Doutrina do destino manifesto: diferenças entre revisões

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{{quote|A maioria dos democratas apoiava entusiasticamente a expansão, enquanto muitos whigs (especialmente no norte) se opunham. Os whigs receberam bem a maioria das mudanças provocadas pela industrialização, mas defenderam fortes políticas governamentais que orientariam o crescimento e o desenvolvimento dentro dos limites existentes no país; eles temeram (corretamente) que a expansão levantaram uma questão contenciosa, a extensão da escravidão aos territórios. Por outro lado, muitos democratas temiam a industrialização que os whigs acolhem ... Para muitos democratas, a resposta aos males sociais da nação era continuar seguindo a visão de Thomas Jefferson de estabelecer a agricultura nos novos territórios a fim de contrabalançar a industrialização.<ref>John Mack Faragher et al. ''Out of Many: A History of the American People'', (2nd ed. 1997) p. 413</ref>}}
 
Outra influência possível é a predominância racial, a saber, a idéia de que a raça anglo-saxônica americana era "separada, naturalmente superior" e "destinada a trazer bom governo, prosperidade comercial e cristianismo aos continentes americanos e ao mundo". Essa visão também sustentava que "as raças inferiores estavam condenadas a subordinar status ou extinção". Isso foi usado para justificar "a escravização dos negros e a expulsão e possível extermínio dos índios".<ref>{{cite bookcitar livro|titletítulo=Race and Manifest Destiny |authorautor =Reginald Horsman |pagespáginas=2, 6}}</ref>
 
==Interpretações alternativas ==
Com a [[Compra da Louisiana]] em 1803, que dobrou o tamanho dos Estados Unidos, Thomas Jefferson preparou o terreno para a expansão continental dos Estados Unidos. Muitos começaram a ver isso como o início de uma nova missão providencial: se os Estados Unidos obtivessem sucesso como uma "cidade brilhante sobre uma colina", as pessoas de outros países buscariam estabelecer suas próprias repúblicas democráticas.<ref>{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Witham |firstprimeiro =Larry |titletítulo=A City Upon a Hill: How Sermons Changed the Course of American History |locationlocal=New York |publisherpublicado=Harper |yearano=2007}}</ref>
 
No entanto, nem todos os americanos ou seus líderes políticos acreditavam que os Estados Unidos eram uma nação divinamente favorecida, ou pensavam que ela deveria se expandir. Por exemplo, muitos whigs se opuseram à expansão territorial com base na alegação democrata de que os Estados Unidos estavam destinados a servir como um exemplo virtuoso para o resto do mundo, e também tinham uma obrigação divina de disseminar seu sistema político superordenado e um modo de vida por toda parte. Continente norte-americano. Muitos no partido Whig "estavam com medo de se espalhar muito", e "aderiram à concentração da autoridade nacional em uma área limitada".<ref>{{Harvnb|Merk|1963|p=[https://books.google.com/books?id=GhYJTaZiuxwC&pg=PA40 40]}}</ref> Em julho de 1848, Alexander Stephens denunciou a interpretação expansionista do presidente Polk sobre o futuro da América como "mentirosa"<ref>{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Byrnes |firstprimeiro =Mark Eaton |titletítulo=James K. Polk: A Biographical Companion |locationlocal=Santa Barbara, Calif |publisherpublicado=ABC-CLIO |yearano=2001 |pagepágina=145}}</ref>
 
Em meados do século XIX, o expansionismo, especialmente o sul em direção a Cuba, também enfrentou oposição dos americanos que tentavam abolir a escravidão. À medida que mais territórios foram adicionados aos Estados Unidos nas décadas seguintes, "ampliar a área de liberdade" na mente dos sulistas também significou ampliar a instituição da escravidão. É por isso que a escravidão se tornou uma das questões centrais na expansão continental dos Estados Unidos antes da Guerra Civil.<ref>{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Morrison |firstprimeiro =Michael A. |titletítulo=Slavery and the American West: The Eclipse of Manifest Destiny and the Coming of the Civil War |locationlocal=Chapel Hill |publisherpublicado=University of North Carolina Press |yearano=1997}}</ref>
 
