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'''Pernambuco''' é uma das 27 [[Unidades federativas do Brasil|unidades federativas]] do [[Brasil]]. Está localizado no centro-leste da [[Região Nordeste do Brasil|região Nordeste]] e tem como limites os estados da [[Paraíba]] ([[Norte|N]]), do [[Ceará]] ([[Noroeste|NO]]), de [[Alagoas]] ([[Sudeste|SE]]), da [[Bahia]] ([[Sul|S]]) e do [[Piauí]] ([[Oeste|O]]), além de ser banhado pelo [[oceano Atlântico]] ([[leste|L]]). Ocupa uma área de {{fmtn|98149.119|km²}} (pouco menor que a [[Coreia do Sul]]). Também fazem parte do seu território os arquipélagos de [[Fernando de Noronha]] e [[Arquipélago de São Pedro e São Paulo|São Pedro e São Paulo]]. Sua capital é [[Recife]] e a sede administrativa é o [[Palácio do Campo das Princesas]]. O atual governador é [[Paulo Câmara]] ([[Partido Socialista Brasileiro|PSB]]).
 
Pernambuco foi o primeiro núcleo econômico do Brasil, uma vez que se destacou na extração do [[pau-brasilde-pernambuco]] (ou [[pau-de-pernambucobrasil]]) e foi a primeira parte do país onde a [[Cana-de-açúcar|cultura canavieira]] desenvolveu-se efetivamente. A [[Capitania de Pernambuco]], a mais rica das capitanias durante o [[ciclo da cana-de-açúcar]], chegou a atingir o posto de maior produtor de açúcar do mundo.<ref name="Recife_açúcar"/><ref name="Pau-brasil"/><ref name="Faina"/> ONo estado teveocorreram ativamuitos participaçãodos emprimeiros diversosfatos episódioshistóricos dado Novo Mundo: no [[HistóriaCabo dode Brasil|históriaSanto brasileiraAgostinho]]: foihouve palco daso [[BatalhaDescoberta dosdo GuararapesBrasil|Batalhasdescobrimento dospré-cabralino Guararapesdo Brasil]], combatespelo decisivosnavegador naespanhol [[InsurreiçãoVicente PernambucanaYáñez Pinzón]], eno consideradosdia a[[26 origemde dojaneiro]] de [[Exército Brasileiro1500]]; e serviuna [[Ilha de berçoItamaracá]] aestabeleceu-se, movimentosem de[[1516]], carátero nativistaprimeiro ou"Governador dedas ideaisPartes do libertáriosBrasil", como a [[GuerraPero dos MascatesCapico]], aque [[Revoluçãoali Pernambucana]],construiu ao primeiro [[Confederaçãoengenho dode Equadoraçúcar]] ede aque [[Revoluçãose tem notícia na América Praieira]]portuguesa.<ref name="GEPPinzón"/><ref Conhecidoname="Jacques"/> porPernambuco suateve ativaainda eparticipação ricaativa [[culturaem popular]],diversos oepisódios estadoda é[[História berçodo deBrasil|história váriasbrasileira]]: manifestaçõesfoi tradicionais,palco como odas [[frevo]]Batalha edos oGuararapes|Batalhas [[Maracatudos (ritmo)|maracatuGuararapes]], bemcombates comodecisivos detentor de um vastona [[patrimônioInsurreição históricoPernambucana]], [[Patrimônioe artístico|artístico]]considerados ea origem do [[PatrimônioExército arquitetônico|arquitetônicoBrasileiro]],; sobretudoe noserviu quede seberço referea aomovimentos períodode colonial.caráter Nanativista décadaou de 1990ideais libertários, surgiucomo ema Pernambuco[[Guerra odos Mascates]], a [[manguebeatRevolução Pernambucana]], cujoa maior[[Confederação expoentedo foiEquador]] e a [[ChicoRevolução SciencePraieira]].<ref>{{citar web|urlname=http:"GEP"//www.pe.gov.br/conheca/cultura/|título=Cultura de Pernambuco|publicado=Governo de Pernambuco|acessodata=30 de junho de 2016}}</ref>
 
