autor=Gustavo Sartin |língua=português |acessodata=6 de janeiro de 2018}}</ref>
 
A Gética é, segundo o autor, um resumo de uma obra já perdida, chamada ''Libri XII De Rebus Gestis Gothorum'', um relato sobre as origens e a história do povo [[Godos|gótico]], escrita cerca de vinte anos antes, em vários volumes, por [[Cassiodoro]], um [[Literatura|escritor]] e [[estadista]] [[Roma Antiga|romano]], conselheiro do [[rei ostrogótico]] {{Lknb|Teodorico,|o Grande}}.<ref>W. Smith, "Cassiodorus"</ref><ref name=deorigineactibusquegetarum/> É uma obra extremamente importante, dado ser o único relato contemporâneo a respeito das origens históricas daquele povo, além de fornecer informações significantes sobre a história e os costumes antigos dos [[eslavos]].
<ref name=deorigineactibusquegetarum/>
 
==Sinopse==
A Gética começa com um perfil [[Geografia|geográfico]]/[[Etnografia|etnográfico]] do "Norte", especialmente de [[ScandzaEscandza]] (16-24), região semi-mítica situada ao norte do [[Europa|continente europeu]], com possível equivalência à atual [[Escandinávia]]. [[Jordanes]] inicia sua narrativa da história dos [[godos]] com a migração do [[Monarca|rei]] [[Berigo]] em três [[barco]]s, de ScandzaEscandza até [[Gotiscandza]] (25, 94), num passado distante. Jordanes (ou [[Cassiodoro]]) transforma o [[semideus]] [[Getas|geta]] [[Zalmóxis]] num rei dos godos (39), e narra como os godos teriam [[saque]]ado [[Troia]] e Ílio" (sic) logo após terem se recuperado da guerra travada com o rei [[Grécia Antiga|grego]] [[Agamenão]] (108). Também teriam se encontrado com o [[faraó]] [[Antigo Egito|egípcio]] [[Vesósis]] (47). A parte menos [[Ficção|ficcional]] da obra de Jordanes se inicia quando os godos encontram forças militares [[Roma Antiga|romanas]], já no {{séc|III}}. A narrativa é finalizada com a derrota dos godos pelo [[general]] [[Império Bizantino|bizantino]] [[Belisário]], e Jordanes conclui sua obra afirmando escrever para honrar aqueles que finalmente conseguiram vencer os godos, depois de 2030 anos de história.
 
==Importância e credibilidade==
Como a versão original, de [[Cassiodoro]], não sobreviveu até os nossos dias, a obra de Jordanes é uma das fontes mais importantes para o período da migração de certas [[tribo]]s [[Europa|europeias]], como os [[ostrogodos]] e os [[visigodos]], a partir do {{séc|III}}. A obra de Cassiodoro alegava ter como fontes diversas "canções populares" (''carmina prisca'', em [[latim]]) [[Godos|góticas]], embora estudiosos modernos acreditem que este fato seja altamente questionável.<ref name="Christensen">A. S. Christensen</ref>{{falta página}} O principal propósito da obra original, de Cassiodoro, foi de dar à classe dominante gótica de seu tempo um passado glorioso, que pudesse colocá-los "à altura" do passado das famílias [[Senado romano|senatoriais]] da [[Itália (província romana)|Itália]] [[Roma Antiga|romana]].
 
Uma passagem controversa identifica o antigo [[Vênedos|povo vênedo]], mencionado por [[Tácito]], [[Plínio, o Velho]] e [[Ptolemeu]], com os [[eslavos]] do {{séc|VI}}. Já em 1844 a teoria foi levantada por acadêmicos de países do [[Leste Europeu]], e utilizada como base para o conceito da existência duma [[etnicidade]] eslava antes mesmo da fase final do período romano tardio.<ref>Pavel Josef Schafarik, ''Slawiche Alterthümmer'', Leipzig, 1844, vol 1, 40</ref> Outros estudiosos, no entanto, rejeitaram esta visão, com base na ausência de dados [[Arqueologia|arqueológicos]] e [[Historiografia|historiográficos]] concretos.<ref>F. {{sfn|Curta, |2001|p=7. Ver também F. Curta, 11-13 para uma análise das idéias de Schafarik no contexto de sua época, assim como sua tentativa de reintrodução pela historiografia soviética tardia.</ref>}}
 
O livro é importante para alguns historiadores [[Idade Média|medievais]] porque menciona a campanha, na [[Gália]], de um certo [[Riotamo]], "rei dos Bretões", uma possível [[Base histórica do mito arturiano|fonte de inspiração]] para as primeiras histórias do [[rei Artur]].
 