Antes e durante a Guerra Civil, ambos os lados afirmaram que o destino dos EUA era por direito deles. Lincoln se opunha ao [[nativismo]] antiimigrante e ao imperialismo do destino manifesto como injusto e irracional.<ref>{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Mountjoy |firstprimeiro =Shane |titletítulo=Manifest Destiny: Westward Expansion |locationlocal=New York |publisherpublicado=Chelsea House Publishers |yearano=2009}}</ref> Ele se opôs à Guerra do México e acreditava que cada uma dessas formas desordenadas de patriotismo ameaçava os inseparáveis ​​laços morais e fraternos de liberdade e união que ele buscava perpetuar através de um amor patriótico de país guiado pela sabedoria e autoconsciência crítica. O "[[s:Life and Works of Abraham Lincoln/Volume 3/Eulogy of Henry Clay|Eulogy to Henry Clay]]", de Lincoln, 6 de junho de 1852, fornece a expressão mais convincente de seu patriotismo reflexivo.<ref>{{cite journalcitar periódico|authorautor =Joseph R. Fornieri |titletítulo=Lincoln's Reflective Patriotism |journalperiódico=Perspectives on Political Science |data=Abril de 2010 |volume=39 |issuenúmero=2 |pagespáginas=108–17 |doi=10.1080/10457091003685019}}</ref>
 
==Era da expansão continental ==
[[File:John Quincy Adams.jpeg|thumb|[[John Quincy Adams]], pintado acima por Charles Robert Leslie em 1816, foi um dos primeiros proponentes do continentalismo. No final da vida, ele se arrependeu de seu papel em ajudar a escravidão dos EUA a se expandir e se tornou um dos principais oponentes da anexação do Texas.]]
A frase "destino manifesto" é mais freqüentemente associada com a expansão territorial dos Estados Unidos de 1812 a 1860. Esta era, do final da [[Guerra de 1812]] até o início da [[Guerra Civil Americana]], tem sido chamada de "era da destino manifesto".<ref>{{citecitar booklivro|authorautor =Kurt Hanson |author2autor2 =Robert L. Beisner|titletítulo=American Foreign Relations since 1600: A Guide to the Literature, Second Edition|url=https://books.google.com/books?id=rCQsQdqFyMYC|publisherpublicado=ABC-CLIO|isbn=978-1-57607-080-2|pagepágina=[https://books.google.com/books?id=rCQsQdqFyMYC&pg=PA313 313]|yearano=2003}}</ref> Durante esse tempo, os Estados Unidos expandiram-se para o Oceano Pacífico - "do mar para o mar brilhante" - definindo amplamente as fronteiras dos [[Estados Unidos contíguos]] como são hoje.<ref>Stuart and Weeks call this period the "era of manifest destiny" and the "age of manifest destiny", respectively.</ref>
 
===Guerra de 1812 ===
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Para terminar a [[Guerra de 1812]], [[John Quincy Adams]], [[Henry Clay]] e [[Albert Gallatin]] (ex-secretário do Tesouro e um dos principais especialistas em índios) e os outros diplomatas americanos negociaram o Tratado de Ghent em 1814 com a Grã-Bretanha. Eles rejeitaram o plano britânico de estabelecer um estado indiano no território dos EUA ao sul dos Grandes Lagos. Eles explicaram a política americana para a aquisição de terras indígenas:
 
