Língua mirandesa: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Resgatando 4 fontes e marcando 0 como inativas. #IABot (v2.0beta10)
Linha 1:
{{Multitag|mnot|fref||data=dezembro de 2015}}
{{Info/Língua
| nome = Mirandês
Linha 5:
| corfamília = Indo-europeia
| estados = {{PRT}}
| região = Concelhosconcelhos de [[Miranda do Douro]], [[Vimioso]], [[Bragança (Portugal)|Bragança]] e [[Mogadouro]]
| falantes = {{fmtn|15000}} (2000)<br>({{fmtn|10000}} falam regularmente, {{fmtn|5000}} falantes quando regressam ao território mirandês. {{fmtn|2000}} falantes na freguesia de [[Sendim e Atenor]].)<ref name="Ethnologue">{{citar web |título=Mirandese |url=https://www.ethnologue.com/18/language/mwl/ |obra=[[Ethnologue]] |publicado=[[SIL International]] |acessodata=14 de janeiro de 2019 |língua=inglês}}</ref>
[[Vimioso]], [[Bragança (Portugal)|Bragança]] e [[Mogadouro]]
| falantes = {{fmtn|15000}}
| posição =
| fam2 = [[Línguas itálicas|Itálica]]
Linha 13 ⟶ 12:
| fam4 = [[Línguas ítalo-ocidentais|Ítalo-ocidental]]
| fam5 = [[Línguas românicas ocidentais|Românica ocidental]]
| fam6 = [[Línguas galo-ibéricas|Galo-ibérica]]
| fam7 = [[Línguas ibero-românicas|Ibero-românica]]
| fam8 = [[Línguas ibero-ocidentais|Ibero-ocidental]]
| fam9 = [[Asturo-leonês]]
| escrita = [[Alfabeto latino]]
| oficial = Língua cooficial em [[Miranda do Douro]] ([[Portugal]])<ref name="DRE1999">{{citar periódico |título=Lei n.o 7/99 de 29 de janeiro: Reconhecimento oficial de direitos linguísticos da comunidade mirandesa |jornal=[[Diário da República]] |data=29 de janeiro de 1999 |número=24 |url=https://dre.pt/application/dir/pdf1sdip/1999/01/024A00/05740574.PDF |página=574 |editora=[[Imprensa Nacional-Casa da Moeda]] |formato=PDF}}</ref>
| oficial = Língua co-oficial em [[Miranda do Douro]] ([[Portugal]])
| não oficial = [[Portugal]]
| não oficial = [[Portugal]] ({{citar web | url=http://dre.pt/pdf1sdip/1999/01/024A00/05740574.PDF | título= Lei n.º 7/99 | publicado=dre.pt }}, de 29 de Janeiro de 1999)
| regulador = ''[[Instituto da Língua Mirandesa|]] (''Anstituto de la Lhéngua/Léngua Mirandesa]]'')
| iso1 =
| iso2 = mwl
| iso3 = mwl
| sil = MWL
|mapa=[[ficheiroImagem:Asturllionés_en_Tierra_de_MirandaAsturllionés en Tierra de Miranda.png|250px]]}}
[[Imagem:Miranda09.jpg|thumbminiatura|uprightvertical=1.0|Placa de informação, na [[Igreja de Miranda do Douro]], com o texto em mirandês.]]
[[Imagem:Genísio04.jpg|thumbminiatura|Placa de identificação de arruamento, em [[Genísio]], com o nome da rua em mirandês e em português.]]