No que diz respeito à historicidade da obra, uma das principais questões é se as identidades mencionadas são realmente tão antigas quanto é relatado, ou se pertencem a épocas posteriores. As provas existentes permitem uma ampla variedade de opiniões, das quais a mais [[Ceticismo|cética]] afirma que a obra é basicamente [[Mitologia|mitológica]], ou que se Jordanes de fato existiu e foi o autor da obra, ele só teria descrito pessoas do {{séc|VI}}. De acordo com algumas destas correntes, a credibilidade do autor é questionável por diversos motivos: primeiro, a originalidade de sua fonte principal, Cassiodoro, é discutível, porque consistia na maior parte de seleções de autores greco-romanos descrevendo povos que ''podem'' ter sido os godos.<ref>P. {{sfn|Geary, |2002|p=60-61</ref>}} Neste caso Jordanes teria distorcido a narrativa de Cassiodoro, apresentando um resumo superficial de sua obra misturada aos nomes utilizados no {{séc|VI}}.<ref>F. {{sfn|Curta, |2001|p=40</ref><ref>W. }}{{sfn|name=Go61|Goffart, |2006|p=59-61</ref>}}
 
Parece claro que, enquanto a aceitação literal da obra de Jordanes pode ser demasiado ingênua, uma visão totalmente cética também não traz quaisquer garantias. Por exemplo, Jordanes alega que os godos teriam se originado na Escandinávia, em {{AC|1490|x}}. Alguns estudiosos, como o historiador [[Áustria|austríaco]] [[Herwig Wolfram]], acreditam que pode haver um grão de verdade nesta alegação, se a interpretação dada ao texto for a de que um [[clã]] dos [[gutas]], povo mencionado pelo antigo historiador grego [[Ptolemeu]] como habitante de região pertencente à atual [[Suécia]], teria deixado a Escandinávia muito tempo antes do estabelecimento da [[dinastia dos Amalos]] como líderes dos godos. Este clã pode ter contribuído à [[etnogênese]] dos {{ilc|gutões||gutones}}, no leste da [[Pomerânia]] (ver [[cultura de Wielbark]]).{{sfn|Wolfram|1988|p=40}}<ref>W. Herwig,name=Go61 40. Walter Gofart (59-61)/> criticou duramente este ponto de vista.</ref> Outro exemplo estaria no nome do rei [[Cniva]], cuja autenticidade seria evidenciada pelo fato de não aparecer na [[genealogia]] ficcional dos reis góticos fornecida por Jordanes, o que indica que ele pode ter encontrado o nome numa fonte genuína do {{séc|III}}.<ref>D. S. Potter, 245</ref>
 
==Edições==
 
Um [[manuscrito]] do texto foi redescoberto em [[Viena]], em [[1442]], pelo [[Humanismo|humanista]] [[italianos|italiano]] [[Enea Silvio Piccolomini]].<ref>W. Thomas, M. Gamble, Pp vi, 202, 59</ref> A sua ''[[editio princeps]]'' foi publicada em [[1515]] por [[Konrad Peutinger]], seguida por muitas outras edições.<ref>W. Smith, "Jornandes"</ref>
 
A edição considerada "clássica" é a do [[Filologia clássica|filólogo clássico]] [[Alemanha|alemão]] [[Theodor Mommsen]] (no seu ''[[Monumenta Germaniae Historica]]'', ''auctores antiqui'', v. ii.). O manuscrito que sobreviveu em melhores condições é o chamado ''manuscrito de HeidelbergHeidelberga'', escrito em [[Heidelberg]], Alemanha, provavelmente no {{séc|VIII}}, que acabou sendo destruído num [[incêndio]] na casa de Mommsen em [[7 de julho]] de [[1880]]. Outros manuscritos de valor histórico são o ''Vaticanus Palatinus'', do {{séc|X}}, e o ''manuscrito de [[Valenciennes]]'', no {{séc|IX}}.
 
