Maneirismo: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Giambologna raptodasabina.jpg|thumb|300px|[[Giambologna]]: ''O rapto da Sabina'', 1582. [[Florença]]]]
 
O '''Maneirismo''' foi um estilo e um movimento artístico que se desenvolveu na [[Europa]] aproximadamente entre [[1515]] e [[1600]] <ref>A cronologia sofre variações conforme o autor consultado</ref> como uma revisão dos [[Classicismo|valores clássicos]] e [[Naturalismo|naturalistas]] prestigiados pelo [[Humanismo]] [[renascimento|renascentista]] e cristalizados na [[Renascimento#Alta Renascença|Alta Renascença]]. O Maneirismo é mais estudado em suas manifestações na [[pintura]], [[escultura]] e [[arquitetura]] da [[Itália]], onde se originou, mas teve impacto também sobre as outras artes e influenciou a cultura de praticamente todas as nações europeias, deixando traços até nas suas colônias da [[América]] e no [[Oriente]]. Tem um perfil de difícil definição, mas em linhas gerais caracterizou-se pela deliberada sofisticação intelectualista, pela valorização da originalidade e das interpretações individuais, pelo dinamismo e complexidade de suas formas, e pelo artificialismo no tratamento dos seus temas, a fim de se conseguir maior emoção, elegância, poder ou tensão. É marcado pela contradição e o conflito e assumiu na vasta área em que se manifestou variadas feições.<ref>[{{Citar web |url=http://ca.encarta.msn.com/encyclopedia_761551767/Mannerism.html |titulo=BARNES, Bernadine. ''Mannerism''. Encarta Online Encyclopedia 2008] |acessodata=2008-09-16 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20081202030937/http://ca.encarta.msn.com/encyclopedia_761551767/Mannerism.html |arquivodata=2008-12-02 |urlmorta=yes }}</ref>
 
== Etimologia ==
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:: ''"É impossível compreender o Maneirismo se não se compreende o fato de que a sua imitação dos modelos clássicos é uma fuga do caos ameaçador, e que o grande esforço subjetivo das suas formas é a expressão do medo de que a forma venha a cair na luta com a vida, e de que a arte venha a se desvanecer numa beleza sem conteúdo"''.<ref>HAUSER, Arnold (1972-82). p. 474</ref>
 
Contudo, é necessário lembrar que uma delimitação meramente cronológica do Maneirismo, que comumente se considera estender a partir das segunda década do século XVI até o início do seguinte, e a classificação de todos os artistas deste período como maneiristas, são inadequadas. Elementos que mais tarde seriam chamados maneiristas já são visíveis na obra por exemplo de [[Donatello]], [[Andrea del Sarto]] e [[Mantegna]], no [[século XV]].<ref name="BARNES, Bernadine">[{{Citar web |url=http://ca.encarta.msn.com/encyclopedia_761551767/Mannerism.html |titulo=BARNES, Bernadine] |acessodata=2008-09-16 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20081202030937/http://ca.encarta.msn.com/encyclopedia_761551767/Mannerism.html |arquivodata=2008-12-02 |urlmorta=yes }}</ref> Ao longo de todo o século XVI artistas tipicamente maneiristas iriam conviver com outros ainda bastante fiéis ao programa clássico, como o arquiteto [[Andrea Palladio]], o músico [[Giovanni da Palestrina]] e alguns representantes da escola veneziana de pintura. Por fim, sua fase derradeira já se confunde tanto com o [[Barroco]],<ref>HAUSER, Arnold (1972-82). p. 477</ref> que faz sua definição ser considerada por alguns como uma batalha perdida.<ref>HARTT, Frederick. p. 535.</ref>
 
Em linhas gerais o Maneirismo foi uma escola marcada pela heterogeneidade, tanto mais que o estilo não se limitou à [[Itália]] onde apareceu primeiro, e se espalhou por quase toda a Europa absorvendo diferentes históricos artísticos e estilos regionais. São encontrados numa mesma região artistas que trabalham em estilos mais clássicos e naturalistas, e outros que extrapolam todo o naturalismo e chegam a construir atmosferas de intenso [[misticismo]], como é o caso típico de [[El Greco]], ou de pesadelo, como em [[Pieter Brueghel o velho|Brueghel]]. O formalismo anda a passo com o informalismo, o concreto com o abstrato, o lógico com o emotivo e o irracional, numa mescla sintomática da fragmentação da unidade clássica conquistada no Alto Renascimento e logo perdida. De certa forma o Maneirismo foi uma tentativa de conciliar a espiritualidade da [[Idade Média]] com o realismo da Renascença.<ref>HAUSER, Arnold (1972-82). pp. 476-77</ref> O estilo é fortemente palaciano, pelo menos em sua origem, seus principais expoentes participavam dos círculos ilustrados das cortes e eram eles mesmos muitas vezes perfeitos intelectuais.<ref>HARTT, Frederick. p. 631.</ref>
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== Ligações externas ==
* [http://www.britannica.com/EBchecked/topic/362538/Mannerism ''Mannerism'': Encyclopædia Britannica online] - Artigo principal com diversos outros correlatos
* [https://web.archive.org/web/20090318165544/http://encarta.msn.com/encyclopedia_761551767/Mannerism.html ''Mannerism'': Encyclopedia Encarta] - Panorama geral
* [http://books.google.es/books?hl=pt-BR&lr=&id=9L8RmGhoANQC&oi=fnd&pg=PA25&dq=%22Arnold+Hauser%22&ots=yYwm70tK-3&sig=fk38pFmIzw2etmuitAfpHNuhUCc#PPR9,M1 HAUSER, Arnold. ''Sozialgeschichte der Kunst und Literatur'' (em alemão)]