Villa Barbaro: diferenças entre revisões

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Na construção da villa Palladio interveio com habilidade, trabalhando para transformar uma casa pré-existente ligando-a às alas laterais rectilíneas e escavando na vertente da colina um ninfeu com uma pesqueira da qual, graças a um sofisticado sistema [[hidráulica|hidráulico]], a água é transportada nos ambientes de serviço e depois chega aos jardins e ao [[pomar]]. Na legenda da página dos ''Quattro Libri'' que diz respeito à villa, Palladio põe em evidência esta mesma proeza que se remete para a hidráulica romana antiga. É evidente que, no lugar das villas agrícolas vénetas, o modelo da Villa Barbaro são as grandes residências romanas, como a [[Villa Giulia]] ou a [[Villa d'Este]], que [[Pirro Ligorio]] realizava em [[Tivoli]] para o Cardeal [[Ippolito d'Este]] (ao qual, por outro lado, Barbaro dedica o ''Vitruvio'').
 
As autoridades na matéria diferem no que diz respeito ao período de construção da villa. O historiador Adalbert dal Lago afirma que foi construída entre [[1560]] e [[1570]]<ref>dal Lago, p.50</ref>, enquanto outros dizem que a villa estava quase acabada em [[1558]]<ref>[http://rubens.anu.edu.au/raider4/chandler/chap5.htm ''VILLA BARBARO: ARCHITECTURE, KNOWLEDGE AND ARCADIA''] {{Wayback|url=http://rubens.anu.edu.au/raider4/chandler/chap5.htm |date=20040309204040 }} acceso: 9-7-2007</ref>. A opiniãpo de Hobson<ref>Hobson, ''ibid''.</ref> coincide com a de dal Lago, afirmando que a data de início foi provavelmente [[1560]]. Hobson atribui a Daniele a decisão não só de construir a villa, como também da escolha do arquitecto e do escultor Alessandro Vittoria. Embora Daniele fosse um especialista em matéria artística, a villa, na verdade, estava destinada para o uso da família de Marcantonio e seus descendentes<ref>Hobson, ''ibid''</ref>.
 
=== A villa depois dos Barbaro ===
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Durante a [[Primeira Guerra Mundial]], na villa tinha sede o comando do General Squillaci. Baterias do exército disparavam pelas colinas além do [[Rio Piave]], mas o edifício permaneceu miraculosamente intacto.
 
Em [[1934]], o palácio foi adquirido pelo Conde [[Giuseppe Volpi]], de [[Misurata]], fundador do [[Festival de Cinema de Veneza]] e pai de Giovanni Volpi, o qual confiou a sua conservação à filha Marina, que se enamorou pelo edifício, ali se estabalecendo e continuando ao longo dos anos uma grande obra de restauro com vista a devolvê-lo à sua antiga glória. Actualmente, a villa é habitada pela sua filha, neta de Giuseppe Volpi, e pela família desta, podendo ser visitada pelo público <ref>[{{Citar web |url=http://www.villadimaser.it/eng/home_eng.htm |titulo=Página web oficial] |acessodata=2009-11-09 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20060413190357/http://www.villadimaser.it/eng/home_eng.htm |arquivodata=2006-04-13 |urlmorta=yes }}</ref>
 
Em [[1996]], a Villa Barbaro foi classificada pela [[UNESCO]] como [[Património Mundial da Humanidade]] inserida no sítio [[Cidade de Vicenza e Villas de Palladio no Véneto]].
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A força e a qualidade do espaço [[Trompe-l'oeil|ilusionístico]] que se sobrepõe ao palladiano têm feito pensar numa espécie de conflito entre pintor e arquitecto, tanto mais que Veronese não vem citado na legenda da tábua dos ''Quattro Libri'' dedicada à villa. De resto, evidentemente influenciado (e provavelmente intimidado) pelo gosto e pela personalidade dos Barbaro, é muito provável que Palladio tenha reservado para si um papel técnico e de coordenação geral, deixando aos patronos — senão, segundo alguns, ao próprio Veronese — largo espaço para a invenção: prova-o o fantasioso desenho da fachada que dificilmente pode ser-lhe atribuido.
 
As salas internas estão divididas, partindo da primeira: Sala do Olimpo, Sala do Cruzeiro, Sala de Baco, Sala do Amor Conjugal (ou de Vénus), Sala do Cão e Sala da Lucerna (ou Madona da Papa). Os afrescos que as decoram datam do início da [[década de 1560]], ou talvez ligeiramente antes. Na Sala do Olímpo, Veronese pintou Giustiniana, sehora da casa e esposa de Marcantonio Barbaro, com o seu filho mais novo, a governanta e as mascotes da família, um papagaio e um cão spaniel. O cãpo da família também aparece noutra sala, precisamente a Sala do Cão. A Sala do Cruzeiro representa paisagens imaginárias e o pessoal da villa assumando-se por trás de portas em ''[[trompe-l'oeil]]''. A Sala da Lucerna tem imagens simbolizando o comportamento e a força virtuosos. A Sala de Baco mostra cenas de vindima e uma chaminé esculpida com a figura da Abundância, reflexo dos ideais bucólicos e do esplendor da villa<ref>Boulton, Susie & Catling, Christopher, ''"Villas of Palladio: Villa Barbaro"'', em ''Venice & the Veneto'', (Dorling Kindersley, Londres 2001) p.25 ISBN 1-56458-861-0</ref>. Dentro do tecto da [[abóbada]] central há um afresco dos planetas representados pelas antigas divindades. A deusa da Terra, [[Gaia (mitologia)|Gaia]], está curiosamente representada com um [[dragão]]<ref>[{{Citar web |url=http://www.chem.vt.edu/chem-dept/field/palladio.htm |titulo=Palladio] |acessodata=2009-11-09 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080907174415/http://www.chem.vt.edu/chem-dept/field/palladio.htm |arquivodata=2008-09-07 |urlmorta=yes }}</ref>.
 
=== O Templo ===