A '''língua mirandesa''' (''lhéngua/léngua mirandesa'', ''mirandés'') é o nome oficial que recebe o [[asturo-leonês]] em território português. Não existem dados que permitam quantificar com precisão o número atual de falantes, pelo que os números apontados variam entre 8&nbsp;000{{fmtn|8000}}<ref>{{Citar periódicoweb|ultimoautor=Lusa|primeiroautorlink=Lusa (agência de notícias)|data=20 de fevereiro de 2015|titulotítulo=Textos em mirandês nas redes sociais para assinalar Dia da Língua Materna|editoraobra=RTP Notícias|publicado=[[Rádio e Televisão de Portugal]]|url=https://www.rtp.pt/noticias/cultura/textos-em-mirandes-nas-redes-sociais-para-assinalar-dia-da-lingua-materna_n806339|citação=Estima-se que atualmente haja oito mil falantes de língua mirandês repartidos pelo território nacional e pela diáspora.|acessodata=14 de janeiro de 2019}}</ref> a 20&nbsp;000{{fmtn|20000}}<ref>{{Citarcitar web |último=Rodríguez |primeiro=Lucía periódico|titulotítulo=A língua mirandesa reinventa-se e salta da aldeia à rede|jornal=www.efe.com |url=httphttps://www.efe.com/efe/portugal/destacada/a-lingua-mirandesa-reinventa-se-e-salta-da-aldeia-rede/50000440-2532017# |publicado=[[EFE]] |acessodata=14 de janeiro de 2019 |data=9 de fevereiro de 2015}}</ref> falantes distribuídos principalmente por uma área de 550&nbsp; [[Quilómetro quadrado|km²]],<ref>{{citar periódico|ultimoúltimo=Gómez Bautista|primeiro=Alberto|dataano=2016|titulotítulo=Contributo para uma história do asturo-leonês em Portugal|issn=0212-0534|número=115|obra=Lletres Asturianes|editora=[[Academia da Língua Asturiana]]|url=http://www.academiadelallingua.com/lletresasturianes/pdf/1478591757Art%C3%ADculu%204-Alberto%20G%C3%B3mez%20Bautista-Contributo%20para%20uma%20hist%C3%B3ria%20do%20asturo-leon%C3%AAs.pdf|página=89-102|formato=PDF|acessodata=14 de janeiro de 2019}}</ref> conhecida como [[Terra de Miranda]]<ref>{{citar periódico|ultimoname=|primeiro=|data=29-1-1999|titulo=Lei"DRE1999" n.º 7/99 de 29 de Janeiro|jornal=DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A|volume=24|total-páginas=574|url=https://dre.pt/application/dir/pdf1sdip/1999/01/024A00/05740574.PDF}}</ref> e formada pelo concelho de [[Miranda do Douro]] e [[freguesia]]s de [[Angueira]] e [[Vilar Seco (Vimioso)|Vilar Seco]], no concelho de [[Vimioso]].<ref>{{Citarcitar web |título=Convenção Ortográfica da Língua Mirandesa |url=http://mirandes.no.sapo.pt/LMRNconvencao.pdf |titulopublicado=ConvençãoCâmara ortográficaMunicipal de Miranda do Douro e Centro de Linguística da LinguaUniversidade de Lisboa Mirandesa|data=|acessodata=2017-04-1214 de janeiro de 2019 |obra=mirandes.no.sapo.pt|publicado=|ultimo=|primeirodata=1999 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20030629014648/http://mirandes.no.sapo.pt/LMRNconvencao.pdf# |arquivodata=29 de junho de 2003 |formato=PDF |urlmorta=yessim}}</ref> A inclusão de [[Caçarelhos]] (atualmente denominada por [[Caçarelhos e Angueira]]) na área de domínio linguístico mirandês é defendida por autores como [[Amadeu Ferreira]].<ref>{{citar periódico|ultimoúltimo=Ferreira|primeiro=Amadeu|dataautorlink=Amadeu Ferreira|ano=2010|titulotítulo=O Mínimo sobre a Língua Mirandesa|jornal=11ºRevista do Festival Intercéltico de Sendim|numeronúmero=13|paginas= 61–63|editora=Sons da Terra|local=[[Sendim (Miranda do Douro)|Sendim]]|url=httphttps://studosmirandeses.blogs.sapo.pt/1294.html|citação=A língua mirandesa é falada em todas as aldeias do concelho de Miranda do Douro, com excepçãoexceção de duas (Atenor e Teixeira), e em três aldeias do concelho de Vimioso (Vilar Seco, Angueira e Caçarelhos), no distrito de Bragança. O mirandês foi, apressadamente, dado como extinto em aldeias como Caçarelhos, porém, apesar de muitíssimo debilitado, continua aí a ser falado por pessoas de idade.|acessodata=14 de janeiro de 2019}}</ref>. <!-- A sua influência estende-se por outras freguesias dos concelhos de Vimioso, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros e Bragança. -->
 