O estado deu origem a personalidades de renome internacional: físicos e matemáticos como [[Mário Schenberg]], [[José Leite Lopes]], [[Leopoldo Nachbin]], [[Paulo Ribenboim]] e [[Aron Simis]]; escritores como [[Paulo Freire]], [[João Cabral de Melo Neto]], [[Manuel Bandeira]], [[Clarice Lispector]] e [[Nelson Rodrigues]]; polímatas como [[Gilberto Freyre]], [[Joaquim Nabuco]], [[Josué de Castro]], [[Joaquim Cardozo]] e [[Cristovam Buarque]]; industriais como [[José Ermírio de Moraes]], [[Norberto Odebrecht]], [[Antônio de Queiroz Galvão]], [[Edson Mororó Moura]] e [[João Santos]]; líderes e personagens históricos como [[Frei Caneca]], [[Araújo Lima]], [[Luiz Inácio Lula da Silva]], [[Correia Picanço]] e [[Cardeal Arcoverde]]; músicos como [[Luiz Gonzaga]], [[Alceu Valença]], [[Geraldo Azevedo]], [[Dominguinhos]] e [[Naná Vasconcelos]]; profissionais da televisão como [[Chacrinha]], [[Marco Nanini]], [[Arlete Salles]], [[Guel Arraes]] e [[Aguinaldo Silva]]; artistas plásticos e designers como [[Romero Britto]], [[Francisco Brennand]], [[Cícero Dias]], [[Tunga (artista)|Tunga]] e [[Aloísio Magalhães]]; esportistas como [[Rivaldo]], [[Vavá]], [[Jaqueline Carvalho]], [[Dani Lins]] e [[Karol Meyer]]; dentre diversos outros nomes.
 
Pernambuco é a [[Lista de unidades federativas do Brasil por população|sétima unidade federativa mais populosa do Brasil]], e possui o [[Lista de unidades federativas do Brasil por PIB|décimo maior PIB do país]] e o [[Lista de unidades federativas do Brasil por PIB per capita|maior PIB per capita entre os estados nordestinos]].<ref name="IBGE_PIB_2016"/> Já sua capital, Recife, é sede da [[Lista de concentrações urbanas do Brasil por população|concentração urbana mais rica e populosa do Norte-Nordeste]]. No interior do estado, as cidades mais importantes são [[Caruaru]] e [[Petrolina]].<ref name="IBGE_PIB_2016"/><ref>Grande Enciclopédia , Larousse Cultural, 1998, pp. 4559.</ref><ref name="concentrações_urbanas">{{citar web|URL=http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2855|título=Mais da metade da população vive em 294 arranjos formados por contiguidade urbana e por deslocamentos para trabalho e estudo|data=25 de março de 2015|publicado=IBGE|acessodata=24 de maio de 2015}}</ref> Conhecido por sua ativa e rica [[cultura popular]], Pernambuco é berço de várias manifestações tradicionais, como o [[frevo]] e o [[Maracatu (ritmo)|maracatu]], bem como detentor de um vasto [[patrimônio histórico]], [[Patrimônio artístico|artístico]] e [[Patrimônio arquitetônico|arquitetônico]], sobretudo no que se refere ao período colonial. Na década de 1990, surgiu no estado o [[manguebeat]], cujo maior expoente foi [[Chico Science]].<ref>{{citar web|url=http://www.pe.gov.br/conheca/cultura/|título=Cultura de Pernambuco|publicado=Governo de Pernambuco|acessodata=30 de junho de 2016}}</ref> Pernambuco possui a alcunha de ''Leão do Norte'', expressão que se origina na figura de armas do antigo [[Capitão do donatário|capitão-donatário]] da Capitania de Pernambuco [[Duarte Coelho]], em alusão à coragem e ao espírito combativo do povo pernambucano. O termo é atualmente simbolizado tanto no [[Brasão de Pernambuco|brasão do estado]] quanto na [[Bandeira do Recife|bandeira da cidade do Recife]], e também foi inspiração para a canção de mesmo nome do compositor pernambucano [[Lenine (cantor)|Lenine]].<ref>{{citar web|url=http://www.opovo.com.br/app/opovo/paginasazuis/2015/06/01/noticiasjornalpaginasazuis,3446867/a-saga-do-leao-do-norte.shtml|título=A saga do leão do norte|publicado=O Povo|acessodata=30 de junho de 2014}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.pe.gov.br/conheca/simbolos/|título=Símbolos do Estado de Pernambuco|publicado=Governo de Pernambuco|acessodata=30 de junho de 2016}}</ref>
 