{{quote|Os Estados Unidos, embora pretendam nunca adquirir terras dos índios senão pacificamente, e com seu livre consentimento, estão plenamente determinados, dessa maneira, progressivamente e na proporção que sua crescente população exigir, recuperar do estado de natureza. e para cultivar todas as partes do território contido dentro de seus limites reconhecidos. Ao prover assim o apoio de milhões de seres civilizados, eles não violarão qualquer ditame da justiça ou da humanidade; pois eles não apenas darão aos poucos milhares de selvagens espalhados por aquele território um equivalente amplo para qualquer direito que eles possam render, mas sempre os deixarão posse de terras mais do que podem cultivar, e mais que adequados à sua subsistência, conforto, e prazer, pelo cultivo. Se isso for um espírito de engrandecimento, os abaixo assinados estão preparados para admitir, nesse sentido, sua existência; mas eles devem negar que ela oferece a menor prova de uma intenção de não respeitar as fronteiras entre eles e as nações européias, ou de um desejo de invadir os territórios da Grã-Bretanha ... Eles não vão supor que esse governo irá declarar, como a base de sua política em relação aos Estados Unidos, um sistema de deter seu crescimento natural dentro de seus próprios territórios, em prol da preservação de um deserto perpétuo para os selvagens.<ref>{{cite journalcitar periódico|authorautor =Charles M. Gates |titletítulo=The West in American Diplomacy, 1812–1815 |journalperiódico=Mississippi Valley Historical Review |yearano=1940 |volume=26 |issuenúmero=4 |pagespáginas=499–510 |doi=10.2307/1896318 |jstor=1896318}} quote on p. 507.</ref>}}
 
Henry Goulburn, um dos negociadores britânicos em Ghent, comentou, depois de vir a entender a posição americana em tomar a terra dos índios:
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Em 1869, a historiadora americana ''[[wikisource:en:The Overland Monthly/Volume 3/Manifest Destiny in the West|Manifest Destiny in the West]] in the ''Overland Monthly'', argumentando que os esforços dos primeiros comerciantes de peles e missionários americanos pressagiavam o controle americano do Oregon. Ela concluiu o artigo da seguinte forma:
 
{{cquote|"Foi um descuido por parte dos Estados Unidos, a desistência da ilha de Quadra e Vancouver, na solução da questão da fronteira. No entanto, "o que é ser, será", como alguns realistas o têm; e procuramos a restauração desse átomo pitoresco e rochoso de nosso antigo território como inevitável.<ref>{{cite journalcitar periódico| titletítulo=Manifest Destiny in the We Volume 3 Manifest Destiny in the West }}</ref>}}
 
===México e Texas===
O destino manifesto desempenhou um papel importante na expansão do relacionamento do Texas com o [[História do México|México]].<ref>Ramon Eduardo Ruiz, ed., ''The Mexican War--was it Manifest Destiny?'' (Harcourt, 1963).</ref> Em 1836, a [[República do Texas]] declarou a independência do México e, após a [[Revolução do Texas]], procurou se juntar aos Estados Unidos como um novo estado. Esse era um processo idealizado de expansão que havia sido defendido de Jefferson a O'Sullivan: os estados recém-democráticos e independentes solicitariam a entrada nos Estados Unidos, em vez de os Estados Unidos estenderem seu governo sobre pessoas que não o desejavam. A anexação do Texas foi atacada por porta-vozes antiescravistas porque acrescentaria outro estado de escravos à União. Os presidentes Andrew Jackson e Martin Van Buren recusaram a oferta do Texas de se unir aos Estados Unidos em parte porque a questão da escravidão ameaçava dividir o Partido Democrata.<ref>Lyon Rathbun, Lyon "The debate over annexing Texas and the emergence of manifest destiny." ''Rhetoric & Public Affairs'' 4#3 (2001): 459–93.</ref>
 
Antes da eleição de 1844, o candidato da Whig, [[Henry Clay]], e o suposto candidato democrata, o ex-presidente Van Buren, declararam-se contrários à anexação do Texas, cada um na esperança de evitar que o tema problemático se tornasse uma questão de campanha. Isso inesperadamente levou Van Buren a ser dispensado pelos democratas em favor de Polk, que favorecia a anexação. Polk vinculou a questão da anexação do Texas à disputa do Oregon, fornecendo assim uma espécie de compromisso regional sobre a expansão. (Expansionistas do Norte estavam mais inclinados a promover a ocupação do Oregon, enquanto os expansionistas do sul se concentravam principalmente na anexação do Texas.) Embora eleito por uma margem muito pequena, Polk procedeu como se sua vitória tivesse sido um mandato para expansão.<ref>{{citecitar booklivro|author1autor1 =Mark R. Cheathem|author2autor2 =Terry Corps|titletítulo=Historical Dictionary of the Jacksonian Era and Manifest Destiny|url=https://books.google.com/books?id=mtprDQAAQBAJ&pg=PA139|yearano=2016|publisherpublicado=Rowman & Littlefield|pagepágina=139|isbn=9781442273207}}</ref>
 
