Alta velocidade ferroviária: diferenças entre revisões

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'''Alta velocidade ferroviária''', também chamada de {{PEPB|comboio|trem}} '''de alta velocidade''', é um tipo de [[transporte ferroviário]] que opera significativamente mais rápido do que o tráfego ferroviário tradicional, utilizando um sistema integrado de [[material rodante]] especializado e linhas específicas. Embora não exista um único padrão que se aplique a nível mundial, considera-se que as novas linhas com mais de 250 quilômetros por hora e as linhas existentes em mais de 200 quilômetros por hora podem ser consideradas de alta velocidade, sendo que alguns estendem a definição para incluir velocidades mais baixas em áreas onde isto representou uma melhoria significativa.<ref name="UIC">{{citar web| url=http://www.uic.org/highspeed#General-definitions-of-highspeed |título=General Definitions of Highspeed |publicado=International Union of Railways (UIC) |acessodata=20 de novembro de 2015}}</ref>
 
O primeiro tal sistema começou operações no [[Japão]] em 1964 e era sabido extensamente como o [[trem bala]]. Os trens de alta velocidade normalmente operam em trilhos de [[bitola padrão]] de trilho soldado continuamente em uma linha ferroviária separadas em graus que incorpora um grande raio de giro em seu projeto. Apesar de trilhos de alta velocidade serem mais frequentemente projetado para viagens de passageiros, alguns sistemas de alta velocidade também oferecem serviço de frete. O grupo de trabalho da [[União Internacional de Caminhos-de-Ferro]] fornece definições de viagens de comboio de alta velocidade. Não existe apenas uma única definição do termo, mas uma combinação de elementos — carris novos ou atualizados, material circulante, práticas de exploração — que levam a que um dado serviço seja ou não considerado como de alta velocidade.<ref>[{{Citar web |url=http://www.uic.asso.fr/gv/article.php3?id_article=62 |titulo=União Internacional de Caminhos-de-Ferro-Alta velocidade] |acessodata=2007-03-24 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20061210124602/http://www.uic.asso.fr/gv/article.php3?id_article=62 |arquivodata=2006-12-10 |urlmorta=yes }}</ref>
 
Muitos países desenvolveram a alta velocidade ferroviária para conectar grandes cidades, incluindo a [[Áustria]], a [[Bélgica]], a [[China]], a [[França]], a [[Alemanha]], a [[Itália]], o [[Japão]], os [[Países Baixos]], a [[Polónia]], [[Portugal]], a [[Rússia]], a [[Coreia do Sul]], a [[Espanha]], a [[Suécia]], [[Taiwan]], a [[Turquia]], o [[Reino Unido]], os [[Estados Unidos da América]] e o [[Uzbequistão]]. Apenas na Europa a alta velocidade ferroviária atravessa as fronteiras internacionais. A China tem 22.000 quilômetros (14.000 milhas) de linhas de alta velocidade ferroviária no final de dezembro de 2016, correspondendo a dois terços do total mundial.<ref>"[http://www.chinadaily.com.cn/business/2016-09/10/content_26759186.htm Caminhos-de-ferro de alta velocidade na China ultrapassam os 20.000 km]". China Daily. 10 de setembro de 2016. Consultado em 6 de janeiro de 2017.</ref>
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As estradas de ferro foram a primeira forma de transporte terrestre rápido e detiveram um [[monopólio]] eficaz no tráfego do passageiro até o desenvolvimento do [[automóvel]] e de [[aviões de passageiros]] no século XX. A velocidade sempre foi um fator importante para as ferrovias e elas constantemente tentaram alcançar velocidades mais altas e diminuir os tempos de viagem. O transporte ferroviário no final do século XIX não era muito mais lento do que os comboios não de alta velocidade atuais e muitas ferrovias operavam regularmente trens relativamente rápidos, com velocidades médias de cerca de 100 km/h.<ref>[[Official Guide of the Railways]], [http://cprr.org/Museum/Books/I_ACCEPT_the_User_Agreement/Official_Rail_Guide_1910.pdf 1910: The Official Guide of the Railways and Steam Navigation Lines of the United States, Puerto Rico, Canada, Mexico, and Cuba], Rand McNally & Company Publishing, 1910,</ref>
 