O mirandês tem três subdialetos (central ou normal, setentrional ou raiano, meridional ou [[sendinês]]) e está dotado de um dicionário, gramática e ortografia próprios; os seus falantes são em maior parte bilíngues, trilíngues ou até mesmo quadrilingues falando muitos deles o mirandês, o [[Língua portuguesa|português]] e o [[Língua castelhana|castelhano]], e até por vezes o [[Língua galega|galego]].{{Carece de fontes|data=abril de 2017}} AssociaçõesAs associações como a [[SIL International]] outorgam um código próprio à língua, enquanto que a [[Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura|UNESCO]] (UNESCO) a enquadra no contexto do [[asturo-leonês]].<ref>{{Citarcitar web |título=UNESCO Interactive Atlas of the World’s Languages in Danger |url=http://www.unesco.org/languages-atlas/index.php?hl=en&page=atlasmap&iso=mwl |tituloobra=UNESCO[[Livro AtlasVermelho ofdas theLínguas World'sAmeaçadas]] Languages|publicado=[[Organização indas Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura]] danger|acessodata=2017-04-1214 de janeiro de 2019 |obralíngua=www.unesco.org|lingua=eninglês}}</ref>
 
Os textos recolhidos em mirandês mostram a envolvência de traços fonéticos, sintácticossintáticos ou vocabulares das diferentes línguas; o português é mais cantado pelos mirandeses, porque é considerado língua culta, fidalga, importante.
 
== Situação atual ==
A língua mirandesa, tal como já foi referida anteriormente, é falada por, sensivelmente, {{formatnum:fmtn|7000}} a {{formatnum:fmtn|10000}} pessoas no extremo nordeste de [[Portugal]], sendo desde 1999 a segunda língua oficial do país. A preservação da língua mirandesa deve-se à geografia e ao isolamento das designadas Terras de Miranda. Os rios ou cordilheiras são muitas vezes factoresfatores cruciais para a criação de uma "fronteira linguística". No caso das Terras de Miranda, o [[rio Sabor]] teve uma influência, que convém realçar, isolando a área da influência da língua portuguesa. Outro factorfator para a preservação da língua é a proximidade e a acessibilidade a Espanha, tendo assim um comércio virado para o turismo espanhol, uma actividadeatividade crucial na cidade de [[Miranda do Douro]]. Convém realçar que Miranda do Douro tem uma grande vertente comercial destinada aos espanhóis que outrora faziam parte do [[Reino de Leão]], isto é, que ainda, muitos deles, falam o [[Língua asturiana|asturiano]], língua de origem do mirandês. Isto fez com que o mirandês chegasse aos nossos dias quase intacto, a acessibilidade e o contacto constante a uma Espanha que fala, essencialmente, o asturiano e um isolamento face ao português. Havia muitos anos que o mirandês não era falado no coração da comarca, Miranda do Douro, mas, nos últimos anos, a deslocação das pessoas das aldeias para a cidade trouxe o mirandês de volta, porque nas aldeias era onde se conservava o mirandês e este êxodo rural trouxe a língua mirandesa novamente à cidade. A língua mirandesa está numa situação de [[diglossia]], isto é, quando duas línguas coexistem mas uma prevalece sobre a outra, por razões extralinguísticas. Neste caso o português tem conquistado os habitantes das Terras de Miranda pelo seu prestígio e difusão global. A atitude dos falantes em relação à sua língua autóctone também leva a uma relação de diglossia. Como exemplo, tem-se "''Lição de Mirandês: You falo como bós i bós nun falais como you''" de Manuela Barros Ferreira (do [[Centro de Linguística da Universidade de Lisboa]]) em que é evidente a desvalorização da língua mirandesa face ao português. Segundo os entrevistados<ref (ppname="Manuela">{{citar livro|título=Estudios de Sociolingüística Románica. Linguas e variedades minorizadas|capítulo=Lição de Mirandês: You falo como bós i bós nun falais como you|primeiro=Manuela Barros|último=Ferreira|editor=Francisco Fernández Rei; Antón Santamarina Fernández|ano=1999|editora=Servizo de Publicacións da Universidade de Santiago de Compostela|local=[[Santiago de Compostela]]|página=150)|língua=mirandês}}</ref>, não falam o mirandês quando estão em situações formais, como por exemplo, na relação professor-aluno (como é o caso do entrevistado) é, dumade uma forma geral, a língua portuguesa que prevalece. Há também alguns complexos com a língua, reservando-a a contextos mais familiares, do quotidiano ou mesmo contextos de extrema intimidade. Todos estes factoresfatores levam a língua a uma situação de diglossia.