Claude Lorrain: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Texto da wikies.
m Acréscimo de texto a partir da wikies.
Linha 1:
{{Info/Biografia/Wikidata|imagem = Claude Lorrain (1600-1682).jpg}}
[[Ficheiro:Monumento_funebre_Claude_Gellée_detto_Lorrain_1.jpg|miniaturadaimagem|Monumento funerário de Lorrain, na [[Igreja de São Luís dos Franceses (Roma)]].]]
[[Ficheiro:The Mill, or Landscape with the Marriage of Isaac and Rebecca.jpg|thumb|right|350px|''Paisagem com o Casamento de Isaac e Rebeca'', [[National Gallery (Londres)|National Gallery]], Londres.]]
 
'''Claude Gellée''', também conhecido como '''Claude Lorrain''', ([[Chamagne]], [[Lorena]], [[1600]]{{Nota de rodapé|Não se sabe com certeza a data de nascimento de Lorrain, estabelecida tradicionalmente por volta de 1600, embora segundo outros historiadores poderia ser 1604 ou 1605, tese endossada principalmente por Michael Kitson em seu estudo Claude Lorrain ''Liber Veritatis'' (1978). O ano de 1600 vem do epitáfio do artista na igreja da ''Trinità dei Monti'':«Para Claude Gellée Lorraine, nascido em Chamagne, um excelente pintor que pintou maravilhosamente os raios do nascer e pôr do sol no campo, que da cidade onde praticava sua arte obteve os maiores louvores entre os grandes, e quem morreu no dia 9 de calendas de dezembro de 1682 com a idade de LXXXII anos. Para o seu amado tio, Jean e Joseph Gellée colocaram este monumento, que será também para os seus sucessores.» Por outra parte, diversos documentos do ano 1635 lhe atribuíam uma idade de 30 anos, pelo que se supunha que nasceu em 1604 ou 1605.<ref>Sureda, Joan (2001). ''Summa Pictorica VI. La fastuosidad de lo Barroco''. Barcelona: Planeta. pp. 63-64. <small>ISBN 84-08-36134-1</small>.</ref>}}; — [[Roma]], [[23 de novembro]] de [[1682]]), foi um pintor francês estabelecido na [[Itália]]. Pertencente ao período da [[arte barroca]], enquadra-se no chamado [[classicismo]], dentro do qual se destacava no [[paisagismo]]. De sua extensa produção, 51 gravuras, 1.200 desenhos e cerca de 300 pinturas sobrevivem hoje.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/13559308|título=Claudio de Lorena y el ideal clásico de paisaje en el siglo XVII : Museo del Prado, abril-junio 1984|ultimo=Luna, Juan J.|primeiro=|ultimo2=Museo del Prado.|editora=|ano=|local=[Madrid]|páginas=27|isbn=8450098998|oclc=13559308|acessodata=}}</ref>
 
Geralmente descrito por seus contemporâneos como uma pessoa de caráter gentil, ele era reservado e totalmente dedicado ao seu ofício.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/15469689|título=Nacidos bajo el signo de Saturno : el carácter y la conducta de los artistas : una historia documentada desde la Antigüedad hasta la Revolución Francesa|ultimo=Wittkower, Rudolf.|primeiro=|data=1992|editora=Ediciones Cátedra|ano=|local=Madrid|páginas=193|isbn=8437603250|oclc=15469689|acessodata=}}</ref> Quase desprovido de educação, dedicou-se ao estudo de [[Arte e cultura clássicas|temas clássicos]], e ele próprio trabalhou sua fortuna, da origem humilde até o ápice do sucesso pessoal. Fez sua carreira em um ambiente de grande rivalidade profissional, que, no entanto, levou-o a lidar com nobres, cardeais, papas e reis.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/434294681|título=La obra pictórica completa de Claudio de Lorena|ultimo=Roethlisberger|primeiro=Marcel.|ultimo2=Cecchi, Doretta|ultimo3=|data=1982|editora=Noguer|ano=|local=Barcelona|páginas=9|isbn=8427987706|oclc=434294681|acessodata=}}</ref>
 