Em 23 de outubro de 1903, o vagão ferroviário da [[Siemens & Halske AG]] alcançou uma velocidade de 206,7 km/h e em 27 de outubro o vagão da [[AEG]] atingiu 210,2 km/h. Estes trens demonstraram a viabilidade do trilho elétrico de alta velocidade.<ref name="wrf_sith">Sith Sastrasinh, "[http://www.worldrailfans.info/forum/index.php?/topic/2292-electrical-train-marienfelde-zossen-in-1901/?p=18578 Electrical Train Marienfelde–Zossen in 1901] {{Wayback|url=http://www.worldrailfans.info/forum/index.php?%2Ftopic%2F2292-electrical-train-marienfelde-zossen-in-1901%2F%3Fp=18578 |date=20160911101535 }}", 21 January 2000, WorldRailFans. Accessed 23 January 2013.</ref>
 
Nas décadas posteriores à [[Segunda Guerra Mundial]], o [[petróleo]] barato, juntamente com melhoramentos nos [[automóvel|automóveis]], [[autoestrada]]s e [[aviação]], tornaram estes meios mais práticos para uma grande porção da população do que antes. Na [[Europa]] e no Japão, foi dada ênfase à reconstrução no pós-guerra, enquanto que nos Estados Unidos foi dada à construção de um enorme sistema de autoestradas interestaduais e [[aeroportos]]. Os sistemas de transporte de massas foram grandemente negligenciados nos EUA. As [[linhas ferroviárias]] dos [[Estados Unidos]] foram se tornando cada vez menos competitivas, em parte devido à tendência do [[governo]] em favorecer o transporte aéreo e rodoviário, mais do que no Japão e nos países [[Europa|europeus]], e em parte também devido à menor [[densidade populacional]].
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As viagens de [[comboio]] tornam-se mais competitivas nas áreas de maior densidade populacional e onde o custo do [[petróleo]] for elevado, devido ao facto de os comboios convencionais terem [[consumo]]s de [[combustível]] mais eficientes que os carros (embora algumas vezes menos eficientes que os [[ônibus]]). Muito poucos comboios consomem [[diesel]] ou outros [[combustíveis fósseis]], mas as centrais elétricas que fornecem [[eletricidade]] aos comboios elétricos consomem normalmente [[gás natural]] e [[carvão]]. No entanto, no Japão e na França, existe uma grande proporção de [[eletricidade]] proveniente de [[energia nuclear]]. Mesmo consumindo [[eletricidade]] gerada a partir de carvão e [[petróleo]], os comboios são mais econômicos por passageiro por quilômetro percorrido do que um automóvel típico. A atualização das redes ferroviárias exige investimentos pesados e por isso só é competitiva com os aviões ou automóveis desaparecendo os subsídios ao custo do combustível (como por exemplo nos EUA), ou face a altas densidades populacionais (como se passa na Europa e Japão).
 
Tipicamente, os comboios de alta velocidade viajam a velocidades de cruzeiro entre os 250&nbsp;km/h e os 300&nbsp;km/h. A marca mundial de velocidade para um comboio convencional com rodas foi estabelecida em 2007 por um [[TGV]] francês que atingiu a velocidade de 574,8&nbsp;km/h.<ref>{{citar web|url=http://jn.sapo.pt/2007/04/04/primeiro_plano/tgv_frances_superou_574_por_hora.html |titulo= TGV breaks world conventional rail-speed record|data =2007-02-14|acessodata =2007-02-14|publicado =EarthTimes.org}}</ref> O comboio [[protótipo]] [[Japão|japonês]] de [[maglev|levitação magnética]] (mag lev) [[JR-Maglev|JR -M aglev ML X01]] estabeleceu o recorde de velocidade de um comboio ao atingir os 582&nbsp;km/h. No dia 3 de abril de 2007 foi batido oficialmente o anterior recorde de comboios convencionais ao ser atingida a velocidade de 574,8&nbsp;km/h<ref>[{{Citar web |url=http://noticias.sapo.pt/info/733185.html |titulo=Record do TGV] |acessodata=2007-04-03 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070407134431/http://noticias.sapo.pt/info/733185.html |arquivodata=2007-04-07 |urlmorta=yes }}</ref>. Este teste, na nova linha [[Paris]]-[[Estrasburgo]], teve o nome de código ''V 150'' aludindo aos 150 metros/segundo de velocidade que se pretendia atingir (correspondente a 540&nbsp;km/h)<ref>[{{Citar web |url=http://tf1.lci.fr/infos/economie/entreprises/0,,3423091,00-record-vitesse-vue-pour-tgv-.html |titulo=Anúncio das características do teste do TGV] |acessodata=2007-04-03 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070406192908/http://tf1.lci.fr/infos/economie/entreprises/0,,3423091,00-record-vitesse-vue-pour-tgv-.html |arquivodata=2007-04-06 |urlmorta=yes }}</ref>
 
