White Star Line: diferenças entre revisões

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Essas esperanças logo foram decepcionadas. O ''Tayleur'' deixou Liverpool em 19 de janeiro de 1854 para sua viagem inaugural, porém logo ficou claro que seus equipamentos eram defeituosos e que sua tripulação em sua maior parte era incompetente para operá-lo de maneira adequada.<ref>{{harvnb|Anderson|1964|pp=8–9}}</ref> O navio acabou batendo em rochas dois dias depois perto da costa da [[Irlanda do Norte|Irlanda]] e afundou, com aproximadamente metade das pessoas abordo morrendo. O naufrágio causou grande impacto na mídia, porém a maior parte da culpa caiu sobre a dona da embarcação a Charles Moore & Company, que não havia tomado as precauções necessárias antes do navio entrar em serviço, muito menos realizado testes marítimos. Isso permitiu que a White Star Line e o capitão John Noble saíssem ilesos do acidente.<ref>{{harvnb|Anderson|1964|pp=10–11}}</ref>
 
Para compensar a perda financeira causada pelo ''Tayleur'', a White Star comandou vários [[Clipper (veleiro)|clippers]], com o primeiro sendo o ''Red Jacket''.<ref>{{citar web|url=http://www.titanic-whitestarships.com/Red_jacket_1854.htm|arquivourl=httphttps://web.archive.org/web/20141013221936/http://www.titanic-whitestarships.com/Red_jacket_1854.htm|arquivodata=2014-10-13 de outubro de 2014|título=WSL Clipper Red Jacket|obra=Titanic and Other White Star Line Ships|acessodata=10 de abril de 2016 |urlmorta=no}}</ref> O navio mostrou-se eficiente o bastante na linha australiana para garantir algum sucesso para a empresa, permitindo o fretamento de navios maiores e mais rápidos como o ''Shalimar'', ''Sultana'', ''Emma'' e ''White Star''.<ref>{{harvnb|Anderson|1964|p=16}}</ref>
 
Entretanto, a companhia perdeu contratos postais em 1856 e Wilson insistiu no investimento de navios cada vez maiores a fim de manter a atenção do público. Pilkington tinha suas dúvidas e pouco depois deixou a empresa.<ref>{{harvnb|Anderson|1964|p=29}}</ref> Wilson o substituiu por James Chambers, renomeando a firma para H. T. Wilson & Chambers.<ref>{{harvnb|Haws|1990|p=10}}</ref> A White Star continuou seus negócios apostando tudo em navios à vela, enquanto seus rivais diretos da Black Ball Line e Eagles Line se fundiram em 1858 para manterem-se na ativa após dificuldades causadas pelo advento da implementação de navios a vapor.<ref>{{harvnb|Anderson|1964|p=31}}</ref> Wilson durante esses anos prestou atenção no fluxo migratório, dirigindo de acordo as linhas da empresa para o Canadá ou para a [[Nova Zelândia]].<ref>{{harvnb|Anderson|1964|p=33}}</ref> A White Star fretou em 1863 seu primeiro navio a vapor: o ''Royal Standard''.<ref>{{harvnb|Eaton|Haas|1989|p=9}}</ref>
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A White Star foi adquirida em 1902 pela [[International Mercantile Marine Co.]] (IMM), um [[truste]] criado pelo banqueiro americano [[John Pierpont Morgan]]. Seu objetivo era obter o monopólio do transporte marítimo no Oceano Atlântico ao comprar várias empresas e realizar acordos com as alemãs [[Hamburg-Amerika Linie]] e [[Norddeutscher Lloyd]]. A compra da White Star foi sua principal aquisição.<ref>{{harvnb|Anderson|1964|p=97}}</ref> Para conseguir fechar o negócio, Morgan prometeu aos acionistas pagar-lhes dez vezes os lucros gerados pela empresa em 1900, um ano particularmente bom.<ref name=haws16 >{{harvnb|Haws|1990|p=16}}</ref> A família Ismay estava inicialmente relutante em aceitar a venda, com todos estando cientes que Thomas Ismay seria fortemente contra a ideia caso ainda estivesse vivo. Entretanto, por fim, Bruce Ismay concordou com o desejo geral dos acionistas. Isso fez com que seu irmão James e outros cinco diretores da Ismay, Imrie & Co. saíssem da empresa, deixando apenas Ismay e Sanderson na liderança. Os dois rapidamente se juntaram a [[William Pirrie]], presidente dos estaleiros da [[Harland and Wolff]] em [[Belfast]], onde todos os navios da White Star eram construídos. Ismay e Pirrie também foram colocados entre os treze diretores da IMM.<ref>{{harvnb|Kerbrech|2009|p=77}}</ref>
 