Sua posição na pintura de paisagem é de primeira ordem, um fato notável por ser conhecido na área anglo-saxônica - onde seu trabalho era altamente valorizado e até influenciava a jardinagem inglesa<ref>{{Citar web|titulo=Claudio de Lorena (Claude - Diccionario del Arte|url=https://web.archive.org/web/20151207043609/http://www.arts4x.com/spa/d/claudio-de-lorena-claude/claudio-de-lorena-claude.htm|obra=web.archive.org|data=2015-12-07|acessodata=2019-04-15}}</ref> - apenas pelo seu primeiro nome, Claude, assim como artistas como [[Michelangelo]], [[Rafael]] ou [[Rembrandt]]. Um grande inovador no gênero de paisagem, ele foi descrito como o "primeiro paisagista puro".<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/758211762|título=Gran diccionario de la pintura.|ultimo=VV|primeiro=AA|data=2005|editora=Carroggio|ano=|local=Barcelona|páginas=188|isbn=8472543803|oclc=758211762|acessodata=}}</ref>
 
Lorrain refletiu em sua obra um novo conceito na elaboração da paisagem baseada em congêneres clássicos - a chamada "paisagem ideal" -, que evidencia uma concepção ideal da natureza e do próprio mundo interior do artista. Essa maneira de tratar a paisagem confere-lhe um caráter mais elaborado e intelectual e torna-se o objeto principal da criação do artista, a corporificação de sua concepção de mundo, o intérprete de sua poesia, evocativa de um espaço perfeito e ideal.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/13559308|título=Claudio de Lorena y el ideal clásico de paisaje en el siglo XVII : Museo del Prado, abril-junio 1984|ultimo=Luna, Juan J.|primeiro=|ultimo2=Museo del Prado.|editora=|ano=|local=[Madrid]|páginas=10-11|isbn=8450098998|oclc=13559308|acessodata=}}</ref>
Linha 21 ⟶ 19:
 
== Biografia ==
Claude nasceu em 1600 em Chamagne, perto de [[Lunéville]], ao sul de [[Nancy]], no Ducado de Lorena, então uma região independente. Era o filho de Jean Gellée e Anne Pedrose, de origem camponesa, mas com uma posição um pouco afluente, e foi o terceiro de sete filhos. <ref>{{Citar livro |url=https://www.worldcat.org/oclc/433511473 |título=Lorrain |ultimo=Rubiés |primeiro=Pere |data=2001 |editora=Altaya |local=Barcelona |páginas=2 |isbn=8448714024 |oclc=433511473}}</ref> Órfão desde 1612, passou uma curta estadia com seu irmão mais velho em [[Friburgo em Brisgóvia]]. Seu irmão, um escultor de madeira especializado em [[marchetaria]], ensinou-lhe os rudimentos do desenho.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/434294681|título=La obra pictórica completa de Claudio de Lorena|ultimo=Roethlisberger|primeiro=Marcel.|ultimo2=Cecchi, Doretta|ultimo3=|data=1982|editora=Noguer|ano=|local=Barcelona|páginas=83|isbn=8427987706|oclc=434294681|acessodata=}}</ref>
 
Em 1613 viajou para Roma, onde trabalhou como chefe de confeitaria, tradicional ofício de Lorraine. Foi possivelmente nessa época que ele entrou para o serviço de [[Agostino Tassi]], um pintor de paisagens da tradição romana tardia, do qual ele mais tarde se tornou um discípulo. Entre 1619 e 1621 se estabeleceu em [[Nápoles]], onde estudou pintura com [[Gottfried Wals]], um pintor de paisagens, originário de [[Colônia (Alemanha)|Colônia]], pouco conhecido. Deve-se notar que não é totalmente certo se seu primeiro treinamento foi com Tassi e depois com Wals ou vice-versa, diante da limitação dos dados que são mantidos sobre o artista nesses anos.<ref>{{Citar livro |url=https://www.worldcat.org/oclc/433511473 |título=Lorrain |ultimo=Rubiés |primeiro=Pere |data=2001 |editora=Altaya |local=Barcelona |páginas=3 |isbn=8448714024 |oclc=433511473}}</ref>
 
