Sebastião José de Carvalho e Melo: diferenças entre revisões

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'''Sebastião José de Carvalho e Melo, [[Marquês de Pombal (título)|Marquês de Pombal]] e [[Conde de Oeiras]]''' ([[Lisboa]], [[13 de maio]] de [[1699]] – [[Pombal (freguesia)|Pombal]], [[8 de maio]] de [[1782]])<ref name=":0">{{Citar web|url=http://www.infopedia.pt/$marques-de-pombal|titulo=Marquês de Pombal|data=|acessodata=2017-01-31|obra=www.infopedia.pt|publicado=Infopédia|ultimo=|primeiro=}}</ref> foi um [[nobreza|nobre]], [[liberal]]<ref>CARVALHO, Flavio Rey de. Um iluminismo português?: a reforma da Universidade de Coimbra (1772). São Paulo: AnnaBlume, 2008. 135 p. ISBN 9788574198958 (broch.).</ref><ref>[http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022006000300003&lang=pt A educação brasileira no período pombalino: uma análise histórica das reformas pombalinas do ensino]</ref> [[diplomata]] e estadista [[Portugal|português]]. Foi [[Lista de primeiros-ministros de Portugal|secretário de Estado do Reino]] durante o [[rei]]nado de [[José I de Portugal|D. José I]] ([[1750]]-[[1777]]), sendo considerado, ainda hoje, uma das figuras mais controversas e carismáticas da [[História de Portugal|História Portuguesa]].
 
Representante do [[despotismo esclarecido]] em Portugal no [[século XVIII]], viveu num período da história marcado pelo [[iluminismo]]. Iniciou com esse intuito várias reformas administrativas, econômicaseconómicas e sociais. Acabou com a [[escravatura]] em Portugal Continental a 12 de fevereiro de 1761 e, na prática, com os [[autos de fé]] em Portugal e com a discriminação dos [[cristãos-novos]], apesar de não ter extinguido oficialmente a [[Inquisição]] portuguesa, em vigor "[[de jure]]" até [[1821]]. Por outro lado, criou a [[Real Mesa Censória]] em 1768, com o objectivo de transferir, na totalidade, para o Estado a fiscalização das obras que se pretendessem publicar ou divulgar no Reino, o que até então estava a cargo do [[Tribunal do Santo Ofício]].<ref>{{citar web|url = http://digitarq.arquivos.pt/details?id=4311313|título = Real Mesa Censória|data = |acessadoem = 1 de setembro de 2015|publicado = (Arquivo Nacional da Torre do Tombo)}}</ref>
 
Durante o reinado de [[João V de Portugal|D. João V]] foi [[embaixador]] nas cortes do [[Reino da Grã-Bretanha]], em [[Londres]], [[Inglaterra]], e do [[Sacro Império Romano-Germânico]], em [[Viena]], [[Arquiducado da Áustria]].<ref name=":0" />
 
A sua administração ficou marcada por duas contrariedades célebres: o primeiro foi o [[Terramoto de Lisboa de 1755]], um desafio que lhe conferiu o papel histórico de renovador arquitetônicoarquitectónico da cidade. Pouco depois, o [[Processo dos Távoras]], uma intriga com consequências dramáticas. Foi um dos principais responsáveis pela expulsão dos [[jesuítas]] de Portugal e das suas colôniascolónias.<ref>{{Citar web|url=http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/MarquesP.html|titulo=Sebastiao Jose Carvalho Melo Conde Oeiras Marques Pombal|acessodata=2017-01-31|obra=www.dec.ufcg.edu.br|ultimo=Fernandes|primeiro=Carlos}}</ref>
 
O quadro "O Marquês de Pombal iluminando e reconstruindo Lisboa", assinado conjuntamente por [[Louis-Michel van Loo]] (1707-1771) e [[Claude-Joseph Vernet]] (1714-1789), dois grandes pintores da sua época, representa o estadista, em [[1759]], no centro de uma cena de grande significado político e econômicoeconómico.
 