=== Japão ===
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}}</ref> Os engenheiros japoneses das Ferrovias Nacionais Japonesas(JNR) começaram então a estudar o desenvolvimento de um serviço de transporte de massa regular e de alta velocidade. Em 1955, estiveram presentes no Congresso de Electrotecnologia de [[Lille]], na França, e durante uma visita de seis meses, o engenheiro-chefe da JNR acompanhou o diretor-adjunto Marcel Tessier no DETE (Departamento de Estudos de Tração da [[SNCF]]).<ref name="douviensTGV">[http://archivchemindefer.free.fr/dossierTGV/DouviensTGV.pdf D'où viens tu TGV? (in French), by Jean François Picard and Alain Beltran]</ref>
 
Em 1957, os engenheiros da Odakyu Electric Railway, na [[Região Metropolitana de Tóquio], lançaram a [[Série Odakyu 3000]], que estabeleceu um recorde mundial para comboios de [[bitola estreita]] a 145 km/h, dando aos engenheiros da Odakyu a confiança de que podiam construir de forma segura e confiável trens ainda mais rápidos com [[bitola padrão]].<ref name="Hood"/> O novo serviço, denominado Shinkansen (que significa ''nova linha principal''), proporcionaria novas linhas, 25% mais amplas que o padrão, continuamente entre Tóquio e Osaka usando material circulante novo, projetado para 250 km/h. No entanto, o [[Banco Mundial]], embora apoiando, considerou o projeto do equipamento como não comprovado para que a velocidade e definiu a velocidade máxima de 210 km/h.<ref name="douviensTGV"/> Após os testes iniciais de viabilidade, o plano foi acelerado e a construção da primeira seção da linha começou em 20 de abril de 1959.<ref>{{citar web |url=http://www.pref.kanagawa.jp/cnt/p19871.html |título=Kanagawa Prefecture:県央・湘南の環境と共生する都市づくりNEWS NO.11」新幹線豆知識クイズの解説 |publicado=Pref.kanagawa.jp |acessodata=17 de outubro de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110927053732/http://www.pref.kanagawa.jp/cnt/p19871.html |arquivodata=2011-09-27 |urlmorta=yes }}</ref>
 
Os primeiros comboios Shinkansen, as [[Séries 0 - Shinkansen]], foram construídos pela [[Kawasaki Heavy Industries]] - muitas vezes chamado de "trens bala" por conta do nome original em [[Língua japonesa|japonês]] ''Dangan Ressha'' (弾 丸 列車?) - ultrapassou os primeiros trens rápidos comerciais em serviço. Eles atravessaram a distância de 515 km em 3 horas e 10 minutos, alcançando uma velocidade máxima de 210 km/h e mantendo uma velocidade média de 162,8 km/h com paradas em [[Nagóia]] e [[Quioto]].
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As primeiras áreas alvo, identificadas pela França, Japão e pelos Estados Unidos, eram ligações entre pares de grandes cidades. Em [[França]] esta foi [[Paris]]-[[Lyon]], no Japão foi [[Tóquio]]-[[Osaka]], e nos [[Estados Unidos]] as propostas são para áreas de grande densidade populacional. O único serviço actual de [[caminhos-de-ferro]] de alta-velocidade nos Estados Unidos está no ''Corredor do Nordeste'' entre [[Boston]], [[Nova Iorque]] e [[Washington DC]]. Usa [[Comboio pendular|comboios pendulares]] para alcançar altas velocidades (apesar de serem muito inferiores dos seus congéneres Europeus e Japoneses) em [[carril|carris]] já existentes, dado que a construção de novas linhas rectilíneas não era praticável devido aos terrenos envolventes estarem já ocupados e ao preço exorbitante que exigiria a sua [[expropriação]].{{carece de fontes|data=abril de 2017}}
 