Em 1625 iniciou uma viagem por [[Loreto (Ancona)|Loreto]], [[Veneza]], [[Tirol]] e [[Baviera]], e retornou ao seu local de origem, instalando-se em Nancy por um ano e meio. Colaborou como assistente de [[Claude Deruet]], pintor da corte ducal, e trabalhou nos afrescos da igreja das Carmelitas de Nancy (agora perdidos).<ref>{{Citar livro |url=https://www.worldcat.org/oclc/57688299 |título=Enciclopedia del arte Garzanti. |ultimo=VV|primeiro=AA|data=1991 |editora=Ediciones B |ano=|edicao=1. ed |local=Barcelona |páginas=549 |isbn=8440622619 |oclc=57688299|acessodata=}}</ref> Finalmente, em 1627, retornou a Roma, onde permaneceu o resto de seus dias. Com uma vida tranquila e ordeira, uma vez estabelecido em Roma, só mudou seu endereço em uma ocasião, da Rua Margutta para Rua Paolina (agora Via del Babuino). {{Nota de rodapé|De acordo com Sandrart, "em seu modo de vida ele não era um grande cortesão, mas um bom coração e uma pessoa piedosa. Ele não procurou nenhum outro prazer além de sua profissão".<ref>Sureda, Joan (2001). ''Summa Pictorica VI. La fastuosidad de lo Barroco''. Barcelona: Planeta. pp. 66. <small>ISBN 84-08-36134-1</small>.</ref>}} Embora permanecesse solteiro, tinha uma filha natural, chamada Agnese , com quem ele viveu junto com dois sobrinhos também vindos de Lorena, Jean e Joseph Gellée.<ref>{{Citar livro |url=https://www.worldcat.org/oclc/433511473 |título=Lorrain |ultimo=Rubiés |primeiro=Pere |data=2001 |editora=Altaya |local=Barcelona |páginas=7 |isbn=8448714024 |oclc=433511473}}</ref>
 
Na década de 1630 começou a consolidar-se como pintor, fazendo paisagens inspiradas no campo romano, com um ar bucólico-pastoril. Ele assinou suas pinturas como le lorrain ("o lorenês"), razão pela qual começou a ser conhecido como Claude Lorrain.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/434294681|título=La obra pictórica completa de Claudio de Lorena|ultimo=Roethlisberger|primeiro=Marcel.|ultimo2=Cecchi, Doretta|ultimo3=|data=1982|editora=Noguer|ano=|local=Barcelona|páginas=5|isbn=8427987706|oclc=434294681|acessodata=}}</ref> Em Roma contatou [[Joachim von Sandrart]] e outros estrangeiros estabelecidos na sede papal ([[Swanevelt]], [[Poelenburgh]], [[Breenbergh]]) , com os quais foi apresentado à pintura de paisagem. Também fez amizade com [[Nicolas Poussin]], outro francês que vive em Roma. Pouco a pouco estava melhorando sua posição, então ele poderia ter um assistente, Gian Domenico Desiderii, que trabalhou com ele até 1658.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/13559308|título=Claudio de Lorena y el ideal clásico de paisaje en el siglo XVII : Museo del Prado, abril-junio 1984|ultimo=Luna, Juan J.|primeiro=|ultimo2=Museo del Prado.|editora=|ano=|local=[Madrid]|páginas=14|isbn=8450098998|oclc=13559308|acessodata=}}</ref>
[[Ficheiro:Rodin_le_Lorrain.JPG|alt=|esquerda|miniaturadaimagem|Monumento a Claude Lorrain, [[Auguste Rodin]], parque da ''Pépinière'', Nancy.]]
Até 1630 pintou vários afrescos nos palácios de Muti e Crescenzi em Roma, uma técnica que ele não usou novamente. Naquela época, começou a desfrutar de certa fama nos círculos artísticos de Roma, por isso recebeu várias comissões de personagens proeminentes, e foi favorecido pelo cardeal [[Guido Bentivoglio|Bentivoglio]], que o apresentou ao Papa [[Urbano VIII]], que encomendou duas obras: ''Paisagem com dança camponesa'' (1637) e ''Vista do porto'' (1637).<ref name=":0">Sureda, Joan (2001). ''Summa Pictorica VI. La fastuosidad de lo Barroco''. Barcelona: Planeta. pp. 64. <small>ISBN 84-08-36134-1</small>.</ref>
 
