Jean-Bédel Bokassa: diferenças entre revisões
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{{Info/
|nome = Jean-Bédel Bokassa
|imagem = Bokassa colored.png
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|morte_local = [[Bangui]], [[República Centro-Africana]]
|ocupaçao = [[Militar]], [[político]], [[Lista de presidentes da República Centro-Africana|Presidente da República Centro-Africana]] <small>(1966-1976)</small>
|religiao = [[Igreja Católica|Católico]] (durante 3 meses em 1976 foi oficialmente muçulmano)
|filhos = [[Jean-Bédel Bokassa Jr]]<br />[[Jean-Serge Bokassa]]
|pai = Mindogon Bokassa
|mãe = Marie Yokowo
}}
'''Jean-Bédel Bokassa''', também conhecido como '''Imperador Bokassa I''' e '''Salah Eddine Ahmed Bokassa''' ([[Bobangui]], [[22 de fevereiro]] de [[1921]] — [[Bangui]], [[3 de novembro]] de [[1996]]) foi o segundo presidente da [[República Centro-Africana]] de [[1 de Janeiro]] de [[1966]] até [[4 de Dezembro]] de [[1976]] e [[Império Centro-Africano|imperador Centro-Africano]] desde essa data até à sua deposição em [[20 de Setembro]] de [[1979]].<ref name="biography">{{citar web | url=http://www.biography.com/people/jean-b%C3%A9del-bokassa-40982 | título= "Jean-Bédel Bokassa" | publicado=www.biography.com }}. ''Biography.com''.
== Biografia ==
Jean Bokossa nasceu na [[África Equatorial Francesa]], filho do chefe da sua vila. Alistou-se no exército colonial em 1939, aos 18 anos, e serviu com distinção na [[Primeira Guerra da Indochina]], onde chegou a patente de capitão. Quando a África Equatorial ganhou sua independência, seu primo distante, [[David Dacko]], assumiu a presidência e o convidou para chefiar as forças armadas. Em 1966, contudo, Bokossa liderou um [[golpe de estado]] e derrubou Dacko. Agora como presidente, passou a concentrar poderes extraordinários em suas mãos, governando o país como um [[ditador]] absoluto. Ele então começou um reinado de terror, silenciando a oposição e caçando oponentes. Mortes extrajudiciais, torturas, estupros e mutilações feitas por suas tropas tornaram-se notórios. Ao mesmo tempo, o país avançou sob sua liderança, com a economia apresentando melhoras e os serviços públicos sendo modernizados. Ainda assim, seu governo não conseguiu apoio internacional e sua postura autoritária fez surgir vários grupos dissidentes.<ref name="biography" />
Onze anos após assumir a presidência, Jean-Bédel Bokassa, ao estilo do seu ídolo [[Napoleão Bonaparte]], se corou [[Império Centro-Africano|Imperador da África Central]]. A cerimônia de coroação foi extravagante e incrivelmente cara, custando mais de
Com o país ficando cada vez mais isolado diplomaticamente, o reinado de terror foi expandido. Toda voz dissidente era brutalmente silenciada. Um dos seus crimes mais notórios aconteceu em 1979, quando mandou prender centenas de jovens estudantes quando estes se recusaram a comprar uniformes escolares feitos na empresa chefiada por uma de suas esposas. É reportado que Bokassa pessoalmente supervisionou o assassinato de pelo menos 100 estudantes pelas mãos da sua guarda imperial.<ref name="independent" />
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Seu reinado acabou em setembro de 1979 quando o [[exército francês]], apoiado por grupos dissidentes locais, invadiram a África Central e o depôs, forçando-o ao exílio. No total, foram treze anos como ditador absoluto de sua nação (sendo os últimos três como imperador). O país de fato se modernizou sob sua liderança, mas má gestão econômica, corrupção e a forte repressão política acabaram se tornando a marca do seu governo. Quando deixou o poder, sua nação estava a beira do colapso financeiro e social.<ref name="biography" />
Após a deposição, Bokassa foi para a [[Costa do Marfim]] e, posteriormente, viveu exilado em [[Paris]]. Foi condenado à morte ''[[in absentia]]'' em dezembro de 1980, porém voltou de seu exílio na [[França]] em [[24 de
Com o retorno da [[democracia]] em [[1993]], o presidente [[André Kolingba]] declarou uma [[anistia geral]] a todos os presos, em um de seus últimos atos como presidente, e Bokassa foi libertado em [[1 de
Bokassa teve 17 esposas e mais de 50 filhos. Morreu vítima de [[ataque cardíaco]]. Entrou para a história como um dos ditadores mais excêntricos e cruéis da África.<ref>Nigel Cawthorne. ''Tyrants: History's 100 Most Evil Despots and Dictators''.</ref>
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[[Categoria:Governantes depostos por golpe de Estado]]
[[Categoria:Presidentes vitalícios]]
[[Categoria:Convertidos do catolicismo ao islamismo]]
[[Categoria:Convertidos do islamismo ao catolicismo]]
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