=== Todo México ===
{{Artigo principal|Movimento Todo o México}}
[[FileImagem:Mexico nebel.jpg|thumb|Ocupação americana da Cidade do México em 1847]]
Após a eleição de Polk, mas antes de tomar posse, o Congresso aprovou a [[anexação do Texas]]. Polk mudou-se para ocupar uma parte do Texas que declarara independência do México em 1836, mas ainda era reivindicada pelo México. Isso abriu o caminho para a eclosão da [[Guerra Mexicano-Americana]] em 24 de abril de 1846. Com o sucesso dos americanos no campo de batalha, no verão de 1847 houve apelos para a anexação de "Todo o México", especialmente entre os democratas orientais, que argumentaram que trazer o México para a União era a melhor maneira de assegurar a paz no futuro para a região.<ref>{{Harvnb|Merk|1963|pp=[https://books.google.com/books?id=GhYJTaZiuxwC&pg=PA144 144–47]}}; {{Harvnb|Fuller|1936}}; {{Harvnb|Hietala|2003}}.</ref>
 
Esta foi uma proposta controversa por duas razões. Primeiro, os defensores idealistas do destino manifesto como John L. O'Sullivan sempre sustentaram que as leis dos Estados Unidos não deveriam ser impostas às pessoas contra sua vontade. A anexação de "Todo o México" seria uma violação deste princípio. E em segundo lugar, a anexação do México foi controversa porque significaria estender a cidadania dos EUA a milhões de mexicanos. O senador [[John C. Calhoun]], da Carolina do Sul, que aprovara a anexação do Texas, opunha-se à anexação do México, bem como ao aspecto "missionário" do destino manifesto, por razões raciais.<ref>{{citecitar booklivro|titletítulo=Religion of a Different Color: Race and the Mormon Struggle for Whiteness|url=https://books.google.com/books?id=mpYKBgAAQBAJ&pg=PA6|publisherpublicado=Oxford UP|pagepágina=6|isbn=9780199754076}}</ref> Ele deixou essas visões claras em um discurso ao Congresso em 4 de janeiro de 1848:
 
<blockquote>Nós nunca sonhamos em incorporar em nossa União qualquer raça caucasiana, a raça branca livre. Incorporar o México seria a primeira instância do tipo de incorporar uma raça indígena; pois mais da metade dos mexicanos são indígenas, e o outro é composto principalmente de tribos mistas. Eu protesto contra uma união como essa! Nosso senhor é o governador de uma raça branca ... Estamos ansiosos para forçar o governo livre a todos; e vejo que foi instado ... que é a missão deste país disseminar a liberdade civil e religiosa sobre todo o mundo e especialmente sobre este continente. É um grande erro.<ref name = Calhoun>{{citecitar web| title título= Conquest of Mexico | publisher publicado= TeachingAmericanHistory.org | year ano= 1848 | url = http://teachingamericanhistory.org/library/index.asp?document=478 |acessodata=16 de Novembro de 2013}}</ref></blockquote>
 
