Lepra: diferenças entre revisões

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== Tratamento ==
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[[Imagem:Tuberous Leprosy Wellcome L0032808.jpg|thumb|Rosto com engrossamentos típicos de lepra lepromatosa.]]
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[[Ficheiro:Lepra 2003.png|thumb|right|300px|Incidência mundial de lepra (em 2003). Brasil possui mais de 90% dos casos da América Latina.]]
 
Além do homem, outros animais de que se tem notícia de serem susceptíveis à lepra são algumas espécies de [[macacos]], [[coelho]]s, [[rato]]s e o [[tatu]]. Este último pode servir de reservatório e há casos comprovados no sul dos [[Estados Unidos]] de transmissão por ele. Contudo a maioria dos casos é de transmissão entre seres humanos por contato íntimo prolongado. {{Carece de fontes|data=fevereiro de 2019}}
 
A lepra ataca hoje em dia ainda mais de 12 milhões de pessoas em todo o mundo. Há 700.000 casos novos por ano no mundo. No entanto em países desenvolvidos é quase inexistente, por exemplo a França conta com apenas 250 casos declarados. Em [[2000]], 738.284 novos casos foram identificados (contra 640.000 em [[1999]]). A [[Organização Mundial da Saúde|OMS]] (Organização Mundial de Saúde) referencia 91 países afetados: a [[Índia]], a [[Birmânia]], o [[Nepal]] totalizam 70% dos casos em 2000. Em [[2002]], 763.917 novos casos foram detectados: o [[Brasil]], [[Madagáscar]], [[Moçambique]], a [[Tanzânia]] e o [[Nepal]] representam então 90% dos casos de lepra. Estima-se que seja entre 2 e 3 milhões o número de pessoas severamente descapacitadas pela lepra em todo o mundo.<ref>Rodrigues LC, Lockwood DNj (June 2011). "Leprosy now: epidemiology, progress, challenges, and research gaps.". The Lancet infectious diseases 11 (6): 464–70. doi:10.1016/S1473-3099(11)70006-8. PMID 21616456.</ref>
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Em Portugal, na Idade Média, os leprosos nunca foram vistos com grande horror. Não eram em geral obrigados a usar marcas de identificação especiais nem a anunciar-se com guizos ou campainhas quando deambulavam.<ref>{{citar livro|autor=Marques, A. H de Oliveira|título=Sociedade medieval portuguesa: aspectos da vida quotidiana|editora=Sá da Costa (Lisboa)|ano=1987|páginas=98|id=}}</ref>
Na Idade Média, Portugal também não foi muito afetado por esta doença, devido talvez ao menor número de contactos com os Cruzados. O número de gafarias/leprosarias nunca conheceu a amplitude de outros países da Europa. O número de gafarias nunca excedeu 60, o que correspondia à relação de uma por 15 000 habitantes, proporção mínima quando comparada com as de França ou de Inglaterra.<ref>{{citar livro|autor=Marques, A. H. Oliveira|título=Sociedade medieval portuguesa: aspectos da vida quotidiana|editora=Sá da Costa (Lisboa)|ano=1987|páginas=97|id=}}</ref> Portugal foi dos últimos países a pôr fim ao internamento compulsivo de doentes com hanseníase em 1976.{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2019}} Em 1985, com o início dos centros de saúde, todos os leprosos tiveram alta colectiva mas alguns não quiseram sair.{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2019}} Outros pediram para voltar, para conseguirem obter os tratamentos às sequelas da doença.{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2019}} Na actualidade, o número de casos é muito diminuto e reduz-de quase exclusivamente a casos importados.{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2019}} A incidência da lepra em Portugal, com 11 novos casos registados em 2008, está sobretudo associada às migrações, nomeadamente de África e do Brasil, que é o segundo país do Mundo com mais casos.<ref>{{citar web|url=http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentid=531E1708-592E-416F-95B9-5059019DB1EA&channelid=F48BA50A-0ED3-4315-AEFA-86EE9B1BEDFF|título=Casos de lepra em Portugal ligados às migrações|autor=Correio da Manhã|data=31-1-2010|publicado=Correio da Manhã|acessodata=3 de dezembro de 2012}}</ref> Em Portugal, os doentes são tratados com antibióticos "em ambulatório", ao contrário do que sucedia nas décadas de 1940 e 1950, quando eram sujeitos a internamento compulsivo e a isolamento. {{Carece de fontes|data=fevereiro de 2019}}
 
== História ==
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[[Imagem:Dispensário do mal de Hansen, Guiné-Bissau.tif|thumb|Dispensário do Mal de Hansen, em Guiné-Bissau.]]
No Brasil, até meados do século XX, os doentes eram obrigados a se isolar em leprosários e tinham seus pertences queimados, uma política que visava muito mais ao afastamento dos portadores do que a um tratamento efetivo.<ref>{{citar web|url=http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1182&sid=7|titulo=Hanseníase na história|data=|acessodata=07-06-2018|publicado=Invivo - Fundação Oswaldo Cruz|ultimo=Cavaliere|primeiro=Irene}}</ref> Nesta época existiram leis para que os portadores de lepra fossem "capturados" e obrigados a viver em leprosários, a exemplo do Sanatório Aimorés (em [[Bauru]], [[SP]]),<ref group="nota">Após a revogação de lei "compulsória", este sanatório tornou-se Instituto de [[Dermatologia]] [[Lauro de Sousa Lima]], sendo hoje centro de pesquisa referência nacional em dermatologia e referência mundial em lepra.{{carece de fontes|data=abril de 2017}}</ref> o Hospital do Pirapitingui ([[Hospital Dr. Francisco Ribeiro Arantes]]) e o [[Hospital Curupaiti]] em [[Jacarepaguá]], no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]]. Via de regra, apenas em 1962 a internação compulsória dos doentes deixou de ser obrigatório. Em 15 de outubro de 1968, este processo foi oficializado através da da Lei nº 5.511<ref>{{citar jornal|título=Lei nº 5.511, de 15 de outubro 1968. || url =http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L5511.htm ||acessodata=2017-04-19}}</ref>, que revogava esta obrigatoriedade implantada desde a Lei nº 610 de 1949. Porém, o retorno dos pacientes ao seu convívio social era extremamente dificultoso em razão da pobreza e isolamento social e familiar a que eles estavam submetidos.{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2019}}
 
{{Notas}}