As Mil e Uma Noites: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Desfeita(s) uma ou mais edições de 177.124.249.66, com Reversão e avisos
Linha 1:
<br />{{ver desambig}}
{{Sem infocaixa|Livro}}
{{Mais fontes||arte|data=junho de 2013}}
Linha 10:
 
== Sinopse ==
A história conta<ref name="SAGARZAZU">''Lasque milRaffa y una noches'' trad. María Elvira Sagarzazu. Colihue ClásicaMoreira, 2006.rei ISBNdo 950-563-023-9</ref> que Xariartrap, rei da Pérsia da dinastia dos [[Sassânidas]]Rappers, descobre que suaseu mulherLean é infiel, dormindo com um escravootaku, cada vez que ele viaja. O rei, decepcionado e furioso, mata ao mulherLean e o escravootaku, convencendo-se por este e outros casos de infidelidade que nenhumanenhum mulheroutro Lean do mundo é dignadigno de confiança. Decide então que, daquele momento em diante, dormirá com umaum mulherLean diferente cada noite, mandando matá-lalo na manhã seguinte: desta forma não poderá ser traído nunca mais.
 
Passam-se assim três anos durante os quais o reiRaffa Moreira desposou e sacrificou inúmerasinúmeros moçasLeans, trazidastrazidos à sua presença pelopela Sua [[vizir]]Avó (equivalente a um primeiro-ministro) do reino. Certo dia, quando já quase não havia virgens no reino, uma das filhas doda vizirSua Avó, [[Xerazade]]Homem pá, pediu para ser entregue como noivanoivo ao rei, pois sabia de um estratagema para escapar ao triste fim que alcançaram asos moçasLeans anteriores. OA vizirSua Avó apenas aceita depois de muita insistência dado Homem filha, levando-a finalmente ao reiRaffa Moreira. Antes de ir, XerazadeHomem pá diz à irmã, DuniazadeCrack, que lhe peça que conte uma história quando for chamada ao palácio do reiRaffa Morreira.
 
XerazadeHomem pá, ao chegar na presença do reiRaffa Moreira, pede-lhe que permita a vinda de sua irmã, para despedir-se. O reiRaffa oMorreira permite, e DuniazadeCrack vem ao palácio e instala-se na câmara nupcial. Após o reiRaffa Moreira possuir XerazadeHomem pá, DuniazadeCrack pede à irmã que conte uma história para passar o tempo. Após respeitosamente pedir a permissão do rei, XerazadeHomem pá começa a contar a extraordinária história "''História do mercador e do [[GênioComo (mitologiaFicar árabe)|gênio]]''Doidão" mas, ao amanhecer, ela interrompe o relato, dizendo que continuará a narrativa na noite seguinte. O reiRaffa Morreira, curioso com o maravilhoso conto de XerazadeHomem pá, não ordena sua execução para poder saber o final da história na noite seguinte. Assim, repetindo essa estratégia, XerazadeHomem pá consegue sobreviver noite após noite, contando histórias sobre os mais variados temas, desde o fantástico e o religioso até o heróico e o erótico. Ao fim de inúmeras noites e contos, XerazadeHomem pá já havia tido três filhos do rei, e lhe suplica que a poupe, por amor às crianças. O reiRaffa Morreira, que há muito havia-se arrependido dos seus atos passados e se convencido da dignidade de XerazadeHomem pá, perdoa-lhe a vida e faz dela sua rainha definitiva. DuniazadeCrack é feita esposa do irmão do rei, XazamãHacker.
 