<ref>{{citar web |título=Sítio de l Mirandés |url=http://mirandes.no.sapo.pt/ | títuloobra=Sítio de L Mirandês do [[Centro de Linguística da Universidade de Lisboa]] | publicado=mirandes.no.sapo.pt[[Universidade de |Lisboa]] |acessodata=2414 de junhojaneiro de 20072019 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20060216152515/http://mirandes.no.sapo.pt/# | arquivodata=16 de fevereiro de 2006 | urlmorta=yessim |língua=mirandês}}</ref><ref>Lição de Mirandês: name="You falo como bós i bós nun falais como youManuela" de Manuela Barros Ferreira (CLUL)</ref>
 
== Medidas de defesa ==
O mirandês é ameaçado atualmente pelo desenvolvimento, a vida moderna, a televisão, e as pressões do português e do castelhano. Em sua defesa, foram tomadas as medidas:
* ensino em mirandês, como opção, nas escolas do ensino básico do concelho de Miranda do Douro, desde 1986/1987, por autorização ministerial de 9 de Setembrosetembro de 1985.
* publicação de livros sobre e em mirandês, pela Câmara Municipal de Miranda do Douro.
* realização anual de um festival da canção e de um concurso literário, pela Câmara Municipal.
* uso do mirandês em festas e celebrações da cidade e, ocasionalmente, nos meios de comunicação social.
* publicação de dois volumes da série de banda desenhada [[AsterixAstérix]].
* tradução de todas as placas toponímicas da cidade de Miranda do Douro, efectuadaefetuada em 2006 pela Câmara Municipal.
* estudo por centros de investigação portugueses como o centro[[Centro de linguísticaLinguística da Universidade de Lisboa|Centro de Linguística]] da [[Universidade de Lisboa]] com o projectoprojeto "Atlas Linguístico de Portugal", e a [[Universidade de Coimbra]], com o "Inquérito Linguístico BolêoBoléo".
* criação de uma [[Wikipédia em mirandês]], a [[:mwl:|Biquipédia]].
* disponibilização de sítios em mirandês, entre eles {{citar web | url=http://www.photoblog.com | título= Photoblog | publicado=www.photoblog.co }} e {{citar web | url=http://www.mwl.wordpress.com | título= [[WordPress | publicado=www.mwl.wordpress.co }}]] em mirandês.
 
== Fonologia ==
Características comuns ao português, ao [[Língua galega|galego]] e ao asturo-leonês ocidental (origem linguística da língua mirandesa):
* manutenção de Ff- inicial latino: FILIU''filiu'' (Lat.latino) = FILHOfilho (Port.português);
* evolução do grupo latino -CTct- em -it-: NOCTE''nocte'' (Lat.latino) = NOITEnoite (Port.português);
* evolução dos grupos latinos PLpl-, CLcl- e FLfl- em africada /tʃ/;
* conservação dos ditongos ''ei'' e ''ou.''
 
Algumas diferenças fonológicas em relação ao português são:
* palatização da consoante inicial Ll: língua = ''lhéngua''/''léngua'' (sendinês);
* manutenção das consoantes l e n em posição intervocálica: lua = ''lhuna''/''luna'' (sendinês), mau = ''malo'';
* palatização das consoantes duplas ll/nn/mn: castelo = ''castielho'', ano = ''anho'', dano = ''danho'';
* ditongação da vogal breve e em posição tónica: Ferroferro = ''fierro''.
 
== Amostras de texto ==
Segue-se um texto amostra em língua mirandesa publicado no jornal ''[[Público (jornal)|Público]]'' por [[Amadeu Ferreira]], a 24 de Julhojulho de 2007. Para comparação, apresentam-se as traduções do texto para [[Língua leonesa|leonês]], [[Língua asturiana|asturiano]], [[Língua portuguesa|português]], [[Língua galega|galego]] e [[Língua castelhana|castelhano]].