== Etimologia ==
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=== Descobrimento pré-cabralino do Brasil ===
[[Ficheiro:Praia de Calhetas.jpg|thumb|direita|[[Cabo de Santo Agostinho]], litoral sul de Pernambuco, possível local do [[Descoberta do Brasil|descobrimento pré-cabralino do Brasil]] por [[Vicente Yáñez Pinzón]], no dia [[26 de janeiro]] de [[1500]].<ref name="Pinzón"/>]]
Muitos algumasestudiosos teoriasafirmam sobre quem foique o primeiro europeu a chegar nasdescobridor terras que hoje formam odo Brasil. A mais aceita defende que foi o [[espanhóis|navegador espanhol]] [[Vicente Yáñez Pinzón]], que no dia [[26 de janeiro]] de [[1500,]] possivelmentedesembarcou no [[Cabo de Santo Agostinho]], litoral sul de Pernambuco — esta considerada a mais antiga viagem comprovada ao território brasileiro.<ref name="Pinzón">{{Citar web|url=https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/terra-brasilis/nao-foi-cabral.phtml|título=Neste dia, em 1500, o Brasil era descoberto... por espanhóis|publicado=Aventuras na História|acessodata=14-2-2019}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://g1.globo.com/pernambuco/projeto-educacao/noticia/2011/10/pinzon-ou-cabral-quem-chegou-primeiro-ao-brasil.html|título=Pinzón ou Cabral: quem chegou primeiro ao Brasil?|publicado=G1|acessodata=6 de março de 2015}}</ref>
 
O local avistado por Pinzón sempre foi cercado de controvérsias. Para alguns pesquisadores portugueses, como [[Duarte Leite]], os espanhóis teriam desembarcado ao norte do [[Cabo Orange]], na atual [[Guiana Francesa]]. Mas para seus rivais castelhanos — que se basearam no depoimento do próprio Pinzón —, o desembarque se deu no [[Cabo de Santo Agostinho]], 86 dias antes da chegada de [[Pedro Álvares Cabral]] a [[Porto Seguro]]. Uma polêmica judicial se seguiu à viagem de Pinzón, chamada ''Probanzas del Fiscal'' — um pleito movido por Diego Colombo, filho de [[Cristóvão Colombo]], contra a Coroa de Castela para assegurar os direitos do pai. Todos os navegadores que participaram da primeira viagem de Colombo foram ouvidos em audiências que se realizaram entre 1512 e 1515 na [[Ilha de São Domingos]] e em [[Sevilha]]. No seu depoimento, Pinzón afirmou ter aportado no Cabo de Santo Agostinho, mas para o jornalista e escritor [[Eduardo Bueno]] (2006), ele "provavelmente se equivocou, ou mentiu". Bueno acompanha a tese do capitão-de-mar-e-guerraalmirante [[Max Justo Guedes]], que defendeu, no artigo "As Primeiras Expedições de Reconhecimento da Costa Brasileira" (1975), que o local seria a atual [[Ponta do Mucuripe]], 10&nbsp;km ao sul da cidade brasileira de [[Fortaleza]], apoiando-se também no importante mapa de [[Juan de la Cosa]], de 1501.<ref>Artigo incluído como capítulo 4 do vol. I da História Naval Brasileira, editada pelo próprio Justo Guedes (Ministério da Marinha, Rio de Janeiro, 1975).</ref>
Há algumas teorias sobre quem foi o primeiro europeu a chegar nas terras que hoje formam o Brasil. A mais aceita defende que foi o [[espanhóis|espanhol]] [[Vicente Yáñez Pinzón]] no dia 26 de janeiro de 1500, possivelmente no [[Cabo de Santo Agostinho]], litoral sul de Pernambuco.<ref name="Pinzón">{{Citar web|url=http://g1.globo.com/pernambuco/projeto-educacao/noticia/2011/10/pinzon-ou-cabral-quem-chegou-primeiro-ao-brasil.html|título=Pinzón ou Cabral: quem chegou primeiro ao Brasil?|publicado=G1|acessodata=6 de março de 2015}}</ref>
 
