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[[Ficheiro:Grand Turk(36).jpg|thumb|Mosquetes e [[Baioneta]]s.]]
 
O '''mosquete''' é uma das primeiras [[arma de fogo|armas de fogo]] usadas pela [[infantaria]] entre os séculos [[século XVI|XVI]] e [[século XVIII|XVIII]]. Trata-se de uma evolução do "[[arcabuz]]", semelhante a uma [[espingarda]] porém muito mais pesada, com o cano de até 1,5 [[metro]]s sobre a culatra de [[madeira (material)|madeira]], coronha grande e geralmente munido de [[Baioneta]]. Introduzida no [[século XVI]], é a predecessora da [[espingarda|espingarda moderna]].
 
Esta arma de fogo portátil foi usada pela [[infantaria]] das [[Grande potência|potências]] [[Europa|europeias]], por um período, concomitante com a [[Besta (arma)|besta]] ou "balestra" até substituí-la integralmente.
 
== Etimologia ==
 
De acordo com algumas fontes, a palavra teria origem no [[língua italiana|italiano]], ''moschetto'', que por sua vez viria de ''moschetta'', uma pequena pedra disparada pela [[balista]]. ''Moschetta'', por sua vez, significa uma pequena [[mosca]], o [[insecto]]. Outras fontes afirmam que a origem do nome vem da palavra [[língua francesa|francesa]] ''mousquette'', que é um [[Gavião-da-Europa|gavião]], sendo comum as armas de fogo receberem nomes de animais.
 
== Mecanismo de disparo ==
 
Até cerca de [[1650]], o mosquete, em virtude do seu [[peso]], precisava ser apoiado no solo por uma vara com uma forquilha em cima, para possibilitar a [[mira]] e o disparo. O mecanismo de disparo do mosquete exigia um procedimento complicado, um ritual que só se completava em cerca de três minutos: primeiro o mosqueteiro despejava pelo cano da arma a [[pólvora]] de um dos cartuchos e firmava-a na recâmara com uma bucha de estopa - socada com a vareta da forquilha. Somente depois desse procedimento a bala era introduzida, acompanhada de outra bucha. Pronto o cano, iniciava-se, então, o preparo da [[culatra]], onde um recipiente circular, a caçoleta, recebia uma carga de pólvora fina para finalmente produzir o [[tiro]]. O sistema de disparo constava de mechas incendiárias como no arcabuz ([[Serpentina]]), exceto nos modelos mais modernos, que usaram ''chaves de faíscas'' ([[Pederneira]]) como nos primeiros [[fuzil|fuzis]]. Seu alcance máximo era de 90 a 100 metros.
 
== "Os mosqueteiros do rei" ==
[[Ficheiro:Hohenfriedeberg_-_Attack_of_Prussian_Infantry_-_1745.jpg|thumb|left|300px|Mosqueteiros [[Reino da Prússia|Prussianos]] ao ataque.]]
Dada a lentidão do tiro do mosquete, os mosqueteiros combatiam juntamente com unidades de [[lanceiro]]slanceiros, que no intervalo entre os disparos lhes davam proteção e por esse motivo dispunham de uma [[Baioneta]] para o possível encontro corpo-à-corpo. Em 1600, o rei francês [[Henrique IV de França|Henrique IV]] criou uma guarda pessoal constituída por [[fidalgo]]s. Foi [[Luís XIII de França|Luís XIII]], em 1622, que muniu a unidade com mosquetes e ela tornou-se conhecida como "os mosqueteiros do rei".
 
A segunda companhia surgiu para proteger o [[Cardeal Richelieu]]. Foi herdada pelo [[Cardeal Mazarino]], para depois, em 1660, servir ao rei [[Luís XIV]].
 
No século XVI os senhores da guerra perceberam as vantagens do mosquete como arma de infantaria. O [[Ducado de Alba|Duque de Alba]], por exemplo, equipou com a nova arma diversas unidades do exército espanhol durante as vitoriosas campanhas contra os hereges, sob o reinado de Carlos V. No século seguinte, a maioria dos exércitos europeus dispunha de força de mosqueteiros.
 
== Guerra Civil Americana ==
[[Ficheiro:Shooting a Pattern 1853 Enfield musket reenactment.jpg|thumb|300px|Mosquete Enfield de 1858 em uma reencenação de uma batalha da guerra civil americana]]
O mosquete foi uma das principais armas de [[infantaria]] utilizadas na [[Guerra Civil Americana]], principalmente nos primeiros anos da guerra. O exército [[Estados Confederados da América|confederado]], devido ao escasso número de fábricas de armamentos, utilizou o mosquete mais frequentemente do que o exército da [[União (Guerra Civil Americana)|União]],<ref>{{citar livro|autor=Hess, Earl J. |título=The Rifle Musket in Civil War Combat: Reality and Myth |subtítulo=|idioma=|edição=|local=Kansas|editora=University Press of Kansas|ano=1986|páginas=288|volume=|ID={{ISBN|0-70061607-1}}}}</ref> que começou a utilizar fuzis de repetição próximo do fim da guerra.{{clr}}
 
== Ver também ==