Seus patronos foram também os cardeais Fábio Chigi e Giulio Rospigliosi, que mais tarde se tornaram papas como [[Alexandre VII]] e [[Clemente IX]].<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/433511473|título=Lorrain|ultimo=Rubiés|primeiro=Pere|data=2001|editora=Altaya|ano=|local=Barcelona|páginas=6|isbn=8448714024|oclc=433511473|acessodata=}}</ref> Ao longo de sua vida ele pintou principalmente para a nobreza e o clero, e recebeu encomendas de toda a Europa, principalmente da [[França]]. [[Espanha]], [[Reino Unido]], [[Flandres]], [[Holanda]] e [[Dinamarca]].<ref name=":0" /> A demanda de Lorrain por obras era tal que, em 1665, um negociante teve que confessar ao colecionador Antonio Ruffo - que compunha várias obras de [[Rembrandt]] - que "não há esperança de obter um trabalho de Claude; uma vida não seria suficiente para satisfazer seus clientes."<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/433511473|título=Lorrain|ultimo=Rubiés|primeiro=Pere|data=2001|editora=Altaya|ano=|local=Barcelona|páginas=1|isbn=8448714024|oclc=433511473|acessodata=}}</ref>
 
Sua fama era tal que imitadores começaram a surgir - como [[Sébastien Bourdon]] -,<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/434374412|título=Diccionario de arte|ultimo=Chilvers, Ian.|primeiro=|ultimo2=Luxán, Elena.|ultimo3=Toajas Roger, María Ángeles.|data=2007|editora=Alianza|ano=|edicao=1o. ed. en "Biblioteca temática."|local=Madrid|páginas=208|isbn=9788420661704|oclc=434374412|acessodata=}}</ref> então em 1635 ele fundou o Liber Veritatis ([[Museu Britânico]]), um caderno de rascunhos onde ele gravou todas as suas composições, para evitar falsificações.{{Nota de rodapé|De acordo com Baldinucci, ele estava trabalhando nas imagens do rei Filipe IV, que ele mal havia começado a moldar, quando alguns invejosos e gananciosos por lucros injustos não apenas roubaram a invenção, mas imitaram sua forma de pintar, e venderam em Roma as reproduções, como se originais de seu pincel, com as quais o professor foi desacreditado.O personagem para quem as pinturas foram feitas e os compradores que receberam reproduções de originais ficaram mal servidos.<ref>Sureda, Joan (2001). ''Summa Pictorica VI. La fastuosidad de lo Barroco''. Barcelona: Planeta. pp. 65. <small>ISBN 84-08-36134-1</small>.</ref>}} Este caderno consiste em 195 desenhos que copiam a composição de suas obras, descritas até o último detalhe, o cliente para quem ele havia sido pintado e as taxas que ele cobrava.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/15469689|título=Nacidos bajo el signo de Saturno : el carácter y la conducta de los artistas : una historia documentada desde la Antigüedad hasta la Revolución Francesa|ultimo=Wittkower|primeiro=Rudolf|ultimo2=Wittkower|primeiro2=Margot|data=1992|editora=Ediciones Cátedra|ano=|local=Madrid|páginas=193-194|isbn=8437603250|oclc=15469689|acessodata=}}</ref> Em 1634 ele entrou para a [[Accademia di San Luca]], e em 1643 na [[Congregazione dei Virtuosi]], uma sociedade literária fundada em 1621 pelo cardeal [[Ludovico Ludovisi|Ludovisi]].<ref>Sureda, Joan (2001). ''Summa Pictorica VI. La fastuosidad de lo Barroco''. Barcelona: Planeta. pp. 66. <small>ISBN 84-08-36134-1</small>.</ref>
 