A obra de Jordanes já era bem conhecida antes da edição de Mommsen, de 1882. Ela foi citada na obra célebre de [[Edward Gibbon]], ''[[A História do Declínio e Queda do Império Romano]]'', em [[1776]], e já havia sido mencionada anteriormente pelo historiador inglês [[Degory Wheare]], em [[1623]], que se refere a duas obras de Jordanes, ''[[Romana (Jordanes)|De regnorum ac temporum successione]]'' e ''De rebus Geticis''.<ref>[[Degory Wheare|Whear, Degoreus]] (1623), ''[http://www.philological.bham.ac.uk/whear/text.html De Ratione Et Methodo Legendi Historias]''</ref>
 
==Fontes==
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===O próprio Jordanes===
{{AP|Jordanes}}
Antigo [[notário]] de um [[mestre dos soldados]] (''magister militum'') [[Godos|godo]], Guntigis, Jordanes não estava em posição de conhecer as tradições que envolviam os povos góticos sem necessariamente se apoiar em outras fontes. No entanto, não há evidências disso no texto, e alguns dos exemplos onde a obra se refere às ''carmina prisca'' podem ser provados como originados a partir de textos de autores clássicos.<ref name="Christensen"/>{{falta página}}
 
===Cassiodoro===
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[[Cassiodoro]] era um nativo da [[província romana]] da [[Itália (província romana)|Itália]] (na atual [[Squillace]], [[Calábria]]) que acabou por tornar-se conselheiro e secretário dos reis góticos, ocupando diversos cargos de importância. Seus anos de maior sucesso, juntamente com o restante dos godos, foi, talvez, durante o reino de [[Teodorico, o Grande]]. A política do governo de Teodorico na época era de reconciliação e foi neste espírito que ele combinou italianos ao seu governo sempre que pôde. Teodorico pediu então a Cassiodoro que escrevesse uma obra sobre os godos que pudesse, em sua essência, demonstrar sua antiguidade, nobreza, experiência e capacidade de governar.
 
Teodorico morreu em [[526]], e Cassiodoro passou a servir os seus sucessores, ocupando o mesmo cargo, sem no entanto se esquecer a tarefa que lhe fora incumbida pelo antigo rei. Em [[533]], foi o ''[[ghostescritor-writerfantasma]]'' duma [[carta]] supostamente escrita pelo rei [[Atalarico]] ao [[senado romano]], onde mencionou a grande obra sobre os godos, já finalizada, na qual Cassiodoro "''recuperou os Amalos, com o renome de sua raça''". A obra provavelmente foi escrita em [[Ravena]], sede dos reis godos, entre 526 e 533.
 
O que Cassiodoro fez com os manuscritos depois daquilo permanece um mistério. O fato de Jordanes tê-los obtido de um dos criados indica que o rico Cassiodoro podia pagar por pelo menos um funcionário em tempo integral para cuidar de seus manuscritos, isto é, um [[bibliotecário]] particular. Em seu prefácio Jordanes afirma que obteve a obra do bibliotecário por três dias, para poder relê-la. A ocasião exata e o local onde se deram estas leituras já foram investigadas por muitos estudiosos, já que esta informação provavelmente revela o quanto da Gética é baseado na obra de Cassiodoro.
 
A soberania gótica terminou com a [[Guerra Gótica (535–554)|reconquista]] da [[Província romana|província]] da [[Itália (província romana)|Itália]] por [[Belisário]], chefe militar do [[imperador bizantino|imperador]] [[{{lknb|Justiniano |I]]}} {{nwrap|r.|527|565}}, que terminou em 539. O último trabalho de Cassiodoro para os reis góticos foi uma carta escrita em nome de [[Vitige]] {{nwrap|r.|536|540}}, que foi retirado do poder e levado para [[Constantinopla]] em [[540]]. Embora Belisário tenha evitado que os godos voltassem a invadir e conquistar a Itália, após a morte de Justiniano os [[lombardos]] invadiram e conquistaram a região.
 
Em [[540]], Cassiodoro se aposentou e foi para a sua cidade natal de Escilaceu (atual [[Squillace]]), onde usou sua riqueza para construir um [[mosteiro]] com uma [[escola]] e uma [[biblioteca]], Vivário.
 
