Imigração italiana em São Paulo: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Italians Sao Paulo.jpg|thumb|upright=1.5|Imigrantes posando para fotografia no pátio central da [[Memorial do Imigrante|Hospedaria dos Imigrantes]], ca. 1890.]]
[[Ficheiro:Fachada do Memorial do Imigrante.JPG|thumb|upright=1.5|O [[Museu da Imigração do Estado de São Paulo]].]]
Até 1920, o estado de '''[[São Paulo (estado)|São Paulo]]''' havia recebido aproximadamente 70% dos '''[[Imigração italiana no Brasil|imigrantes italianos]]''' que vieram para o [[Brasil]], representando 9% da sua população total,<ref>{{Citar web|URL = http://novosestudos.uol.com.br/v1/files/uploads/contents/59/20080623_a_integracao.pdf|título = A integração dos imigrantes italianos no Brasil, na Argentina e Estados Unidos|formato = PDF|página = 101|autor = Herbert S. Klein|acessadoem = 11/4/2014|arquivourl = https://web.archive.org/web/20160303231253/http://novosestudos.uol.com.br/v1/files/uploads/contents/59/20080623_a_integracao.pdf|arquivodata = 2016-03-03|urlmorta = yes}}</ref> pelo fato de as fazendas de café terem se concentrado nessa região e de esse estado ter investido grande quantia de dinheiro subsidiando a passagem dos imigrantes. Até o ano de 1920, deram entrada nesse estado 1.078.437 italianos.<ref name="seculo">Angelo Trento. 'Do outro lado do Atlântico: um século de imigração italiana no Brasil'. [S.l.: s.n.], 1989. -–- p</ref>
 
São Paulo recebeu imigrantes de diversas regiões da Itália. Nos registros paroquiais de São Carlos, cidade produtora de café no interior de São Paulo, para o período compreendido entre 1880 e 1914, foi-se registrado que, dentre os italianos que ali se casaram, 29% dos homens e 31% das mulheres eram oriundos do Norte da Itália, sendo o Vêneto a região mais bem representada, com 20% dos homens e 22% das mulheres, seguido da Lombardia com 5% dos homens e 6% das mulheres. Os italianos do Sul também eram bastante numerosos, correspondendo a 20% dos homens e 15% das mulheres de nacionalidade italiana. Calábria, com 7% dos homens e 5% das mulheres e Campânia, com 6% dos homens e 5% das mulheres eram as regiões sulistas que mais mandaram imigrantes para São Carlos.<ref name="abep.nepo.unicamp.br">{{Citar web |url=http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2010/docs_pdf/tema_10/abep2010_2290.pdf |titulo=Cópia arquivada |acessodata=2015-02-09 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160303233823/http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2010/docs_pdf/tema_10/abep2010_2290.pdf |arquivodata=2016-03-03 |urlmorta=yes }}</ref>
 
Em São Paulo, assim como no resto do Brasil, havia a tendência dos imigrantes do Norte da Itália rumarem para a zona rural, enquanto os do Sul preferiam se dedicar às ocupações urbanas. Isso explica o fato de, na cidade de São Paulo, os meridionais terem dominado bairros inteiros, como foi o caso do [[Bixiga]], do [[Brás (bairro de São Paulo)|Brás]] e da [[Mooca]], habitados especialmente por imigrantes oriundos da Calábria e de Campânia.<ref name="seculo"/>
 
Em 2013, viviam em São Paulo aproximadamente quinze milhões de italianos e descendentes, representando cerca de 34% da população do estado.<ref name="loba">{{Citar web|URL = http://www.oriundi.net/site/oriundi.php?menu=noticiasdet&id=21669|formato = |título = Personalidades da comunidade italiana recebem o troféu “Loba Romana”|data = 7 de junho de 2013|acessadoem = 25/1/2014|publicado = Revista digital "Oriundi"|autor = |arquivourl = https://web.archive.org/web/20140202100921/http://www.oriundi.net/site/oriundi.php?menu=noticiasdet&id=21669|arquivodata = 2014-02-02|urlmorta = yes}}</ref>
 
== Núcleos coloniais ==
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Em [[Guaratinguetá]], no ano de 1892, foi implantado o núcleo do Piaguí, por iniciativa do então deputado [[Rodrigues Alves]]. Os primeiros colonos formavam 91 famílias, sendo 33 italianas.<ref>DI LORENZO, A.L. - "Italianos em Taubaté: O Núcleo Colonial do Quiririm, 1890/1920". 2002. 65 folhas. Dissertação (Mestrado em História Econômica) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo. 2002 - pp; 28 e 29.[https://www.yumpu.com/pt/document/view/12680951/italianos-em-taubate-o-nucleo-colonial-do-quiririm-raquel-glezer Versão digitalizada]</ref> Os colonos produziam, entre outras coisas, feijão, milho, batata doce e cana-de-açúcar.<ref>DI LORENZO, A.L. - "Italianos em Taubaté: O Núcleo Colonial do Quiririm, 1890/1920". 2002. 65 folhas. Dissertação (Mestrado em História Econômica) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo. 2002 - p. 75.[https://www.yumpu.com/pt/document/view/12680951/italianos-em-taubate-o-nucleo-colonial-do-quiririm-raquel-glezer Versão digitalizada]</ref>
 
No sul do estado, em 1858, formou-se o núcleo de [[Pariquera-Açu]], na cidade homônima. Embora de origem antiga, esta colônia só passou a receber imigrantes de forma considerável a partir da última década do século XIX. Segundo o ''Relatório da Secretaria de Agricultura de São Paulo'' para o ano de 1900, o núcleo contava com 1.771 colonos, sendo 390 italianos. Eles se dedicavam ao plantio agrícola, sobretudo de produtos como aguardente, milho, batata doce, batata inglesa e arroz.<ref name=":2">{{Citar web|URL = http://www.arquivoestado.sp.gov.br/pageflip/prophp/main.php?MagID=773&MagNo=773|título = Relatório da Agricultura - Estado de São Paulo - 1900|publicado = Arquivo Público do Estado de São Paulo|notas = Páginas 138-139|acessodata = 2015-02-09|arquivourl = https://web.archive.org/web/20140110004244/http://www.arquivoestado.sp.gov.br/pageflip/prophp/main.php?MagID=773&MagNo=773|arquivodata = 2014-01-10|urlmorta = yes}}</ref>
 
Em [[Mogi das Cruzes]], no ano de 1889, uma família de tiroleses formou o núcleo de [[Sabaúna]]. Em 1900, o núcleo já contava com 1.337 pessoas, sendo os italianos, depois dos espanhóis, o segundo maior contingente de estrangeiros, contabilizando 112 colonos. Assim como a maioria dos núcleos coloniais, os colonos dedicavam-se a uma variedade de cultivos, como milho, arroz e batata doce.<ref name=":2" />