Um facto notável é que na [[Europa]], [[Coreia]] e [[Japão]], há ligação entre as densas redes de [[metropolitano]] e de comboios convencionais às linhas de comboio de alta-velocidade. Apesar dos esforços para criar uma rede de comboios de alta-velocidade nos Estados Unidos, as cidades com uma infraestrutura ferroviária interna irão ter uma baixa utilização dos serviços de comboios de alta-velocidade, pois é incompatível com a infraestrutura rodoviária existente, i.e. as pessoas teriam de conduzir na cidade para chegar à estação de comboios, pelo que assim, mais valia conduzir a viagem toda. Como no [[Japão]] a utilização diária ''per capita'' da rede ferroviária interna é a mais alta do mundo, é natural que o número de utentes de 6 mil milhões de passageiros <ref>[{{Citar web |url=http://www.japanrail.com/JR_shinkansen.html |titulo=http://www.japanrail.com/JR_shinkansen.html] |acessodata=2006-10-18 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20061018204706/http://www.japanrail.com/JR_shinkansen.html |arquivodata=2006-10-18 |urlmorta=yes }}</ref> acumulados excedam largamente os mil milhões do [[TGV]] (em 2003).<ref>[http://www.bu.edu/sjmag/scimag2005/opinion/amtrak.htm http://www.bu.edu/sjmag/scimag2005/opinion/amtrak.htm]</ref>
 
A Autoridade Ferroviária de Alta-velocidade da [[Califórnia]] está a estudar actualmente uma linha entre a área da [[baía de São Francisco]] e [[Sacramento]] até [[Los Angeles]] e [[San Diego]]. A Corporação de Transportes e [[Caminhos-de-Ferro]] tenta trazer uma linha de alta-velocidade inovadora e um corredor de transportes multi-modal. Esta corporação desenvolveu o Corredor Expresso ''Brazos'' para ligar ao [[Texas]] central.{{carece de fontes|data=abril de 2017}}
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O primeiro comboio de alta-velocidade a ser desenvolvido na [[Europa]] foi o [[Itália|italiano]] "Direttissima" que ligava [[Roma]] a [[Florença]] (254&nbsp;km) em 1978. A velocidade máxima da linha era de 250&nbsp;km/h. O tempo de viagem entre as duas cidades era cerca de 90 minutos e a velocidade média era de 200&nbsp;km/h. O serviço era fornecido pelos comboios da [[Eurostar Italia]] ([[séries ETR 4xx]], mais conhecido como ''[[Pendolino]]'' e a série [[ETR 500]]), baseados no trabalho de investigação levado a cabo da década de [[década de 1970|1970]] pela ''[[FIAT]] Ferroviaria''.{{carece de fontes|data=abril de 2017}}
 
A ''[[TAV|Treno Alta Velocità]]'' está a construir uma nova rede de alta-velocidade nas rotas [[Milão]]-[[Bolonha]]-[[Florença]]-[[Roma]]-[[Nápoles]] e [[Turim]]-[[Milão]]-[[Verona]]-[[Veneza]]-[[Trieste]]. Algumas linhas já estão abertas, enquanto que algumas ligações internacionais com a [[França]]<ref>[{{Citar web |url=http://www.lastampa.it/_web/tav/infografica-tav.asp |titulo=TAV Torino-Lyon] |acessodata=2011-12-30 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111219042342/http://www.lastampa.it/_web/tav/infografica-tav.asp |arquivodata=2011-12-19 |urlmorta=yes }}</ref>, [[Suíça]], [[Áustria]] e [[Eslovénia]] ainda estão em construção. A linha [[Roma]]-[[Nápoles]] abriu ao serviço em Dezembro de 2005, a linha [[Turim]]-[[Milão]] abriu parcialmente em Fevereiro de 2006. Ambas as linhas com velocidades até 300&nbsp;km/h.{{carece de fontes|data=abril de 2017}}
 
