As Mil e Uma Noites: diferenças entre revisões
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== Sinopse ==
A história conta
Passam-se assim três anos durante os quais o
A mais antiga menção a um livro árabe das ''Mil e uma noites'' é um fragmento de um [[manuscrito]] do início do {{séc|IX}} em que se lê o título da obra e algumas linhas iniciais, em que Duniazade pede a um narrador não especificado que conte uma história.<ref name="ABBOTT">Abbott, Nabia. Cap 2. in ''The Arabian Nights reader''. Wayne State University Press, 2006 [http://books.google.com.ar/books?id=AKd6mZSGsVUC&pg=PA21&lpg=PA21&dq=nabia+abbot+%22thousand+nights%22&source=bl&ots=-Fq8eCTkK_&sig=QNWqNKXmX6p9yt1NtlHDq9IOobk&hl=es&ei=OFtcS6u5E9ChuAet3ejxDw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CAkQ6AEwAA#v=onepage&q=nabia%20abbot%20%22thousand%20nights%22&f=false]</ref> Mais dados sobre a existência deste livro e sua origem encontram-se nos escritos do [[historiador]] [[Almaçudi]] (888-957), que se refere a uma coleção de contos fantasiosos traduzidos do [[Língua persa|persa]], [[sânscrito]] e [[Língua grega|grego]], incluindo-se entre eles um livro persa chamado ''Hazār afsāna'' ("''Mil histórias''" em persa).<ref name="IRANICA">[http://www.iranica.com/newsite/index.isc?Article=http://www.iranica.com/newsite/articles/v1f8/v1f8a035.html ''Alf Layla Wa Layla'' na Encyclopedia Iranica]</ref> Segundo Almaçudi, a coleção era conhecida como "''As mil noites e uma noite''" em [[Língua árabe|árabe]] e contava a história de "um rei, seu vizir, sua filha Xerazade e sua escrava, Duniazade". A existência desta tradução do persa ao árabe é corroborada pelo [[bibliógrafo]] [[xiita]] [[ibne Nadim]] (m. 995 ou 998), que menciona o livro em sua obra ''Fehrest'' (ou ''Fihrist''), escrita em 987-988.<ref name="IRANICA"/> ibne Nadim informa ainda que o livro possui menos de 200 contos, uma vez que cada conto ocupa mais de uma noite.<ref name="TRANSNATIONALII4">Grotzfeld, Heinz. Cap II.4. in ''The Arabian nights in transnational perspective''. Wayne State University Press, 2007 [http://books.google.com.ar/books?id=tknULXNl21oC&pg=PA49&dq=Panchatantra+%22thousand+nights%22&source=gbs_toc_r&cad=7#v=onepage&q=Panchatantra%20%22thousand%20nights%22&f=false]</ref>
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== Traduções e edições ==
A primeira versão em [[língua árabe|árabe]] das ''Mil e uma noites'', redigida no {{séc|IX}} ou no século anterior, foi uma tradução da obra [[língua persa|persa]] ''Hazār afsāna'', atualmente perdida. Pouco ou nada se conhece dos contos que faziam parte das primeiras versões em árabe, uma vez que estas são conhecidas atualmente apenas por pequenos fragmentos de texto e menções em outras obras e os manuscritos mais antigos da obra conservados atualmente datam já do {{séc|XV}}.<ref name="SAGARZAZU">''Las mil y una noches'' trad. María Elvira Sagarzazu. Colihue Clásica, 2006. ISBN 950-563-023-9</ref>
A primeira tradução a uma língua europeia foi realizada pelo [[orientalista]] francês [[Antoine Galland]] (1645-1715), que publicou entre 1704 e 1717 sua ''Mille et une nuits''. A principal fonte para a versão de Galland foi um manuscrito sírio em três volumes, escrito em árabe, que terminava na noite 282 e não apresentava o final. Para completar a sua obra e aumentar o número de noites, Galland utilizou outros textos árabes, incluindo manuscritos egípcios (hoje perdidos) com os contos ''Príncipe Camaralzaman e a Princesa Budura'' e o ''Conto de Ganim''. Galland também incorporou histórias que originalmente não se encontravam em nenhum manuscrito das ''Mil e uma noites'' conhecido. Uma é a história de ''[[Simbad|Simbad o marujo]]'', traduzida a partir de um manuscrito árabe avulso. Outra fonte de Galland, segundo o próprio, foi um contador de histórias chamado Hanna Diab, um [[maronita]] de [[Alepo]], que narrou-lhe contos como o de ''[[Aladim|Aladim e a Lâmpada Maravilhosa]]'' e o de ''[[Ali Babá |Ali Babá e os Quarenta Ladrões]]''. Estes contos incorporados por Galland, e que aparentemente não formavam parte das ''Mil e uma noites'' original, tornaram-se extremamente populares e passaram a ser incluídos em manuscritos árabes e traduções europeias produzidas posteriormente.<ref name="SAGARZAZU" />
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