Esse debate trouxe à tona uma das contradições do destino manifesto: por um lado, enquanto idéias identitárias inerentes ao destino manifesto sugeriam que os mexicanos, como não-brancos, apresentariam uma ameaça à integridade racial branca e, portanto, não estavam qualificados para se tornarem Americanos, o componente "missão" do destino manifesto sugeria que os mexicanos seriam melhorados (ou "regenerados", como foi descrito), trazendo-os para a democracia americana. O identitarismo foi usado para promover o destino manifesto, mas, como no caso de Calhoun e a resistência ao movimento "Todo México", o identitarismo também foi usado para se opor ao destino manifesto.<ref>{{Harvnb|McDougall|1997|pp=87–95}}.</ref> Inversamente, os proponentes da anexação de "Todo o Mexico" consideraram-na como uma medida antiescravagista.<ref>{{Harvnb|Fuller|1936|pp=119, 122, 162 and ''passim''}}.</ref>
 
[[FileImagem:USA Territorial Growth 1850.jpg|thumb|upright=1.35|Crescimento de 1840 a 1850]]
A controvérsia acabou com a cessão mexicana, que acrescentou os territórios da [[Alta Califórnia]] e [[Santa Fe de Nuevo México|Nuevo México]] aos Estados Unidos, ambos mais esparsamente povoados do que o resto do México. Como o movimento All Oregon, o movimento All Mexico rapidamente diminuiu.
 
O historiador Frederick Merk, em ''Manifest Destiny and Mission in American History: A Reinterpretation'' (1963), argumentou que o fracasso dos movimentos "Todo o Oregon" e "Todo o Mexico" indica que o destino manifesto não foi tão popular quanto os historiadores tradicionalmente o retratam ter sido. Merk escreveu que, embora a crença na missão beneficente da democracia fosse fundamental para a história americana, o "continentalismo" agressivo era uma aberração apoiada por apenas uma minoria de americanos, todos eles democratas. Alguns democratas também se opuseram; os democratas da Louisiana se opunham à anexação do México,<ref>{{cite journalcitar periódico|authorautor =Billy H. Gilley |titletítulo='Polk's War' and the Louisiana Press |journalperiódico=Louisiana History |yearano=1979 |pagespáginas=5–23 |jstor=4231864 |volume=20|issuenúmero=1 }}</ref> enquanto os do Mississippi o apoiavam.<ref>{{cite journalcitar periódico|authorautor =Robert A. Brent |titletítulo=Mississippi and the Mexican War |journalperiódico=Journal of Mississippi History |yearano=1969 |volume=31 |issuenúmero=3 |pagespáginas=202–14}}</ref>
 
===Filibusterismo ===
Depois que a Guerra Mexicano-Americana terminou, em 1848, divergências sobre a expansão da escravidão tornaram a anexação adicional pela conquista tão divisiva para ser uma política oficial do governo. Alguns, como John Quitman, governador do Mississippi, ofereceram o apoio público que podiam oferecer. Em um caso memorável, Quitman simplesmente explicou que o estado do Mississippi havia "perdido" seu arsenal de estado, que começou a aparecer nas mãos de obstrucionistas. No entanto, esses casos isolados só solidificaram a oposição no Norte, já que muitos nortistas se opunham cada vez mais ao que acreditavam serem esforços dos proprietários de escravos do sul - e seus amigos do Norte - para expandir a escravidão por meio da obstrução. Sarah P. Remond, em 24 de janeiro de 1859, proferiu um discurso apaixonado em [[Warrington (Cheshire)|Warrington, Inglaterra]], que a conexão entre obstrucionismo e poder escravo era uma prova clara da "massa de corrupção que subjaz a todo o sistema do governo americano".<ref>{{harvnb|Ripley|1985}}</ref> A Condição de Wilmot e as continuadas narrativas do "Poder Escravo" depois indicaram o grau em que o destino manifesto havia se tornado parte da controvérsia seccional.
 