O local avistado por Pinzón sempre foi cercado de controvérsias. Para alguns pesquisadores portugueses, como [[Duarte Leite]], os espanhóis teriam desembarcado ao norte do [[Cabo Orange]], na atual [[Guiana Francesa]]. Mas para seus rivais castelhanos — que se basearam no depoimento do próprio Pinzón —, o desembarque se deu no [[Cabo de Santo Agostinho]], 86 dias antes da chegada de [[Pedro Álvares Cabral]] a [[Porto Seguro]]. Uma polêmica judicial se seguiu à viagem de Pinzón, chamada ''Probanzas del Fiscal'' — um pleito movido por Diego Colombo, filho de [[Cristóvão Colombo]], contra a Coroa de Castela para assegurar os direitos do pai. Todos os navegadores que participaram da primeira viagem de Colombo foram ouvidos em audiências que se realizaram entre 1512 e 1515 na [[Ilha de São Domingos]] e em [[Sevilha]]. No seu depoimento, Pinzón afirmou ter aportado no Cabo de Santo Agostinho, mas para Eduardo Bueno (2006), ele "provavelmente se equivocou, ou mentiu". Bueno acompanha a tese do capitão-de-mar-e-guerra Max Justo Guedes, que defendeu, no artigo "As Primeiras Expedições de Reconhecimento da Costa Brasileira" (1975), que o local seria a atual [[Ponta do Mucuripe]], 10&nbsp;km ao sul da cidade brasileira de [[Fortaleza]], apoiando-se também no importante mapa de [[Juan de la Cosa]], de 1501.<ref>Artigo incluído como capítulo 4 do vol. I da História Naval Brasileira, editada pelo próprio Justo Guedes (Ministério da Marinha, Rio de Janeiro, 1975).</ref>
 
=== Período pré-colonial e início do período colonial ===
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|image3=Igarassù - Igreia de Sao Cosme e Damiao - anno1535.jpg|caption3=A [[Igreja dos Santos Cosme e Damião]], em [[Igarassu]], é a igreja mais antiga do Brasil de acordo com o [[IPHAN]].<ref name="Igarassu"/>
}}
Em 1501, ano seguinte ao da [[Descoberta do Brasil|chegada dos portugueses ao Brasil]], o território de Pernambuco, definido pelo [[Tratado de Tordesilhas]] como região pertencente à [[América portuguesa]], é explorado pela expedição de [[Gaspar de Lemos]], que teria criado [[feitorias portuguesas|feitorias]] ao longo da costa da colônia, inclusive, possivelmente, na atual localidade de [[Igarassu]], cuja defesa seria futuramente confiada a [[Cristóvão Jacques]].<ref name="GEP">{{citar web|url=http://www.pe.gov.br/conheca/historia/|título=História de Pernambuco|publicado=Governo de Pernambuco|acessodata=15 de dezembro de 2010}}</ref> Logo Pernambuco se tornaria a principal área de exploração do [[pau-brasil]] (ou [[pau-de-pernambuco]]) no Novo Mundo. A madeira pernambucana era de uma qualidade tão superior que regulava o preço no comércio europeu, o que explica o fato de a árvore do pau-brasil ter como principal nome "pernambuco" em idiomas como o [[:fr:Pernambouc (arbre)|francês]] e o [[:it:Caesalpinia echinata|italiano]].<ref name="Pau-brasil">{{citar web|url=http://g1.globo.com/economia/agronegocios/vida-rural/noticia/2013/05/pernambuco-abriga-uma-das-areas-mais-preservadas-com-o-pau-brasil.html|título=Pernambuco abriga uma das áreas mais preservadas com o Pau-Brasil|publicado=G1|acessodata=25 de dezembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.sohistoria.com.br/ef2/descobrimento/p6.php|título=Pau-brasil|publicado=Só História|acessodata=28 de junho de 2016}}</ref> Em 1516, foi construído no litoral pernambucano o primeiro [[engenho de açúcar]] de que se tem notícia na América portuguesa, mais precisamente na [[Feitorias de Igaraçu e na Ilha de Itamaracá|Feitoria de Itamaracá]], confiada ao administrador colonial [[Pero Capico]] — o primeiro "Governador das Partes do Brasil". Em 1526 já figuravam direitos sobre o [[açúcar]] de Pernambuco na Alfândega de Lisboa.