==== Península Ibérica ====
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[[Imagem:CRH3.JPG|right|thumb|O CRH3 é um [[Trem unidade elétrico]], com velocidade máxima de 394.3 km/h.]]
[[Imagem:Maglev june2005.jpg|thumb|O [[Transrapid]] de [[Xangai]] circula graças à [[maglev|levitação magnética]]]]
A China inaugurou em 2009 uma linha de trem de alta velocidade mais rápida do mundo, que une em 3 horas as cidades de [[Wuhan]] (centro) e [[Guangzhou]] (sul), com uma média de 350&nbsp;km/hora. Pequim aposta pelo transporte ferroviário em concorrência com o aéreo. Os trabalhos em uma segunda fase permitiram unir [[Pequim]] e [[Guangzhou]], a uma média de 350&nbsp;km/hora, tendo sido iniciados em 2005 e terminados em 2012: a [[linha ferroviária de alta velocidade Pequim-Zhengzhou-Wuhan-Cantão-Shenzhen-Hong Kong]] é presentemente a mais longa linha ferroviária de alta velocidade do mundo.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/12/china-inaugura-maior-linha-de-trem-bala-do-mundo.html|titulo=China inaugura maior linha de trem-bala do mundo|data=26 de dezembro de 2012|publicado=[[G1]]}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/121226_trem_bala_china_inaugura_rw.shtml|título=China inaugura linha de trem-bala mais longa do mundo|publicado=[[BBC Brasil]]|data=26 de dezembro de 2012}}</ref><ref>{{citar jornal|título=China opens world's longest high-speed rail route| url=http://www.bbc.co.uk/news/world-asia-china-20842836|acessodata=27-12-2012|jornal=BBC|data=25-12-2012}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.portugues.rfi.fr/mundo/20121226-china-inaugura-maior-ferrovia-de-alta-velocidade-do-mundo|título=China inaugura maior ferrovia de alta velocidade do mundo |autor=RFI.FR|data=| publicado=29-12-2012| acessodata=29-12-2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130609185813/http://www.portugues.rfi.fr/mundo/20121226-china-inaugura-maior-ferrovia-de-alta-velocidade-do-mundo|arquivodata=2013-06-09|urlmorta=yes}}</ref> Uma rede de alta velocidade de 16000 km, que será maior do mundo, com trens circulando a uma média de 350&nbsp;km/h será construída na China na próxima década e em 2012 já estavam completos 13000 km, segundo o Ministério da Ferrovia. "O trem pode atingir 394,2 km/hora, é o mais rápido do mundo em atividade", de acordo com um diretor do Gabinete de Transportes do Ministério dos Caminhos de Ferro.
 
