Autoritarismo: diferenças entre revisões

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{{Formas de governo}}
{{Política}}
'''Autoritarismo''' é uma [[forma de governo]]<ref name=":0">{{citar web|título= authoritarianism |autor = Roget’s II: The New Thesaurus | url = http://www.bartleby.com/62/15/A0111500.html |publicado= [[Houghton Mifflin]] Company |ano= 1995 |acessodata= 2008-06-25|arquivourl= http://web.archive.org/web/20080624085209/http://www.bartleby.com/62/15/A0111500.html|arquivodata=24 de junho de 2008 <!--DASHBot-->| deadurlurlmorta= no}}</ref><ref name="Baars, J. 1993 pp. 345-353">Baars, J. & Scheepers, P. (1993). "Theoretical and methodological foundations of the authoritarian personality". ''Journal of the History of the Behavioral Sciences'', 29, pp. 345-353.</ref><ref name="Adorno, T. W. 1950">Adorno, T. W., Frenkel-Brunswik, E., Levinson, D.J., Sanford, R. N. (1950). ''The Authoritarian Personality''. Norton: NY.</ref> que é caracterizada por obediência absoluta ou cega à autoridade,<ref>[http://www.britannica.com/EBchecked/topic/44640/authoritarianism "authoritarianism" at the [[Encyclopædia Britannica]]]</ref> oposição a [[liberdade individual]] e expectativa de obediência inquestionável da população.<ref>[http://www.thefreedictionary.com/authoritarianism "Authoritarianism" at the free dictionary]</ref>
 
O sociólogo espanhol [[Juan José Linz]], cuja descrição de 1964 do autoritarismo é influente,<ref>Richard Shorten, ''Modernism and Totalitarianism: Rethinking the Intellectual Sources of Nazism and Stalinism, 1945 to the Present'' (Palgrave Macmillan, 2012), p. 256 (note 67).</ref> caracterizou os regimes autoritários como sistemas políticos compostos por quatro fatores: (1) "[[pluralismo político]] limitado, não responsável", isto é, restrições sobre as instituições e grupos políticos (como [[legislatura]]s, [[partidos políticos]] e [[grupos de interesse]]); (2) [[legitimidade]] com base na emoção, especialmente a identificação do regime como um mal necessário para combater a "problemas sociais facilmente reconhecíveis", tais como o [[subdesenvolvimento]] ou a [[insurgência]]; (3) ausência de uma "mobilização política intensa ou extensa" e restrições sobre as massas (como táticas [[Repressão|repressivas]] contra opositores e proibição de atividades anti-regime) e (4) um [[poder executivo]] "formalmente mal definido", ausente e instável.<ref>Gretchen Casper, Fragile Democracies: The Legacies of Authoritarian Rule, p. 40-50 (citing Linz 1964).</ref>
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Os modelos criados por Arendt são muito controversos, e receberam várias críticas. Sua comparação entre o III Reich e o stalinismo soviético foi criticada por concentrar-se em aspectos superficiais, como o sistema de partido único e a "ideologia oficial", e ignorar os aspectos econômicos, culturais, jurídicos e políticos que diferenciavam os dois regimes. Entre estas diferenças, há destaque para a ideologia [[racista]], [[eugênia]] e [[colonialista]] da ditadura nazista, em contraste com as instituições do Estado multinacional da União Soviética. Outro contraste importante é a defesa da [[propriedade privada]] [[capitalista]] pelos nazistas e fascistas, em contraste com o socialismo oficial do Estado soviético.
 
A insistência de Arendt em fazer analogias entre o fascismo e o stalinismo soviético foi acusado de expressar um apoio implícito aos [[Estados Unidos]] na [[Guerra Fria]]. [[Henry Kissinger]], importante líder e teórico do [[neoconservadorismo]], recorreu à distinção entre autoritarismo e totalitarismo para justificar o apoio financeiro e militar do governo dos Estados Unidos às ditaduras de [[extrema-direita]] na América Latina, África, Ásia e Europa, acusando governos como os de [[Salvador Allende]], [[Fidel Castro]] e [[Daniel Ortega]] de líderes totalitários.<ref name="Schenoni y Mainwaring">{{Citacitar librolivro |apellidoapelido=Schenoni, Luis y Scott Mainwaring |título=US Hegemony and Regime Change in Latin America |editorialeditora=Democratization |añoano=2018 |url=https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/13510347.2018.1516754?journalCode=fdem20}}</ref>
 
[[Giorgio Agamben]], em [[Homo sacer]] e [[Estado de exceção]], reconstrói a teoria do totalitarismo a partir do resgate da categoria de Homo sacer, figura do Direito Romano antigo, caracterizada como excluída da comunidade humana. A peculiaridade do Homo sacer é que ele pode ser morto ou agredido impunemente, embora não possa ser sacrificado em rituais. Segundo Agamben, o judeu sob o regime nazista e aprisionado em um [[campo de concentração]] é o arquétipo do moderno Homo sacer. Mas o risco de tornar-se um Homo sacer é universal, e Agamben aponta, entre os exemplos desta categoria na atualidade, os prisioneiros da base militar estadunidense de Guantánamo.
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==Ligações externas==
*{{link|pt-br|2=https://soundcloud.com/anticastdesign/anticast-362-autoritarismo-democratico-fujimori-e-erdogan|3=AntiCast 362 – Autoritarismo Democrático ''':''' Fujimori e Erdoğan}}, na [[SoundCloud]]
 
 
{{Portal3|História|Política|Sociedade}}
 
[[Categoria:Regimes políticos]]