===Autores citados na Gética===
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==O latim tardio da Gética==
O [[latim tardio]], ainda em sua fase inicial, utilizado por [[Jordanes]], evidencia uma certa variabilidade na estrutura do idioma, que foi interpretada como uma indicação de que o autor não possuía mais um padrão claro de correção.<ref>Brian {{sfn|Croke, ''Cassiodorus and the Getica of Jordanes'' in ''Classical Philology'', Vol. 82, No. 2 (Apr., |1987),}}{{falta pp. 117-134</ref>página}} Jordanes conta que interrompeu seu trabalho em outra obra sua, ''[[Romana (Jordanes)|Romana]]'', para escrever a Gética, terminando a outra obra posteriormente; e na ''Romana'' ele afirma tê-la escrito no 24º ano do [[Imperador romano|imperador]] [[Império Bizantino|bizantino]] [[Justiniano I]], que se iniciou a [[1 de abril]] de [[551]]. Na Gética ele também menciona uma [[praga]] que teria ocorrido nove anos antes; provavelmente trata-se da epidemia que se iniciou no [[Egito (província romana)|Egito]] em [[541]], atingiu [[Constantinopla]] em [[542]] e chegou à [[Península Itálica|Itália]] no ano seguinte. [[Linguística|Linguisticamente]], este período ainda é muito cedo para que se consiga identificar um rumo em direção a qualquer um dos [[Línguas românicas|idiomas românicos]] em especial; estas variações, no entanto, precederam o aparecimento de idiomas como o [[Língua francesa|francês]], [[Língua italiana|italiano]], [[Língua castelhana|espanhol]], [[Língua portuguesa|português]], e apenas com o desenvolvimento destes idiomas é que os acadêmico gradualmente recuperaram o [[Latim|latim clássico]] como principal meio de comunicação escolástico.
 
Jordanes refere-se a si mesmo como agramático (''agrammaticus'') antes de sua [[Conversão (religião)|conversão]]. Esta declaração obscura foi, por vezes, interpretada como referente ao nível do seu latim. Este grau de variabilidade, no entanto, caracteriza todo o latim tardio; além do mais, o autor já tinha construído uma sólida carreira como autor antes de sua conversão, tendo contato frequente com outros autores e obras latinas. Já se sugeriu que seu estilo possa refletir características do latim falado pelos [[godos]].
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* Christensen, Arne Søby. ''Cassiodorus, Jordanes, and the History of the Goths. Studies in a Migration Myth'', 2002, ISBN 978-87-7289-710-3
* Costa, Gustavo. ''Le antichità germaniche nella cultura italiana da Machiavelli a Vico'', 1977. ISBN 88-7088-001-X
 
* Curta, Florin ''The Making of the Slavs. History and Archaeology of the Lower Danube Region c.500-700'', Cambridge University Press, 2001, ISBN 0-521-03615-1
* {{Citar periódico|sobrenome=Croke|nome=Brian|título=Cassiodorus and the Getica of Jordanes|jornal=Classical Philology|volume=82|número=2|páginas=117-134 |ano=1987|ref=harv}}
* Geary, Patric. ''The Myth of Nations, the Medieval Origins of Europe'', Princeton University Press, 2002, ISBN 0-691-11481-1
 
* [[Walter Goffart|Goffart, Walter]]. ''Barbarian Tides, The Migration Age and the Later roman Empire'', University of Pennsylvania Press, 2006, ISBN 0-8122-3939-3
* {{Citar livro|sobrenome=Curta, |nome=Florin ''|título=The Making of the Slavs. History and Archaeology of the Lower Danube Region c.500-700'',|local=Cambrígia| editora=Cambridge University Press, |ano=2001, ISBN |isbn=0-521-03615-1|ref=harv}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Geary, |nome=Patric. ''|título=The Myth of Nations, the Medieval Origins of Europe'', |editora=Princeton University Press|local=Princeton, Nova Jérsei|ano=2002, ISBN |isbn=0-691-11481-1|ref=harv}}
 
* [[Walter{{Citar Goffartlivro|sobrenome=Goffart, |nome=Walter|coautor=Walter]]. ''Goffart|título=Barbarian Tides, The Migration Age and the Later roman Empire'',|local=Filadélfia |editora= University of Pennsylvania Press, |ano=2006, ISBN |isbn=0-8122-3939-3|ref=harv}}
 
* Jordanes. ''The Origin and Deeds of the Goths'', translated by C. Mierow, Princeton University Press, 1908
* [[James J. O'Donnell|O'Donnell, James J.]] [http://www9.georgetown.edu/faculty/jod/texts/jordanes.html ''The Aims of Jordanes''], Historia, 1982, vol 31, 223-240
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* [[William Smith (lexicógrafo)|Smith, William]]. ''[[Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology]]'' ([http://www.ancientlibrary.com/smith-bio/1715.html])
* Thomas, William and Gamble, Miller. ''The Monumenta Germaniae Historica: Its Inheritance in Source-valuation and Criticism'', Washington: Catholic University of America, 1927
 
* {{Citar livro|sobrenome=Wolfram, |nome=Herwig. ''|título=History of the Goths'' (transl. by|tradutor=Dunlap, Thomas J. Dunlap), |editora=University of California Press, |ano=1988, ISBN|isbn= 0-520-06983-8|local=Santa Barbara|ref=harv}}
 
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