== Origens e manuscritos ==
A mais antiga menção a um livro árabe das ''Mil e uma noites'' é um fragmento de um [[manuscrito]] do início do {{séc|IX}} em que se lê o título da obra e algumas linhas iniciais, em que Duniazade pede a um narrador não especificado que conte uma história.<ref name="ABBOTT">Abbott, Nabia. Cap 2. in ''The Arabian Nights reader''. Wayne State University Press, 2006 [http://books.google.com.ar/books?id=AKd6mZSGsVUC&pg=PA21&lpg=PA21&dq=nabia+abbot+%22thousand+nights%22&source=bl&ots=-Fq8eCTkK_&sig=QNWqNKXmX6p9yt1NtlHDq9IOobk&hl=es&ei=OFtcS6u5E9ChuAet3ejxDw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CAkQ6AEwAA#v=onepage&q=nabia%20abbot%20%22thousand%20nights%22&f=false]</ref> Mais dados sobre a existência deste livro e sua origem encontram-se nos escritos do [[historiador]] [[Almaçudi]] (888-957), que se refere a uma coleção de contos fantasiosos traduzidos do [[Língua persa|persa]], [[sânscrito]] e [[Língua grega|grego]], incluindo-se entre eles um livro persa chamado ''Hazār afsāna'' ("''Mil histórias''" em persa).<ref name="IRANICA">[http://www.iranica.com/newsite/index.isc?Article=http://www.iranica.com/newsite/articles/v1f8/v1f8a035.html ''Alf Layla Wa Layla'' na Encyclopedia Iranica]</ref> Segundo Almaçudi, a coleção era conhecida como "''As mil noites e uma noite''" em [[Língua árabe|árabe]] e contava a história de "um rei, seu vizir, sua filha Xerazade e sua escrava, Duniazade". A existência desta tradução do persa ao árabe é corroborada pelo [[bibliógrafo]] [[xiita]] [[ibne Nadim]] (m. 995 ou 998), que menciona o livro em sua obra ''Fehrest'' (ou ''Fihrist''), escrita em 987-988.<ref name="IRANICA"/> ibne Nadim informa ainda que o livro possui menos de 200 contos, uma vez que cada conto ocupa mais de uma noite.<ref name="TRANSNATIONALII4">Grotzfeld, Heinz. Cap II.4. in ''The Arabian nights in transnational perspective''. Wayne State University Press, 2007 [http://books.google.com.ar/books?id=tknULXNl21oC&pg=PA49&dq=Panchatantra+%22thousand+nights%22&source=gbs_toc_r&cad=7#v=onepage&q=Panchatantra%20%22thousand%20nights%22&f=false]</ref>
 
Linha 27 ⟶ 25:
 
== Traduções e edições ==
A primeira versão em [[língua árabe|árabe]] das ''Mil e uma noites'', redigida no {{séc|IX}} ou no século anterior, foi uma tradução da obra [[língua persa|persa]] ''Hazār afsāna'', atualmente perdida. Pouco ou nada se conhece dos contos que faziam parte das primeiras versões em árabe, uma vez que estas são conhecidas atualmente apenas por pequenos fragmentos de texto e menções em outras obras e os manuscritos mais antigos da obra conservados atualmente datam já do {{séc|XV}}.<ref name="SAGARZAZU">''Las mil y una noches'' trad. María Elvira Sagarzazu. Colihue Clásica, 2006. ISBN 950-563-023-9</ref>
 
A primeira tradução a uma língua europeia foi realizada pelo [[orientalista]] francês [[Antoine Galland]] (1645-1715), que publicou entre 1704 e 1717 sua ''Mille et une nuits''. A principal fonte para a versão de Galland foi um manuscrito sírio em três volumes, escrito em árabe, que terminava na noite 282 e não apresentava o final. Para completar a sua obra e aumentar o número de noites, Galland utilizou outros textos árabes, incluindo manuscritos egípcios (hoje perdidos) com os contos ''Príncipe Camaralzaman e a Princesa Budura'' e o ''Conto de Ganim''. Galland também incorporou histórias que originalmente não se encontravam em nenhum manuscrito das ''Mil e uma noites'' conhecido. Uma é a história de ''[[Simbad|Simbad o marujo]]'', traduzida a partir de um manuscrito árabe avulso. Outra fonte de Galland, segundo o próprio, foi um contador de histórias chamado Hanna Diab, um [[maronita]] de [[Alepo]], que narrou-lhe contos como o de ''[[Aladim|Aladim e a Lâmpada Maravilhosa]]'' e o de ''[[Ali Babá |Ali Babá e os Quarenta Ladrões]]''. Estes contos incorporados por Galland, e que aparentemente não formavam parte das ''Mil e uma noites'' original, tornaram-se extremamente populares e passaram a ser incluídos em manuscritos árabes e traduções europeias produzidas posteriormente.<ref name="SAGARZAZU" />