Em 1636 fez outra viagem para Nápoles, e no ano seguinte recebeu uma comissão do embaixador de Espanha em Roma, o [[Marquês de Castelo Rodrigo]], uma série de gravuras intitulada ''Fogos de artifício''.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/13559308|título=Claudio de Lorena y el ideal clásico de paisaje en el siglo XVII : Museo del Prado, abril-junio 1984|ultimo=Luna, Juan J.|primeiro=|ultimo2=Museo del Prado.|editora=|ano=|local=[[Madrid]]|páginas=14-15|isbn=8450098998|oclc=13559308|acessodata=}}</ref> Talvez por recomendação do marquês,{{Nota de rodapé|Não se sabe ao certo quem fez os esforços para encomendar obras a vários autores para o Bom Retiro, vários especialistas dão nomes que vão de Velázquez - embora sua visita à Itália tenha sido anterior -, o cardeal Barberini, o conde de Monterrey ou o marquês da Torre; mas o mais apontado pelos especialistas e talvez o mais provável é o Marquês de Castel Rodrigo, para quem Lorrain já havia trabalhado. Entre a documentação deste diplomata, há uma fatura em 1641 para uma transportadora para trazer dezessete gavetas com fotos de Roma para Bom Retiro.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/13559308|título=Claudio de Lorena y el ideal clásico de paisaje en el siglo XVII : Museo del Prado, abril-junio 1984|ultimo=Luna, Juan J.|primeiro=|ultimo2=Museo del Prado.|editora=|ano=|local=[[Madrid]]|páginas=34-36|isbn=8450098998|oclc=13559308|acessodata=}}</ref>}} Claude recebeu uma comissão de [[Felipe IV]] para o [[Palacio del Buen Retiro]], em [[Madrid]], para decorar a Galeria de Paisagens, ao lado de obras de artistas contemporâneos, tais como [[Nicolas Poussin]], [[Herman van Swanevelt]], [[Jan Both]], [[Dughet Gaspard]] e [[Jean Lemaire]]. Lorrain fez oito pinturas monumentais, em dois grupos: quatro de formato longitudinal (1635-38) e quatro de formato vertical (1639-41). O programa iconográfico, tirado da Bíblia e as histórias dos Santos, foi eleito pelo [[Conde-Duque de Olivares]], que dirigiu os trabalhos.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/13559308|título=Claudio de Lorena y el ideal clásico de paisaje en el siglo XVII : Museo del Prado, abril-junio 1984|ultimo=Luna, Juan J.|primeiro=|ultimo2=Museo del Prado.|editora=|ano=|local=[[Madrid]]|páginas=33-34|isbn=8450098998|oclc=13559308|acessodata=}}</ref> Em 1654 ele recusou o cargo de reitor chefe da Accademia di San Luca, para viver totalmente dedicado à sua profissão.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/13559308|título=Claudio de Lorena y el ideal clásico de paisaje en el siglo XVII : Museo del Prado, abril-junio 1984|ultimo=Luna, Juan J.|primeiro=|ultimo2=Museo del Prado.|editora=|ano=|local=[[Madrid]]|páginas=15|isbn=8450098998|oclc=13559308|acessodata=}}</ref> Sofrendo de gota desde 1663, em seus últimos anos ele fez menos e menos pinturas, deslizando em direção a um estilo mais sereno, pessoal e poético.[[Ficheiro:The Mill, or Landscape with the Marriage of Isaac and Rebecca.jpg|thumb|right|350px|''Paisagem com o Casamento de Isaac e Rebeca'', [[National Gallery (Londres)|National Gallery]], Londres.]]
 
Faleceu em Roma, aos 23 de novembro de 1682, e foi sepultado na igreja da ''Trinità dei Monti'', com grandes sinais de respeito e admiração pela sociedade de seu tempo. Em 1840, seus restos mortais foram transferidos para a Igreja de São Luis dos Franceses, onde atualmente descansam.<ref>AA.VV. (1958). ''Enciclopedia Universal Ilustrada Europeo-Americana, tomo XXXI, Lon-Madz''. Madrid: Espasa Calpe.</ref>
 
{{Notas}}