== Nascimento, família e juventude ==
[[Imagem:Assento de baptismo, Marquês de Pombal (6 Jun. 1699).png|thumb|upright=1.0|Assento de baptismo de Sebastião José de Carvalho e Melo, datado de 6 de junho de 1699. [[Mercês (Lisboa)|Paróquia de Mercês]], [[Lisboa]].|esquerda]]
Sebastião José de Carvalho e Melo nasceu em 13 de maio de 1699 em Lisboa, freguesia das [[Mercês (Lisboa)|Mercês]], sendo batizadobaptizado no diaa 6 de Junho do dito ano na Capela da mesma invocação, sita na Rua Formosa, que pertencia à sua família, tendo como padrinho, Sebastião José de Carvalho e Melo, seu avô paterno. Filho de [[Manuel de Carvalho e Ataíde]] ([[Mercês (Lisboa)]], 26 de junho de 1676<ref name=":7">{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=Qa3xCgAAQBAJ&pg=PA158&lpg=PA158&dq=carlos+ernesto+wastein&source=bl&ots=UlL1GiEDDW&sig=kCMCZADDkg-OGwAIcLa9EA-ZOj8&hl=pt-PT&sa=X&ved=0ahUKEwj44ozG_IfYAhVBuhoKHY13DTAQ6AEIQjAH#v=onepage&q=carlos%20ernesto%20wastein&f=false|título=Por linhas direitas (1): em volta de Carvalhos, de Carvalhos Magalhães e da Rua Formosa: Genealogias Várias|ultimo=Cunha|primeiro=Miguel Gorjão-Henriques da|data=2012-11-15|editora=Miguel Gorjão-Henriques}}</ref> - [[Mercês (Lisboa)]], 15 de março de 1720), [[fidalgo]] da província, com propriedade na região de [[Leiria (freguesia)|Leiria]] e de sua mulher, D. Teresa Luísa de Mendonça e Melo ([[Santa maria dos olivais (lisboa)|Santa Maria dos Olivais (Lisboa)]], bap. 7 de outubro de 1684<ref name=":7" /> - ?), esta descendente de fidalgos estabelecidos no [[Brasil colónia|Brasil]]. Entre os ascendentes de sua mãe estão as famílias [[Jerônimo de Albuquerque|Albuquerque]], Moura<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.ca/books?id=5SAIAAAAQAAJ&pg=PA493&lpg=PA493&dq=Francisco+de+Moura+Rolim&source=bl&ots=77Fqe1LL95&sig=gXHW54qXl1rIssOcpRD4NLPWzHY&hl=en&ei=Tw7NSobOBMqslAezlKXfBQ&sa=X&oi=book_result&ct=result#v=onepage&q=Francisco%20de%20Moura%20Rolim&f=false|titulo=Brazilian biographical annual|ultimo=Macedo|primeiro=Joaquim Manoel de|data=1876-01-01|lingua=en}}</ref> e [[Família Cavalcanti|Cavalcanti]], sendo descendente por duas linhas, uma delas matrilineal, da [[Povos ameríndios|índia]] [[Povos indígenas do Brasil|brasileira]] [[Tabajara (Paraíba)|tabajara]] Tindarena ou Tavira, batizada como Maria do Espírito Santo Arco Verde.<ref>{{Citar web|url=http://www.liber.ufpe.br/pc2/get.jsp?id=1026&year=1657&page=124&query=1657&action=next|titulo=Pereira da Costa: Texto Completo da Página.|data=|acessodata=2017-01-31|obra=www.liber.ufpe.br|publicado=UFPE|ultimo=|primeiro=|arquivourl=http://archive.is/lcaSu|arquivodata=1/10/2015}}</ref> Eram seus avós paternos Sebastião José de Carvalho e Melo (falecido em 19 de janeiro de 1719 na freguesia das [[Mercês (Lisboa)|Mercês]]) e D. Leonor Maria de Ataíde (falecida em 30 de novembro de 1720 na freguesia das [[Mercês (Lisboa)|Mercês]]), maternos João de Almada e Melo, senhor de Souto d'El Rei e Olivais e D. Maior Luísa de Mendonça. Sebastião foi o mais velho de doze irmãos, dos quais se destacam [[Paulo António de Carvalho e Mendonça]] (1702-1770) e [[Francisco Xavier de Mendonça Furtado]] (1701-1779), fiéis colaboradores do irmão. A sua mãe casaria no estado de viúva em 30 de junho de 1721, com Francisco Luís da Cunha de Ataíde ([[Mártires|Mártires (Lisboa)]], bap. 4 de junho de 1668 - ?), viúvo de D. Josefa Leocádia Coutinho, falecida em 1719.
 
Apesar do berço nobre, a família não possuía grandes quantias de dinheiro. Na sua juventude estudou [[Direito]], na [[Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra|Faculdade de Leis]] e na [[Faculdade de Cânones da Universidade de Coimbra|Faculdade de Cânones]] da [[Universidade de Coimbra]], e serviu no [[exército]] durante um curto período. Quando se mudou para a capital, Sebastião de Carvalho era um homem turbulento.