 
{| class="wikitable"
{| border="3" cellpadding="5" cellspacing="0" style="margin: 1em 1em 1em 0; background: #f9f9f9; border: 1px #aaa solid; border-collapse: collapse;"
||'''Mirandês''':
||'''Leonês''':
||'''Asturiano''':
||'''Português''':
||'''Castelhano''':
|-
||'''! Mirandês''':
||
! Mirandês (sendinês)
Muitas lhénguas ténen proua de ls sous pergaminos antigos, de la lhiteratura screbida hai cientos d'anhos i de scritores hai muito afamados, hoije bandeiras dessas lhénguas. Mas outras hai que nun puoden tener proua de nada desso, cumo ye l causo de la lhéngua mirandesa.<br />
||'''! Leonês''':
||
||'''! Asturiano''':
Muitas llinguas tienen arguyu los sous pergaminos antigos, de la lliteratura escrita hai cientos d'annos y d'escritores enforma famosos; guei bandeiras d'eisas llinguas. Peru hai outras que nun pueden tenere arguyu de res d'eisu, cumo ye'l casu de la llingua mirandesa.<br />
||'''! Português''':
||
! Galego
Munches llingües tienen arguyu de los sos pergaminos antiguos, de la lliteratura escrito hai cientos d'años y d'escritores perfamosos, anguaño banderes d'eses llingües. Pero hai otres que nun puen tener arguyu de nada d'eso, como ye'l casu de la llingua mirandesa.
||'''! Castelhano''':
||
||-
Muitas línguas têm orgulho dos seus pergaminhos antigos, da literatura escrita há centenas de anos e de escritores muito famosos, hoje bandeiras dessas línguas. Mas há outras que não podem ter orgulho de nada disso, como é o caso da língua mirandesa.<br />
| Muitas lhénguas ténen proua de ls sous pergaminos antigos, de la lhiteratura screbida hai cientos d'anhos i de scritores hai muito afamados, hoije bandeiras dessas lhénguas. Mas outras hai que nun puoden tener proua de nada desso, cumo ye l causo de la lhéngua mirandesa.<br />
||
Muchas| lenguasMuitas tienenlénguas orgulloténen proua de susls antiguossous pergaminos antigos, de la literatura escritascrebida hacehai cientos de añosd'anhos yi de escritoresscritores muyhai famososmuito afamados, hoyhoije banderasbandeiras de esasdessas lenguaslénguas. PeroMas hayoutras otrashai que nonun puedenpuoden tener orgulloproua de nada de esodesso, comocumo esye ell casocauso de la lengualéngua mirandesa.<br />
| Muitas llinguas tienen arguyu los sous pergaminos antigos, de la lliteratura escrita hai cientos d'annos y d'escritores enforma famosos; guei bandeiras d'eisas llinguas. Peru hai outras que nun pueden tenere arguyu de res d'eisu, cumo ye'l casu de la llingua mirandesa.<br />
| Munches llingües tienen arguyu de los sos pergaminos antiguos, de la lliteratura escrito hai cientos d'años y d'escritores perfamosos, anguaño banderes d'eses llingües. Pero hai otres que nun puen tener arguyu de nada d'eso, como ye'l casu de la llingua mirandesa.
| Muitas línguas têm orgulho dos seus pergaminhos antigos, da literatura escrita há centenas de anos e de escritores muito famosos, hoje bandeiras dessas línguas. Mas há outras que não podem ter orgulho de nada disso, como é o caso da língua mirandesa.<br />
| Moitas linguas teñen orgullo dos seus pergamiños antigos, da literatura escrita hai centos de anos e de escritores moi famosos, hoxe bandeiras desas linguas. Pero hai outras que non poden ter orgullo de nada, como é o caso da lingua mirandesa.
| Muchas lenguas tienen orgullo de sus antiguos pergaminos, de literatura escrita hace cientos de años y de escritores muy famosos, hoy banderas de esas lenguas. Pero hay otras que no pueden tener orgullo de nada de eso, como es el caso de la lengua mirandesa.
