Vitória Della Rovere: diferenças entre revisões

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Fernando II morreu em 1670. Foi sucedido pelo [[Grão-Príncipe da Toscana|Grão-príncipe]] com o título de Cosme III que, desde 1661, estava casado com [[Margarida Luísa de Orleães]],<ref name="Acton114"/> prima co-irmã de [[Luís XIV de França]]. Um filho, [[Fernando de Médici, Grão-príncipe da Toscana]], e uma filha, [[Ana Maria Luísa de Médici]], nasceram num período de quatro anos, e semanas após a ascensão de Cosme III, Margarida Luísa estava de novo grávida. Vitória e a sua altiva nora competiam uma com a outra pelo poder. Graças à sua influência sobre o filho, foi Vitória que triunfou. Cosme III foi ao ponto de entregar à mãe a administração do dia a dia da Toscana.<ref>Acton, p 122</ref> Como resultado, Vitória foi formalmente admitida na ''Consulta'' (Conselho Privado) do Grão-duque, deixando uma amargurada Margarida Luísa entregue a si própria.<ref name=Acton113>Acton, p 113</ref> As duas Grã-duquesas discutiam frequentemente sobre a precedência e sobre a ''Consulta'', mas Cosme III sempre tomou o partido da mãe, o que mais alimentava a ira da mulher<ref name=Acton114>Acton, p 114</ref> que apenas ficara encarregue da supervisão de seu filho, o [[Fernando de Médici, Grão-príncipe da Toscana|Grão-príncipe Fernando]]. No início de 1671, as desavenças entre Margarida Luísa e Vitória tornaram-se de tal forma acaloradas que um contemporâneo notou que "o [[Palácio Pitti]] tornou-se na casa do demónio, e desde madrugada até à meia noite só era possível ouvir o ruído de disputas e injúrias".<ref>Acton, p. 115.</ref>
 
Vitória acabou por triunfar quando, em 1674, houve notícias do eventual regresso a França da sua nora, depois dum desterro na [[Villa Medici]], em Poggio a Caiano, nos arredores de Florença. O casal Grão-ducal decidira separar-se na condição de que Margarida Luísa fosse viver na [[Montmartre|Abadia de Montmartre]], em [[Paris]]. Margarida Luísa deixou a Toscana em 1675 e nunca mais regressou. Dado o abandono dos seus filhos, Vitória ficou encarregada da educação dos três netos: o [[Fernando de Médici, Grão-príncipe da Toscana|Grão-príncipe Fernando]], a [[Ana Maria Luísa de Médici|Princesa Ana Maria Luísa]] e o [[João Gastão de Médici|Príncipe João Gastão]].<ref name="la principessa saggia">{{citar web|url=http://www.polomuseale.firenze.it/ElettricePalatina_2007/biografia.html|acessodata=16 de novembro de 2009|publicado=www.polomuseale.firenze.it|título=Anna Maria Luisa de' Medici - Biografia |língua=Italian|ano=2006|autor =Galleria Palatina|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110717091944/http://www.polomuseale.firenze.it/ElettricePalatina_2007/biografia.html|arquivodata=2011-07-17|urlmorta=yes}}</ref>
 
Retirando-se da vida política ao atingir a velhice, Vitória fazia longas estadias no convento de Montalve, para além de passagens pela [[Villa del Poggio Imperiale]], para onde transferiu parte da colecção de arte que herdara. Vitória Della Rovere, Grã-duquesa da Toscana, morreu em [[Pisa]] em 1694 aos setenta e dois anos de idade, sendo sepultada na [[Basílica de São Lourenço]], em Florença. Ao morrer, o seu filho [[Francisco Maria de Médici, Duque de Rovere e Montefeltro|Francisco Maria]], Cardeal desde 1686, herdou os ducados honorários dos Della Rovere. Os títulos extinguiram-se com a extinção da [[Casa de Médici]] verificada com a morte do seu neto [[João Gastão de Médici]], Grão-duque da Toscana, em 1737. A sua neta, a Eleitora Palatina, entregou o património artístico dos Médici ao estado Toscano, em 1743. O designado ''Pacto de Família'' assegurou que os tesouros artísticos dos Médici, que haviam sido coleccionados ao longo de três séculos, se mantivessem em Florença juntamente com o que fora a herança de Vitória Della Rovere.<ref>Young, p 508</ref>