Droga psicoativa: diferenças entre revisões

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As drogas que aumentam a atividade em certos sistemas neurotransmissores são chamadas [[agonista]]s, aumentando a [[Síntese (química)|síntese]] de um ou mais neurotransmissores ou reduzindo sua [[recaptação]] nas [[sinapse]]s. As drogas que reduzem a atividade neurotransmissora são chamadas de [[antagonista (bioquímica)|antagonistas]], e interferem na síntese ou bloqueiam os receptores pós-sináticos de modo que os neurotransmissores não se liguem a eles<ref>{{citar livro | autor = SELIGMAN, Martin E P | titulo = Abnormal Psychology | editora = W. W. Norton & Company |ano=1984 | local=Nova York|| isbn = 039394459X }}</ref>.
 
A exposição a substâncias psicoativas pode causar mudanças na estrutura e no funcionamento dos [[neurônio]]s, enquanto o sistema nervoso tenta restabelecer a [[homeostase]] alterada pela presença da droga. A exposição a antagonistas para um determinado neurotransmissor aumenta o número de receptores para ele, e os receptores ficam mais sensíveis. Isso é chamado de [[sensibilização]]. Ao contrário, o estímulo dos receptores por um determinado neurotransmissor causa uma diminuição em número e sensibilidade desses receptores, um processo chamado de [[dessensibilização]] ou [[tolerância (farmacologia)|tolerância]]. Sensibilização e dessensibilização são mais prováveis de ocorrerem em exposições prolongadas, embora possam acontecer após uma só exposição. Acredita-se que esses processos subjazem ao vício<ref>{{citar web | titulo=University of Texas, Addiction Science Research and Education Center | url=http://www.utexas.edu/research/asrec/dopamine.html | acessodata=26 de abril de 2009 | arquivourl=https://www.webcitation.org/618NxQOGJ?url=http://www.utexas.edu/research/asrec/dopamine.html | arquivodata=2011-08-22 | urlmorta=yes }}</ref>.
 
===Sistemas neurotransmissores afetados===
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==Legalização==
 
Muito se tem debatido acerca da legalização das drogas psicoativas em nossa história recente. As [[guerras do Ópio]] e a [[lei Seca]] estadunidense são dois exemplos históricos sobre a controvérsia legal acerca dessas substâncias. Contudo, mais recentemente, o documento mais influente concernente à legalidade de drogas psicoativas é o da [[Convenção Única sobre Entorpecentes]], um [[tratado]] internacional assinado em [[1961]] como um [[decreto]] das [[Nações Unidas]]. Assinado por 73 países, a Convenção Única sobre Entorpecentes estabeleceu agendas para a regulamentação de cada droga e dispôs um acordo internacional contra a dependência de drogas recreacionais combatendo a venda, o [[Narcotráfico|tráfico]] e o uso das referidas drogas<ref name="UN">[http://css.unodc.org/pdf/brazil/Convencao%20Unica%20de%201961%20portugues.pdf Convenção Única sobre Entorpecentes.]{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }} Acessado em 27 de abril de 2009.</ref>. Todos os países signatários firmaram leis que implementassem as regras dentro de suas fronteiras. Contudo, alguns desses países, como [[Países Baixos]], são mais complacentes quanto à aplicação dessas leis<ref>{{citar jornal |autor=McCOUN R, REUTER P |titulo=Interpreting Dutch cannabis policy: reasoning by analogy in the legalization debate |jornal=Science |volume=278 |numero=5335 |paginas=47–52 |ano=1997 |pmid=9311925| doi = 10.1126/science.278.5335.47}}</ref>.
 
No contexto sanitário, drogas psicoativas usadas como tratamentos para doenças são geral e amplamente aceitas. Há alguma controvérsia quanto os [[Medicamento de venda livre|medicamentos de venda livre]] como alguns [[antiemético]]s e [[antitussígeno]]s. Geralmente, as drogas psicoativas são prescritas para pacientes com problemas psiquiátricos. Contudo, há quem critique dizendo que prescrições de certos psicoativos, como [[antidepressivo]]s e [[estimulante]]s, são exageradas e podem comprometer a autonomia e o discernimento dos pacientes<ref>DWORKIN, Ronald. ''Artificial Happiness.'' New York: Carroll & Graf, 2006. pp. 2–6. ISBN 0786719338</ref><ref>{{citar jornal |autor=MANNINEN B A |titulo=Medicating the mind: a Kantian analysis of overprescribing psychoactive drugs |jornal=Journal of medical ethics |volume=32 |numero=2 |paginas=100–5 |ano=2006 |pmid=16446415 |doi=10.1136/jme.2005.013540}}</ref>.