Anarquismo: diferenças entre revisões
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Nas Américas, o anarquismo foi significativamente marcado pelo movimento antiglobalização. Nos Estados Unidos, os [[Manifestações contra o encontro da OMC em Seattle|protestos contra o encontro da OMC em Seattle]] destacaram-se como um dos mais significativos eventos com participação anarquista durante o movimento antiglobalização.<ref name=corr62b /> Também destacou-se a participação dos anarquistas no movimento [[Occupy Wall Street]] em 2011.<ref>{{citar web |url= http://www.theguardian.com/commentisfree/cifamerica/2011/nov/15/occupy-anarchism-gift-democracy|título= Occupy and anarchism's gift of democracy|acessodata=12 de setembro de 2015 |autor= Graeber, David|publicado= [[The Guardian]]}}</ref> No México, o [[Exército Zapatista de Libertação Nacional]], de significativa influência anarquista, realizou um [[Revolta em Chiapas em 1994|levante em 1994]], e após a revolta, formaram-se vários grupos anarquistas de apoio aos zapatistas no país;<ref name=corr62b /> em 2006, os anarquistas mexicanos também participaram da [[rebelião de Oaxaca]] em 2006, onde, a partir de uma greve de 70 mil professores, articularam-se trabalhadores sindicalizados, camponeses e estudantes na luta contra o governo de [[Ulises Ruiz Ortiz]], estabelecendo a ''[[Asamblea Popular de los Pueblos de Oaxaca]]'' (APPO), que tomou prédios públicos, estabeleceu organizações de mulheres, como a ''Comisión de Mujeres de Oaxaca'', tomou rádios e televisões e terminou sendo duramente reprimida pelo governo.{{Sfn|Corrêa|2012|p=62-63}}
Na região sul do continente, destacou-se a influência da FAU na difusão do [[especifismo]], auxiliando no estabelecimento de organizações anarquistas em outros países, como no Brasil, com a [[Federação Anarquista Gaúcha]] (FAG) e a [[Federação Anarquista do Rio de Janeiro]] (FARJ). Organizações especifistas também foram fundadas na Argentina e no Chile. Essas organizações vêm tendo participação relevante, ainda que na maioria dos casos minoritária, em movimentos sociais do continente, dentre os quais se encontram sindicatos, associações comunitárias e de bairro, movimentos rurais, de estudantes, desempregados, sem-teto, sem-terra e outros; dentre as grandes mobilizações ocorridas na América do Sul que contaram com participação anarquista relevante, destacam-se as manifestações de 2001 na Argentina, em resposta à [[Crise econômica da Argentina|crise econômica]] que assolava o país;{{sfn|Corrêa|2012|p=63}} as [[Mobilização estudantil no Chile em 2006|mobilizações estudantis em 2006 no Chile]]<ref>{{citar web|autor=Moraga Lovera, Marcos|título=En las revueltas estudiantiles hay un germen anarquista potente |url=http://www.lanacion.cl/prontus_noticias/site/artic/20060607/pags/20060607191302.html |publicado= La Nación |acessodata=10 de agosto de 2015}}</ref> e as [[Protestos no Brasil em 2013|manifestações de 2013]] no Brasil.<ref>{{citar web|autor=Avelino, Nildo|título=As revoltas de junho no Brasil e o anarquismo|url=https://espacoacademico.wordpress.com/2013/07/17/as-revoltas-de-junho-no-brasil-e-o-anarquismo/|publicado= Espaço Acadêmico|acessodata=10 de agosto de 2015
Na África, experiências baseadas no sindicalismo revolucionário tem tido relevância, bem como a formação de organizações específicas anarquistas como a ''[[Zabalaza Anarchist Communist Federation]]'' (ZACF), na África do Sul.{{Sfn|Corrêa|2012|p=63-64}} No Oriente Médio, o anarquismo surgiu na [[Turquia]] durante a década de 1990, com a criação de grupos como a ''Anarchist Youth Federation'' (AGF), ''Anatolian Anarchists'' (AA) e o ''Karasin Anarchist Group'' (KAG); o anarquismo ganhou também influência entre os [[curdos]]<ref name=corr62b /> e tanto no norte da África como no Oriente Médio os anarquistas tiveram participação significativa na chamada [[Primavera Árabe]].<ref>{{citar web|url=http://www.strategicoutlook.org/publications/The_fruits_of_Arab_Spring_Islamism_Anarchism_Feminism.pdf|título=The Fruits of “Arab Spring”; Islamism, Anarchism & Feminism|autor=Tashjian, Yeghig|acessodata=26 de setembro de 2015|publicado=Strategic Outlook}}</ref> Na Ásia, há pouquíssimas referências anarquistas contemporâneas. Na Oceania, algumas experiências anarcossindicalistas têm tido relevância na Austrália.<ref name=corr64b />
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