Sem o apoio oficial do governo, os defensores mais radicais do destino manifesto se voltavam cada vez mais para a obstrução militar. Originalmente a obstrução veio do ''vrijbuiter'' holandês e referia-se a bucaneiros nas Índias Ocidentais que predavam o comércio espanhol. Embora houvesse algumas expedições de obstrução ao Canadá no final da década de 1830, foi apenas em meados do século que a obstrução se tornou um termo definitivo. Até então, declarou o ''[[The New York Times|New-York Daily Times]]'' "a febre de Fillibusterism está em nosso país. Seu pulso bate como um martelo no pulso, e há uma cor muito alta no rosto".<ref>{{citecitar newsjornal|url=https://query.nytimes.com/gst/abstract.html?res=9D00E7D8133DE034BC4C53DFB566838F649FDE |titletítulo=A Critical Day|acessodata=16 de Novembro de 2013|newspaperjornal=[[The New York Times]]}}</ref> A segunda mensagem anual de Millard Fillmore ao Congresso, apresentada em dezembro de 1851, deu o dobro de espaço para as atividades de obstrução do que o conflito seccional fervilhante. A ânsia dos obstrucionistas e do público em apoiá-los tinha um tom internacional. O filho de Clay, diplomata em Portugal, relatou que Lisboa havia sido instigada a um "frenesi" de excitação e aguardava a cada despacho.
 
[[File:WilliamWalker.jpg|thumb|left|O Obstrutor [[William Walker]], que lançou várias expedições pelo [[México]] e [[América Central]], governou a [[Nicarágua]], e foi capturado pela Marinha Britânica antes de ser executado em [[Honduras]].]]
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===Lei de Homestead ===
{{Artigo principal|[[Homestead Act]]}}
[[FileImagem:Hultstrand61.jpg|thumb|Colonos noruegueses em Dakota do Norte, em frente de sua casa, uma cabana]]
O [[Homestead Act]] de 1862 encorajou 600.000 famílias a colonizar o Ocidente dando-lhes terras (normalmente 160 ectares) quase de graça. Eles tiveram que viver e melhorar a terra por cinco anos.<ref>{{citecitar booklivro|autor author=Lesli J. Favor| titletítulo=A Historical Atlas of America's Manifest Destiny| url=https://books.google.com/books?id=hZ2dZHbLgVkC|chaptercapítulo=6. Settling the West|chapterurlcapítulourl=https://books.google.com/books?id=hZ2dZHbLgVkC&pg=PA1864| yearano=2005| publisherpublicado=Rosen| isbn=9781404202016}}</ref> Antes da Guerra Civil, os líderes do sul se opuseram aos atos de Homestead porque eles temiam que isso levaria a mais estados e territórios livres.<ref>{{citecitar web| url= https://www.archives.gov/education/lessons/homestead-act/| titletítulo= Teaching With Documents:The Homestead Act of 1862| publisherpublicado= The U.S. National Archives and Records Administration|acessodata=16 de Novembro de 2013}}</ref> Após a renúncia em massa de senadores e representantes do sul no início da guerra, o Congresso foi posteriormente capaz de aprovar o Homestead Act.
 