|}
 
{| class="wikitable" style="text-align="
|+ align="center" | '''Art.Artigo 1.º da [[Declaração Universal dos Direitos Humanos]]'''
! style="background:#cccccc; color:Black;width:155px" |
! style="background:#cccccc; color:Black;width:150px" | '''Localização'''
! style="background:#cccccc; color:Black;width:150px" | '''Bloco linguístico'''
! style="background:#cccccc; color:Black" | '''Texto'''
|-
| colspan="4" style="background:#efefef; color:Black;" | '''Dialetos [[Asturo-leonês|asturo-leoneses]]'''
|- align="center"
| style="background:#d2dfed; color:Black" | ''Fala de [[Carreño]]''
| style="background:#d2dfed;" | [[Astúrias]]
| style="background:#93a7bb;" | ''Central''
| style="background:#d2dfed;" | ''Tolos seres humanos nacen llibres y iguales en dignidá y drechos y, pola mor de la razón y la conciencia de so, han comportase fraternalmente los unos colos otros.''<ref>{{citar web|url=http://www.omniglot.com/udhr/italic.htm|título=WritingUniversal systemsDeclaration &of languagesHuman ofRights the(Article world1)|acessodata=2714 de janeiro de 20112019|idioma=inglês|autorobra=[[Omniglot]]}}</ref>
|- align="center"
| style="background:#d2dfed; color:Black" | ''Fala de [[Somiedo]]''
| style="background:#d2dfed;" | [[Astúrias]]
| style="background:#9FB6CD;" | ''Ocidental''
| style="background:#d2dfed;" | ''Tódolos seres humanos nacen ḷḷibres ya iguales en dignidá ya dreitos ya, dotaos cumo tán de razón ya conciencia, han portase fraternalmente los unos conos outros.''<ref name="PALACIOS2">{{citar weblivro|url=httphttps://books.google.espt/books?id=beyisY4eBT0C&pg=PP1&dq=la+fala+de+palacios+del+sil#v=onepage&q=la%20fala%20de%20palacios%20del%20sil&f=false|título=La Falafala de Palacios del Sil|acessodata=2714 de janeiro de 20112019|idioma=astasturiano|autoreditora=[[Google|GoogleAcademia Librosda Língua Asturiana]]|ano=2001|local=[[Oviedo]]|isbn=9788481682168|primeiro=Roberto|último=González-Quevedo}}</ref>
|- align="center"
| style="background:#efefef; color:Black" | ''[[Patsuezu|Paḷḷuezu]]''
| [[Leão (província)|Leão]]
| style="background:#9FB6CD;" | ''Ocidental''
| ''Tódolos seres humanos nacen ḷḷibres ya iguales en dignidá ya dreitos ya, dotaos cumo tán de razón ya conciencia, han portase fraternalmente los unos conos outros.''<ref name="PALACIOS2" />
|- align="center"
| style="background:#efefef; color:Black" | ''Cabreirês''
| [[Leão (província)|Leão]]
| style="background:#9FB6CD;" | ''Ocidental''
| ''Tódolos seres humanos ñacen llibres y iguales en dignidá y dreitos y, dotaos cumo están de razón y concéncia, han portase fraternalmente los unos pa coños outros.''<ref>{{citar weblivro|url=httphttps://books.google.espt/books?id=y_DSCqClzT4C&pg=PA25&lpg=PA25&dq=habla+de+cabrera&source=bl&ots=77gZu50t-7&sig=UDMQfcpd0SrvckwCrAfTS52UV6E&hl=espt&ei=1zz5SoqgH9SA_QbdnvnKDA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3&ved=0CA8Q6AEwAg#v=onepage&q=&f=false|título=El habla de La Cabrera Alta|acessodata=214 de fevereirojaneiro de 20112019|idioma=es,asturiano aste espanhol|autorprimeiro=María Concepción Casado|último=Lobato|ano=2002|local=[[GoogleOviedo]]|Googlepágina=25|editora=[[Academia Librosda Língua Asturiana]]|isbn=9788481683271}}</ref>
|- align="center"
| style="background:#efefef; color:Black" | ''Mirandês''
| [[Trás-os-Montes e Alto Douro|Trás-os-Montes]]
| style="background:#9FB6CD;" | ''Ocidental''