Em 2007 a China decidiu construir um trem de alta velocidade totalmente desenhado e fabricado no país, capaz de transportar até 600 passageiros a 300&nbsp;km/h. A velocidade do veículo supera os 250&nbsp;km/h alcançados por trens chineses que começaram a operar em abril do mesmo ano entre [[Pequim]] e as cidades de [[Harbin]], [[Xangai]] e [[Guangzhou]]. Em 2006, a [[China]] revelou uma versão modificada da série [[Séries E2 - Shinkansen|E2-1000]] do [[Shinkansen]] [[Japão|japonês]], e foi confirmado que foi efetuada uma encomenda de 60 conjuntos de 8 carruagens, onde 3 conjuntos serão entregues pela [[Kawasaki Heavy Industries]], e as restantes a serem construídas pela [[Nanche Sifang]] em [[Qing-Tao]] na China. Em 2004 o comboio [[maglev]], [[Transrapid de Xangai]], foi inaugurado em parceria com a [[Siemens]] da [[Alemanha]], sendo capaz de uma velocidade operacional de 430&nbsp;km/h e uma velocidade máxima de 501&nbsp;km/h, ligando [[Xangai]] ao [[Aeroporto Internacional de Pudong - Xangai|Aeroporto Internacional de Pudong]].<ref>[http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/lusa/2009/12/26/governo-chines-inaugura-trem-bala-mais-rapido-do-mundo.jhtm]</ref>
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==== Brasil ====
{{Ver artigo principal|[[Trem de alta velocidade no Brasil]]}}
O trem de alta velocidade brasileiro tem custo estimado de [[US$]] 33 bilhões e sua implantação levará em torno de 5 anos. A linha férrea sairá de [[Campinas]] e passará pelo [[aeroporto Campo de Marte]] no [[bairro de Santana]], [[zona norte de são paulo|zona norte]] de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] e chegará à [[Estação Leopoldina]], no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]]. O estudo de viabilidade revelou uma demanda de quase 29 [[Milhão|milhões]] de passageiros em 2015. Estão previstas escalas em cidades de [[São Paulo]] e [[Rio de Janeiro]]. Terá conexão com outra linha que o ligará ao [[Aeroporto Internacional de Cumbica]], em [[Guarulhos]], na [[Grande São Paulo]] e de [[Aeroporto Internacional de Viracopos|Viracopos]] em [[Campinas]]. Dos 503 quilômetros totais do trajeto, 134 quilômetros serão compostos por travessias de túneis. Além disso, são previstos 105 viadutos, uma vez que o trajeto corta um trecho de relevo acidentado, particularmente a Serra das Araras. De [[Guarulhos]] a [[São Paulo]], haverá um trecho subterrâneo de cerca de 15 quilômetros. Já foram completados alguns esboços pela [[Odebrecht]] ([[Brasil]]), [[Siemens]] ([[Alemanha]]) e [[Italplan]] ([[Itália]]). A linha deveria ter ficado pronta em 2016, O mote inicial do governo era concluir o projeto para a Copa do Mundo, mas alguns investidores estrangeiros rapidamente alertaram que seria inviável fazer a construção em quatro anos – há outros que consideram possível a conclusão para o evento. Existem novos projetos na [[:pt:Empresa_de_Planejamento_e_Logística|EPL]], para o planejamento de linhas adicionais ligando [[Curitiba]] à cidade de [[Belo Horizonte]], passando por [[São Paulo]] e a cidade de [[Uberlândia]] até [[Campinas]]. E o projeto da linha [[Uberlândia]] -> [[Brasília|Brasilia]], que passaria por [[Goiânia]]. Estes projetos estão com implementação prevista imediatamente após o término da [[Campinas]] -> [[São Paulo]] -> [[Rio de Janeiro]].<ref>[http://thyago.wordpress.com/2007/06/04/trem-bala-chegara-ao-brasil-unindo-rio-e-sao-paulo/]</ref><ref>[{{Citar web |url=http://www.redebrasilatual.com.br/temas/economia/governo-descarta-copa-como-condicao-para-trem-bala/view] |titulo=Cópia arquivada |acessodata=2009-09-08 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090905173511/http://www.redebrasilatual.com.br/temas/economia/governo-descarta-copa-como-condicao-para-trem-bala/view |arquivodata=2009-09-05 |urlmorta=yes }}</ref>
 
=== Oceania ===
==== Austrália ====
[[Imagem:Avonlink 170506.jpg|thumb|250px|right|O [[Transwa Prospector]] australiano.]]
A [[Austrália]] não tem comboios de alta-velocidade. O [[Transwa Prospector]] que opera entre [[Perth (Austrália Ocidental)|Perth]] e [[Kalgoorlie]] é capaz de atingir os 210&nbsp;km/h. No entanto, opera a 160&nbsp;km/h devido às más condições dos carris. A linha do comboio eléctrico pendular da [[Queensland Rail]] entre [[Brisbane]], [[Rockhampton]] e [[Cairns]] pensa-se que é a linha de bitola curta mais rápida do mundo ao bater a velocidade de 210&nbsp;km/h. O serviço para [[Cairns]] é com comboios a [[diesel]], pois a linha não é electrificada. O desenvolvimento dos [[caminhos de ferro]] australianos tem sido dificultado pela baixa densidade populacional do país, pois têm a população comparável à de um pequeno país europeu, como os [[Países Baixos]] e no entanto ocupa uma área apenas ligeiramente inferior à dos [[Estados Unidos]] continentais. Com a consequente desregulamentação e intensa competição das linhas aéreas nacionais, o meio mais barato de viajar entre grandes centros populacionais é por via aérea. Enquanto que os combustíveis não têm uma carga fiscal tão leve como nos [[Estados Unidos]], continua a ser ainda assim muito mais barato que nas nações europeias, o que reduz grandemente o apelo pelas viagens de [[comboio]] e a esperança de uma expansão num futuro próximo. Há no entanto debates sobre os comboios de alta-velocidade entre [[Sydney]] e [[Camberra]], o que poderá posteriormente expandir um corredor de [[Sydney]] até [[Brisbane]] e de [[Camberra]] até [[Melbourne]] e [[Adelaide]].<ref>[{{Citar web |url=http://www.railpage.org.au/vhst/ |titulo=http://www.railpage.org.au/vhst/] |acessodata=2006-10-29 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20060921205938/http://www.railpage.org.au/vhst/ |arquivodata=2006-09-21 |urlmorta=yes }}</ref>
 