===Nativos americanos ===
[[FileImagem:Across the Continent - Currier & Ives 1868.jpg|right|thumb|''Across The Continent'', uma litografia de 1868 que ilustra a expansão para o oeste dos colonos brancos.]]
O destino manifesto teve sérias conseqüências para os [[Povos nativos dos Estados Unidos|nativos americanos]], uma vez que a expansão continental implicitamente significava a ocupação e anexação de terras indígenas americanas, às vezes para expandir a escravidão. Isso acabou levando a confrontos e guerras com vários grupos de povos nativos por meio da remoção indígena.<ref>{{citecitar booklivro|authorautor =Robert E. Greenwood PhD|titletítulo=Outsourcing Culture: How American Culture has Changed From "We the People" Into a One World Government|publisherpublicado=Outskirts Press|datedata=2007|pagespáginas=97}}</ref><ref>{{citecitar booklivro|editor=Rajani Kannepalli Kanth|titletítulo=The Challenge of Eurocentrism|publisherpublicado=Palgrave MacMillan|datedata=2009|authorautor =Rajiv Molhotra|chaptercapítulo=American Exceptionalism and the Myth of the American Frontiers|pagespáginas=180, 184, 189, 199}}</ref><ref>{{citecitar booklivro|authorsautores=Paul Finkelman and Donald R. Kennon|titletítulo=Congress and the Emergence of Sectionalism|publisherpublicado=Ohio University Press|datedata=2008|pagespáginas=15, 141, 254}}</ref><ref>{{citecitar booklivro|authorautor =Ben Kiernan|titletítulo=Blood and Soil: A World History of Genocide and Extermination from Sparta to Darfur|publisherpublicado=Yale University Press|datedata=2007|pagespáginas=328, 330}}</ref> Os Estados Unidos continuaram a prática européia de reconhecer apenas direitos limitados sobre a terra dos povos indígenas. Em uma política formulada em grande parte por [[Henry Knox]], Secretário de Guerrano governo de Washington, o governo dos EUA procurou expandir-se para o oeste através da compra de terras indígenas nos tratados. Somente o governo federal poderia comprar terras indígenas e isso era feito por meio de tratados com líderes tribais. Se uma tribo realmente tinha uma estrutura de tomada de decisão capaz de fazer um tratado era um assunto controverso. A política nacional era que os índios se juntassem à sociedade americana e se tornassem "civilizados", o que significava não mais guerras com tribos vizinhas ou ataques a colonos ou viajantes brancos, e uma mudança da caça para a agricultura e a pecuária. Os defensores dos programas de civilização acreditavam que o processo de colonização das tribos nativas reduziria bastante a quantidade de terra necessária para os nativos americanos, tornando mais terra disponível para a apropriação de terras pelos americanos brancos. [[Thomas Jefferson]] acreditava que, enquanto os índios americanos eram os iguais intelectuais dos brancos,<ref>{{Harvnb|Prucha|1995|p=[https://books.google.com/books?id=iSeWGTYsFcsC&pg=PA137 137]}}, "I believe the Indian then to be in body and mind equal to the white man," (Jefferson letter to the Marquis de Chastellux, June 7, 1785).</ref> eles tinham que viver como os brancos ou, inevitavelmente, ser deixados de lado por eles.<ref name="American Indians">{{cite encyclopediacitar enciclopédia|url=http://www.monticello.org/site/jefferson/american-indians |titletítulo=American Indians |publisherpublicado=Thomas Jefferson's Monticello |acessodata=16 de Novembro de 2013}}</ref> A crença de Jefferson, enraizada no pensamento [[iluminista]], de que brancos e nativos americanos se fundiriam para criar uma única nação não durou sua vida, e ele começou a acreditar que os nativos deveriam emigrar pelo [[Rio Mississippi] e manter uma sociedade separada. idéia possibilitada pela [[Compra da Louisiana]] de 1803.<ref name="American Indians" />
 
Na era do destino manifesto, essa idéia, que veio a ser conhecida como "remoção indígena", ganhou terreno. Os defensores humanitários da remoção acreditavam que os índios americanos estariam melhor se afastando dos brancos. Como o historiador Reginald Horsman argumentou em seu influente estudo Race and Manifest Destiny, a retórica racial aumentou durante a era do destino manifesto. Os americanos acreditavam cada vez mais que as formas de vida dos nativos americanos "se desvaneceriam" à medida que os Estados Unidos se expandissem. Como exemplo, esta ideia foi refletida no trabalho de um dos primeiros grandes historiadores da América, Francis Parkman, cujo livro de referência ''The Conspiracy of Pontiac'' foi publicado em 1851. Parkman escreveu que, após a conquista britânica do Canadá em 1760, os indígenas estavam "destinados a derreter e desaparecer diante das ondas de avanço do poder anglo-americano, que agora rumavam para o oeste sem controle e sem oposição". Parkman enfatizou que o colapso do poder indígena no final do [[Século XVIII]] foi rápido e foi um evento passado.<ref>{{citecitar booklivro|authorautor =Francis Parkman|titletítulo=The conspiracy of Pontiac and the Indian war after the conquest of Canada|url=https://books.google.com/books?id=yA4tAAAAYAAJ&pg=PR9|origyearanooriginal=1851|yearano=1913|pagepágina=9}}</ref>
 
== Ver também ==