Entretanto, os navios da White Star permaneceram britânicos, continuando com a mesma bandeira, portos de registro e tripulações. A lei dos [[Estados Unidos]] impedia que empresas norte-americanas operassem navios construídos fora do país. Essa lei muito incomodava Morgan, porém as embarcações britânicas eram mais baratas de serem operadas.<ref name=haws16 /> No ano de sua aquisição, a White Star, cujos novos navios tinham capturado uma parcela considerável dos fluxos imigratórios transatlânticos, transportou 29.833 passageiros. Seus números foram aproximadamente de três mil passageiros a mais que os da Cunard, porém ainda assim ficou abaixo das duas concorrentes alemãs.<ref>{{citar web|url=http://www.atlantictransportline.us/content/immc.htm|título=The International Mercantile Marine Company|obra=The Atlantic Transport Line|autor=Kinghorn, Jonathan|acessodata=21 de dezembro de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170116082358/http://www.atlantictransportline.us/content/immc.htm|arquivodata=2017-01-16|urlmorta=yes}}</ref> Em resposta ao perigo de monopólio, o governo britânico financiou as duas embarcações seguintes da Cunard, o [[RMS Mauretania|RMS ''Mauretania'']] e o [[RMS Lusitania|RMS ''Lusitania'']], com o objetivo de impedir que a empresa também entrasse no truste.<ref>{{harvnb|Anderson|1964|p=98}}</ref>
 
Apesar dos bons resultados da White Star, a IMM enfrentou dificuldades e precisou lutar para pagar suas dívidas. Foram necessários grandes esforços a fim de estabelecer a IMM, esforços que Clement Griscom, presidente do conglomerado, achou que não era capaz de realizar. Ismay recebeu em 1904 a oferta para substituí-lo, aceitando com relutância e enquanto apenas tivesse o apoio de Morgan, preferindo na focar sua atenção e interesses apenas na empresa de sua família.<ref name=haws17 >{{harvnb|Haws|1990|p=17}}</ref>
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Esta técnica foi implementada pela primeira vez nos ''Big Four'', que eram capazes de transportar muitos imigrantes e ofereciam aos passageiros um conforto até então sem igual, ao mesmo tempo que reduziam drasticamente a velocidade das travessias, que eram comparáveis a navios de trinta anos antes. As economias de combustível alcançadas foram grandes e isso incentivou a empresa a continuar com essa filosofia.<ref>{{harvnb|Haws|1990|p=55}}</ref> Dessa forma, os navios da Classe ''Olympic'' também não visavam enfrentar seus oponentes no campo da velocidade, mas excediam no tamanho e luxo de suas instalações.<ref>{{harvnb|Haws|1990|p=70}}</ref> O naufrágio do ''Titanic'' e as perdas sofridas na Primeira Guerra Mundial alteraram os planos da White Star para a década de 1920, com seu serviço transatlântico ficando composto pelo ''Olympic'' e duas embarcações alemãs tomadas como reparação de guerra, o ''Homeric'' e o ''Majestic''. Isso causou um grande problema para a empresa, já que seus navios não tinham a mesma velocidade ou tamanho, o que acabou prejudicando sua regularidade.<ref>{{harvnb|Haws|1990|p=95}}</ref>
 
A White Star continuou presente na corrida pelo tamanho: dois de seus navios, o ''Oceanic'' e o ''Celtic'', foram os primeiros a quebrar os recordes de comprimento e tonelagem estabelecidos cinco décadas antes pelo ''Great Eastern''. Com a exceção do ''Adriatic'', os ''Big Four'' foram sucessivamente os maiores navios da história. Este título depois ficou também com o ''Olympic'' e o ''Titanic''. Por fim, o ''Majestic'' foi o maior navio do mundo desde seu comissionamento em 1922 até a estreia do francês [[SS Normandie|SS ''Normandie'']] em 1935.<ref>{{citar web|url=http://www.thegreatoceanliners.com/largest.html|título=The Largest Passenger Ships in the World|obra=The Great Ocean Liners|acessodata=27 de dezembro de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170227205631/http://www.thegreatoceanliners.com/largest.html|arquivodata=2017-02-27|urlmorta=yes}}</ref>
 
===Carga e gado===
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== Ligações externas ==
{{Commons category|White Star Line}}
*[https://web.archive.org/web/20080726061625/http://www.titanic-titanic.com/white_star_line.shtml White Star Line] {{en}} no Titanic-Titanic.com
*[http://www.whitestarhistory.com/ White Star Line History] {{en}}