<ref name="Engenhos">{{citar web|url=http://www.historiahistoriaibrac.comnet/index.brphp/materia.cfm?tb=artigos&id=164o-ibrac/historico|título=PrimeirosUm Engenhos do Brasil Colonial e o Engenho São Jorge dos Erasmos: Preliminarespouco de uma Doce Energiahistória|publicado=História e-históriaIBRAC|acessodata=29 de outubro de 2016}}</ref><ref name="Jacques">{{citar web|url=httphttps://www.ibracebiografia.netcom/index.phpcristovao_jacques/o-ibrac/historico|título=Um poucoBiografia de históriaCristóvão Jacques|publicado=IBRACEbiografia.com|acessodata=29 de outubro de 20161-5-2017}}</ref>
 
No ano de 1532, [[Bertrand d'Ornesan]], o barão de Saint Blanchard, tentou estabelecer um posto de comércio em Pernambuco. Com o navio ''[[Peregrina (navio)|A Peregrina]]'', pertencente ao nobre francês, o capitão Jean Duperet tomou a [[Feitorias de Igaraçu e na Ilha de Itamaracá|Feitoria de Igarassu]] e a fortificou com vários canhões, deixando-a sob o comando de um certo senhor de La Motte. Meses depois, na costa da [[Andaluzia]] na [[Espanha]], os portugueses capturaram a embarcação francesa, que estava atulhada com 15 mil toras de pau-brasil, três mil peles de onça, 600 papagaios e 1,8 tonelada de [[algodão]], além de óleos medicinais, pimenta, sementes de algodão e amostras minerais. E no exato instante em que ''A Peregrina'' era apreendida no [[mar Mediterrâneo]], o capitão português [[Pero Lopes de Sousa]] combatia os franceses em Pernambuco. Retomada a feitoria, os soldados franceses foram presos e La Motte foi enforcado. Após ser informado da missão que ''A Peregrina'' realizara em Pernambuco, o rei [[João III de Portugal|Dom João III]] decidiu começar a colonização do Brasil, dividindo o seu território em [[Capitanias do Brasil|capitanias hereditárias]].<ref>{{citar web|url=http://www.esextante.com.br/media/upload/livros/CapitaesdoBrasil_Trecho.pdf|título=Capitães do Brasil: A saga dos primeiros colonizadores|publicado=Editora Sextante|acessodata=12 de novembro de 2016}}</ref> Iniciou-se então o povoamento efetivo do território pernambucano. O atual estado de Pernambuco equivale a parte da [[Capitania de Pernambuco]], doada por Dom João III no dia [[10 de março]] de [[1534]] a [[Duarte Coelho]], e parte da [[Capitania de Itamaracá]], doada a Pero Lopes de Sousa.<ref name="GEP"/> O [[Carta de Foral|Foral]] da Capitania de Pernambuco serviu de modelo aos forais das demais capitanias do Brasil.<ref>{{citar web|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742016000100509&lng=en&nrm=iso|título=O estabelecimento do exclusivo comercial metropolitano e a conformação do antigo sistema colonial no Brasil|publicado=SciELO|acessodata=11 de janeiro de 2017}}</ref> Em 1535, Duarte Coelho tomou posse da capitania que lhe foi concedida, a princípio batizada de "Nova Lusitânia", mas que pouco tempo depois recebeu a denominação que mantém até hoje. Em 1537, os povoados de [[Igarassu]] e [[Olinda]], estabelecidos no ano da chegada do donatário, foram elevados a vila. Olinda recebeu o status de capital administrativa, e seu porto, habitado por pescadores, deu origem à atual cidade do [[Recife]].<ref name="GEP"/><ref>{{citar web|url=http://www.olinda.pe.gov.br/a-cidade/historia/foral-de-olinda|título=Foral de Olinda|publicado=Prefeitura de Olinda|acessodata=2 de março de 2015}}</ref>