| ''Todos ls seres houmanos nácen lhibres/libres i eiguales an denidade i an dreitos. Custuituídos de rezon i de cuncéncia, dében portar-se uns culs outros an sprito de armandade.''<ref>{{citar livro|sobrenome=Frías Conde|nome=Francisco Xavier Frías|editora=VTP Editorial|título=Notes de lingüística asturlleonesa: asturiano y mirandés|língua=asturiano|local=[[Gijón]]|ano=2001|isbn = 978-84-89880-48-1}}</ref>
|-
| colspan="4" style="background:#efefef; color:Black;" | '''Castelhano'''
|- align="center"
| style="background:#efefef; color:Black" | ''[[Estremenho]]''
|[[Estremadura (Espanha)|Estremadura]] [[Salamanca (província)|Salamanca]]
| rowspan="2" style="background:#e7e7ed;" | ''Falas de transição entre o asturo-leonês e o castelhano''
| ''Tolos hombris nacin libris i egualis en digniá i derechus i, comu gastan razón i concéncia, ebin comportal-se comu hermanus los unus conos otrus.''<ref>{{citar web|url=httphttps://www.archive.org/details/Morfologia_del_extremeo|título=Morfología del extremeño|acessodata=714 de fevereirojaneiro de 20112019|idioma=esespanhol|autorprimeiro=Ismael Carmona |último=García|ano=2002}}</ref>
|- align="center"
| style="background:#efefef; color:Black" | ''[[Cântabro|Montanhês]] ou [[Cântabro]]''
|[[Cantábria]]
| ''Tolos seris humanos nacin libris y eguales en dignidá y drechos y, dotaos comu están de razón y conciencia, tién de comportase comu hermanos los unos conos otros.''<ref>{{citar periódico|autoreditora=Asociación ReDe|título=Daque custiones alredor de la sintaxis del cántabru occidental|ano=2005|revista=Alcuentros. Revista cántabra de lenguas minoritarias|língua=cântabro|número=5|url=https://revistaalcuentros.files.wordpress.com/2017/06/propuesta_sintaxis_montanes.pdf|acessodata=14 de janeiro de 2019|formato=PDF}}</ref>
|- align="center"
| style="background:#efefef; color:Black" | ''[[Língua castelhana|Castelhano]] (norma padrão)''
| [[Região histórica de Castela|Castela]]
| ''Castelhano''
| ''Todos los seres humanos nacen libres e iguales en dignidad y derechos y, dotados como están de razón y conciencia, deben comportarse fraternalmente los unos con los otros.''<ref>{{citar web|url=http://www.un.org/es/universal-declaration-human-rights/|título=La Declaración Universal de Derechos Humanos|publicado=[[Organização das Nações Unidas]]|língua=espanhol|acessodata=14 de janeiro de 2019}}</ref>
|-
| colspan="4" style="background:#efefef; color:Black;" | '''Galego-português'''
|- align="center"
| style="background:#efefef; color:Black" | ''[[Português europeu|Português]]''
| [[Portugal]]
| ''Português''
| ''Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.''<ref>{{citar web|url=https://dre.pt/declaracao-universal-dos-direitos-humanos|título=Declaração Universal dos Direitos Humanos|obra=[[Diário da República]]|publicado=[[Imprensa Nacional-Casa da Moeda]]|acessodata=14 de janeiro de 2019}}</ref>
|- align="center"
| style="background:#efefef; color:Black" | ''[[Língua galega|Galego]]''
| [[Galiza]]
| ''Galego''
| ''Todos os/tódolosTódolos seres humanos nacen ceibeslibres e iguais en dignidade e dereitos e, dotados como están de sensorazón e conscienciaconciencia, deben de sedíbense comportar fraternalmente uns cos outros.''<ref>{{citar web|url=https://www.ohchr.org/EN/UDHR/Pages/Language.aspx?LangID=gln|título=Declaración Universal dos Dereitos das Persoas|obra=[[Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos]]|publicado=[[Organização das Nações Unidas]]|língua=galego|acessodata=14 de janeiro de 2019}}</ref>
|}
 
{{Referências|col=2}}
 
== Bibliografia ==
{{refbeginInícioRef}}