=== Ásia ===
==== Arábia Saudita ====
Está a ser estudado um projecto de caminhos-de-ferro de alta-velocidade entre [[Meca]] e [[Medina]] passando por [[Jidá]].<ref>[{{Citar web |url=http://www.saudirailexpansion.com/SaudiRailExpansion/inner.aspx?secname=Overview&secserno=427&prosecno=421 |titulo=http://www.saudirailexpansion.com/SaudiRailExpansion/inner.aspx?secname=Overview&secserno=427&prosecno=421 |acessodata=2006-10-26 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070313162715/http://www.saudirailexpansion.com/SaudiRailExpansion/inner.aspx?secname=Overview&secserno=427&prosecno=421 ]|arquivodata=2007-03-13 |urlmorta=yes }}</ref>
 
==== Índia ====
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==== Vietname ====
A companhia de caminhos-de-ferro do [[Vietname]] está a preparar a construção de quatro linhas expresso que custará €24,36 mil milhões com a conclusão prevista para 2015. A construção será efectuada em várias fases, incluindo os 280&nbsp;km de [[Hanoi]]-[[Vinh]] com um custo de €8,18 mil milhões, 400&nbsp;km de [[Nha Trang]]-[[Ho Chi Minh]] custando €11.68 mil milhões, os 100&nbsp;km de [[Ho Chi Minh]]-[[Vung Tau]] a um custo de €2,92 mil milhões, e os 100&nbsp;km de [[Hanoi]]-[[Hai Phong]] a €1,58 mil milhões. Por 2016 a companhia irá considerar a construção de outras linhas, incluindo [[Vihn]]-[[Nha Trang]], [[Ho Chi Minh]]-[[Can Tho]] e [[Hanoi]]-[[Lang Son]]. Estas modernas linhas de [[caminho-de-ferro]] terão uma bitola de 1.435m em vez do actual 1m, permitindo que no futuro comboios bala circulem entre 160 e 300&nbsp;km/h.<ref>[{{Citar web |url=http://www.vneconomy.com.vn/eng/index.php?param=article&catid=0613&id=b863e539574131 |titulo=http://www.vneconomy.com.vn/eng/index.php?param=article&catid=0613&id=b863e539574131] |acessodata=2006-10-26 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070928000003/http://www.vneconomy.com.vn/eng/index.php?param=article&catid=0613&id=b863e539574131 |arquivodata=2007-09-28 |urlmorta=yes }}</ref>
 
=== África ===
Linha 314:
*[http://www.maglevboard.net/ Maglev de Alta-Velocidade, Internacional]
*[http://www.cahighspeedrail.ca.gov Autoridade dos caminhos-de-ferro de alta-velocidade da California]
*[https://web.archive.org/web/20110221135753/http://www.ferroviedellostato.it/cms/v/index.jsp?vgnextoid=c8b7193c12a12210VgnVCM10000080a3e90aRCRD Treno alta velocità (TAV)]
*[https://web.archive.org/web/20070127062812/http://magnetbahnforum.de/phpBB2/index.php?c=5 Fórum do Maglev de Alta-Velocidade]
*[https://web.archive.org/web/20160123201517/http://www.uic.asso.fr/ União Internacional dos Caminhos-de-Ferro]
*[http://www.Railium.com/ Engineering & Financial Soultions for the Transport industry]
*[http://www.aph.gov.au/library/pubs/bp/1997-98/98bp16.htm Resumo das propostas e discussões dos comboios de alta velocidade na Austrália]