* [http{{citar periódico|url=https://web.archive.org/web/20070930225732/https://www.instituto-camoes.pt/CVC/bdc/etnologia/opusculos/vol04/opusculos04_677_722.pdf |último=Vasconcelos, |primeiro=José Leite de.|autorlink=Leite ''de Vasconcelos|título=Mirandês''. Opúsculos, Volume |volume=IV – Filologia (Parte II), |local=Coimbra, |editora=Imprensa da Universidade, de Coimbra|ano=1929.]|formato=PDF|acessodata=14 de janeiro de 2019}}
* [{{citar periódico|url=http://www.romaniaminorfrontespo.netorg/ianuapt/Torinofichas-bibliograficas/Torino05.pdf Ceolin, Roberto. "um-enclave-leones-na-paisagem-unitaria-da-lingua-portuguesa|título=Um enclave leonês na paisagem unitária da língua portuguesa"]|primeiro=Roberto|último=Ceolín|revista=Ianua. Revista Philológica Románica|ano=2002|issn=1616-413X|número=3|página=62-83|acessodata=14 de janeiro de 2019}}
* {{citar web|url=http://www.clul.ulisboa.pt/pt/23-investigacao/691-linguagens-fronteiricas-mirandes|título=Linguagens Fronteiriças: Mirandês|obra=[[Centro de Linguística da Universidade de Lisboa]]|editora=[[Universidade de Lisboa]]|acessodata=14 de janeiro de 2019}}
* [http://www.governo.gov.pt/pt/GC18/Portugal/Pages/Portugal.aspx Sítio oficial do Governo de Portugal]
* {{citar livro|último=Maia|primeiro=Clarinda de Azevedo|editor=Manuel Alvar|local=Barcelona|editora=Editorial Ariel|página=159-170|capítulo=Mirandés|título=Manual de dialectología hispánica: el español de España|ano=1996|língua=espanhol}}
* http://www.clul.ul.pt/pt/recursos/210-project-border-languages-mirandese
* {{citar periódico|url=https://web.archive.org/web/20060321082115/http://www.romaniaminor.net/ianua/Ianua02/02Ianua04.pdf|título=L Mirandés: Ũa Lhéngua Minoritaira an Pertual|língua=mirandês|primeiro1=Reis|último1=Quarteu|primeiro2=Xavier|último2=Frías Conde|revista=Ianua. Revista Philologica Romanica|ano=2001|issn=1616-413X|número=2|página=89-105|acessodata=14 de janeiro de 2019}}
* Maia, Clarinda de Azevedo."Mirandês"
* {{citar web|url=https://www.jornalnordeste.com/noticia/la-fuolha-mirandesa-un-jornal-mirandes|título=La fuolha mirandesa: Un jornal an mirandés|obra=Jornal Nordeste|primeiro=Amadeu|último=Ferreira|autorlink=Amadeu Ferreira|data=13 de janeiro de 2009|acessodata=14 de janeiro de 2019|língua=mirandês}}
{{refend}}
{{-fim}}
 
== Ligações externas ==
{{commonscat|Mirandese language}}
{{InterWiki|code=mwl}}
{{Correlatos
* [http://mwl.wikipedia.org/ Biquipédia]
{{commonscat|commonscat=Mirandese language}}
* [http://www.sendim.net sendim.net - curso de língua mirandesa]
|wikcionario=Portal:Mirandês
* [http://www.mirandes.net/ www.mirandes.net - ''lhéngua i cultura mirandesa'']
|wikcionáriocat=Mirandês
* [https://web.archive.org/web/20060321082115/http://www.romaniaminor.net/ianua/Ianua02/02Ianua04.pdf ''L Mirandés: Ua Lhéngua Minoritaira an Pertual'' (O Mirandês: Uma Língua Minoritária em Portugal)]
|wikisource=Main Page/Mirandés
* [https://web.archive.org/web/20060216152515/http://mirandes.no.sapo.pt/ Sítio de L Mirandês do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa]
|wikisourcecat=Category:Mirandés
* [http://www.jornalnordeste.com/index.asp?idedicao=250&idSeccao=2309&Action=seccao La Fuolha Mirandesa: un jornal an mirandés]
|wikivoyage=Guia de conversação mirandês
* [http://www.nialdelaboubielha.org/ Nial de la Boubielha]
}}
 
{{Variantes da língua leonesa}}
{{Línguas românicas}}
{{Controlo de autoria}}
{{Portal3|Linguística|Miranda do Douro|Portugal}}
{{controle de autoridade}}
 
[[Categoria:Língua mirandesa| ]]
[[Categoria:Línguas de Portugal|Mirandes]]
[[Categoria:Miranda do Douro]]